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História Você Não Está Só - Uma Tarde no Zoológico


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Vortei, meu povo heheheh

Boa leitura.

OBS: Tia Moy ainda não se recuperou de LIE, o curto do utt *mortafeatenterrada*

Capítulo 6 - Uma Tarde no Zoológico



Jimin

Seul, 10 de julho de 2015

Já haviam se passado quase duas semanas das férias e todos os dias o pessoal marcava de sair nem que fosse só para andar pela cidade sem gastar nada ou fazer coisas escrotas e infantis como pagar micos no meio da rua.


Logo nos primeiros dias, decidimos "trolar" e como já era a segunda vez que o Hobi perdia o jogo, decidimos lhe dar uma tarefa bem vergonhosa. Ele teve que dançar Touch My Body da Sistar no meio da praça de alimentação de um shopping em plena sexta-feira no horário de almoço, sim, o lugar estava cheio.

E eu confesso que não conseguia parar de rir, o hyung pagou o mico com muito orgulho e até recebeu alguns trocados de algumas pessoas que deveriam estar com muita pena ou muito chocadas para reagirem de outra maneira. Contudo, essa nem foi a pior parte, de repente uma garota um pouco maior do que a Sook parou na frente dele e começou a dançar Shake It da Sistar.

Nesse momento, minha barriga doía tanto que tive que sentar no chão, os dois estavam fazendo uma dupla sensacional e fizeram tanto sucesso que depois conseguiram pagar um cinema para todos nós, os sete, agora aquela garota, Seo-Hyun, era parte do nosso grupo de amigos mais íntimos.



- Sonhando acordado? - Hobi senta ao meu lado no sofá.

- Não seja bobo, Hobi hyung. - Tae senta-se na poltrona como se fosse um rei. - Ele deve estar sonhando com uma certa pessoinha. - e lá vinha o sorriso malicioso.

- Deus, são dez horas da manhã! - resmungo e me levanto indo até a cozinha. - Me deixem em paz! - grito de lá e ouço-os rindo e cochichando.

Tá, tá, eu admito que eu e Sook estávamos muito mais próximos, mas ainda éramos apenas amigos, talvez melhores amigos... menos na cabeça daquela Mi Tida, que insiste em dizer que somos namorados. Até mesmo a Hyun que nos conhece há alguns dias percebeu que não temos nenhum relacionamento amoroso.

Enquanto espero as torradas ficarem prontas, penso em algo para fazermos hoje, já que ontem não conseguimos combinar nada, pois perdemos o horário e a Sook quase chegou atrasada em casa. E como você pode notar, todo mundo do nosso círculo de amigos sabe que a Sook tem problemas familiares e que tem umas regras muito sem noção, mas somente eu, Jungkook e Youngjae sabíamos que ela às vezes apanhava.

E sim, eu tenho vontade de entrar naquela casa e castrar o miserável, entretanto sempre que eu cogito essa ideia, a Sook se isola e só depois vem implorar para que eu não me intrometa. Eu acho um absurdo, mas é como minha mãe costuma dizer "pelo Senhor, seja paciente, filho". 

A torrada pula e eu rapidamente as como antes que algum desses idiotas venha roubar a minha comida. 

- Waaahh. - Tae faz aquela cara de desânimo e eu quase engasgo com as torradas. - Você já comeu...

O que eu disse? Parece que eles tem um sensor para quando eu faço torradas e eu juro que eu nunca os vi fazendo alguma, sou sempre eu que preparo para eles ou sou roubado. Mas não hoje, porque hoje Park Jimin estava inspirado.

- Ei! Vocês dois! - Hobi entra na cozinha. - Namjoon acabou de me mandar uma mensagem, ele disse que até amanhã à noite, ele e um amigo vem passar o resto das férias com a gente! - e começa a dançar.

- AEEEEE! - fico muito animado. - Vamos ter a presença do nosso God of Destruction*!

- Ohhhh, ele vem mesmo? - Tae sorriu também.

Não era uma novidade o fato do Taehyung ter gostado de uns dos nossos amigos do colégio, afinal o macaco aí é amigável com todo mundo... talvez seja por isso que ele acabou com a Mi Tida.

- Mas sério, o que vamos fazer hoje? - indago pensativo. - Alguém tem alguma ideia?

- Hobi Hobi! - o hyung faz aquilo de novo, respiro fundo e lhe passo a palavra.

- Vamos no zoológico! - sorri e faz um joinha.

Não era uma ótima ideia, mas melhor isso do que ficar em casa. Então eu os deixo encarregado de avisar o pessoal enquanto preparo alguns lanches para levar, porque eu gosto de comida e não quero ficar pobre hoje, além de que depender de um deles para fazer os meus sandubas, seria pedir para morrer envenenado.

- A Hyun disse que vai pegar a Sook e o Jae, aí eu disse que a gente pega o Kookie e nos encontramos lá daqui uma hora. - Hobi grita do seu quarto e tanto eu quanto o Tae respondemos com um "Ok".

#

Seoul Grand Park e Zoológico, um nome grande para um lugar maior ainda. Olho em volta notando como o local estava lotado, depois olho para a nossa roda de amigos que estão imersos no mapa gigante. Os olhos do nosso dongsaeng, do Tae e do Hobi até brilham, escondo o riso até que Youngjae decide puxar papo comigo.

- Jimin-ssi. - me chama. - Por que você e a Sookie não namoram? - pergunta na cara de pau.

Pelos Deuses que ninguém deles escutou, não estou preparado para passar as férias ouvindo os dois idiotas me enchendo mais ainda sobre isso nem para aguentar o "irmãozinho" ciumento ou até mesmo ter que lidar com a Sook. Não estou dizendo que nunca a namoraria, mas no momento ela não está no clima para isso e não sou eu quem vai pressioná-la.

- Hein? - ele me cutuca. - Não me diga que estão namorando escondidos?! - fica boquiaberto e eu teria rido se a situação não fosse séria.

- Youngjae, eu e a Sook somos só amigos. - reviro os olhos.

- Já escolhemos onde vamos primeiro! - Hyun assopra um apito nos fazendo calar a boca. - Eu serei a guia e a Sook a minha ajudante.

- Por que vocês? - como sempre, sou o único a desafiá-las.

Ninguém tinha coragem de provocá-las, na verdade eu era o único louco por emoção que me arriscava e tudo isso por causa de um açaí.


Hyun havia se tornado melhor amiga da Sook no mesmo dia em que a conhecemos, eu fiquei muito feliz por a anã irritante ter a parceira anã raivosa, e claro que eu não fiquei com ciúmes... jamais!

- Elas ainda não saíram daquela loja? - Tae está com sua cara de desânimo, pois ele dormiu pouco na noite passada e agora estávamos esperando as dondocas comprarem roupas.

- Jiminnie. - aperto a sua bochecha antes que ele prossiga. - Jiminnie hyung. - diz rapidamente. - Você não tem curiosidade?

- No quê? - ergo uma sobrancelha.

- Em saber que roupas a Sook noona está vestindo? - ele me dá aquele olhar, aquele que dependendo da minha resposta posso continuar vivo e inteiro ou vivo e em partes ou morto.

- Que tipo de curiosidade? - isso, Jimin, use outra pergunta.

- Ahhhh... o tipo de roupa que ela gosta, ou com que tipo de roupa ela fica bonita, também tem qual roupa fica mais gostosa. - eu sinto como se ele tivesse enfiando uma faca em mim a cada maldita palavra. - E então?

Engulo em seco e forço meu cérebro a pensar em algo muito bom para se responder, porém minha mente já estava ficando curiosa sobre o que o coelhinho da playboy ali falou. Sim, a sua Sook é pequena e não é aquele mulherão, mas ela tem seus atrativos... como os lábios, a bunda redondinha, a cintura definida, os olhos, a risada, a mania de arrumar os óculos, o jeito de encenar alguns dramas, a sua voz, o seu cheiro... espera, o que você está pensando, Park Jimin?

Olho para o Jungkook e vejo seus olhos pegando fogo. Merda! Demorei muito para responder, agora nada do que eu diga fará a diferença, mas graças aos Deuses misericordiosos, as duas saem sorrindo e com umas três sacolas cada da loja.

- Deixa eu ver TUDO! - Youngjae pula da cadeira e vai em cima da Sook primeiro, e lá vinha aquele incômodo de novo, porque toda vez que ele gruda nela eu fico assim? 

- O que é isso? - Hyun para de sorrir do nada e aponta para a nossa mesa. - Isso era açaí?

- Era. - Hobi responde meio confuso.

- SOOKIE! - ela grita e eu ainda vou ficar surdo com essas pessoas como amigos. - ELES COMERAM AÇAÍ SEM A GENTE!

- É O QUÊ?! - Sook surge ao meu lado e fica boquiaberto ao ver as embalagens dos açaís na mesa. 

Enquanto Hyun nos xinga de tudo quanto é nome e nos amaldiçooa até as próximas vidas, Sook começa a ter o seu ataque em japonês. 

- Masaka**. - primeiro com uma voz triste.

- Ela está indignada. - Tae nos explica.

- Nande kuso***?!  - e agora com sangue nos olhos.

- Agora ela está furiosa. - Youngjae até arregala os olhos.

- Calma, Sook, podemos comprar...

- DAMARE****! - ela grita e eu juro que teve um efeito que os seus cabelos voaram e alguns raios caíram por de trás dela... estilo anime mesmo.

Pelo menos isso eu já sabia que era cale a boca, essa criatura andou usando bastante isso comigo nesses dias.

- Vocês vão comprar agora um açaí pra cada uma de nós... - Sook é quem começa a ameaça.

- Ou nós vamos fazer vocês se arrependerem. - Hyun termina e ambas riem maleficamente.

Se eu fiquei com medo? Mas é claro! Nunca ouviu dizer que baixinhas são as mais invocadas?!



- Jiminnie. - Sook sorri falsamente e pisca duas vezes. 

- Vá à merda. - Hyun completa com o mesmo sorriso.

- Tão amorosas. - mostro a língua e elas apenas me ignoram.

Hoje era o dia, eu estava sentindo que não ficaria satisfeito até fazê-las perder o controle.

#

Não sei há quantas horas estávamos andando, mas devia ser perto do almoço por que do nada todos começaram a ficar com fome. E sendo um bom amigo, eu ofereci os lanches para o pessoal, mas apenas eu, Sook e Youngjae os comemos, os outros estavam com vontade de algo mais gorduroso, palavras deles.

- Então... quando vocês pretendiam me contar? - Youngjae diz assim que os outros vão buscar suas comidas.

- Contar o que, Jae? - já mencionei que também me incomoda quando ela o chama de "Jae".

- Não adianta mais esconder. - ele cruza os braços. - Eu sei que vocês andam namorando escondidos.

- Nós o quê? - Sook arregalaos olhos.

Como nenhum de nós se pronuncia, ela me encara com os olhos semicerrados, o que indicava que era para eu ter uma boa explicação, então eu simplesmente contei o que houve mais cedo e a anãzinha desfez o mal-entendido.

- Você é tão complicado, Jae. - ela sorri por fim. - Sério, quantas vezes eu já disse que namorar só vai acontecer quando eu for independente?

- Aff... Esse Junsu é um estraga prazeres. - Youngjae revira os olhos. - Vou buscar um suco, vocês querem?

- Eu quero uma coca, por favor! - ela diz sendo fofa.

- Sempre fofa quando quer algo. - murmuro e ela me dá uma cotovelada,  mas ainda assim sorri.

- E você, Jimin-ssi? 

- Nada, obrigado. 

- Já volto. - ele se vira. - Aproveitem para começar a namorar.

- Jae! - Sook o empurra. 

- É sério, Sookie! - ele se vira de volta. - O Junsu não precisa saber.

Ela apenas assente então ele se dá por vencido e vai embora, ouço-a suspirar enquanto encara o lanche parcialmente comido. Sempre fui um cara bom para entender o lado das pessoas e por mais que eu quisesse que ela enfrentasse o Junsu e virasse independente, sabia que não era tão simples... principalmente para alguém que perdera a mãe em menos de um ano.

- Sook. - chamo-a baixinho. - Não se preocupe com essas coisas, afinal, é muito provável que eles nos encham o saco sobre isso até antes de morrermos. - e sorrio.

- Eu sei. - ela solta um "ahhh" abafado e depois me encara. - Obrigada, Jiminnie, você é um ótimo amigo.

Amigo. Não deveria incomodar, mas incomodou... e como incomodou.

- Disponha. - digo sem sorrir e volto a comer.

Ficamos um tempo em silêncio até que Sook termina de comer e decide conversar comigo. Entretanto não estava me sentino muito no clima de puxar papo e ela percebeu, foi então que ela não desistiu mesmo.

- Sook, você não precisa se forçar a ficar agradando os outros. - comento e ela me olha sem demonstrar nada.

- Não estou me forçando a nada, só não gosto de saber que você ficou de mau humor por minha causa. - explica ainda me fitando. - Sabe, Jimin, lá no fundo todo mundo sabe, inclusive eu e você...

- Sabe do quê? - ergo uma sobrancelha, essa mania das mulheres de falar umas palavras e achar que já entendemos tudo.

- Bom... É meio óbvio que de algum modo, tipo, lá no fundo, sabe? - ela começa a gesticular com as mãos e a ficar corada. - Que eu e você nos gostamos... e eu não digo apenas como amigos. - ela ajeita os óculos e morde o lábio sem saber para onde direcionar o seu olhar.

Deus, essa garota sabia ser sincera e sabia mexer comigo. Permito-me sorrir antes de provocá-la um pouco.

- Mas isso é óbvio. - ela me encara surpresa. - Como você poderia escapar do meu charme? - dou meu melhor sorriso convencido.

- Sabe que você tem razão. - ela sorri e eu sei que algo podre vem aí. - Talvez eu esteja apenas enfeitaçada e na verdade deva investir no Kookie. 

Posso ouvir a sua voz na minha cabeça dizendo "touché". 

- Eu realmente te odeio, sua anã de jardim irritante e mal pintada. - mostro a língua e ela ri, um riso gostoso.

- Sim, Park Jimin, nós com certeza nos odiamos. - afirma com um sorriso. - Mas ainda bem que você é bipolar, pois assim você me ama também.

Ela continua rindo e eu fico pensando no que acabamos de conversar, será mesmo que daríamos certo? 

- Talvez eu ame mesmo. - as palavras saem antes que eu me repreenda e começo a corar quando vejo sua boca meia aberta como quem realmente estava surpresa.

Lambo os lábios e a vejo morder o lábio inferior, provocando-me sem saber ou sabendo, já não sei mais. 

- Só não me bata depois, por favor. - digo rápido e antes que ela possa contestar, eu a beijo.

De início apenas os nossos lábios se tocam e assim como eu imaginava, eles são macios e assim tão de perto... seu cheiro é incrivelmente doce. Ainda de olhos fechados, passo a mão pela sua bochecha e sua boca se abre para mim, dou um breve sorriso antes de beijá-la de verdade.

Foi como se nós já tivéssemos nos beijado antes, o ritmo era lento, mas muito gostoso. Era um daqueles beijos que você não quer apressar, só quer aproveitar e rezar para que nunca acabe ou que ninguém atrapalhe. Sinto sua mão no meu peito tentar me segurar então arrisco aprofundar um pouco mais o beijo e quase gemo de felicidade quando Sook começa a se mostrar mais ativa.

Infelizmente, tudo que é bom tem um fim, nós nos separamos devagar e quando abri meus olhos, fiquei encantando o quão delicada ela aparentava agora. O cabelo levemente desarrumado de um dos lados, os lábios um pouco vermelhos e as bochechas rosadas. Também percebi que agora ela também me encarava com seus dois olhos demonstrando a confusão, mas ao mesmo tempo a aceitação.

- Ufa... pensei que você fosse me bater. - dou um pequeno eye smile e ela dá um pequeno sorriso, mas não diz nada, pois a sua bebida estava chegando.

#

Ainda estava longe de anoitecer quando saímos do zoológico, por isso todos fomos para a casa, vulgo mansão, da Hyun. 

- O que você mais gostou, Sook noona? - Jungkook estava grudado nela desde que chegamos nessa casa.

- Hmmm... do show dos golfinhos! - ela bate uma palma, mas logo em seguida olha para mim com uma expressão sorridente.

Aigo! Isso é insuportavelmente injusto!

- Como assim você não vai no sábado na festa com a gente por que a sua namorada quer que você vá em um chá de bebê? - Hyun revira os olhos. - Sério, quem é essa menina?

- Não fale assim da Mi. - Tae pede manhoso fazendo um bico. - Ela é adorável.

Adorável como aqueles pôneis malditos. 

- Qual é, Tae?! - decido importuná-lo um pouco, afinal essa era a festa e até mesmo o Namjoon iria. - Dá um jeito da Yang Mi ir com você ou diz que a gente cuida de você.

- Ela nunca vai me deixar ir sozinho. - dá de ombros, já desistindo.

Isso era uma das coisas que me fazia odiar o relacionamento deles, depois de um tempo ele se acomodou. E pelo menos para mim, quando não há mais nada novo ou a situação fica cômoda demais... isso já é o fim.

- Hobi oppa. - Hyun o chama. - Acho que precisamos ter uma conversinha com esse ser... Cozinha, agora, vocês dois!

E lá se vão os três, respiro fundo e ouço um Jungkook muito animado falando sobre tudo que ele fez e viu no zoológico como se não tivéssemos visto como ele se comportou pessoalmente. Tá, eu aceito que estou sendo um ciumento sem motivo... sem motivo o cacete!

- SOOKIE DO CÉU! - Youngjae grita e pula da poltrono onde estava. - ELE VAI!

- Quem? - ela ergue uma sobrancelha, mas ele logo lhe joga aquele olhar de "amiga, se toca" e ela fica boquiaberta. - O seu vizinho vai?

- VAAAAAAAAAAAAAAI! - o grito é tão alto que a Hyun vem conferir o que estava acontecendo, mas quando ela vê o Youngjae dando um ataque, apenas dá de ombros e volta para a cozinha.

Estão vendo? Somos tão normais que sabemos quando a situação é séria e quando é simplesmente um caso, como ele diria mesmo? Ah, caso de "bofe".

- Jae! Mas que raios de grito foi esse? - ela rosna. - Mas você não disse que ele namora aquela menina que faz arquitetura com o Kookie?

- NamoraVA. - ele faz questão de evidenciar a última parte. - Ainda tenho esperanças que ele seja pelo menos bi!

- Vocês estão falando daquela menina que sempre vai de salto pra facul e tem o cabelo liso que parece que tá oleoso? - Jungkook comenta na maior inocência, ou era o que pensávamos, e até eu rio.

- Ela mesma. - Sook assente. - Como sabe?

- Ahhh... Na última semana de provas, ela veio falar comigo sobre você. - explica. - Ela veio com um papo estranho, perguntando se você era solteira e se por acaso estava de olho no namorado dela.

- Oshe! - e lá vinha aquele sotaque. - Não, sério? Por que as pessoas pegam tanto no meu pé? - choraminga. - Eu não tive culpa.

- Culpa? - ergo uma sobrancelha, não gostando muito do rumo dessa conversa.

- Ahhh... um dia eu estava meio gripada e o Jae não queria que eu fosse embora sozinha, aí acabou que o vizinho...

- Choi tentação Donghae! - Youngjae estava me assustando.

Pelo menos agora eu tenho certeza que ele é gay e que era um a menos na fila da Sook, o maior obstáculo seria o pirralho mesmo. Espera, Park Jimin, que merdas você anda colocando nessa sua cabeça?

- Enfim, ele veio com a gente e aparentemente ele gostou de mim, porque depois daquele dia ele sempre dava um jeito de aparecer na casa do Jae quando eu estava lá ou se oferecia para me levar pra casa. - comenta meio sem jeito e só no fim me encara.

- Saquei. - trato de mostrar o meu desgosto na voz e no olhar que lhe dou. - Enfim, vocês tiveram algo?

- Não. - ela ajeita os óculos como se me disesse "abaixa a bola, filhão".

- A noona ainda está solteira... não sei como. - Jungkook comenta pensativo e depois sorri. - Sook noona, qual seu tipo de cara ideial?

Agora é oficial, essa criança só se finge de santa com esse sorrisinho dentuço e essa carinha de carência. 

- Não sei. - ela dá de ombros e depois procura algo em sua bolsa. - Um minuto, vou atender. - levanta-se e corre para a varanda da sala.

- Jiminnie... - ameço apertar a sua bochecha. - Hyung... você acha que a noona namoraria alguém mais novo que ela?

Não! Com toda a certeza que não, por que eu mataria você, seu pirralho imitador do coelho da playboy e iludidor de noonas! Mas antes que eu responda ou o estrangule, Sook me chama e eu me levanto para atendê-la.

- Oi? - entro na varanda.

- Você acha que o Hobi ficaria muito bravo se eu pedisse para ficar as férias na casa de vocês? - pergunta meio sem jeito.

- Tá, vamos com calma... eu não acho que ele diria não. - afirmo. - Mas por quê?

- O Junsu disse que não me quer em casa a partir de hoje e até voltarem as aulas. - explica meio chateada. 

- Entendi. - cruzo os braços. - Bom, eu te ajuda a falar com o Hobi se você me contar tudo... mas tipo, contar agora.

Ela morde o lábio e posso ver as engrenagens da sua cabeça se enroscando, porém no fim ela suspira derrotada.

- Tudo bem, mas essa conversa não sai daqui, entendeu? - diz séria.

- Entendi... assim como aquele beijo não saiu do zoológico. - sorrio e ela faz um bico antes de me dar um soco de leve no braço. - Agora desembucha, vai!

- O filho do Junsu vai vir passar as férias aqui. - comenta. - E ele não quer que o filho descubra que tem uma irmã bastarda.

- Tá, mas o que você tem a ver com... - espera um instantinho.

Se o Junsu não quer que o filho descubra sobre a filha e ele mandou a Sook sumir. Aí meu caralho, o desgraçado é pai da Sook.

- Junsu é seu pai. - afirmo ainda meio em choque. - O seu pai bate em você, Sook.

- Bom... eu só soube quem ele era no dia em que minha mãe morreu. - ela tenta fingir que isso não a atinge.

Que o fato de a única família que ela ainda tem a agride e a trata como lixo, e pior, não quer que o outro filho saiba de um erro que o pai cometeu.

- Você não vai contar a eles, não é? - ela pede com a voz suave.

- Não, porque eu acho que é você quem deva contar. - explico. - Mas já aviso que se ele bater em você de novo, eu não vou ficar quieto.

- Jimin...

- Não, Sook, não! - corto-a. - Deu de ficar vendo a pessoa, que eu provavelmente gosto mais do que imagino, ser maltratada e desvalorizada.

Confesso que eu demorei a perceber que eu meio que me confessei, porém tanto eu quando a Sook ignoramos esse fato já que temos problemas maiores no momento.

- Ele disse que eu tenho até às cinco para tirar o que eu preciso de lá. - ela diz meio sem jeito.

- Vou falar com o Hobi e pedir o carro dele emprestado. - fui mais seco do que queria. 

Viro-me para sair, mas ela me segura pelo pulso e eu a fito curioso, acabo até esquecendo momentaneamente a raiva do seu "pai" quando escuto as suas palavras.

- Obrigada por se importar comigo. - ela me dá um sorriso pequeno, mas sincero. - E fico feliz que eu não seja a única a provavelmente gostar de você mais do que imagino.

Arregalo os olhos e ela se aproxima ficando na ponta do pé para me dar um beijo rápido na bochecha. 

- Obrigada, Jiminnie. - diz antes de sair da varando, deixando-me sorrindo que nem um bobo.


Notas Finais


[Dicio. Ing]
* God of Destruction = Deus da Destruição.

[Dicio. Jap]
** Masaka = Não pode ser.
*** Nande kuso? = Que merda é essa?
**** Damare = Cale a boca!

Sim, gente, nessa fic tem açaí na Coreia do Sul SHUAHSUAH

Enfim, o que acharam desse beijo? E vocês acham que o Kookie tá mostrando as garrinhas? HSUAHSUH

Outra coisa, gostaram da Hyun?

E já tô vendo umas pessoas imaginaram umas coisas bem safadas nessa casa do Hobi xD

AHHH, eu vou atualizar até no máximo domingo hehe talvez consiga postar quinta, porque eu aproveito o feriado para me organizar melhor, beijos!


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