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História Você Não Está Só - Um Problema Chamado Junsu


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Aeee, Tia Moy veio antes de domingo hahaha por quê?

Porque o feedback foi muito bom e vocês estão sendo muito legais e fofos comigo !!

Boa leitura.

Capítulo 4 - Um Problema Chamado Junsu



Jimin

Seul, 22 de junho de 2015

Haviam se passado mais de três meses desde a última vez que eu falei com aquela anã irritante e chata, mas mesmo assim ela conseguia passar grande parte dos meus dias na minha cabeça. 

- Quem você está tentando enganar? - suspiro e passo pelos portões da faculdade.

Eu estava preocupado, pois lembro-me perfeitamente de vê-la em pânico ao notar que havia escurecido, depois ouvir a sua voz carregada de medo ao dizer que "ele a machucaria" e por fim assistí-la correr chorando para casa.

- Jiminnie! - esse pirralho justo agora que eu só quero ir para casa.

Pare de ser ingrato, Park Jimin, afinal é esse garoto que te mantém informado sobre a Sook. Jungkook havia se tornado um dos amigos mais próximo dela, ele e o sabichão da sua sala.

- É hyung pra você. - aperto-lhe as bochechas e eu só as solta quando ele implora.

- Aigo. A Sook noona não me trata assim. - reclama com um bico.

- Ela você tem facilidade em lembrar de ser formal. - reviro os olhos. - Enfim, diga o que quer?

- Aish, que bicho te mordeu? - ele cruza os braços. 

- Pelo amor de Deus, diga logo, Jungkook! - odeio suspense.

- Bom, você me pediu pra vim falar com você quando a Sook se mostrasse estranha. - ele fala e meus olhos se arregalam. - Por que está me olhando assim? O que você sabe sobre a noona que eu não sei?!

- O que te faz pensar que eu sei algo? - ergo uma sobrancelha para tentar enganá-lo. - Eu só estou curioso sobre aquela anã - minto.

- Não fale assim da noona! - como sempre, Jungkook a defende. - Você não entende pelo o que ela anda passando!

Espera um pouco aí.

- Jungkook, o que você sabe e não está querendo me contar? - encaro-o e ele não consegue esconder a cara de culpado. - Desembuche.

- Eu não sei se deveria... - diz cabisbaixo. - São coisas pessoais da Sook noona, é ela quem tem que contar, não eu.

- Mas você veio falar comigo mesmo assim. - não posso deixá-lo fugir com essa informação. - Primeiro, por que você acha que ela está estranha?

- Não é bem estranha. - continua olhando para baixo. - Mas algumas coisas me levam a crer que alguém...

- Bate na Sook. - termino a frase e ele ergue a cabeça assustado. - Por que você acha isso?

- Eu desconfio faz um mês. - suspira. - Tudo começou quando eu a vi mancando e ela me disse que havia caído da escada, mas ela mora em prédio e é muito difícil ela usar a escada.

- Realmente, nem para mentir a criatura serve. - digo, mas em seguida levo um beslicão. - Aiii! Por que fez isso?!

- Pare de falar mal da Sook noona na minha frente. - afirma sério. - Ou vou te chamar de baixinho.

- Quem você pensa que é? - trinco os dentes

- Sou um garoto mais novo e mais alto, hyung. - noto o desdém em sua voz. 

- Tá, tá! - ergo as mãos em sinal de paz. - Agora me explica essa história direito... Você desconfiava, mas por que só agora veio falar comigo?

- Continuando a história. - ele fala e cruza os braços. - Depois do dia em que a vi mancando, a Sook mudou, ela anda mais reservada, sai menos comigo e sempre diz que não pode sonhar em tirar nota ruim.

Tudo o que o Jungkook está dizendo só me deixa mais preocupado, porque talvez o que eu andei pensando seja a verdade. 

- Mas hoje... hoje ela veio com uma blusa de manga comprida e um cachecol, sendo que nem está tão frio assim. - ele me encara pedindo ajuda. - Eu sei, sei que pode ser só uma besteira, mas quando ela estava saindo da sala de prova dela, ela foi arrumar os óculos e uma das mangas desceu um pouco...

Respirei fundo esperando pelo resto da informação, mas parecia que a boca do garoto havia congelado.

- Fala logo pelo amor do Senhor, Jeon Jungkook! - acabei gritando

Alguns alunos que estavam saindo de suas provas nos olharam assustados.

- Desculpe, só diga logo, por favor. - controlo o tom dessa vez.

- Tinha uma marca de mão... no pulso dela. - diz por fim. - Uma marca roxa... Aconteceu no fim de semana, ela não tinha isso na sexta, eu juro!

- Calma, calma. - tento fazê-lo não chorar. - Deus, você gosta mesmo dessa garota, não?

- Ela é como uma irmã mais velha pra mim, e eu não suporto pensar que alguém a está machucando, poxa. - seus olhos começam a ficar marejados. - Quero ajudar, mas não sei como... Quando eu perguntei a ela sobre isso, ela ficou assustada e disse que eu não deveria me preocupar nem tentar ajudar, que isso só pioraria.

- Você sabe com quem a Sook mora? - indago para ter certeza de uma coisa. - E Jungkook, chorar não vai ajudá-la.

- Com o Junsu. - diz enquanto passa a mão em frente ao olho, espantando as lágrimas. - Ele é irmão do diretor.

- Esse Junsu... Ele é o que da Sook? - era hoje que eu encaixava as últimas peças desse quebra-cabeça.

- Não sei. - ele parece confuso. - A Sook noona sempre se refere a ele como Junsu, apenas.

- Nesse mato tem coelho*. - coloco a mão no queixo enquanto o pirralho me encara. - Só mais uma pergunta... Que horas é a prova da Sook amanhã?

- Às nove e meia, mas termina às onze e dez. - afirma.

- Sabia que você saberia. - sorrio convencido. - Aí depois vem com o papo de "ela é como uma irmã mais velha".

- Você só diz isso porque gosta dela, não é hyung? - pega-me de surpresa. - Afinal, você vive preocupado com ela, sempre me perguntando como ela está.

Talvez, mas só talvez o garoto estivesse certo. Admito que a Sook era uma garota muito bonita, mas ela é uma pessoa difícil de conviver, se bem que eu me divertia bastante com ela, seja brigando ou brincando.

- Por que você está ficando vermelho, Jiminnie hyung? - e lá vinha o sorriso malicioso de coelho.

- Aish! - dou-lhe um peteleco na testa. - Vá estudar, vá! - faço sinal com as mãos.

- Aigo, hyung mau. - faz bico e começa a se afastar. - Vou contar pra Sook noona que você gosta dela. - mostra a língua e sai correndo antes que eu possa ameaça-lo.

- Pirralho dentuço. - bufo, agora já era tarde.

Mas que diferença faria? Se ela não estava falando comigo antes, não era uma brincadeira do Jungkook que a faria se reaproximar. Jogo a franja para trás e volto ao meu caminho para casa, mas em minha cabeça eu tinha todo o meu plano bolado para amanhã.

- De amanhã você não me escapa, Min Sook. 

#

Eu estava tirando um cochilo, apenas um cochilo quando aquele macaco tagarela entrou no meu quarto e decidiu que deveria me acordar pulando em cima das minhas costas. E não satisfeito, ele chamou o amigo cavalo para aumentar o peso.

- QUAL É O PROBLEMA DE VOCÊS?! - grito os jogando para fora da minha cama.

- Ué. - Hobi fez um bico. - Pensei que você tinha uma prova super importante amanhã.

- Por isso viemos te acordar, ChimChim. - Tae dá um sorriso gigante. - Assim você pode estudar mais!

Eu deveria estar com um olhar de peixe morto, pois ambos fizeram uma cara de nojo.

- Odeio vocês. - bufo e levanto da cama. - Sério, se eu ficar com dor nas costas, vocês vão desejar não ter nascido. - ameaço e eles riem.

Sério, eu desisto de colocar alguma razão na cabeça desses dois. Caminho até o banheiro, ignorando-os e lavo o rosto, afinal agora eu estava acordado, não tinha outra coisa para fazer do que estudar.

- Agora chispem do meu quarto! - expulso-os assim que saio do banheiro. - E me deixem estudar em paz.

- Você não era assim, ChimChim. - Hobi faz um bico.

- É verdade. - Tae se junta ao círco. - É porque a Sook quebrou o seu coração?

- O quê?! - faço uma careta de perplexidade.

- A Sook deu um fora nele? - Hobi bate as mãos na bochecha. - Não creio! Por que não me contou?!

- Ela não me deu um fora, quer dizer, nós nem tivemos nada. - nego e o Hobi seguro nos meus ombros.

- Você me traíu! Como pode, ChimChim? - e lá vinha o drama.

- Você não contou a ele? - a não Tae, você também não.

- Olha chega desse teatrinho, ok? - os afasto e os encaro. - Eu e a Sook não temos nem tivemos nada, a gente só parou de se falar porque... - faço alguns gestos com as mãos tentando pensar numa palavra que explicasse o nosso ódio mútuo.

- Por que ela é lésbica?! - Tae solta chocado.

- Não! - respondo rápido.

- Por que ela gosta do Jungkook?! - Hobi dá um berro que pelo Senhor.

- Não! - rosno. - Me deixem fa...

- Por que ela prefere os caras inteligentes? - Tae também grita e eu já estava dando na cara dele.

- Mas que porra?!

- Já sei! Por que ela descobriu que você é virgem?! - Hobi está até parecendo o cara do quadro "O Grito".

- De onde vocês tiram essas ideias? - eu estava quase rindo, mas aí o Taehyung decidiu pegar pesado.

- Meu Deus, eu sei o motivo e agora faz sentido porquê o ChimChim não quis nos contar. - diz me encarando com uma cara de pena. 

- Por que, Tae?! - Hobi e sua mania de incentivar a imaginação dessa criatura.

- Por que ela acha que o ChimChim tem piupiu pequeno, já que ele é desprovido de altura. - afirma e os dois me olham com dó.

- EU VOU TE MOSTRAR DO QUE EU SOU DESPROVIDO, TAEHYUNG! - grito e saio correndo atrás dos dois que fogem para a cozinha.

#

Seul, 23 de junho de 2015

Uma fucking hora da manhã e finalmente havia conseguido terminar de estudar, se eu estava confiante para amanhã? Para a prova, mais ou menos, agora para falar com a Sook... nem um pouco.

O que eu iria dizer? Confrontá-la diretamente não daria em nada, mas algo me dizia que não era uma boa ideia esperar mais uns dias para conseguir a sua confiança de volta e ela me contar tudo de bom grado. Suspiro ao terminar de arrumar a minha mala para amanhã, que não era muita coisa, isso era uma das coisas boas da semana de provas.

Não tínhamos mais aulas, só provas, a coisa ruim era fazer a prova, mas fazer o que, não é? Estou afim de me formar logo em fisioterapia. Escuto alguém bater na porta e mando-o entrar, como esperado, um Taehyung com uma cara de curiosidade entra em meu quarto.

- O que foi, Tae? - jogo a franja para trás e me sento na cama.

- Você está bem? - continua em pé a minha frente.

- Estou. - ergo uma sobrancelha, pois ele parecia realmente tenso.

- É que hoje você parecia diferente. - afirma sem jeito. - E eu e o Hobi só queríamos te animar, mas sentimos muito se você ficou bravo quando viemos te acordar hoje à tarde.

- Tae, desencana. - levanto-me e toco em seu ombro. - Eu sei muito bem lidar com vocês. - sorrio.

- Então você está bem mesmo? - indaga desconfiado. - Você comeu tão pouco hoje na janta.

Ah, eu sabia aonde ele queria chegar. Esse é o bom e o ruim de melhores amigos, eles te conhecem bem demais, mas às vezes exageram.

- Eu não estou fazendo nenhuma dieta louca, Tae. - digo ao cruzar os braços. - Nem entrando em depressão.

- Certeza? - seus olhinhos se arregalam. - Por que eu e o Hobi podemos...

- Aquilo não vai acontecer de novo, Tae. - suspiro. - Eu prometo.

Ficamos um tempo em silêncio com ele observando qualquer reação suspeita minha e eu me lembrando de como foi uma das piores épocas da minha vida.


Eu e Hobi estávamos na nossa primeira semana de aula do nosso primeiro ano na faculdade, e bem, nosso veterano é um cara tão esquisito que às vezes eu me pergunto se ele é algum parente maluco do Hobi.

Ah, eu namorava naquela época, uma menina da nossa antiga escola, ela dizia me amar, não que eu acredite nas três palavras "eu te amo" com tanta facilidade, mas eu pelo menos achava que ela gostava de mim. Mas foi só eu parar a academia para poder me focar nos vestibulares e engordar alguns kilos que o tal amor foi para o ralo.

O Taehyung estava comigo no dia em que ela me esculachou, dizendo que ela merecia um cara melhor do que eu, que ela se perguntava todos os dias o que tinha acontecido com o seu namorado gostoso. Se eu chorei? É claro que eu chorei, eu tinha sentimentos naquela época, sentimentos que eu nunca mais tive por nenhuma outra garota.

A sociedade vive à base de rótulos, pernas finas e brancas são bonitas, barriga definida é demais, roupas de marca te fazem outra pessoa, tatuagens estragam a sua pele, dinheiro é o que mais importa, e outros mais.

Mas foram os dois retardados que ficaram ao meu lado, e Deus, aquela foi a pior época da minha vida. Parei de comer, de sorrir, de dormir, de viver... eu só pensava em malhar, em emagrecer, em ser aceito. Eu só caí na real quando o Hoseok decidiu que era a hora de falar a sério comigo.

- Que porra você está fazendo da sua vida, Park Jimin? - arregalei os olhos, ele nunca me chamava assim. - Eu não virei seu melhor amigo para ver você se afundar por causa de uma biscate idiota que não soube valorizar o namorado que tinha.

Fiquei em silêncio, dei uma olhada em Taehyung que também estava sério com os braços cruzados. Deus, o que eu havia feito com eles? Foi então que eu percebi que estava afetando as pessoas que são importantes para mim.


- Eu sinto muito. - coloquei a mão no rosto e comecei a chorar.

- Tudo bem, ChimChim. - senti os dois me abraçarem. - Amigos são para isso.



- Pode confiar em mim. - assinto. - Não quero passar por aquilo de novo e não vou. 

- Tá bom. - diz por fim. - Viu, Hobi, eu disse que ele tava legal.

- Cuidado nunca é pouco. - Hoseok entra no meu quarto com um sorriso. - Agora só precisamos saber a verdade sobre a sua relação com a Sook.

- Pela milésima vez... EU NÃO TENHO NADA COM A SOOK! - grito para ver se entra alguma coisa na cabeça deles.

- Credo, menino, vai acordar os vizinhos. - Hobi faz uma cara de chocado, garoto dramático da porra.

- Então por que vocês não se falam mais? - Tae faz um bico. - Ela é super fofa, legal, bonita, inteligente e cheirosa.

Tá, eu sei que é errado, mas eu não estou gostando disso aí.

- Diz pra gente, ChimChim. - e lá vinha o cavalo e seu beicinho.

- Nós apenas não damos certo para sermos amigos, só isso. - reviro os olhos. - Agora me deixem dormir.

- Waahh. - Tae faz uma cara de desanimo. - Eu queria tanto que a Sook fizesse parte da nossa família. - choraminga.

- A gente pode deserdar o ChimChim e adotar a Sook. - Hobi coloca a mão no queixo.

- Vocês o quê? - ergo uma sobrancelha. 

- Talvez devêssemos. - ambos me encaram pensativos.

- Eu odeio vocês. - empurro-os para fora e fecho a porta. 

- Nós também te amamos, ChimChim. - Tae diz mesmo estando do outro lado da porta.

- Nosso bebê está crescente, TaeTae. - Hobi dá uma fungada forçada.

- VÃO DORMIR! - grito e ouço as risadinhas se afastarem da porta. - Ninguém merece.

Reclamo antes de colocar o pijama e me jogar na cama, eu tinha prova amanhã cedo e depois tinha uma anã e seus problemas, vulgo Junsu, para enfrentar.

#

Meu relógio de pulso marcava onze horas no exato momento em que a vi, e como Jungkook mencionara, ela usava um cachecol e uma blusa de manga comprida sendo que nem estava todo esse frio.

Enquanto caminho em sua direção, fico repassando o meu discurso elaborado em meros vinte minutos de espera. Paro em sua frente o que a faz dar um pulo de susto ao me ver, seus olhos se conectam com os meus e por alguns segundos eu esqueço o que eu estava fazendo ali.

- Jimin? - sua voz me desperta do transe. - Aconteceu alguma coisa?

- Ahh, oi, Sook. - coço atrás do pescoço. - Tudo bem com você?

Mas que porra você está fazendo, Park Jimin?

- Tudo sim e contigo? - responde com um pequeno sorriso.

- Bem também. - assinto.

Ficamos em um silêncio desconfortável com alunos saindo de suas provas e passando por nós. 

- Sook, posso te pedir para ser sincera aqui e agora comigo? - indago e ela não parece muito a vontade. - Por favor?

- Não prometo responder, mas prometo não mentir. - afirma.

- Já é alguma coisa. - assinto e começo a ficar nervoso sem saber como abordá-la. - Quem marcou o seu pulso e por quê? - solto antes que me arrependa.

Seus olhos se arregalam e sua boca se abre um pouco, mas nenhum som sai da mesma. 

- Jungkook veio falar comigo, ele está preocupado com você. - explico. - E eu também.

- Você? - arqueia as sobrancelhas em sinal de dúvida. - Ficamos mais de três meses sem nos falar, Jimin.

- O que foi um erro, já que você não saía da minha cabeça. - arrependo-me no momento que acabo de falar. - Sook, eu só estou preocupado com você, e eu fui um trouxa por não ter tido coragem de ter falado com você antes.

- Jimin, eu acho melhor a gente deixar as coisas como estão. - ela dá um passo para trás. - E aquela marca no meu pulso foi uma pequena briga que tive com uma pessoa lá de casa.

- Junsu, não é? - espremo os olhos ao ver como a sua reação não foi nada boa ao ouvir o nome desse canalha. - Você não precisa enfrentar tudo sozinha.

- Olha, eu não preciso de ninguém se metendo na minha vida, está bem?! - e lá vinha o seu modo de defesa favorito: a raiva. - Não preciso de ninguém para me defender, eu sei lidar com ele.

- Sabe mesmo? - dou um passo em sua direção e ela paralisa. - Essa marca aqui. - levanto o seu braço e abaixo a manga vendo a marca perfeita de cinco dedos em volta do seu pulso. - Você lidou bem com isso?

- Me deixe em paz! - puxa o braço e tenta desviar de mim para ir embora.

Seguro-a pelo braço e ela se vira, posso até ver os seus olhos marejados. Deus, por que eu me importo tanto com ela?

- Por que você se importa? - sua voz carrega o medo e a vontade de chorar. - Não é da sua conta.

- Talvez não seja mesmo, mas eu não vou ficar parado vendo uma garota apanhar e se esconder dos outros por isso. - ainda não me atrevo a soltá-la - Será que você não percebe que está machucando os outros a sua volta?!

Ela tem que perceber que não está sozinha nisso e que mesmo não querendo, ela está afetando as pessoas que se importam com ela. Tudo bem que a gente se afastou, mas agora eu estava disposto a ajudá-la.

- Eu sei que pode parecer estranho o que vou dizer agora, mas eu me importo de verdade com você, e não se passou um dia nesses meses em que eu não tenha me preocupado com você. - sinto a vergonha esquentar o meu rosto, mas era preciso dizer a verdade. - Pode perguntar ao pirralho. - murmuro. - Nos deixe te ajudar... Jungkook, Hobi, Tae e eu.

Sook abaixa a cabeça e eu lhe solto o braço, vejo-a tremer um pouco enquanto escuto o seu choro baixinho. Coloco a mão em seu queixo e ergo o seu rosto, tiro os seus óculos para poder limpar algumas lágrimas de suas bochechas e sorrio.

- O que acha de darmos uma volta no parque para podermos conversar melhor? - sugiro e ela me dá um assentimento contido.


Notas Finais


* Nesse mato tem coelho = Expressão que indica que tem algo a mais nessa história.

E aí o que acharam desse momento Trio? E sobre as atitudes do Jimin?

Ahhh, até quarta saí capítulo novo, e obrigada seus lindxos :3


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