História Você é meu - SeHun

Jimin Pov's

Neste exato momento são oito horas da noite, e eu estou jogado na minha cama, apenas pensando no que Mark me disse hoje à tarde. Sério, como eu nunca havia percebido que ele gostava de mim? Mas, também não tenho culpa disso. Não sinto nada mais que uma grande amizade por ele e foi o que eu disse, porém Mark disse em resposta que vai tentar me conquistar, já que aparentemente não tem ninguém no caminho. 

Eu deveria ter falado do Jungkook? Não, não deveria. Ou deveria? Não. JungKook não me merece. Ou seria ao contrário? Eu não mereço ele? Eu deveria dar uma chance a ele? 

É melhor eu descer para o jantar antes que minha mãe comece a gritar pela casa até eu descer. 

Desci para a sala encontrando eles já jantando. Me sentei e comecei a me servir. 

— Já ia te gritar. — minha mãe comentou sorrindo. 

— Eu sei… Por isso desci. — respondi rindo fraco. 

— Quem era aquela menina que veio te procurar filho? — Robert indagou olhando para Jungkook. Eu estaria mentindo se dissesse que aquela pergunta não atraiu minha atenção, nas não deixei que ele notasse isso. 

— Minha possível futura namorada, pai. — ele respondeu sem olhar para mim. Uma imensa dor tomou conta do meu coração. Um aperto se fez presente em meu peito e meus olhos insistiam em começar a lacrimejar. Jimin, agora não, alertou meu subconsciente. — Bonita ela, não é? 

— Muito bonita — Robert comentou. 

— E simpática. Gostei dela. — minha mãe comentou logo em seguida. 

E eu apenas comia em silêncio. Por que isso, senhor? Ele deve estar fazendo só para me provocar, só pode ser. Espera… Provocar? É isso! 

Engoli o choro e levantei a cabeça, abrindo um sorriso como se suas palavras não tivessem surgido efeito em mim. 

— Mãe, Mark me pediu em namoro hoje, sabia? — Indaguei chamando atenção de todos, inclusive o de Jungkook. Seu olhar fixo em mim fez-me arrepender de ter dito aquela mentira, aquele olhar continha tristeza e eu podia sentir aquilo. Desviei de seu olhar, senão era capaz de chorar ali mesmo. 

— Nossa… — ela respondeu, surpresa. — Que pedido inesperado, não é? — assenti. — E qual foi sua resposta? 

— Eu vou falar com ele amanhã — respondi e dei de ombros, voltando a comer de cabeça baixa.

[...] 

— To me sentindo um lixo, Tae… Não deveria ter falado aquilo, mas saiu… Foi por impulso — falava em meio as lágrimas que agora molhavam meu rosto. Tinha chamado TaeHyung para dormir aqui em casa, já que era totalmente normal dormimos juntos por sermos melhores amigos. Ele me abraçou. 

— Ai meu Deus, Jimin! Porque não admite logo para o Jungkook que você gosta dele? E, por que você não disse nada sobre o Mark? Os dois estão provocando um ao outro e isso só está fazendo mal ao coração de vocês. — replicou. — E você é um idiota que fica se fazendo de difícil, mas, no fundo quer que o JungKook seja seu. Você só tem que admitir para si mesmo. Agora faz brigadeiro pra mim porquê eu mereço depois de todos esses conselhos. — ele se jogou em minha cama.

— Só você mesmo. — sequei minhas lágrimas com a manga da blusa. — Obrigado, TaeTae. Vou lá fazer o bendito brigadeiro. — revirei os olhos. Mas, antes passei no banheiro, lavei o rosto e o sequei. Ainda assim dava claramente para notar que eu havia chorado. 

Suspirei frustrado e desci para a cozinha.

Enquanto isso… 

Quarto do Jungkook

— Eu vou quebrar a cara daquele alfa! Por que ele tinha que aparecer logo agora? — exclamava Jungkook. 

— Fala baixo, o Jimin pode ouvir, viado. — reclamou TaeHyung, recebendo um olhar nada bom do outro. — Não me olha assim não que eu estou te ajudando. Só continua com o plano. 

— Eu to prevendo que isso vai dar merda. Não devia ter concordado com isso. Fora que eu vou acabar por só iludir a Minah — respondeu Jungkook, agoniado. 

— Você quer tê-lo, não quer? — assentiu o moreno. — Então faça isso. Ciúmes é o melhor caminho pra uma pessoa perceber que ama. Ele vai explodir quando vir você com a Minah, mas tente deixar tudo claro pra ela, tenho certeza que ela compreenderá seus motivos. Agora eu vou indo. — TaeHyung voltou para o quarto do Jimin. 

— Agora só esperar gelar — adentrei em meu quarto logo depois de ter deixado o brigadeiro na geladeira. Um silêncio se fez presente no cômodo. 

— Fala agora pra mim, Jimin. Você gosta ou não do JungKook? — indagou TaeHyung me encarando sério. 

— E-eu… — senti meus olhos marejarem. — Antes eu não tinha certeza, mas quando eu ouvi ele falando que uma garota seria sua possível namorada… Isso acabou comigo, Tae. Eu amo ele — falei num fio de voz. 

— Então corre atrás dele, senão como eu disse ontem, outra pessoa pode ocupar o lugar que você deveria estar. 

— O que eu fiz já está feito. Tenho que falar com o Mark.

— Isso vai dar merda, Jimin. Sério… Você só vai estar brincando com os sentimentos dele, e isso não é certo — respondeu TaeHyung, fazendo com que eu me encolhesse na cama. 

— E-eu não sei mais o que fazer, Tae… A minha vontade é de correr para os braços dele e dizer como eu o amo. 

— E, por que não faz isso? 

— Porque eu não quero dar o braço a torcer… Não mesmo. Se ele me amasse como você diz, não teria desistido tão rápido de mim.

Segunda-feira; 09:30 da manhã

Tínhamos acabado de sair da bendita sala de aula, e seguimos para o refeitório encontrando o povo que sempre se sentavam junto conosco, porém JungKook não estava ali. E, logo a resposta para minha pergunta do porquê dele não estar ali, surgiu como uma facada no meu coração.

 JungKook surgiu no meio da multidão com uma menina agarrada ao seu braço. A garota sorria apaixonada para ele. 

Ultimamente tenho me sentido mais fraco, mais frágil que antes, eu tenho deixado que as lágrimas tomem conta do meu rosto, mas dessa vez segurei o choro e desviei o olhar. 

Aguenta firme, Jimin!

Ambos se aproximaram de nossa mesa, TaeHyung e Hoseok olharam para mim como se esperassem que eu saísse correndo de lá. Não vou dar este gostinho a você JungKook. Não mesmo. 

— Bom dia. — a garota disse sorrindo. 

— Galera, quero apresentar a Minah. — JungKook sorriu e os outros a cumprimentaram. Claro que eu nem fiz questão disso. Peguei meu celular e mostrei as novas mensagens do meu admirador secreto à quem ainda não tinha visto. 

— Nossa, que romântico! Esse você ganhou na loteria, Jimin. Já sabe quem é? — Indagou Jin em voz alta, atraindo os olhares do povo da nossa mesa. 

— Quem é o que amor? — Indagou Namjoon, curioso. 

— O admirador secreto do Jimin, que vem mandando várias mensagens românticas pra ele. — Jin respondeu. 

— É o Mark, nos encontramos ontem. — respondi.

— Como assim aquela bixa voltou e não me avisou? — Jin Indagou, desacreditado. Jin, Namjoon e Mark eram grandes amigos também. 

Minah tagarelava alguma coisa com TaeHyung e Hobi, enquanto JungKook mantia seu olhar fixo em mim, que sempre desviava de seu olhar na maioria das vezes. Mas, seu olhar parecia me chamar, aquele seu olhar implorava para mim olhar em seus olhos e dizer o que eu realmente sinto. 

— Amor, o sinal já vai bater. Me leva pra minha sala, por favor? — Minah pediu. Até a voz dessa garota me enjoa. Antes que ambos saíssem, levantei primeiro e segui para minha sala, sozinho. Mas, logo senti alguém me seguindo. Iria apressar meus passos se não fosse por esse alguém ter me prensado na parede do corredor, este que se encontrava vazio. 

— Você vem comigo. — SeHun me puxou a força para atrás da quadra, onde ninguém poderia me ouvir mesmo se eu gritasse até a minha voz sumir. 

Sehun era um alfa do terceiro ano, ele vivia me atormentando antes, mas por algum motivo tinha parado, e agora do nada isso?

— Me solta, Sehun — me debatia em seus braços numa tentativa falha de me livrar dele, mas nunca que um ômega vai ser mais forte que um alfa. Ele me prendeu na fria parede que tinha atrás de nós e começou a passar as mãos em minha coxa. Beijou meu pescoço. — Se-Sehun, p-por… Favor, me solta. — implorei em meio às lágrimas. — P-para… — senti um aperto em minha bunda.

— Seu cheiro já está irresistível, Jimin, e eu te desejo. Seu corpo me deixa louco, sabia? Sinto seu cheiro aumentando e pelo que eu sei, Yoongi não está dessa vez. Você passará o cio comigo, Jimin. Você querendo ou não. — ele dizia enquanto passava sua mão pelo meu corpo, enquanto eu chorava e me debatia pressentindo o que ele iria fazer. 

— Não faz isso, por favor — pedi num sussurro. Ele beijava meu pescoço. — Alguém me ajuda — fechei os olhos fortemente, e logo senti seu corpo sendo arremessado com brutalidade para o chão, longe de mim. Ajeitei minha roupa e me encolhi no canto da parede. 

— SE VOCÊ CHEGAR MAIS UMA VEZ PERTO DO MEU ÔMEGA, EU TE MATO, ESTÁ ME OUVINDO BEM?