Outro dia em meio a uma missão. Era época de outono, folhas de árvores secas caiam, fazendo vários montes de folhas em meio ao caminho. As mesmas tinham suas cores mais quentes, mas não tanto. Em algumas regiões, já havia registros de neve em pouca quantidade. Naquela época do ano, era mais ventoso, com a temperatura baixa, e era raro casos de chuva.
Nossa dupla sem sentido, Tobi e Deidara, tinham que ir para Iwagakure no País da Terra, o país natal do louro. O mesmo não tinha tantas memórias boas de lá, mas só não reclamou com o líder, pois o único motivo de irem para lá agora, era para roubar um pergaminho com informações de alguns jutsus úteis para a Akatsuki.
Ambos caminhavam com uma certa pressa, já que tinham a informação que o mesmo pergaminho seria transportado daqui mais ou menos uma semana. Eles estavam adiantados, indo para a missão dois dias antes da semana da transferência. O moreno, como sempre, falava e falava sem parar. O loiro por sua vez, ignorava o máximo possível, e se controlava para não explodi-lo, já que agora o mesmo, tinha seus braços "recém" arrancados, de volta ao corpo.
- Tobi, para de fazer essas brincadeiras, temos que andar rápido ao menos para chegar no País da Terra. - Falava com os olhos fechados forçadamente, sentindo uma forte onda de dor em sua cabeça, aquele mascarado o tirava do sério.
- Deidara-Senpai! Nos estamos bastante adiantados, não vai fazer mal nenhum pararmos para brincar! - Dizia animadoramente, o que fez o seu parceiro o olhar furioso. "Ele realmente queria falhar na missão para brincar?" pensava o louro.
- Apesar de adiantados, não é motivo para não acelerarmos os passos. A gente tem um prazo bem curto para a missão ser concluída. Por isso, não temos tempo para brincadeiras, Tobi! - O de olhos azuis quase berra o nome do companheiro. Ele foi até o mais alto resmungando e roubando uma pequena flor que o moreno tinha pegado no caminho. - Foco. Hm! - Ele jogou a flor que acabará de amassar com a mão na cara do mascarado.
O menor continuou a caminhar com uma carranca no rosto, enquanto o mais velho olhava para a pobre planta que foi esmagada. E, por algum motivo, aquilo meio que deu uma pequena faísca no peito, mas algo tão pequeno que foi imperceptível para si. Então, veio um sentimento parecido com desgosto, ele volta a andar atrás do de fios dourados, com o pensamento: "Nem uma flor ele consegue ter dó? Hum, esse realmente é alguém difícil de agradar.....Vou perturbar ele de novo." Um sorriso travesso se forma por de baixo da máscara, então ele começa a falar e falar e falar e berrar no ouvido do parceiro.
Passa-se várias e várias horas que eles andavam, até que foram obrigados a parar, pois tinham que reencher a garrafa de água. Eles pararam perto de um riacho pequeno, ficarava no meio da floresta, bem longe do caminho limpo para os vilarejos. Eles já haviam andado bastante, suas localizações se encontravam ao sul do País da Chuva.
(Falar aqui, q eu estou fazendo uma pesquisa geográfica de naruto enquanto estou escrevendo isso. Então não me perguntem se está certo ou não, provavelmente vai estar. :3)
- Por um segundo poderia calar a boca?! Hm! - Berra o Deidara enquanto se abaixava para pegar água. Desde o momento que ele tinha dado um sermão no mais velho, o mesmo parece o provocar ainda mais. Parecia que ele se divertia com isso, o que deixava o loiro com irá em seu corpo.
O Tobi não o ouviu, só continuou a cantarolar alguma música infantil. Ele estava fazendo uma dança meio estranho enquanto murmurava letras sem sentido. Quando o de Iwagakure se virou para olhar o homem atrás de si, se conteve para não rir. O moreno poderia ser irritante de todas as formas, mas tinha que admitir, ele arrancava algum humor a Akatsuki. Então sua seriedade volta e chama atenção do mais velho.
Assim, o de pelagem parda para o que fazia e olha para o garoto a sua frente. Então se ilumina um pensamento dentro de sua mente. Ele chega perto do mais novo, e transmitia uma energia animadora.
- Deidara-Senpai, a sua cidade natal fica em Iwagakure, certo? Isso significa que iremos ver algum parente ou amigo do senpai? - Questionou.
- Hm... - O menor não respondeu, ficou no desvaneio, com um olhar meio triste. Quando o moreno percebe isso, ele pensou que seria uma oportunidade de descobrir mais do companheiro. "Isso tornaria mais fácil a manipulação e influencia." Então ele esperou pacientemente a resposta do outro. Mas veio algo inesperado. - ...Provavelmente estão mortos...ou queimando no inferno... - A última parte ele falou mais para si mesmo, bem baixo, e pelo barulho da água do riacho, quase que Tobi não ouvia, mas consegue ainda assim, entender.
"Não tenho boas influências vindas de lá, ninguém compreendia minha arte, ou muito menos...aceitar quem eu era..." Pensava Deidara, cabisbaixo mas logo olhando para cima novamente com seu ar sério e impaciente de sempre.
Uma coisa que poucos sabiam do loiro, é que ele foi criado em um lugar religioso. Pois é, sua história de infância, é algo parecida com a de Hidan, porém de forma bem mais trágica.
O Tobi iria continuar suas queixas, mas logo é interrompido pelo nukenin loiro, que começou a andar para fora da mata e ir para a trilha novamente. Então o mais velho o seguiu rapidamente, com vários comentários sem sentindo, mas o mesmo sabia que tinha algo de errado, algo que iria descobrir nem que se fosse a força, curiosidade era algo que pouco tinha, mas aquilo realmente o intrigava.

Em Iwagakure, País da Terra. Tempo restante da missão: 5 dias...
Eles passaram próximos quatro dias andando com pausas curtíssimas de descanso, e ainda assim, tinham só cinco dias para roubar o pergaminho sem que ninguém perceba a presença dos dois. Agora, se encontravam em cima de uma montanha, com a visão da vila inteira. Enquanto o Deidara revisava o mapa junto ao plano, Tobi ficou admirando a paisagem, na verdade meio surpreso. A vila era um lugar rochoso e cinza, com poucas cores, as árvores, por causa da estação, se misturavam a paleta de cores meio morta e monótona. "Ok, isso fala muito sobre esse loirinho aqui." Pensava ainda meio aterrorizado com o que via, o moreno, para quem já o conhece, viveu em um lugar colorido, não tinha uma das melhores condições, mas ainda assim, o que as vezes o deixava magoado, logo era dissipado por causo do ambiente. Mas nessa vila, parecia como se tudo e todos estivessem mortos.
- Nossa, essa vila é muito...deprimente. - Falou para si mesmo. Apesar de estar interprete ao personagem que fazia, tinha algo verídico nas palavras que dizia.
- Bem, você não cresceu aqui, não sabe do que fala. Bem, vamos voltar ao plano. O pergaminho vai se encontrar dentro da... - O louro começou a explicar o plano para o parceiro.
Enquanto o de olhos azuis ditava, o mascarado prestava atenção, ao mesmo tempo que sua cabeça fazia uma analogia meio estranha.
"Como alguém como ele pode ter vivido aqui? Quer dizer, sei que desde os quatorze anos ele mora na organização, mas seu temperamento e personalidade, não podem ter vindo daqui. Eu posso discordar de muitas coisas sobre ele, mas realmente, ele tem uma peculiaridade interessante, o que me choca mesmo é o fato de ninguém apreciar isso que ele chama de arte."
Bem, o Tobi, não gostava tanto assim do nukenin que era seu parceiro, ele se segurou tantas vezes o como queria gritar com o garoto, impor voz sobre ele. Ele odiava ter que engolir as palavras cruéis e duras dele, pois aquilo o lembrava da época que era criança. Pelo menos o eu criança dele tentaria revidar, levaria uma coça, mas não ia aceitar calado. Mas não, ele tinha que fazer um personagem bobo e brincalhão com uma voz irritante, inclusive, aquilo estava acabando com a voz dele, mas os únicos momentos que poderia descansar o vocal, era quando ele se calava. A sorte era que estava frio, por causa que quando estava calor, aquela máscara se tornava um inferno para si, mas não poderia a tirar. Ele ficava até imaginando o que o parceiro pensaria dele se descobrisse que o mesmo fosse Uchiha.
Então o moreno acorda para realidade quando vê o louro chamando pelo seu nome várias vezes.
- Tobi. Tobi. Tobi! OH TOBI! - Ele gritou um pouco alto, depois respirou fundo lembrando que estavam em uma missão.
- Ah! Deidara-Senpai, você me assustou! Não faça mais isso, pode acabar matando o Tobi do coração. - Falava dramaticamente colocando a mão canhota onde ficava o órgão mencionado.
- Aff, não interessa. Você ao menos prestou atenção no que eu acebei de falar? - O louro fala subindo numa ave gigante feita de sua argila explosiva. O moreno acena a cabeça positivamente. - Certo, eu vou dar uma olhada na área. Fique aqui, se der tudo certo, poderemos concluir amanhã. - A ave gigante inicia o vôo. E quando o menor finalmente estava longe, o mais velho tira uma parte de sua máscara para respirar um pouco, deixando visível uma parte de sua boca e nariz.
- ...Ai, ai, Deidara....Um dia eu ainda consigo te manipular, assim será mais útil....Eu só tenho que achar algo, nem que seja um gatilho... - O vendado sussurra para si mesmo, com uma voz mais grave e densa, ouvindo o vento soprar junto a ele. Acontece que apesar de tantas e outras, ele carregava um certo interesse pela suas "artes".
Enquanto o de vila desconhecida entrava em seus desvaneios, o nukenin de Iwagakure voava pelos céus de sua vila natal. Ele estava perto o suficiente para enxergar o local e algumas pessoas, mas longe o bastante para ninguém o ver ou o ouvir. Apesar de algumas nuvens o atrapalhar, ele só foi verificar o perímetro do local que teriam que roubar. Em sua cabeça começou a calcular e pensar em algumas probabilidades. O pessoal de seu trabalho sempre achava que ele nunca tinha nenhum plano, que era uma pessoa impulsiva como Hidan. Em alguns casos, poderia ser verdade, mas o louro tinha sim uma mente estrategista, não podia ser das melhores como a de Itachi, mas ele não se importava. Sinceramente, ele só não se importa, pois por causa de sua idade sempre era subestimado ou comparado, mesmo tendo passado a metade de sua adolescência lá, era como se tivesse crescido e aprendido as coisas sozinho.
A Akatsuki poderia ser como uma grande família, como disse ao inicio, mas quando se passa mais tempo trabalhando do que juntos, o que restava, era alguns conselhos, sermões e poucas palavras. Tinham só mais intimidades com suas duplas, mas para o loiro não mudava, já que odiava a sua nova dupla, e agora, rancor de seu último parceiro.
Bem, enquanto analisava cada lugar que eles poderiam usar para passarem despercebidos, o seu olhar volta para o canto que ele e o seu colega estavam, onde agora só tinha o moreno. E quando olhou, viu que o mesmo estava sem parte de sua máscara, mas não tinha a certeza, pois como disse, ele estava longe o suficiente para não enxergar muitas pessoas, porém ainda via as vezes como borrões. Então tomado pela curiosidade, ele começou a dar meia volta, indo em direção ao, que agora achava, não mascarado.
Tobi viu que o de olhos azuis retornava. Rapidamente, ele recolocou sua máscara no lugar, e para não ter muitas suspeitas, começou fazer algo completamente aleatório em cima a montanha que estava. Quando o ninja explosivo chega perto de lá, ele pula da ave e pousa sobre a terra. A ave em si, parece que diminui e acaba caindo na mão de seu criador, que a coloca dentro de um dos bolsos em seu cinto.
(Eu sei que ele não consegue fazer isso no anime, mas na real, eu vou colocar algumas habilidades que não tinha nos personagens originais.)
- Ah, olá Deidara-Senpai! Tobi estava com saudades! - Com a voz aguda, ele se aproxima de Deidara com os braços abertos, pronto para o abraçar. Mas o mesmo se desvia e moreno tropeça e vem a cair na terra.
O louro olha por alguns segundos e suspira. - Tobi, por acaso você... - Ele começa a falar, mas depois desiste, vendo o outro se levantando coçando a nuca. - Bem, eu dei uma pequena olhada. Como já está quase anoitecendo, podemos dormir essa noite num chalé que vi aqui nas proximidades da vila. - Enquanto falava, ele recolhia as coisas que tinha deixado no chão.
O Tobi se levanta, então começa a tagarelice de sempre.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.