1. Spirit Fanfics >
  2. Você pode me amar, não pode? >
  3. Capítulo Especial: Inesquecível

História Você pode me amar, não pode? - Capítulo Especial: Inesquecível


Escrita por: PatyDoce

Notas do Autor


Cap especial hoje!!!

(Gente tem uma música que eu escolhi pra esse capítulo o link ta nas Notas Finais)

Espero que gostem... E eu fiz esse capítulo especial falando mais sobre a história da Hana e da Aime... Porque talvez algumas coisas depois façam mais sentido na fic.....

Bom, beijinhossss, obrigada por todos os comentários e......

Boa leitura~ <3

Capítulo 10 - Capítulo Especial: Inesquecível


Fanfic / Fanfiction Você pode me amar, não pode? - Capítulo Especial: Inesquecível

Capítulo 1: Diferente

 Alguns anos atrás, eu pensava que nunca mais iria sorrir de verdade.... Eu sempre me vi sozinha depois da morte do meus pais... Até que em um dia de outono, no orfanato, tivemos uma pequena visita.

Triiiiiiiiiiiiin! Triiiiiiiiiin! – Batia o sinal do orfanato, fazendo com que todos acordassem para se arrumar para á escola.

- Já vou, já vou. – Eu disse me levantando da cama, enquanto todas as outras garotas acordavam.

Quando ia em direção ao meu armário pegar minhas roupas, acabei tropeçando em um sapato de alguma garota, e caí no chão.

- Hahahahaha. – Riam todas de minha cara, enquanto eu me levantava calmamente, me controlando para não xingá-las.

Hoje vai ser um ótimo dia.

Pensei irônica, pegando minha roupa da escola, mudando meu caminho para o banheiro.

Estava andando pelos corredores, indo ao banheiro mais próximo dos quartos, até que alguém esbarrou em mim.

- Ai! – Resmunguei baixo por causa do impacto.

Meu uniforme havia caído no chão e me abaixei para pegá-lo, enquanto ia resmungando algumas coisas.

- Me desculpe, eu que esbarrei em você. – Dizia a garota, se abaixando para me ajudar a pegar as roupas.

Eu não á olhava, sentia meu rosto queimar de tanta raiva.

- Hey, você está bem? – Indagou, olhando meu rosto avermelhado, me ajudando á pegar o uniforme que tinha caído.

Não á respondi, apenas me levantei e ela me entregou a minha saia, e eu tive que olhá-la para agradecer.

- Obrigada.

Ela tinha cabelos longos e lisos da cor laranja, estava com dois lacinhos vermelhos que prendiam seu cabelo, ela vestia o uniforme da escola, e seus olhos eram meio esverdeados, com um tom de azul cintilante.

Bonita. Pensei.

- Você é nova aqui? – Perguntei, enquanto ela sorria.

- Sim, cheguei hoje. – Respondeu com um sorriso gentil, prendendo uma mecha de seu cabelo em seu ouvido.

Ela parecia ser mais velha que eu.

- Hm. Bom, é melhor eu ir me arrumar. – Eu estava um pouco apressada, se não entrasse logo no banheiro, ele encheria rapidamente, e eu não teria privacidade.

Ela apenas assentiu voltando á andar, e eu entrei no banheiro bem rápido.

Aquela garota era Aime, sorridente e alegre... E eu não sabia que ela seria minha melhor amiga naquele orfanato... Ela seria, minha 1° amiga humana... E em apenas uma pequena conversa, ela havia conseguido chamar minha atenção...

- Aí, nunca vou me acostumar com esse uniforme, ele é muito curto. – Reclamei enquanto me vestia.

Aquele uniforme era bonito, porém, muito curto e apertado na parte dos seios.

Aquela garota laranjada, ela é nova no orfanato, espero que não me trate como as outras, mas também não criarei falsas esperanças. Pensei enquanto escovava os dentes, logo depois cuspindo na pia enxaguando minha boca.

Peguei a escova e comecei a pentear de leve meus cabelos, tendo cuidado para não embaraçar. Estava tudo calmo até que, simplesmente entraram algumas garotas no banheiro, cheias de maquiagens e roupas em seus braços.

Ás olhei de canto, colocando a escova no lugar, já indo em direção á saída do banheiro.

- Ei, olha, aquela esquisita estava usando aquela escova, cuidado pode ter piolhos lá. – Cochichou uma delas ao ver eu passar pela porta.

- É verdade, e ela ainda tem aquela pelúcia estranha né? Temos que ter cuidado com ela. – Continuaram á fofocar sobre mim, mas a única coisa que não sabiam, era que eu escutava tudo o que elas falavam.

- Que droga. – Resmunguei baixo com a voz triste enquanto andava pelos corredores, á procura do nosso quarto. – Por que fazem isso? O que eu fiz pra vocês? – Continuei, só que senti uma lágrima cair sobre meu rosto.

Já iria fazer uns três anos que morava naquele orfanato, ou seja, já iria fazer três anos que eu estava naquele inferno...

Limpei meu rosto com a blusa do uniforme, entrando no quarto, e vendo novamente aquela garota.

Ela estava arrumando sua cama, que era ao lado da minha, e organizando seus materiais e roupas.

Ela não tinha me visto, pois estava de costas.

Cheguei perto da minha cama peguei Bonnie e minha mochila, fazendo um pouco de barulho, e a laranjada se virou e me viu.

- Ah, oi de novo. – Sorria de lado. – Pelo visto nós seremos colegas de quarto né? Isso vai ser divertido. – Comentou enquanto eu colocava uma alça de minha mochila no meu ombro esquerdo.

- É.... – Afirmei. – Mas não se aproxime de mim por obrigação. – Falei ajeitando Bonnie em meus braços, já caminhando até a porta, até que a garota disse:

- Mas não é por obrigação! – Gritou de longe, quando eu saí do quarto.

   *____//____*

Já é intervalo, estou andando pelos corredores, procurando um lugar sem ninguém.

E hoje não é um dos meus melhores dias... Sabe por quê?

Meu professor de artes passou um trabalho... Até aí está tudo bem, mas depois ele disse: “Em grupo”.

E se o trabalho é em grupo, eu teria que entrar em um... E isso é péssimo porque ninguém me quer em um grupo...

Era o que eu pensava até depois daquilo.

    Flashback ON:.

- Professor! – Chamei-o andando em sua direção.

O mesmo fez um sinal para que eu prosseguisse, então disse:

- Professor, ninguém vai me querer em um grupo.

- Já perguntou para alguém? – Indagou, e eu sinalizei um “não”. – Então pergunte. Se ninguém aceitar, então terá que fazer sozinha.

Filho da puta.

- Tá eu vou perguntar. – Então caminhei até o meio da sala lá na frente, e assoviei para que todos me escutassem, e acabou dando certo. – Alguém me quer em algum grupo!!?

Olhei para todos ali, que tinham um olhar de “não”, estampados em seus rostos.

Até que parei na laranjada, que pelo visto estava na minha turma. Ela abriu um sorriso enorme, e levantou a mão dizendo:

- Eu quero!!! – Aquilo me animou um pouco, porque foi a primeira vez que alguém me quis em algum grupo.

Por que ela está sozinha? Do jeito que ela é, devia estar com várias pessoas, não? Pensei caminhando até a mesma, que estava sentada do outro lado da sala.

- Então, o que vamos fazer? – Perguntara sobre o trabalho. – Ah, mas primeiro deixe eu me apresentar fufu, sou Aime. E você é?

- Hana Miyamoto. – Respondi, sem muito caso. – Bom, como o trabalho é sobre auto retrato, pensei em fazermos um auto retrato de nós mesmas. O que acha? – Perguntei me sentando na cadeira ao lado da dela, que estava vazia.

- Adorei! – Comemorou. – Mas... Eu não sei desenhar, bom, tipo. – Tentou se explicar fazendo alguns gestos com as mãos. – Eu só sei fazer bonecos de palitos, e uma flor...

Eu ri de leve com o que disse.

“Bonecos de palitos?" Fufu.

- Tudo bem, tudo bem. – Á tranquilizei. – Eu sei desenhar.

Eu fazia um cursinho de artes, e já conseguia fazer algumas coisas, e por falar em cursinho... Hoje eu tenho karatê.

- Mas aí... Você vai fazer tudo sozinha, e não vai ser justo. – Fez bico.

- Então você compra os lápis de cor, que eu faço o desenho e pinto pode ser?

- Hurum. – Concordou.

Durante aquela aula, ficamos conversando sobre o trabalho, ás vezes ela fazia algumas piadas e eu ria muito do que dizia. Ela é realmente engraçada.

Flashback OFF.:

Mas aí, ela me chamou. E então até agora não paro de pensar nisso.

- Haaa. – Abanei de leve minha cabeça, me encostando na parede no final do corredor.

    >____//____<

- OSS. – Fiz reverência antes entrar no tatame.

Você deve estar se perguntando o que eu estou fazendo né?

Neste exato momento, estou na aula de karatê, indo para a fila em que os alunos estão.

Eu estava no meu lugar, pois nós nos organizamos devido á graduação de cada aluno. E eu sou faixa marrom, no próximo exame que eu fizer irei para a preta, é só esperar mais alguns meses e pronto.

Eu estava olhando para os alunos, até que eu vi á Aime, então havia pensado.

Ela também faz karatê? QUÊ?!

Ela era faixa laranja, e eu ri de leve porque eu á chamava de laranjada.

Primeiro nos cumprimentamos como sempre, e então o sansei disse para darmos dez voltas pelo tatame, e depois disse para eu puxar o alongamento.

Enquanto corria, muitos paravam para descansar, mas Aime ainda continuava correndo, e no final só eu e ela completamos as dez voltas, e então eu comecei a puxar o alongamento.

A laranjada fazia tudo com determinação, e isso tinha chamado minha atenção.

O sansei havia dito para lutarmos, e então escolheu as duplas: Aime vs John, Misa vs Victor e eu... Vs o próprio sansei.

Claro que fiquei muito animada, eu adoraria lutar com o sansei, principalmente porque eu poderia usar toda minha força contra ele, e eu, hoje estava louca pra bater em alguém.

- Hana. – Me chamou ele. – Primeiro quero lutar com você, vamos ver se melhorou os golpes. – Dizia indo até a área vermelha do tatame.

Apenas assenti e fiz o mesmo que ele.

- Vou quebrar os seus ossos. – Falei baixo, com um sorriso maldoso, enquanto estralava os dedos, fazendo um barulho alto.

Pelo visto, ela não está em um dos seus melhores dias e ela vai bater de verdade, então não vou pegar leve. Pensou o sansei enquanto os dois se cumprimentavam, já se posicionando para lutar.

- Hagime! – Alertou um dos alunos, fazendo eu e o sansei começarmos á luta.

Ambos estávamos sérios, ele dava alguns golpes e eu desviava revidando.

Todos ali olhavam para nós com olhares de: “Eles vão acabar se matando”.  

Eu dei uma banda no sansei, fazendo-o cair, e logo depois o imobilizei, assim ganhando a luta.

Dei um grande sorriso de vitória, logo o soltando.

Nós nos cumprimentamos e eu me sentei no canto do tatame, enquanto o sansei resmungava algumas coisas.

Nosso sansei é loiro, e tem uma aparência muito nova, acho que deve ter uns 24 anos por aí, e nós nos damos muito bem como professor e aluna.

Ás vezes sempre o zoou quando perde pra mim, e acaba que nós sempre rimos disso tudo. É realmente engraçado.

- Eii, Hana, vem aqui. – Cochichou Aime, enquanto a outra dupla ia lutar primeiro, ela seria á próxima.

- Oi. – Falei no mesmo tom, me aproximando mais, sentando ao seu lado.

- Você foi demais, derrubou o sansei! – Comemorou. – Parabéns.

- Obrigada. – Corei de leve.

Ser elogiada era algo novo para mim, mas eu fiquei muito feliz depois do que ela disse.

Depois de alguns minutos, Aime foi chamada para lutar, e ganhou. Fiquei impressionada, pois o garoto com quem ela lutou contra era faixa roxa, e a roxa é muito mais avançada que a laranja. 

Como ela também fez comigo, eu lhe dei parabéns e ela agradeceu, e depois nossa aula acabou.

- OSS sansei. – O cumprimentei pegando minhas coisas para ir embora. – Vê se não perde na próxima em? – O provoquei brincando.

- OSS, é claro que não vou perder, eu sou incrível, sei que me acha demais Hana. – Brincou enquanto nós dois riamos de sua derrota. – Até depois Hana. – Se despediu e batemos as nossas mãos em forma de soco, como sempre fazíamos antes de ir embora.

- Tchau sansei. – Acenei de longe.

A laranjada apenas nos observava, logo me chamando, e eu fui falar com ela.

- Vamos embora juntas. – Dissera animada com um sorriso meigo.

- Pode ser.... – Concordei meio pensativa com tudo o que estava acontecendo.

    >____//____<

Agora já está de noite, eu estou apoiando meus braços na janela, olhando a lua e as estrelas.

Todas já se recolheram, e se uma das tias me ver, acabarei levando uma bronca de novo, e as garotas vão zombar de mim como sempre... Mas eu preciso ver esse céu toda noite, então não me importo se brigarem comigo.

Toda noite eu me encostava naquela pequena janela, observando tudo que estava do lado de fora....

- Não consegue dormir? – Perguntou Aime se sentando na beirada da cama.

- Não vai chamar ninguém? – Indaguei me virando de leve para olha-la.

- É claro que não. – Fez bico. – Mas enfim, você não consegue dormir? – Perguntou novamente, se levantando da cama vindo em minha direção.

- Não é que eu não consiga dormir, é que eu gosto de ver a lua e as estrelas. – Sorri com os lábios fechados, me virando para observar aquela paisagem novamente.

Ela apenas assentiu de leve, ficando do meu lado olhando junto comigo.

- Está linda não está? – Se referiu á lua, apoiando seus braços na janela, como eu fazia.

Assenti de leve, ainda com aquele sorriso bobo na cara.

Estávamos observando á lua, até que passou uma pequena estrela cadente, e Aime disse para fazermos um pedido, e assim fiz.

Eu desejo alguém que me faça sorrir. Pedi cruzando os dedos.

Eu desejo ter uma amiga. Pediu a laranjada, cruzando os dedos do mesmo jeito que eu.

    >____//____<

Capítulo 2: Desenho

Nós já estamos no final desse mês de março, e logo depois já começará o inverno.

Agora eu estou olhando a foto que a laranjada tirou para poder fazer o nosso auto retrato.

Ela já comprou os lápis de cor como o combinado, e eu já estou começando a fazer os traços do desenho, e Aime está sentada ao meu lado me olhando.

- Uau! – Falou com os olhos brilhando. – Você é muito boa! Hehe. – Sorriu de canto.

- Obrigada. – Agradeci corando de leve.

Estávamos no jardim do orfanato, era uma área bem grande, estava de dia, e nós duas estamos sentadas debaixo de uma árvore.

Nosso trabalho do auto retrato é para essa semana, se eu não me engano, hoje é terça, e o nosso trabalho é para sexta-feira.

- Acho que o nosso vai ser o melhor trabalho. – Comentou. - Porque... OLHA ISSO! – Apontou para o desenho já feito em poucos minutos.

- Hahaha, ainda falta pintar, mas eu espero que fique bom. – Falei rindo de leve.

- “Eu espero que fique bom”? – Me imitou. – ISSO TA INCRÍVEL! – Se referiu ao desenho, se levantando.

Ri de leve.

Ela começou á andar para longe, indo em direção á porta até que eu gritei:

- AONDE VOCÊ VAI!? – Perguntei enquanto ela abria a porta para entrar.

- EU TIVE UMA IDEIA! – Explicou. – JÁ VOLTO!

Apenas dei de ombros e voltei á pintar o desenho, apenas sentindo a leve brisa passar levantando meus cabelos de leve.

    No quarto das garotas

Acho que ela vai gostar disso. Pensou á laranjada com um violino em mãos.

- É... Vamos voltar. – Dissera animada, saindo do quarto.

A mesma andava pelos corredores, á procura da porta que dava para o pequeno jardim, até que escutou uma pequena conversa, que á irritou.

- Eii, a Hana está fazendo o trabalho de artes, a gente poderia fazer algo não acha? – Sussurrou uma garota ao sair do banheiro com outra.

- É, vamos estragar o trabalho dela. Aí ela vai ficar com 0. Temos que fazer algo logo, porque ela tá sozinha no jardim, vamos lá! – Respondeu a outra, andando em direção á porta que dava pro jardim.

- Aonde pensam que vão? – Indagou á laranjada, irritada pelo que tinha acabado de ouvir, entrando na frente das duas garotas.

- Ah... Vamos no jardim algum problema? – Respondeu uma delas com um olhar atrevido.

- Se acham que vão sabotar o trabalho da Hana... Haha. – Riu irônica. – Estão muito enganadas. – Ficou séria, fazendo uma expressão que assustou as duas garotas na sua frente.

- Tchau. – Dissera uma delas puxando sua amiga, indo em outra direção.

A laranjada apenas deu um riso de vitória, logo voltando para o jardim.

Filhas da puta. Pensou.

    No jardim

Aime está demorando muito.... Pensei, fazendo o contorno dos olhos da laranjada.

Desde que ela chegou aqui não fiquei tão sozinha, pois ela ficava fazendo companhia para mim, conversando e trocando ideias, até que é divertido.

Deve fazer umas 2 semanas que ela está aqui, mas a maioria das vezes, ela sai á tarde para algum lugar, eu não sei aonde ela vai, mas só sei que chega bem tarde a maioria das vezes.

Acho que eu deveria perguntar pra ela.

Enquanto coloria nosso trabalho, á mesma chegou com um sorriso nos lábios, e com um violino em seus braços, e isso me animou um pouco, pois eu amo música.

- Cheguei! – Se sentou ao meu lado. – Eu demorei porque tive que resolver algumas “coisas”. – Se explicou, logo posicionando o violino em seu queixo.

- Sabe tocar? – Perguntei e ela assentiu de leve.

Não Hana... Ela tem um violino e não sabe tocar. Disse minha mente irônica.

Ah vai se fuder. Eu mesma me respondi.

- Eu não sou muito boa, mas... Espero que goste. – Sorriu de lado. – Eu pensei que você poderia gostar de escutar algo enquanto pinta... Então, vamos lá!

Ela começou a tocar, era uma melodia tão bonita que as suas notas expressavam que eu não pude conter um leve sorriso, enquanto pintava.

Era uma melodia tão calma e inspiradora...

E assim se passaram alguns minutos. Ela tocando e eu pintando.

Eu tinha terminado o nosso trabalho, já estava todo colorido e bonito, pronto para entregar.

- Pronto, acabei. – Comentei levantando a folha para olhar melhor.

- Uau. Fico incrível, vamos jogar na cara dos outros alunos haha. – Falou parando de tocar, olhando o desenho.

Dei uma risada fraca, e lembrei de algo.

- Hey, Aime, eu sei tocar piano, a gente podia tentar fazer um dueto, já que você sabe tocar tão bem. – Sorri gentilmente olhando a laranjada.

- Hurum. Seria muito divertido e foda. Eu adoro música, principalmente clássica. – Dissera olhando para cima.

- Bom. – Me levantei do chão. - Vamos lá no quarto guardar esse trabalho.

Ela assentiu pegando seu violino, e fomos correndo guardar as coisas.

Depois disso, eu e ela havíamos começado a nos aproximar mais e mais. Quando entregamos nosso trabalho, lembro que foi realmente engraçado a cara dos alunos, e principalmente a do nosso professor. E assim, nós tiramos a maior nota da sala. E eu me diverti muito.

    ~    //    ~

Capítulo 3: Algo inesperado

O tempo havia passado em um piscar de olhos, e já era junho...

Hoje é 20 de junho, o começo do inverno, e já está fazendo um pequeno frio aqui.

No momento, eu estou com Aime, no nosso quarto. Conversando sobre coisas aleatórias, até que ela disse:

- Hana, deixa eu tentar fazer um penteado no seu cabelo? – Perguntou, enquanto eu abraçava Bonnie.

- Hmm. – Pensei. – Pode.

Ela se aproximou, e começou a fazer uma pequena trança de raiz no meu cabelo.

Eu fiquei quieta, esperando ela acabar de fazer o penteado, até que:

- TRIIIN, TRIIIN. – Seu celular começou á tocar.

- Atende. – Falei olhando para o celular.

Ela demorou para se levantar e atender o telefone. Parecia que não queria atende-lo, ela tinha uma expressão ansiosa e preocupada quando deslizou a tela do celular para atender.

- O-oi. – Gaguejou.

- “Oi Aime, tudo bem?” – Perguntou uma voz masculina, e vi a expressão preocupada da laranjada se tornar uma expressão aliviada. 

- Ah, oi! Sim, estou bem, e você? – Respondeu sorrindo de lado.

Eu tentava acompanhar a ligação, querendo saber com quem ela falava.

- “Também estou bem, mas eu queria muito de ver.” – Depois disso a laranjada olhou para mim, que estava sentada na cama, ainda tentando descobrir com quem falava.

- Pode ser amanhã? – Fez uma voz manhosa, enrolando os cabelos em seus dedos.

- “Sério? Queria te ver agora.” – Falou desanimado.

- Sim, sério, amanhã nós nos encontramos na cafeteria que fomos semana passada, as 14 horas pode ser? – Tentou convencer a “tal” pessoa no telefone. – E... Eu tenho que te contar algo. – Falou em baixo tom de voz.

- “Tá tá, amanhã sem falta, tchau." – Respondeu com uma certa grosseria, e eu consegui escutar só essa parte da conversa.

- Tchau. – Respondeu a laranjada, abaixando de leve a cabeça, encerrando a ligação.

Ela guardou o celular no bolso e veio em minha direção, se sentando ao meu lado com uma cara triste, e meio fechada.

- Quem era? – Perguntei.

- Meu namorado. – Suas bochechas coraram de leve, mas ela ainda estava cabisbaixa.

Ela tem um namorado então... Deve ser por isso que as vezes sai de tarde. Pensei tirando conclusões precipitadas.

- Ah, o que ele queria? – Perguntei novamente.

- Sair comigo, mais eu disse para sairmos amanhã. – Sorriu gentilmente, olhando para mim.

- Olha.... Se quiser pode sair com ele agora, eu fico aqui. – Falei.

Quando eu tinha dito isso, foi quase que um impulso, eu não queria que ela saísse, não naquela hora que estávamos conversando, mas então ela me respondeu:

- Não sua doida! Eu não quero sair com ele hoje, só amanhã, porque preciso conversar sobre algo. E eu prefiro ficar com você. – Explicou, e eu ri fraco com o que disse.

- Ok ok laranjada. – Respondi olhando pra ela.

- Tá. – Fez bico. – Mas deixa eu continuar seu penteado.

Concordei de leve e ela começou a trança de raiz de novo.

- Hey, Hana...? – Me chamou, separando três mechas de meu cabelo.

- Sim? – Indaguei apoiando meus cotovelos em meus joelhos.

- Como você veio parar aqui? – Perguntou fazendo eu paralisar por alguns segundos. – Olha, só responda se quiser. – Falou apressada ao ver minha expressão.

Na verdade, eu queria respondê-la, mas era como se as palavras não saíssem de minha boca.

- Bom... Eu, vim p-pra cá porque.... – Falei trêmula. – Porque meus p-pais faleceram... E não tenho algum familiar para cuidar de mim. – Expliquei, e senti um grande alívio. 

Eu nunca pensei que contaria aquilo para alguém, mas por um instante, por um minuto, eu me senti leve. Como se tivesse tirado um grande peso das costas.

- Desculpe perguntar sobre isso... – Virou a cabeça de lado. – Mas, doeu, não doeu? – Perguntou com uma expressão triste e eu assenti de leve.

- Mas, como você chegou aqui? – Perguntei tentando mudar aquele leve clima pesado.

- Meus pais praticamente me abandonaram. – Dissera enquanto eu fiquei com os olhos arregalados. – Sabe, eles ao saber de um problema que eu tinha... Não quiseram mais saber de mim, eles me deram muito dinheiro para eu fazer o que precisava, e aí me trouxeram pra cá.

Fiquei pasma com aquilo.

- Hm, entendo. – Falei procurando alguma palavra para reconfortá-la.

- Mas isso não importa mais, agora eu estou com você, e me sinto muito melhor assim. – Deu um sorriso sincero. – Eles já não me tratavam muito bem, então, vim pra cá não foi tão ruim assim.

Eu sempre ficava impressionada com a coragem que ela tinha, de conseguir seguir em frente... Eu sempre achei tudo muito difícil, e ela conseguia fazer essas coisas irem embora, com apenas um sorriso sincero.

Claro que ela sofria, e muito, mas ela sempre sorria até em momentos difíceis.

    ~No outro dia~

Aime ON:.

Eu quero muito, muito contar para Hana sobre o que está acontecendo comigo.

Mas....

- Eu tenho medo de ela querer me abandonar também. – Pensei alto, com a voz um pouco chorosa, andando até a cafeteria que eu e Edward marcamos de nos encontrar.

Entrei dentro da loja, fazendo com que um pequeno sino tocasse, e logo vi que ele já estava lá.

Hoje eu vou contar pra ele... Contar sobre o que está acontecendo, e... Se ele me deixar... Não sei o que vou fazer...

- Oi. – Puxei uma cadeira para me sentar, frente á frente com ele.

Edward tem os olhos azuis, com um leve tom de verde, e seus cabelos são pretos, ele tem 16 anos, ele é um ano mais velho que eu.

- Oi! – Respondeu animado, com um leve sorriso.

- Sabe, eu preciso te falar algo. – Fui direta. Se ele quiser me deixar, quero que faça isso rápido...

- Eu também.

- Posso... Falar primeiro? – Apoiei meus cotovelos na mesa, abaixando levemente minha cabeça.

- Pode. – Dissera já desconfiando de algo.

- Eu... – Nunca pensei que fosse tão difícil contar isso.... – Eu tenho. C-câncer. – Tremi, ainda com a cabeça abaixada, mas levantei de leve para olhar sua expressão.

- Oq-que? – Indagou. – Não brinque com algo tão sério assim há há há. – Riu.

Meus olhos ficaram levemente avermelhados.

- Você que não brinque comigo assim! – Abaixei minha cabeça de novo. – I-isso é sério. – Falei tentando segurar algumas lágrimas.

- Eu tenho que ir. Tchau. - Foi a única coisa que ele disse.

Ele levantou de forma brusca, chamando a atenção de todos ali presentes, e eu afundei mais minha cabeça, começando a chorar.

Me levantei correndo e fui em direção ao banheiro.

Entrando lá, peguei um papel, e comecei a enxugar meu rosto. Mas cada vez mais, cada vez mais, apareciam lágrimas.

Me encostei em um canto pensando nos vários problemas.

Fui abandonada de novo...

Eu não tenho vontade de contar isso para Hana, mas se eu não contar... Será muito tarde... E se ela me abandonar também... 

Abanei a cabeça para um lado e pro outro, tentando fazer com que aquilo fosse embora.

- Eu tenho que voltar... – Falei enxugando meu rosto com a manga da minha blusa.

Saí do banheiro ainda com o rosto vermelho.

Comprei dois doces, e fui embora da loja.

Cada passo que eu dava, que eu me aproximava mais do orfanato, mais sentia um aperto no coração. E isso estava me matando...

    No quarto

Entrei e vi Hana dormindo, abraçando sua pequena pelúcia. E não pude deixar de sorrir de leve.

Tinham algumas garotas no quarto conversando, e algumas pararam os olhares em mim, por estar com a cara vermelha.

Dei de ombros e fui até minha cama, deitei do jeito que estava, e tentei cochilar, mas era quase impossível...

Eu vou contar pra Hana sobre minha doença...

Respirei fundo, tentando pensar em como, e onde contaria sobre isso... É muito difícil...

Eu tenho que agir rápido. Se não pode ser muito tarde para contar... E... Eu ainda tenho que ir fazer os tratamentos... 

Afundei meu rosto no travesseiro, abafando minha respiração, tentando achar uma alternativa...

- Eu quero fazer um dueto com ela... – Falei baixo, ainda com a cabeça no travesseiro.

Não é hora de pensar nisso! Briguei comigo mesma.

Meu celular tremeu, avisando que tinha chegado uma mensagem.

Peguei o mesmo e vi quem era. E era nada mais nem nada menos do que uma mensagem da Doutora. Escrito:

“Sra.Aime, amanhã, dia 22/06, terça-feira, venha para o hospital, ás 15 horas, continuar o tratamento.

Obrigada pela atenção.

                                                  Dra.Gisele”

Apenas enviei um: "Ok".

Fazia pouco tempo que eu sabia que tinha câncer, e quando fui fazer minha primeira consulta, foi essa médica que me acompanhou, ela era muito gentil, e ela sabia que eu estava com medo, mesmo parecendo ter uns 13 anos, eu tenho 15, e eu estava com muito medo na primeira consulta, tanto porque eu estava sozinha.

Aquela médica é a que sempre me acalmava. E ela que manda as mensagens de quando eu tenho que voltar, e o que eu devo comer, e essas coisas.... Mas um dia ela me disse:

“- Aime, não tem ninguém para te acompanhar? – Perguntou.

- Não, ninguém.”

 

Mas naquele momento eu pensei se Hana poderia me acompanhar, mas, eu tenho medo de ela querer me abandonar também...

Eu sinto como se estivesse presa... Em minhas próprias emoções...

    ~    //    ~

Capítulo 4: Não vou te deixar

Dias e noites se passavam rapidamente, e quando eu vi, já estávamos em setembro.

- Uwaah. – Bocejei, enquanto me levantava da cama.

Estávamos no final de semana, e foi nesses dias que meu sorriso começou a se desfazer...

Fui no banheiro, lavei meu rosto e fiz minhas higienes e troquei de roupa.

Eu andava para um lado e pro outro procurando Aime.

Até que á vi sentada em um dos bancos do jardim. De cabeça abaixada, e triste... 

O que aconteceu? Pensei indo em sua direção.

Ela estava mais pálida do que o normal, e ela havia emagrecido, com o passar dos meses... E isso me preocupava muito, claro que eu perguntava: “Você está bem?”. Mas sempre  recebia a mesma resposta: “Está tudo bem.”

Eu sabia que tinha algo á mais, e isso estava me perturbando muito. E eu sempre tentava descobrir...

- Hey, Aime. – A chamei me sentando ao seu lado.

Seus olhos não brilhavam mais como antes, e ela andava sempre com uma expressão cansada, e sem vida. Ela já não era mais a mesma...

- Aime. – Chamei de novo. – Me diga. Você está bem? – Perguntei e ela negou dessa vez, e então perguntei de novo. – O que está acontecendo? 

Ela começou a chorar, e me abraçou fortemente.

- H-Hana. – Me apertou mais forte. – Eu... Eu... – Ela não conseguia falar, soluçava demais.

Eu comecei a acariciar seus cabelos.

- H-Hana, eu t-tenho que te contar algo. – Levantou seu rosto levemente olhando para mim. – Olha... E-eu, eu não vou viver durante muito t-tempo.

Ao ela dizer aquilo, senti como se fosse um tiro... Uma bala furando meu coração...

- Q-quê? – Eu a olhava desacreditando no que tinha acabado de ouvir. – Por... Quê?

- E-eu tenho câncer. – Falou me abraçando mais forte ainda, e eu fiz o mesmo. – Mas, você vai me deixar também? – Perguntou chorosa, e eu comecei a chorar junto.

Não quero perder você também.

- É claro que não vou te deixar! Nunca. – Sentia pequenas lágrima se formando em meu rosto.

- Obrigada. – Sorriu de leve. – Que bom que consegui te contar.

Nós nos afastamos, e eu enxuguei minhas lágrimas.

- Desde quando? – Perguntei com a voz chorosa me referindo á doença.

- Desde quando cheguei aqui... – Respondeu, com o rosto vermelho, mas também pálido.

- Por que não contou pra mim?

- Porque.. Eu tive medo de você querer me deixar também... Como meus pais e... Meu namorado. – Explicou com a voz triste

- Eu juro que vou bater em todos eles... – Falei ainda chorando.

Ela riu de leve.

- Hana... Você pode me acompanhar nos tratamentos? – Indagou.

- C-claro. – Respondi á abraçando de novo.

 

Eu não vou te abandonar... E eu não quero te perder.... Não quero perder você também.....

Agora que sei disso.... Vou ficar com você... Sempre. Pensei enquanto abraçava ela, que havia voltado á chorar de novo.

    ~    //    ~

Capítulo 5: Quando as folhas caem...

Cada dia que se passava, cada noite que eu dormia, eu via Aime se enfraquecer. E aquilo me machucava muito. Muito... Mas ela que sofria mais... E apesar de tudo... Ela estava sorrindo.

Todo dia, ás vezes eu ia no hospital com a laranjada, para acompanhá-la e conversar com a médica sobre o que estava acontecendo.

Já estávamos em março do outro ano... Nós comemoramos tudo juntas: Haloween, aniversários, natal, e ano novo...

Mesmo com essa doença, ela ainda queria comemorar, e eu queria lhe dar memórias felizes, comemorando junto com ela...

Ela havia chegado em uma fase, que nem mesmo conseguia andar direito, de tão fraca que estava.

Agora estou no hospital, sentada em um pequeno banco, ao lado da cama em que Aime está, ela foi internada.

Ela está acordada, apenas observando o teto.

Por causa da quimioterapia, ela não tem mais cabelo. E ela tinha decidido raspar tudo, ela não queria ver seus cabelos caírem aos poucos... 

- Hana. – Me chamou com a voz um pouco rouca.

- Sim. – Me aproximei da cama.

- Eu recebi uma carta estranha, depois queria que você á olhasse pra mim, por favor. – Pediu. – Ela deve estar ali na mesa.

- Claro. Vou olhar. – Falei indo em direção á mesa que ela tinha falado.

Havia uma carta com um endereço estranho.

Por isso que eu disse que já tinha visto o endereço da carta que as tias do orfanato me deram. 

- Quem enviou? – Perguntei, olhando para ela.

- Não tenho a menor ideia. – Riu fraco. – Mas disseram que eu teria que ir pra lá, acho que pra entregar essa carta, mas é claro que eu não vou.

- Hm. Estranho. – Sorri com os lábios fechados. – Ah! Tenho que te entregar algo. – Falei.

- Memória de peixe. – Falou sabendo que eu tinha esquecido, e eu ri.

Coloquei a carta no lugar, e peguei uma sacola embrulhada.

- Pega. – Entreguei a pequena sacola para ela. – Se não conseguir abrir a sacola, deixa que eu abro. 

- Não me subestime. – Riu.

- Tá senhora expert. – Disse fazendo-a rir mais um pouco.

- Pronto! – Abriu a sacola e pegou o que estava dentro. – Uma touca fufu. Obrigada. – Agradeceu sorrindo.

- De nada, deixa eu colocar. – Ela me deu a touca, e eu coloquei. – Pronto, assim está magnifico. – Comentei e ela riu de leve.

- Obrigada por tudo Hana. – Dissera, enquanto eu me deitava do seu lado. – Lembra daquele desejo que a gente fez pra aquela estrela cadente? – Perguntou e eu assenti. – Então, o desejo que eu fiz... Ele se realizou. E foi graças a você.

- O que você desejou? – Perguntei.

- Ter uma amiga. – Respondeu com os olhos vermelhos, enquanto eu me aconchegava do seu lado.

- O meu desejo também se realizou.

- E qual foi? – Indagou, olhando de leve pra mim.

- Ter alguém que pudesse me fazer sorrir de novo. – Dei um sorriso gentil para ela.

- Eu sei que.... Existirá alguém que te fará sorrir de novo... – Sem querer eu deixei com que uma lágrima caísse sobre meu rosto. – Ei, não chore. – Deu um sorriso meigo, me abraçando. 

Eu não queria chorar, mas era quase que impossível...

- Muito obrigada por tudo... Por não ter me deixado, por não ter ido embora... Obrigada por rir comigo, por ser.... Minha amiga. – Ela disse com a respiração falha, deixando uma lágrima escorrer de seus olhos cintilantes. – Obrigada por.... Me dar memórias felizes... E... Obrigada por ser minha melhor amiga.... E me desculpe por não poder ficar com você pra sempre... Eu sei que quem fica, sofre muito mais....– Fechou os olhos levemente, ainda me abraçando e chorando junto comigo. – Me desculpe.

- Por que diz isso como se estivesse se despedindo? – Indaguei com a voz chorosa, olhando a mesma, que começou á acariciar meus cabelos.

- Porque... Talvez seja uma despedida... – Respondeu, parando aos poucos de fazer carinho em meus cabelos. – Eu quero que seja feliz Hana.... E eu quero que você sorria... – E assim ela parou de acariciar meus cabelos, fechando os olhos lentamente.

- Aime... – Chamei. – Aime.... Aime! – Chamei de novo já desesperada, me afastando devagar de seus braços.

Eu olhei sua expressão calma com um leve sorriso, e vi as máquinas de batimento cardíaco pararem, assim fazendo um barulho de que..... Ela estava morta....

Comecei a chorar desesperadamente, acariciando seu rosto pálido, com poucas lágrimas.

- Por.... Quê? Por quê? V-você também... Eu não... Por que isso está acontecendo!? – Eu chorava muito, e soluçava demais.

    ~    //    ~

Capítulo 6: Inesquecível

Depois de um tempo, eu tentei olhar fotos minhas e dela, eu tentei escutar as músicas que escutávamos, eu tentei tocar piano novamente.... Mas tudo.... Tudo. Tudo me fazia chorar.

Quando olhei nossas fotos, eu acabei quebrando um de nossos quadros. Quando eu escutei nossas músicas, eu comecei a chorar desesperada. E, quando eu tentei tocar piano novamente... Eu lembrei do dueto em que fizemos...

A-Aime... Agora doí tanto lembrar de nossas lembranças, agora doí tanto ficar aqui, e... Agora doí tanto tentar sorrir...

 

Aime sempre agradecia por tudo, mas era eu... Que devia agradecê-la...

Depois que tudo aquilo aconteceu... Depois de tudo... Eu tentei sorrir... Eu tentei fazer a última coisa que ela pediu... Sorrir...

Parece bem simples... Mas, na verdade, é muito difícil...

Agora eu estou me afogando em minhas próprias lágrimas... Tentando achar uma saída novamente...

“Vai ficar tudo bem.” Ecoou sua voz em minha mente, enquanto eu me lembrava dela... Com um doce sorriso, segurando minha mão, e me puxando alegremente.

Foi assim que eu perdi meu sorriso, foi assim que ele nunca mais apareceu... E... Foi assim que... A vida partiu meu coração... Pela segunda vez...

No outono nos conhecemos... E, no outono nos despediremos....

Nossas lembranças eram inesquecíveis, e ainda são, e toda vez que eu sorrir... Eu lembrarei de você... Porque você que me ensinou a sorrir de novo...

Lembrei disso tudo enquanto estava dentro de um táxi, indo para um lugar desconhecido, do qual eu já tinha ouvido falar...

Nossa amizade durou por pouco tempo, mas não fomos nós que “acabamos” com ela... Foi a vida que “acabou” com nossa amizade...

Capítulo especial.: Inesquecível

~FIM~


Notas Finais


Espero que tenha gostado do especial (e da fanfic em geral também)

Gente... Eu juro... Eu chorei com o final, juro pra vocês, quando eu estava escrevendo eu comecei a chorar... Juro pra vocês;^;

E... Uma perguntinha. Vocês estão gostando da fanfic?

Bom, beijos, e Tchau <3

Links:

°Melodia que Aime tocou com seu violino: https://youtu.be/NguIpRFLM4M

°Hana (escola):

http://data.whicdn.com/images/158894143/original.jpg

°Aime (escola):

https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/eb/58/50/eb5850897dbaadc088cf0781bf75bef0.jpg

°Aime:

http://data.whicdn.com/images/237006346/large.jpg

°Hana de kimono:

http://i4.mangareader.net/karate-shoukoushi-kohinata-minoru/47/karate-shoukoushi-kohinata-minoru-1219066.jpg

°Sansei:

http://i5.mangapanda.com/karate-shoukoushi-kohinata-minoru/423/karate-shoukoushi-kohinata-minoru-8258509.jpg

°Aime de kimono:

https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/ba/f4/1e/baf41e268703cd1551ac890ad0f83c8f.jpg

°Hana imobilizando o próprio sansei:

https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/b4/8e/f9/b48ef94e402905257b56c7fc68bd4dd9.jpg

°Aime e Edward:

http://pt.hdwall365.com/wallpapers/1607/Art-anime-lovers-red-hair-girl-and-short-hair-boy_m.jpg

http://i.artfile.ru/s/823194_270414_55_ArtFile_ru.jpg

°Hana chorando:

https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/f8/08/65/f80865246cc86c0f4396fc899cb26155.jpg

°Aime presa em suas emoções:

http://s6.favim.com/orig/140423/anime-cry-girl-prison-Favim.com-1695367.png

°Aime (chorando):

https://uploads.disquscdn.com/images/ac9316720f05e0208df502f32b079ab9dfd745eb4c813420d13c4285c6cd6d8b.jpg

°Aime (hospital):

http://img13.deviantart.net/95f9/i/2014/313/4/b/anime_death_hospital_by_agent0tex117-d85wiqz.png

https://www.filepicker.io/api/file/g90axZ0QSuKQSce1n1m6

°Hana (chorando sozinha):

https://pbs.twimg.com/media/CLAImg2WoAA0eSi.jpg:large

°Coração partido:

https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/be/69/d9/be69d986d987c8c023dbb7b09b2268db.gif

°Aime (criança foto que Hana observava):

https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/ba/8a/99/ba8a995223de718d1cb41bbc8e3e62f1.jpg


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...