História Vivendo com você - 32

Entro no quarto e Will estava sentado perto da janela, como ele fazia quando o conheci. E olhava para fora e eu podia ver que estava com raiva. Suspiro e fecho a porta atrás de mim, vejo ele fechar os olhos e respirar fundo, me sento na cama e espero, espero, mas ele não diz nada, então resolvo começa eu mesma.

_Will, sei que está irritado, mas sabe que eu tenho razão.

Ele continua em silêncio, olhando para a janela. Suspiro cansada disso.

_Will, eu sei que você enxerga Lily como sua garotinha, ela é sua filha e você demorou muito para encontrá-la, mas Lily tem 16 anos, ela está na fase de sair, encontrar os amigos, namorar. Não é fácil, mas você tem que deixá-la aproveitar tudo isso.

Eu paro de falar quando ele se vira e uma vez, sua testa estava franzida e a boa prensada em uma linha fina, ele estava com raiva, não dava pra negar.

_Quem decide isso sou eu, eu sou o pai dela. Estou errado por não querer que nenhum garoto sujo encoste as mãos nela?

_Não, não está nem um pouco. Mas ela não está fazendo as coisas escondido. Você conhece Christian, ele te conhece e só de ele querer vir te enfrentar já sabendo como você é, já prova que ele é alguém de respeito.

_Claro, e eu aproveito e atropelo ele. Eu não vou deixar aquele bastardo ficar beijando a minha filha – ele começa a aumentar seu tom de voz e eu tento me manter calma.

_E você acha que meu pai adora o fato de saber que eu moro com você? Que a gente dorme juntos? Que fazemos amor? Claro que não, mas ele sabe que tem que me deixar viver, que eu não sou criança pra sempre.

_Isso é diferente, olhe a nossa idade.

_E daí? Para papai eu sempre vou ser sua filhinha, não importa se tenho 28 ou 40 anos. Mas ele sabe que você me faz feliz, sabe que te amo e não tenta impedir minha felicidade.

Ele ri.

_E o que um garoto de 17 sabe sobre amor? Ele só quer outras coisas com Lily e eu não vou deixar. Agora por favor, pode me deixar em paz? – ele se vira de novo para a janela.

Eu me levanto da cama já perdendo a paciência e o viro bruscamente, fazendo-o olhar para mim.

_Escuta aqui Willian Traynor. Eu sou sua noiva e você me deve respeito. Só vou falar uma vez e você vai me escutar. Amanhã você vai descer e vai conversar com Christian, eu mesma lhe garanto que se ele tiver com mas intenções com a minha enteada, eu mesmo o fatiarei em pedaços. Agora melhores essa carranca e vá pedir desculpas a sua filha.

Eu o solto e vou em direção ao banheiro z o deixando de queixo caído no quarto. Fecho a porta do banheiro e respiro fundo. Muito bem Louisa, orgulhou a gente. Diz meu subconsciente e eu rio disso. Alguns segundos depois eu escuto a cadeira de Will se mechemos e saindo do garoto. Sorrio vitoriosa e vou tomar uma banho.

Christian suava frio no sofá da sala. Ele, Will, Lily e eu já estávamos conversando a mais de meia hora. Só havia feito perguntas e eu também, pelo que pareceu ele tinha boas intenções com Lily, mas eu deixei bem claro que era para ele andar na linha ou coisas ruins poderiam acontecer.

Christian era um rapaz muito bonito. Ele tinha cabelos loiros, pele clara, olhos azuis e embora fosse um pouco magro, podia-se notar alguns músculos em seus braços e pernas. Ele usava uma calça jeans, tênis preto e uma blusa branca com letras pretas escrito “Closer to the Edge” EU reconheci a frase, era uma música de 30 Seconds to Mars, talvez seja por isso que eles começaram a conversa. Riu muito quando viu essa frase e disse que nada poderia ser mais Apropriado. Lily volta da cozinha, a havia ido atender o celular, deixando o pobre coitado aqui sozinho.

_Bem, vamos Christian, todos já estão nos esperando – ela fala.

Ele assente com a cabeça e se levanta.

_Opa, opa aonde vocês vão? – Eu questiona.

Lily revira os olhos.

_Eu já disse pai. Vamos ao cinema com alguns amigos, hoje é aniversário da Carol.

_Tudo bem então, mas não volte tarde – ele fala na sua melhor voz de autoritário.

_Foi um prazer senhor Traynor. Louisa – Christian aperta minha mão e depois a de Will.

_O prazer foi meu rapaz – ele fala firme.

Vejo Christian engolir em seco e Lily o leva embora dali. Assim que eles saem, eu Caio de costas no sofá, me deitando e começo a rir.

_O que foi? – Will pergunta sério, mas eu podia ver um pequeno sorriso nos seus lábios.

_Você, dando um de pai durão.

_Eu sou um pai durão – ele finge estar ofendido.

_Claaaroo, claro que é. Longe de mim dizer o contrário – eu falo com deboche e ele revirar os olhos – E então? O que achou de Christian?

_Eu ainda acho que ele não é digno de Lily, mas né pareceu gostar dela. E também vi o medo dele em seus olhos quando o ameaçamos então, tudo certo.

Eu me levanto, pego o rosto dele nas mãos e lhe dou um beijo estalado.

_Olha só meu Will amadurecendo – eu brinco apertando suas bochechas.

Ele revirar os olhos rindo, e tira minha mão do eu rosto.

_Bem agora, senhor super crescidinho, vá tomar um banho, você acabou de chegar da fisioterapia e está fedendo.

Ele ri, depois faz uma cara amuada.

_Eu estou tão cansado, quem me dera ter uma noiva para dar banho no seu pobre noivo Aleijado – ele fala fazendo biquinho e eu me surpreendo por isso.

Rio balançando a cabeça e sento em seu colo.

_Ta bom, eu te dou um banho, mas sem gracinhas.

_Palavra de escoteiro.

_Você já foi escoteiro?

_Não – ambos rimos e ele nos leva até nosso quarto.

Will’s Pov:

Gregorie e eu passamos o dia todo trancados no escritório. Com a empresa aumentando, o trabalho também aumentava, eu já sabia que teria que alugar um lugar para montar mesmo uma empresa, pois trabalhar no escritório de casa não ia funcionar para sempre. Um amigo antigo de Seattle, estava fechando negócio comigo e se ddespoisa me ajudar a achar um bom lugar para a empresa, o que eu agradeço imensamente e convidei a ele é sua esposa para virem ao meu casamento, seria bom revê-los, não conversávamos a tempos.

Por falar em tempo, hoje era meu aniversário, Louisa inventou de irmos ao cinema e depois jantar, eu não estava muito afim não gostava de comemorar meu aniversário, mas aquela carinha piscina da Clark, não me deixava outra escolha a não ser aceitar, então hoje nós iríamos ao cinema e logo depois iríamos jantar.

Gregorie fecha seu notebook e respira fundo.

_Pronto, terminei – ele diz cansado.

_Bem, ainda não. Tem mais esse papel para assinar – eu digo rindo.

Ele se levanta sem ânimo e assina.

_Agora posso dizer?

_Sim.

_Terminei!

Eu rio de sua atitude. Gregorie tinha passado de um funcionário para mim, ele era meu amigo e eu tinha uma auto estima por ele. Gregorie era um rapaz de 25 anos. Ele era moreno, tinha olhos castanhos, cabelo preto e era alto. Seu porte físico era ótimo e ele seguia Nathan e eu nos treinos. Ele usava um terno preto, sapatos sociais pretos, camisa branca e gravata marrom. Eu não exigia que ele viesse de terno, mas como iríamos fazer uma conferência com o meu amigo de Seattle, era melhor que nós dois estivéssemos de terno, e por isso eu usava um terno cinza, com camisa branca e gravata também cinza.

Eu desligo o computador e vou com a cadeira até a porta e a abro.

_Você quer um café? – eu pergunto.

Ele nega com a cabeça e termina de colocar suas coisas em sua maleta.

_Não obrigado. Preciso ir embora, hoje estou de ônibus e não quero perde-lo.

Franzo a testa.

_E o seu carro?

_Me deixou na mão hoje de manhã, tive que vir de ônibus. Vou levá-lo na oficina amanhã.

Assinto com a cabeça e nós dois saímos do escritório, indo rumo a sala. Louisa estava na cozinha preparando alguma coisa e deu um aceno para ele antes que fosse embora. Chego perto dela e vejo que decorava algum bolo enquanto alguns cookies esfriavam na tigela.

_Você Não fez um bolo né?

_Não Will, isso é um novo tipo de espaguete! – ela fala como se fosse óbvio e eu reviro os olhos – É claro que é um bolo.

_Eu disse que não queria bolo.

_Mas quem cozinha sou eu, e eu digo que você vai ter um bolo, agora vá tomar banho para a gente sair.

Eu bufo, mas faço o que ela diz, não sem antes roubar um cookie primeiro.

_Eu sinto muito Wil – Louisa dizia enquanto voltávamos para casa.

Nós havíamos ido ao cinema, mas antes de sairmos para o jantar, Louisa foi ao banheiro e disse que precisava voltar, segundo ela sua mestruação havia descido e ela precisava ir em casa pegar algumas coisas, eu achei bom e ruim ao mesmo tempo. Eu não queria sair, mas eu estava gostando da nossa noite, principalmente por que ela estava linda. Ela usava um vestido azul cobalto, ele era tomara que caia uma renda branca no busto e a mesma renda na barra do vestido que se abria em uma saia rodada que ia até o meio das coxas. Nas costas eram trancadas com cordas, como em um corpete. Seu cabelo estava preso em uma trança lateral, a maquiagem leve e ela usava um salto baixo. Estava simplesmente linda e eu não conseguia parar de admira-la.

_Tudo bem Clark, comemos em casa.

Ela para o carro em frente a nossa casa e suspira.

_Tudo bem mesmo?

_Sim, já foi muito bom ir ao cinema, sua companhia já foi o bastante.

Ela sorri, se inclinando e me dá um beijo.

_Você é maravilhoso.

_Eu sei – ela ri e desce do carro.

Dá a volta e o abre para que eu pudesse sair. Saio do carro e nós dois seguimos para a porta, ela abre a porta e se afasta para que pudesse entrar, tudo estava escuro e silencioso, o que era bem estranho já que a musica de Lily sempre se fazia presente. Procuro pelo interruptor e o ligo, na mesma hora levo um susto. Nossos amigos saltam e gritam surpresa.

_Parabéns Will – eles gritam.

Tento recuperar meu fôlego e olho para Louisa, Ela tinha uma cara culpada e estava mordendo o lábio inferior.

_Você fez isso não foi?

_Sim. Você não está bravo está?

_Não – eu rio – Obrigado.

Ela se abaixa e me dá um selinho.

_De nada.

_Hei seu imbecil, parabéns – Martin diz chegando perto de mim e me dando um abraço.

_Obrigado seu inútil – ambos rimos.

A festa aconteceu jardim, que estava todo decorado com algumas lanternas japonesas, haviam também algumas mesas de jardim em estilo parisiense, é uma mesa com bolos e doces muito bem postos. Louisa disse que Lily que cuidou decoração e eu tinha que admitir que minha filha tinha talento, tudo estava lindo e eu havia adorado.

Os convidados eram poucos, apenas nossos amigos, Gregorie, minha mãe, meu pai e sua nova esposa, que estava prestes a ganhar um filho. Para minha surpresa, Georgina também estava aqui, ela me disse que iria passar uma temporada em Londres e eu gostei de ouvir isso, fazia tempo que não convívio com minha irmã. Lily e ela se deram super bem e as duas já estavam programando alguns programas para realizarem juntas. Eu estava conversando com Martin, sobre algo aleatório, quando meu pai me deu um toque no ombro.

_Filho, podemos conversar? – ele pergunta.

_Claro – eu digo sério e nós nos afastamos para um lugar mais reservado.

Eu não tinha raiva do meu pai, mas eu fiquei um pouco magoado quando soube que ele traia mamãe a tempos, aquilo me fez perder um pouco da confiança nele, mas ainda sim, eu o amava, afinal ele era meu pai. Porém o mesmo não teve a mesma sorte com Georgina, ela não queria nem ao menos olhar na sua cara, a única coisa que ainda a fazia se comunicar com ele, era o fato de sua esposa estar grávida. Ela fazia apenas algumas perguntas sobre o bebê e saia, deixando ele falando sozinho.

_O que foi pai? – eu peço.

Ele respira fundo e começa.

_Filho preciso de sua ajuda.

_Com o que?

_Bem, eu sei que sua mãe jamais vai falar comigo de novo, não tiro a razão dela, mas eu não quero me afastar de sua irmã. Ela não fala comigo a não ser para falar sobre o bebê, sei eu está chateada, mas não queria me afastar de vocês – ele fala triste.

_Pai, quanto a mim, sabe que não me aafastarei sei que você errou, mas você é meu pai e eu ainda te respeito, mesmo não concordando com o que fez, porém não é comigo que tem que ter essa conversa, e sim com ela. Quem sabe com o tempo ela possa te aceitar de novo? Mas quanto a isso eu não poderei ajudá-lo.

Ele passa as mãos no cabelo, e assente.

_Claro filho, você está certo. Obrigado. Agora vá curtir sua festa.

Eu me afasto dali e volto para a festa. Sei que meu pai sobre com o desprezo de Georgina, mas não posso ajudá-lo quanto a isso, minha irmã não vai perdoa-lo tão cedo. Louisa chega perto de mim, me oferecendo um prato com salgadinhos, que eu aceito, já que estavam deliciosos.

_E então? Gostou da festa? – ela pergunta.

_Sim, obrigado.

Ela sorri, olha de um lado para o outro e se abaixa falando em meu ouvido.

_Lembre-se que eu ainda não te dei seu presente – ela fala com uma voz tentadoramente sexy e eu engulo em seco.

Ela se levantou sorrindo e se afasta rebolando. Ah Louisa, mais tarde você vai ver.

A festa já estava no fim. Todos já haviam ido embora, apenas Treena, Martin, Nathan e Rita ficaram para ajudar Louisa a arrumar tudo. Tom havia capotado no sofá e Lily e Christian estavam juntando as coisas no jardim, não era que o bastardo servia para alguma coisa?

Eu estava levando mamãe a porta, ela solta a minha mão e pega as chaves na bolsa.

_Bem, filho, eu já vou. Amanhã eu venho para Levar Lily para o shopping.

Eu rio. Mamãe, Georgina e Lily iriam ao shopping amanhã, tenho certeza que iriam se acabar nas compras.

_Tudo Bem, até amanhã.

Ela se abaixa e me dá um beijo na testa.

_Boa noite Will, e feliz aniversário.

_Boa noite mãe, obrigado.

Ela sorri e vai embora, entrando no seu carro e saindo pelas ruas de Londres. Fecho a porta e sigo em direção a cozinha. Rita estava secando as mãos enquanto Martin pegava Tom no sofá.

_Bem, acabamos. Já estamos indo.

_Obrigado gente, mas cadê Louisa? – EU pergunto, fazemos algum tempo que não via Clark pela casa.

_Ela foi ao banheiro – Explica Treena.

_Ah sim.

_Até mais Will – Martin fala enquanto carregava Tom para fora – Christian venha, vamos deixar você em casa.

_Obrigado – ele se vira para Lily e o desgraçado da um selinho nela, na minha frente! – Até amanhã.

_Até – ela responde.

Mando um olhar destrutivo em direção a cena e não tiro o olhar dele até que ele suma pela porta da frente. Rita e Nathan também se despedem e os dois vão embora. Lily diz que vai dormir e me dá um beijo de boa noite, ela vai embora e eu desligo as luzes, seguindo em direção ao quarto.

Entro e fecho a porta atrás de mim, e quase engasgo quando me viro em direção a cama. Louisa estava deitada nela, ela usava um conjunto de sutiã e calcinha de renda preta é uma cinta liga, os cabelos estavam soltos e meio bagunçados, a deixando com o ar mais sexy, nós lábios havia um bato vermelho e ea tinha uma olhar faminto.

_Parabéns Will – ela fala chegando perto de mim – Gostou do presente?

Eu perdi a capacidade de falar, não conseguia achar palavras. Sorri diabolicamente e me empurra até a cama, me coloca na mesma e do a em pé.

_Que tal um showzinho? – ela pergunta.

_Acho que eu acabo de ganhar o melhor presente da história.

Ela ri.

_Só por que você é um homem de sorte – uma música começa a tocar e ela morde os lábio – Aproveite.