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História Virou Simplesmente Amor - Festa: Luzes Acesas


Escrita por: MaryeMimym

Notas do Autor


Olá gentem!!! Como vocês estão?
Sim! Nós estamos chegando aqui na maior cara lavada depois de dois meses e bla bla bla.
Gente, eu tenho que comentar aqui: os comentários de vocês no ultimo capítulo, socorro. Tava chorando de rir kkkkkk Engraçado que foi geral mesmo, não foi um ou outro kkkkk Enfim.
Eles serão respondidos em breve, tá? Assim como os próximos Hsuasuahsua

Esperamos que gostem do capítulo :3
Boa leitura!
P.S.: Só para deixar claro: o dia passou muito rápido, sim, porque o que interessa é de noite, afinal, festa, né? Hsausaushauhs

Capítulo 25 - Festa: Luzes Acesas


Eis que chega o grande dia: o aniversário de Ronan.

O menino levantou da cama, espreguiçando-se. Olhou para a janela e o sol já lhe cumprimentava com uma delicada invasão em seu quarto.

Levantou-se num suspiro. Como nos anos anteriores, sua primeira ação não era de ir ao banheiro ou trocar de roupa, nem mesmo descer para tomar café com seus pais, mas dar uma olhada pela janela. E estavam lá todos os preparativos no grande jardim de sua casa. Com o passar do tempo as festas iam modernizando.

Num suspiro pesado, Ronan se virou e viu suas espadas na parede.

- Elesis estará aqui, nada mais importa...

Ronan desceu para tomar café após ter tomado um banho para se refrescar naquele dia que amanhecera com um mormaço suave.

Saiu de seu quarto junto com Edel.

- Oi! – Disse ela, escondendo uma caixa atrás de si – Parabéns!

Ronan riu.

- Desculpa... – O menino coçou a cabeça, com os cabelos molhados – Não queria estragar a surpresa.

Edel abaixou o semblante, envergonhada.

- Eu saí ontem à noite depois que estive com sua mãe. Bem... – Ela o olhou – Acho que seria uma forma de mostrar que está tudo bem entre nós.

Ronan esticou os braços.

- Não precisava... – E logo sorriu – Mas o que que é?

Edel riu com o humor do amigo.

- Acho que lhe entregarei mais tarde... – Ao se virar, Ronan a segurou e a puxou para perto de si, encostando a menina em seu corpo inocentemente e tentando pega a caixa.

Edel enrubesceu e lhe faltou ar.

- Não, Ronan! – Saiu de perto do menino e suspirou olhando para ele, que ria com a brincadeira.

- Mas o presente é meu, não é? – Aproximou-se vagarosamente de Edel e desferiu um beijo em sua bochecha, mas falhou ao tentar tirar a caixa da mão da menina, que deu quase um salto para trás, encostando-se em sua porta.

Ronan caiu em si e coçou novamente a cabeça. Edel entendeu que era a hora de retornar para seu quarto e assim o fez.

O menino tentou falar com ela, mas teve a porta como uma barreira entre os dois.

- Eu ainda pegarei esse presente! – Voltou a brincar, para mudar o clima.

- Nem pensar!

Ao ouvir a voz humorada de Edel, Ronan suspirou aliviado e desceu.

- Filho! – Seu pai abriu os braços no último degrau da escada. Ronan, ainda nos primeiros degraus, suspirou – Tempos atrás vocês descia correndo e pulava em meus braços.

- Acho que cresci, não acha? – Ronan desceu mais alguns degraus – E antes eu não conhecia verdadeiramente o meu pai. – Ao chegar próximo, soltou – Que implica com minha namorada.

Passou pelo Sr. Erudon e foi para a cozinha.

- Sua mãe não está aí. – Avisou o senhor, com voz séria e sem se virar para o filho.

- Estou com fome, farei algo para comer.

- Temos empregados para te servir, filho.

Ronan não respondeu e foi a gota d’água para seu pai ir a seu encontro.

- Se pensa que implico com ela, farei com que pense o contrário.

Ronan deixou seu pai rindo ceticamente e foi para dentro do cômodo, visando a geladeira.

- Irei busca-la para a festa, o que acha? – Seu pai o seguiu.

- Não precisa, mandarei nosso motorista.

- Não, não... – Seu pai permaneceu imóvel – Faço questão. Não quero que meu filho se afaste de mim num dia tão especial como esse por causa de intrigas inventadas.

Ronan estreitou os olhos, virando-se para o Sr. Erudon.

- Engana-se em achar que estou afastado por causa de “intrigas inventadas”. – Ronan sentou-se a mesa, com os ingredientes para fazer seu pão – Pelo que sei, o senhor tem mudado desde quando entrei no carro após o treinamento para o Campeonato e outra: vem implicando com a Elesis desde o almoço aqui em casa. Aliás... – O menino percebeu que seu pai não o olhava mais, estava pensativo, até que Ronan questionou – O que tem o senhor, meu pai, contra a família Sieghart?

O Sr. Erudon entreabriu os lábios.

- Filho! Meu amor! – A Sra. Erudon entrou na cozinha com algumas coisas nos braços, mas largou sobre a mesa e abraçou o menino.

- Mãe, mãe! Para! Já chega! – Tentava escapar dos beijos que sua mãe lhe dava – Já estou grandinho, não acha?

- Não... – E o beijou mais ainda – Você sempre será o meu bebê.

- Mãe! – Ronan olhou para os lados para certificar-se de que não havia ninguém ouvindo aquilo – Alguém pode ouvir isso, poxa... Eu já tenho 18 anos, para com isso...

- Sua idade nunca afastará de mim o amor de mãe que tenho por ti.

Ronan fez “own” e levantou-se para abraçar sua mãe, pelo carinho que ela tinha.

O Sr. Erudon aproveitou para se retirar da cozinha. Quando Ronan percebeu, afastou-se de sua mãe.

- O que houve? – Indagou ela.

- Meu pai está muito estranho...

Sua mãe abaixou o rosto.

- O que está acontecendo? Por que... Por que tanta implicância com a Elesis?

Sua mãe pensou em responder, estava mais do que na hora de Ronan saber. Mas preferiu responder com o silêncio.

- Sra. Erudon, o buffet já chegou. – Avisou uma das funcionárias de sua casa.

A mãe de Ronan sorriu e acompanhou a menina.

Ronan terminou de tomar seu café.

 

***

 

- Já está anoitecendo, não irá se arrumar?

- Pai... Quem decide a hora que vou aparecer naquela festa, sou euzinha.

- Rey, Rey... Eu tenho uma aliança com o Sr. Erudon e preciso que as coisas sigam conforme o predito.

- Pai, - A menina estava subindo as escadas – aquela ruivinha mexeu com quem não devia. E eu estou com muita raiva do senhor por causa daquele tal de Duel... – Virou-se e continuou a subir – Preciso descontar essa raiva toda em alguém.

Azin chegou na mansão Crimson e tocou a campainha. Dio se aproximou com a moto. Estava com uma sacola de loja de roupa em sua mão.

Desceu da motocicleta e se dirigiu a Azin.

- Você gostou mesmo daqui. – Retirou as chaves do bolso – Mas quer um conselho? – E, sem olhar para o rapaz, subiu na moto e avisou: - Vaza! – E entrou na mansão.

Azin sorriu.

- Só depois de terminar o meu trabalho. – Sussurrou.

 

***

 

Edel estava pronta, mas temia sair do quarto. Pegou a caixa de presente. Abriu-a.

Era um cordão com duas espadas, sendo que um pingente de espada saía e ficava com outra pessoa. Retirou o pingente que soltava.

A menina encarou a porta e seu celular tocou.

Correu para atender.

- Alô? Pai? Pai! – Sentou-se na cama – Como está o meu irmão? – Seu semblante mudou – Sim, eu... Eu já achei uma pessoa... Sim... O Sr. Erudon me ajudou... – Silenciou-se e ouviu seu pai falar – Por que o senhor não deixou eu saber se meu sangue era compatível ou não? Eu sei bem que você e o senhor Erudon estão fazendo algo! – Levantou-se da cama – É melhor que me diga a verdade ou irei embora imediatamente!

Edel sentiu uma pontada em seu peito e tornou a se sentar ao ouvir de seu pai “Então volte para sepultar seu irmão!”.

- Okay... – Levantou-se – Falarei com o Ronan assim que puder.

Desligou o celular chorando, mas limpou rapidamente os olhos.

Abriu a porta de seu quarto e seguiu em direção ao escritório do Sr. Erudon, o mesmo estava ali dentro, desligando o telefone.

Edel bateu na porta.

- Entre. – Disse o senhor, pensando que era sua esposa.

- Quero que me conte tudo, ou eu mesmo o farei falando para Ronan aquilo que ouvi o senhor conversando com meu pai!

 

***

 

Um táxi pode ser avistado pela janela. Lire deu mais uma olhada no espelho, tentou diminuir um pouco do volume da saia dando leves batidas, o que não deu certo. Sua mãe apareceu na porta e riu da preocupação da menina.

- Você está linda. - Disse com um sorriso carinhoso no rosto.

Lire estava tão concentrada que não reparou sua mãe aparecendo. Apenas quando ela falou, o que a fez levar um pequeno susto.

- Ah… Obrigada. - Lire sorriu de volta e olhou novamente o espelho. - No ano passado foi mais simples. To achando este ano meio exagerado.

-É assim mesmo. - Ela se aproximou e abraçou a filha observando o espelho também. - Talvez este seja o último. Não creio que Ronan vai concordar em fazer no ano que vem.

Lire concordou com a cabeça. Sua mãe avisou que Ryan a aguardava e saiu do quarto. A menina pegou a bolsa em cima da cama e conferiu se Arme havia respondido sua pergunta. Nada… Suspirou. O jeito seria fazer pressão pessoalmente.

Chegou na sala e viu Ryan se movendo junto com o ventilador em pé procurando se refrescar.

-Tá quente hoje, né? - Comentou quando viu Lire chegando.

-É a roupa. - Lire observou rindo.

Eles se despediram da mãe de Lire e foram direto para o táxi.

-Eu falei com o Lass, ele disse que vai buscar a Arme e encontrar com a gente lá.

-Coitado. Vai esperar a Arme eternamente... – Ryan começou a rir com o comentário de Lire, que resolveu dar uma ajudinha. Ela pegou o celular e ligou para a amiga. - Arme, é bom você estar pronta. Já estamos saindo e você tem até cinco minutos para sair, já que são só quinze para a casa do Ronan. - Ameaçou.

-Mas… - A baixinha choramingou no outro lado do telefone antes de Lire desligar de repente.

Arme correu para o banheiro e conferiu como estava. Achava que faltava algo no cabelo, mas entrou em desesperou e não encontrou nada para colocar como acessório. Desistiu e voltou para o quarto. Finalmente havia comprado um sapato que não desse trabalho para calçar. Exceto se não fosse tão enrolada e desesperada… Porque estava atrasada…

Pegou a bolsa do tipo carteira. Com a outra mão pegou o perfume para borrifar em si enquanto calçava o sapato atrapalhada. Jogou o perfume na cama e desceu as escadas correndo. Trombou com seu avô descendo o último degrau.

Respirou fundo algumas vezes tentando regular a respiração e espiou a janela. Se não queria ouvir reclamações de Lire, era bom chegar de acordo com os cálculos da amiga. Seria simples se sua carona tivesse chegado...

 

***

 

Os amigos de Ronan chegavam à festa. Alguns parentes já se encontravam lá. Ronan já se acostumara com aquele clima colonial, agora, mais moderno, mas sempre que seus amigos chegavam, Ronan sentia um frio na barriga, ainda mais tendo uma convidada especial. Porém, esta ainda não chegara.

- E aí, Rei Arthur! – Aproximou-se Ryan, cumprimentando o amigo – Está bonitão, cara.

- Que isso, Ryan? Vai elogiar a Lire, cara.

A menina, que estava com ele, riu; Ronan, gargalhou.

- Me deixou sem graça perante minha dama. – Ryan encarou o amigo – Isso não se faz.

E se virou.

- Ficará sem presente esse ano! – Segurou Lire pela mão e se retirou.

- Ah, não... Sem presente, não! Por que vocês tiram o presente de mim? Eu amo presentes... – Ronan fez um semblante de derrotado e foi atrás do amigo.

 

***

 

Lass estava saindo de sua casa para se encontrar com Arme. O táxi que chamara já havia chegado.

Ao sair do portão, deparou-se com Lupus.

- Não sabia que morava sozinho.

- Não moro. – Lass trancou o portão.

Lupus estreitou os olhos.

- Olha, o que houve ontem...

- Não... Não recorde. – Pediu Lupus.

Lass olhou para o taxista. Seu irmão também.

Lupus sacou a arma e deu um tiro no pneu dianteiro.

- Acho que terá que esperar um pouco, Lass, o rapaz tem um contratempo.

O taxista esbugalhou os olhos.

- Acho melhor trocar logo o pneu, meu irmão tem pressa. E desliga o taxímetro.

O rapaz assentiu e saiu do carro para fazer a troca.

Lass reprovou aquela ação.

- Estou atrasado. Poderia ter vindo mais cedo, se queria conversar.

Lupus riu.

- Eu não quero assunto. Já conversamos muito. – Lass se afastou um pouco de Lupus – Se veio buscar sua arma, ela está perto da minha cama.

- Quando te vi na cama do hospital, temi que dali em diante nunca mais o veria.

- Lupus, eu...

- Escute. Sua namoradinha me chamou, não sei se ela te contou, mas isso também não me importa.

- Se queria me fazer ficar com raiva, está conseguindo. Mas para a sua infelicidade, eu conheço bem a minha baixinha, então isso fica no oculto.

- Lass...

Lass sentiu seu corpo pesar ao ouvir seu irmão chama-lo pelo nome.

- Sai da cidade. Mete o pé daqui. Sério... Eu não sei até quando a brincadeira vai se estender...

- Do que está falando? – Lass se virou.

O celular do mais novo tocou e era uma mensagem da Arme.

- Droga... – Lass respondeu à menina avisando que já estava a caminho.

- Estou encrencado até o último fio de cabelo.

- Novidade...

- Mas quero que você saia daqui.

- Eu não vou a canto nenhum!

- Você não imagina a loucura que está por vir.

- Vindo de você, não me surpreendo!

O mais velho jogou o cabelo para trás, incrédulo com aquela conversa.

- Você é pior que um verme para entender que há um certo perigo no ar.

- Lupus... – Lass ignorou a ofensa e estreitou os olhos – Você está ferido?

O mais velho retirou novamente a arma e atirou no pneu traseiro.

- É bom que tenha dois steps.

 O taxista quase chorou.

Lupus puxou Lass alguns metros distante de onde estavam.

- Ouça-me: preciso que faça algo por mim, está entendendo?

- Solte-me, cara! Estou atrasado e você quer conversar? Eu realmente não consigo te entender! Já não expôs tudo quanto foi necessário entre nós dois, agora me esquece!

- Eu amo uma pessoa. – Lupus falou e aquilo lhe roubou o fôlego – E ela corre perigo de vida.

- Sério?... Todos ao seu redor correm esse risco. Sinceramente, acho que você é a maldição nesta terra.

Lupus fechou os olhos.

- Pensei que estava tudo bem entre nós.

- Nunca disse que estava bem. Apesar de ter me contado a verdade, isso não tira de mim a dor do que passei.

- Bem... Hoje você está vestido como Romeu e eu estou todo ferido de uma luta. Acho que ainda está melhor do que eu.

- A vida tinha que ter me reservado algo bom, depois de tudo... – Lass abaixou o rosto.

- Estou acabando já! – Avisou o taxista.

- Eu já vou. – Disse Lass.

Lupus o segurou. E lhe entregou um envelope.

- Talvez agora seja uma despedida definitiva.

Lass olhou para o envelope em sua mão, abriu-o, mas não retirou o papel e encarava aquilo estranhamente.

- O que é... – Ao olhar para frente, seu irmão havia sumido. Suspirou.

Arme novamente lhe mandava uma mensagem.

O taxista fez sinal que havia terminado e Lass se aproximou.

- Eu sinto muito pelo... Meu... – Abaixou o rosto.

- Tudo bem, eu tive um irmão viciado em drogas, mas ele acabou morrendo.

Lass arqueou as sobrancelhas, afinal, não era bem aquilo que estava acontecendo.

Os dois entraram no carro e foram buscar Arme. Lass guardou o envelope, achou melhor deixar Arme de fora.

- Seja lá o que for... As coisas daqui pra frente irão piorar...

- Falou algo? – Perguntou o taxista, parando na porta de Arme.

Lass negou com a cabeça e saiu do carro.

- Está atrasado! – Disse ela emburrada e com os braços cruzados – Meus pais já até foram...

- Há uma primeira vez para tudo. – Lass riu e beijou a baixinha.

Arme sorriu.

- Acho que pode se atrasar todos os dias, porque ver esse seu sorriso e receber um beijo é algo extraordinário!

Lass a conduziu para o táxi.

 

***

 

Edel sentou na cadeira de frente para a mesa do senhor Erudon.

- Eu não acredito nisso... Esse tempo todo... – Abaixou a cabeça e apoiou o rosto nas duas mãos – E por que eu? Por que eu tenho que participar disso tudo sem ao menos saber?!

- Só juntamos o útil ao agradável, minha querida. Quero Ronan longe desse lugar e longe daquela ruiva. E seu irmão já estava com os dias contados, até que seu pai decidiu ligar para mim a procura de ajuda.

- O senhor pensou em tudo... Como?

- Uma mente brilhante não sai revelando a uma jovenzinha o que pensa.

 - Sua mente é tão brilhante, que seu filho e sua esposa não gostam nem de ficar ao seu lado.

- Quem precisa mais do Ronan é você, então acho melhor voltar com seu tom cortês que lhe foi ensinado.

Edel se levantou.

- Não preciso nem pedir que não conte nada a Ronan, não é?

A menina não respondeu e se retirou.

 

***

 

-Milady, seu carro já está à sua espera.

-E o “Imprestável”?

-O Sr. Canyon também a aguarda.

Rey, de costas para o mordomo, dispensou com um simples gesto. Em nenhum momento tirou sua atenção de uma caixinha de joias em sua mão.

Mary latiu na porta do quarto e subiu na cama ficando ao lado de sua dona, recebeu um carinho na cabeça, se acomodou no meio da cama e latiu novamente esperando que a dona a olhasse, mas desistiu.

Rey a olhou de canto, mas rapidamente retornou sua atenção para a caixa e tirou uma gargantilha roxa de dentro. Olhou-se no espelho após colocá-la e distraiu-se, por um momento, com um cacho que caía em seu rosto. Ficou enrolando em seus dedos até se dar conta por quanto tempo estivera naquela ação.

Os últimos acontecimentos, todas as notícias e novidades, tomavam a mente de Rey constantemente. Aquele baile seria importante. Rey retomaria seu foco, assim esperava.

Ao sair do quarto, observou seu pai falando algo com Dio, mas não conseguira ouvir, já que ele sussurrava. Dio não dava muita atenção a Peter, o que deixava este irritado, mas não poderia fazer muita coisa. Rey deixou que seus sapatos anunciassem sua chegada. Seu pai a observava descendo as escadas com um sorriso orgulhoso. “Como está linda”, ele dizia. E a enchia de elogios que só arrancou dela um sorriso rápido forçado.

Peter se virou para dizer algo a mais para Dio, mas este já estava do lado de fora da casa. Algo ainda o fazia ficar preso naquela casa, não sabia o motivo, mas sabia que certamente não era pelo maldito acordo com Von Crimson. Entrou no carro e se posicionou no lugar atrás do motorista.

A menina não demorou. Foi acompanhada pelo pai, que falava coisas que não eram de seu interesse. Como um lembrete de cumprimentar certas pessoas, que trabalhavam com ele, além dos Erudon. Ela respondia apenas um “Tá bom, pai”, sem dar a devida importância que ele considerava daquelas informações.

Impaciente, Peter a segurou pelo braço, forte o suficiente para a menina reclamasse e desse a atenção que gostaria.

-Você sabe bem do porque de estar indo a este evento. - Seu tom de impaciência e irritação não mudaram a feição da menina.

-Sim, eu sei. Estou indo pelos meus interesses. Felizmente há um ponto de encontro entre os nossos interesses, papai. - Rey mantinha o tom calmo com um toque de desdém.

Peter reconhecia que, depois de tudo o que revelou, não tinha mais pulso firme com a filha.

Rey entrou no carro e o silêncio só ficou ausente portões afora da mansão.

-Você o controla, ou será ele que controla você? - Dio questionou sem tirar os olhos da rua.

Já Rey o observou antes de responder. Agora, sabendo da verdade, poderia confiar em Dio?

-Ficou bem claro, para mim, que os tempos mudaram…

 

***

 

- Jin! – Amy abraçou o menino, assim que ele abriu a porta.

- Ronan avisou que o motorista dele está vindo me buscar, então podem ir... – Elesis se levantou.

- Uau! Arrasou, gatinha! – Amy entrou na casa para ver Elesis de perto – Só a Sra. Erudon para fazer milagre em você, Elesis.

A ruiva cerrou o punho.

- Ô árvore de natal rosada, cala a tua boquinha antes que eu deixe seu olho, ao invés de rosa, roxo!

Amy abraçou Jin.

- Agressiva!

Elesis cruzou os braços.

- Depois que tirou meu irmão de casa, acha que tem autoridade de falar comigo do jeito que quer?

- Eu não tirei o Jin daqui. Só o fiz se aproximar mais da minha casa também, ora! Eu estava sempre aqui. Deveria me agradecer por estar ficando na minha casa agora.

Elesis pensou bem...

- É verdade... Ouvir a sua voz aqui me deixava maluca. – E voltou a se sentar.

- E a ogra se transforma na debochada de sempre.

Elesis arremessou uma almofada em Amy, que saiu rindo.

- São nesses momentos que eu nunca queria ter cruzado com aquele idiota azul! Por causa dele que conheci essa coisa rosa!

- Hey... – Jin teve a palavra – Isso é nervosismo, é?

- Cala a boca você também!

Jin abaixou o rosto. Lembrou-se do que Amy havia lhe contado.

- Você está linda. – E estava para sair.

- Jin?

- Oi?

- Você acha que alguma coisa irá mudar depois de hoje?

- Por que pergunta?

- Estou com uma sensação estranha... Queria que mamãe estivesse aqui.

Novamente memórias lhe vieram à mente do ruivo. Dessa vez, um pedido de seu pai.

- Eu estou aqui sempre que precisar, tá bom?

Elesis olhou para a televisão desligada.

- Esse frio na barrida deve ser fome.

Jin riu e se retirou.

A ruiva foi até a cozinha, tropeçando no próprio vestido.

- Aquele idiota azul tinha que ter uma família com tradição estranha? Mas que droga! – Puxou o vestido até sua cintura e caminhou até o cômodo desejado.

Ao abaixar a saia do vestido, sem querer, sua mão direita arrastou nos dobradilhos do vestido em sua cintura e esbarrou no broche, fazendo-o cair.

- Droga! A mãe do Ronan me deu o primeiro vestido que ela usou e eu estou estragando, legal, Elesis! Talvez você seja mesmo uma ogra!

Ao abaixar para pegar o broche, tropeçou novamente no vestido e caiu de joelhos.

- Ah! – Gritou, sentando-se no chão, derrotada – Se não fosse esse sentimento pelo Ronan, eu juro que arrancava esse vestido e ia dormir.

Pegou o broche e viu algo estranho do lado de dentro, que era oco.

Tirou aquilo que era um papel bem amassado e já amarelado. Tomou cuidado para não se furar com o alfinete que prendia no vestido.

Abriu o pequeno pedaço de papel e dentro estava escrito:

- Elscud?

Bateram na porta e Elesis levou um susto. Levantou-se e colocou o pequeno papel de volta no broche, arrumando-se.

Ao abrir a porta, um novo susto.

- Sr. Erudon?!


Notas Finais


*Tan tan taaaaannn...*
Desculpe, não resisti ahushuaa
E aí, o que acharam, hein? *-*


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