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História Você é meu ômega! - Assalto


Escrita por: MSabaku0206

Notas do Autor


Oie, espero que gostem do capítulo de hoje.
Obs: o que está sublinhado é o que é dito através de sinais.
Boa leitura!

Capítulo 14 - Assalto


Fanfic / Fanfiction Você é meu ômega! - Assalto

Yashamaru havia estranhado ao não ver o pequeno ômega aguardar seu filhote na entrada da escola, também estranhou quando este não havia comparecido nos próximos dois dias, e estranhou ainda mais quando ao retornar, o menino parecia ainda mais desanimado que o normal, o pequeno olhava apenas para baixo, andando como se o peso do mundo estivesse em suas costas.

 

- Filhote? – chamou-o, sorrindo, sorriso este que desapareceu quando o garotinho reclamou ao seu filhote abraçá-lo. Preocupado, pediu para Gaara aguardar, enquanto ele levava ao outro ômega até um dos banheiros – Sasuke querido, sabe que pode me contar qualquer coisa, não é? Alguém te fez alguma coisa? – também havia percebido o como o pequeno andava estranho, como se estivesse machucado, o menino nada disse, mas seus olhinhos se encheram d’água com suas seguintes palavras – Sasuke, confie em mim, sim filhote? Sabe o quanto eu gosto de você, não sabe? Será que pode me dizer o que aconteceu? – o menor nada disse, tinha medo, mas o ômega era tão insistente e lhe olhava tão doce, que não conseguia negar além disso, estava tão quebrado que só queria que alguém viesse, o salvasse e o abraçasse da mesma forma que via o ômega abraçar a Gaara, o rosto de Yashamaru perdeu a cor e este sentiu-se enjoado quando o pequeno tirou a camisa, revelando inúmeras e profundas marcas, que certamente deixariam feias cicatrizes, sentiu vontade de chorar e só pôde abraçar o filhote quando as primeiras lágrimas deste escaparam. Pela primeira vez em sua vida, Yashamaru desejou ser capaz de matar, não ficaria quieto, já ninguém machucaria seu filhote, porque sim, já amava aquele menino como se também fosse seu filhote.

 

 

 

                Se algum dia lhe dissessem que estaria naquela posição, jamais acreditaria. Sasuke nunca havia gostado de chamar atenção, preferia passar despercebido, se ninguém percebesse sua presença, não se aproximariam, se não se aproximassem, não sairia machucado. Estar próximo a tantas pessoas o deixava aflito, principalmente quando estas pareciam avaliá-lo.

                Havia sido apresentado a todos, Shikamaru, o baixista da banda parecia um alfa calmo, disposto a passar quase tão despercebido quanto ele, mesmo parando para analisar, ele parecia na verdade não se importar se chamava a atenção ou não, sua expressão apática demonstrava tédio, mesmo não fosse o que ele sentia.

                Sakura, a baterista, ao contrário, era uma alfa cheia de energia, tanto que o havia assustado ao quase erguê-lo em um abraço, para então apertar suas bochechas, afirmando o quão fofo era, havia ficado bastante deslocado, mesmo não parecia o único, já que pelo rosnado do Uzumaki, este parecia não ter gostado muito da exagerada aproximação.

                Naruto, o guitarrista, ele já conhecia, o alfa que o vivia perseguindo o deixava angustiado, lhe encarando o tempo todo, principalmente quando seu lobo continuava a afirmar que aquele era seu alfa.

 

- E aqui é onde normalmente acontecem os ensaios. – Itachi, quem o guiava, terminou seu extenso monólogo, por fim pousando os olhos no menor, que parecia desconfortável – Alguma pergunta, Sasuke?

- Eu... – o pequeno observou os três alfas que formavam a banda, sentiu seu estômago doer e inconscientemente levou uma mão a outra, a coçando – Não.

- Ótimo. Aqui é onde normalmente acontecem os ensaios. – o menor assentiu, adentrando a sala, e mesmo já havia estado ali antes, para limpar, agora parecia diferente, como se fosse um lugar novo, totalmente inexplorado, ou talvez apenas sua percepção havia mudado.

- E... essas são as músicas que temos até então. – Sakura deixou uma pasta em suas mãos, o moreno a abriu, dando uma olhada rápida, a maioria eram melodias românticas – Foi Naru quem compôs a maioria. – levantou os olhos, encarando ao loiro, que agora tinha as bochechas vermelhas, suspirou, não sabia se conseguiria cantar uma música de amor, uma vez que não conhecia esse sentimento.

 

(...)

 

- JÁ VAI! – a ômega gritou irritada, vestindo um robe, a haviam interrompido no pior momento, quando estava quase chegando ao ápice de seu prazer, com aquele belo alfa que havia conhecido naquela manhã – O que diabos... – não pôde concluir, pelo forte tapa que havia feito seu rosto girar – O que pensa que faz, seu inútil? – bradou irada, o ômega nada disse, apenas entrou feito um furacão, subindo as escadas, até o quarto do pequeno menino – O que faz?

- Estou buscando as coisas de Sasuke, a partir de hoje ele não volta mais nessa casa.

- E quem você pensa que é para dizer uma coisa dessas. Eu sou a mãe dele.

- Não, uma mãe não machuca o filho do jeito que você faz. Sasuke não volta aqui. – encheu uma pequena mochila, colocando o que acreditava fosse mais importante, o resto poderia comprar depois – Ainda hoje vou fazer uma denúncia e solicitar a guarda dele. – Yashamaru desceu as escadas, saindo da casa, sem dá-la a oportunidade de pronunciar palavra, a ômega apertou os punhos, irritada, para então voltar ao quarto, ignorando seu amante e pegando seu celular, ligando para o número de seu marido, que neste momento trabalhava – Temos um problema.

 

 

 

                Sasuke nunca pensou que os ensaios tomariam tanto tempo, e embora não houvesse cantado nenhuma música, havia os ouvido tocar por horas, a fim de conhecer melhor a banda e suas músicas, ainda sentia-se deslocado, mesmo todos haviam sido muito simpáticos e pacientes consigo.

                Ouviu passos atrás de si e girando o rosto, viu uma figura encapuzada a alguns metros, sentindo seu coração acelerar, apertou o passo, já estava escuro, não havia quase ninguém nas ruas, era uma presa fácil.

                Olhando para trás, viu como o que pôde distinguir como um homem, também apertou o passo, e desejando chegar o mais rápido possível ao ponto de ônibus, acelerou, iniciando uma corrida, que foi acompanhada pelo homem, já estava próximo do ponto quando se sentiu puxado a um beco.

 

- Por que foge, docinho? – o hálito fétido do que distinguiu como um beta, atingiu suas narinas, fazendo seu estômago embrulhar – É só me dar tudo o que tem, que ficaremos bem.

- Eu não tenho nada. – o homem sorriu de lado, começando a revistá-lo, Sasuke se desesperou, as mãos do beta passando por seu corpo lhe trazendo sensações que preferia não recordar. Em pânico, se remexeu, conseguindo acertar sua cabeça na do homem, que por instinto o soltou, sentindo que seu nariz sangrava, provavelmente quebrado.

- Seu desgraçado! – o homem o alcançou quando estava quase saindo do beco, lhe puxando pelo braço e desferindo um soco, que o derrubou ao chão. Cheio de raiva, o beta o chutou várias vezes no estômago, para então subir sobre o pequeno, lhe socando mais uma vez, seguida de outra e mais outra. Se levantou irritado, voltando a revistar o pequeno, conseguindo encontrar sua carteira, da qual retirou umas poucas notas, as quais o pequeno pretendia usar para comprar seu jantar e voltar para casa, mas que agora seria utilizado como um meio de sustentar o vício de alguém que nunca antes havia visto. Jogando a carteira agora vazia ao lado do ômega, o beta se abaixou à sua altura, erguendo o punho para socá-lo mais uma vez, quando seu pulso foi tomado e ao girar, acabou sendo derrubado por um punho, que o socou ao rosto. O beta conseguiu se levantar e ao analisar a situação, percebeu estar agora em desvantagem, jamais era uma boa ideia brigar com um alfa zangado, por isso o distraiu, jogando uma das latas de lixo em direção ao loiro, para então sair correndo, abandonando ambos jovens. Embora irritado, Naruto preferiu deixar o homem, estava mais preocupado com o ômega, que ainda se encontrava caído.

- Sasuke! – se abaixou a altura contrária, vendo como o nomeado tinha sangue no lábio e um de seus olhos machucados. O ômega ao ouvir sua voz e não reconhecê-lo, se removeu inquieto, tentando empurrá-lo – Shhh... sou eu, teme... Naruto. – o ômega, apesar de ainda tenso, deixou de se mover e permitiu que o alfa o ajudasse a levantar. O loiro colocou um dos braços do ômega em seus ombros, sabia que era o máximo de aproximação que o menor permitiria.

- O-onde me leva?

- Ao meu carro... vou te levar ao hospital. – Sasuke negou.

- Não. – tentou se desvencilhar.

- Fique quieto, teme.

- Não vou ao hospital, Naruto. – o alfa suspirou, aquele tom cheio de ódio, o mesmo tom que ele já havia ouvido em outra ocasião fazia ato de presença mais uma vez, mas Naruto sabia, era apenas uma forma de auto-defesa, sabia que o ômega deveria estar sensível depois de ser assaltado e agredido, agora agradecia o garoto que havia tentado lhe vender algumas balas e olhar em sua direção, notando assim a estranha movimentação naquele beco.

- Ok, não vou te levar ao hospital. – garantiu, sabendo-se derrotado. Chegou mais uma vez ao local onde havia deixado seu carro.

- Já disse que não vou ao hospital. – falou o ômega ao sentir como o alfa o introduzia no banco do carona, dando a volta e entrando no lado do motorista.

- Não vamos ao hospital.

- Onde vamos então? – perguntou desconfiado, por mais que Naruto o houvesse ajudado, ainda não confiava, o alfa em resposta apenas sorriu, inserindo a chave na ignição e a girando.

 

(...)

 

- Eu não quero que você vá. – o pequeno moreninho gesticulou em meio às lágrimas.

- Eu também não quero ir. – o ruivinho também chorava, de um momento ao outro, toda sua vida havia mudado desde o suspeito acidente, que havia levado a vida de seu papi. Havia o perdido, e agora teria que se mudar para outra cidade, com um pai que nunca o havia querido assumir até então e uma família que aparentemente o odiava, e o pior, longe de seu único amigo – Eu prometo que volto. Promete que me espera? – Sasuke assentiu, levantando um dedinho e entrelaçando com o do outro ômega, para então os soltarem e praticamente pularem um sobre o outro, em um forte abraço.

- Gaara... vamos! – o alfa aparentemente havia esquecido que o menino era surdo e portanto não o ouvia, ainda teria que se acostumar a essa nova situação. Sasuke ao ouvi-lo, soltou o abraço de seu amigo, lhe gesticulando o que o descoberto pai deste havia ordenado. O pequeno ruivinho abaixou a cabecinha, sendo guiado por aquele estranho homem até um carro, onde foi colocado no banco de trás. Gaara imediatamente ficou de joelhos no banco, colocando ambas mãozinhas no vidro, seus olhinhos enchendo-se d’água, quando este começou a andar e seu único amigo, sentindo seu coraçãozinho partido, começou a correr atrás do veículo, as quentes lágrimas banhando seu rostinho, ambos rezando para que esta não fosse a última vez que se vissem.

 

 

 

 

                Sasuke sentiu todo seu corpo tencionar quando, após passar em uma farmácia, o loiro estacionou na frente de seu prédio, encarou-o desconfiado, vendo como este tinha os lábios apertados e as bochechas coradas.

 

- Eu... digamos que talvez... eu tenha o seguido um dia. – o coração do ômega saltou dentro do peito, assustado, o alfa o havia seguido, sabia onde morava, era uma presa fácil.

- ... – não conseguiu dizer nada, estava em pânico, só queria chegar em seu quarto e se trancar em seu lugar seguro, mas ao abrir a porta e tentar descer, quase caiu ao suas pernas não conseguirem sustentar o peso do corpo. Naruto imediatamente desceu do carro, correndo ao seu lado, mas ao tentar tocá-lo, acabou repelido – NÃO ME TOQUE! – os azuis olhos se abriram como pratos.

- Eu... só quero ajudar. Não vou fazer nada, prometo. – o moreno apenas desviou os olhos – Sasuke, sabe que não consegue subir sozinho.

- Eu posso fazer qualquer coisa sozinho, não preciso da ajuda de ninguém.

- Todos precisam de ajuda de vez em quando. Me deixe te ajudar... por favor. – apesar de querer negar, o ômega sabia que não conseguiria subir as escadas do prédio sozinho, pela dor, resolveu dar um voto de confiança ao se ver sem alternativa. O loiro sorriu ao não ser empurrado quando tentou mais uma vez colocar o braço do menor em seus ombros.

 

                Sem pronunciar palavra, ambos subiram as escadas do prédio onde ficavam os dormitórios dos alunos que moravam longe de suas casas e famílias, e chegando à porta de seu quarto, o ômega colocou a chave, a abrindo, para então se soltar do agarre alheio.

 

- Pode ir agora.

- O que? Claro que não, ttebayo. – e tomando de volta o braço do menor, entrou ao quarto, neste havia apenas uma cama de solteiro, um criado-mudo ao lado desta, um roupeiro, uma mesa de estudos, um frigobar e outra porta, que deveria ser o banheiro, era pequeno, mas sabia que assim eram todos os quartos dos alunos que moravam nos dormitórios. Sentando ao ômega na cama, colocou no chão a sacola com o que havia comprado na farmácia, e se ajoelhando à frente do menor, tirou um algodão e soro fisiológico.

- O que faz?

- Quieto, teme. – o ômega fez careta ao sentir o algodão molhado em seu lábio machucado, ainda assim não disse nada, encarava calado como o alfa, muito concentrado, molhava mais uma vez um novo algodão, para então passar delicadamente no lábio contrário, tomando o maior cuidado para não machucá-lo mais do que já estava. O loiro limpou o machucado de seu lábio, colocando também um remédio, passando uma pomada em seu olho, que já estava inchado – Tire a camisa.

- O que? Claro que não.

- Não seja teimoso, teme, eu só quero ver os seus machucados.

- Mas eu não quero que veja.

- Teme...

- Dobe... – Naruto suspirou, sentindo-se derrotado ao saber que o menor não tiraria de forma alguma a camisa.

- Ok, vou deixar a pomada aqui. – Sasuke nada disse – Tome. – o moreno encarou estranhado a embalagem que foi deixado em seu colo, junto com um par de hashis – Você deve estar com fome. – o alfa girou, andando até a porta, o ômega permanecia estático, encarando a embalagem branca, a qual ele não havia reparado antes, foi só quando o loiro chegou à porta que saiu de seu estupor.

- Naruto... – o nomeado girou, para encará-lo, Sasuke ainda não erguia os olhos – obrigado. – ainda assim foi o suficiente para que um sorriso brotasse em seus lábios. 


Notas Finais


Continua...


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