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História Você vai estar aqui quando eu acordar? - Sete - Sobre amar-te


Escrita por: liittlelove

Notas do Autor


Depois de mais de 15 dias: CHEGUEI com mais um capítulo super de leves, então não esperem tanto drama ok? :)
Justificando minha demora: fui viajar. Tinha deixado 2k pronto achando que quando voltasse com mais 1k o cap ficaria pronto, mas como vcs podem ver eu tive que fazer mais de 3k pq fiquei inspirada hehe :p

p.s.: palavras em negrito são para vcs guardarem na memória.
p.s².: tem mais kaisoo por causa do niver dos meus amores. Quem não gosta, sorry.

Corre lá pra ler! ♥

Capítulo 8 - Sete - Sobre amar-te


Fanfic / Fanfiction Você vai estar aqui quando eu acordar? - Sete - Sobre amar-te

  Sete

 

  — Soo hyung? C-como você me e-encontrou?

  — É assim que você cumprimenta um velho amigo?

  — Desculpe – abaixou-se em uma reverência – você quer entrar?

  — Adoraria.

  Sehun estava atordoado com a presença do outro. Perguntava-se mentalmente, inúmeras vezes, como Kyungsoo conseguiu seu endereço sendo que nem sua mãe sabia somente o pai e esse era reservado demais para contar isso ao mais baixo.

  — Pode sentar – ofereceu – você quer comer ou beber alguma coisa? Deve estar sentindo calor nesse terno.

  — Não tem necessidade, já estou acostumado.

  — V-você trabalha assim? – perguntou visivelmente desconcertado.

  — Ah não – sorriu na tentativa de acalmar o maior – virei professor. Estou assim por causa da formatura dos meus alunos.

  — Você leciona em faculdade ou escola mesmo?

  — Poderia ser em faculdade, mas prefiro os adolescentes. Nessa idade eles começam a ter opiniões próprias e participarem mais, é incrível. – sorriu. Realmente amava a profissão que exercia – E você? O que faz?

  — VirAh fotógrafo – disse mais a vontade – me pareceu desperdício demais observar tudo a minha volta não registrar em algo mais confiável que a memória.

  — É um ótimo ponto de vista Sehun. – concordou – O que te trouxe a Seul?

  O mais novo não sabia o que responder. Não tinha vergonha de se assumir gay, mas pela primeira vez não pareceu certo contar sobre sua relação com Luhan.

  Não era como se o relacionamento deles fossem algo extremamente secreto, como o dos irmãos um dia quase chegou a ser, porém mesmo assim, eles formavam um nós. Sehun não queria estragar isso com a possibilidade de uma reação negativa de Kyungsoo.

  — Um amigo. – mentiu – Ele disse que aqui era um bom lugar para se viver e decidi descobrir.

  — Realmente é um lugar agradável além de ter muitos lugares bons para fotografar.

  — Imagino que sim – sorriu – posso te perguntar uma coisa?

  — Como eu te encontrei?

  — Sim...

  — Provavelmente foi no mesmo dia que você chegou a Seul. – respondeu vendo a expressão calma do outro se contorcer em uma de confusão, resolveu continuar – Você estava com um garoto um pouco menor que você quando entraram em uma cafeteria, se lembra? – depois de pensar um pouco Sehun aquiesceu – Então, eu estava lá, te achei bem familiar e quando seu amigo disse seu nome, soube que era o Sehun do Chanyeol.

  Chanyeol...

  Fazia tanto tempo que não ouvia aquele nome fora de seus pensamentos que chegou a cogitar a hipótese de ter se tornado apenas uma lembrança, mas não era e nunca seria.

  Aquele nome sempre estaria vivo em seu coração.

  — Eu não sou do Chanyeol, Kyungsoo. – ditou sério não encarando o outro.

  — Ah não foi isso que quis diz- – foi interrompido.

  — Tudo bem Kyung. – disse Sehun levantando-se.

  — Eu acho que já vou indo – levantou-se também – desculpa ter vindo sem avisar, vi seu amigo saindo daqui e pensei que você pudesse morar aqui e como o porteiro só perguntou quem estava procurando, eu entrei.

  — Certo.

  — Foi bom te ver Sehun. – sorriu minimamente.

  — Igualmente Kyung.

  Sem mais despedidas Sehun fechou a porta. Não queria ser mal educado com o mais velho, porém foi inevitável. Foi a uma válvula de escape que conseguiu improvisar após o irmão ser citado, ou pior ser citado com ele. Era estranho ver anos de costume ser jogados para os ares como se não fossem nada.

  Chanyeol fazia isso com Sehun.

  O mudava, o desarmava sem ao menos saber que estava fazendo aquilo.

  Sehun estava cansado da sombra que carregava em seu peito. Estava cansado de tudo que o irmão deixou em si.

  Pela primeira vez Sehun arrependeu-se de amar.

 

~*~

 

  Estava sem reação após ter a porta fechada em sua cara. De certa forma, gostou de ver como Sehun parecia crescido, tanto fisicamente quanto mentalmente, porém estava envergonhado, mas ao lembrar-se do causador disso o rubor que antes era de vergonha, passou a ser de raiva.

  Marchou rapidamente até o elevador e apertou o botão para chamá-lo enquanto tirava o celular do bolso e digitava o número já gravado em sua memória. No segundo toque foi atendido ao mesmo passo que as portas do elevador se abriram.

  — Você é um idiota Chanyeol! – grunhiu sem se importar com a silhueta que havia no mesmo elevador – O que quer que tenha feito para aquele menino acho melhor resolver!

  — O que aconteceu Soo? – Chanyeol perguntou preocupado.

  — O que aconteceu Soo? – imitou a voz do maior – Isso vai ser o que você vai me explicar.

  — Acho que as coisas não foram muito boas né? – mordeu a unha do outro lado da linha.

 — Ah o que você acha gênio? – indagou retoricamente – Estou indo ai. – desligou o celular nervoso, guardando-o em seguida. Perguntava-se mentalmente como cedeu à ideia imatura do melhor amigo – cargo esse que estava pensando seriamente em tirar do outro.

  Estava preparando seu xingamento quando uma voz grossa pouco desconhecida para si se fez presente entre as portas de aço daquele elevador:

  — Fico feliz por você ter ficado fluente em menos de um mês.

  “Fudeu” – pensou Kyungsoo ao reconhecer a imagem morena ao seu lado.

 

.*.*.*.*.

 

  Existem momentos que a definição da palavra “pesadelo” fica inadequada, incorreta.

  Sehun não estava dormindo, mas seus pesadelos o atingiram. Estava encostado a porta e não sabia o que pensar. Era inaceitável o porquê de um simples nome mexer tanto consigo, afinal existia inúmeros Chanyeol’s no mundo, mas somente um deles foi capaz de machucá-lo e carregar junto a si seu maior pecado.

  Estava farto de sentir dor por alguém que não se importava com ele.

  Então Sehun desejou esquecer.

 Quis apagar da sua memória todo rastro de dor que o irmão deixou em si. Quis apagar aquele nome e deixar só o de Luhan marcado, porque esse sim merecia ser registrado e lembrado diariamente. Quis não sentir nada, pois assim não se lembraria do outro em nenhuma circunstância. Como se nunca tivesse existido.

   Assim que deveria ser, mas não era.

  Bem lá no fundo do seu coração ele escondia a verdade, aquela mesma que assombrava Chanyeol.

  O amor que sentiam eram as suas verdades.

  Tudo que Sehun quis foi ser amado pelo irmão. Quis voltar à infância e ser aquele menino que corria para os braços de Chanyeol porque ali se sentia protegido, ali se sentia especial.

  Sentiu falta daqueles tempos onde era feliz imaginando um futuro junto ao irmão na mesma cama enquanto seus olhos ficavam hipnotizados pelo brilho que os olhos do outro tinha.

  Repousando a cabeça na porta fechou os olhos lembrando-se de quando passou a desejar os lábios róseos do irmão. Não era um desejo sexual, era um desejo de carinho. Os abraços passaram a ser insuficientes para o tamanho do amor que carregava em seu peito.

  Seria tão feliz se o maior tivesse ficado...

  O primeiro soluço veio. Junto dele as lembranças das promessas quebradas.

  Então as lágrimas escorreram.

  Sehun poderia viver todas suas vidas ao lado do outro, mas saber que o sentimento não era recíproco ainda o feria.

 Nesses momentos onde seus pesadelos o atacavam, não existia curativo que tampasse seus machucados e as memórias o batiam até que seu interior sangrasse.

  E ali ele encontrava-se sangrando enquanto lembrava-se da melodia calma que vinha do quarto do irmão quando o mesmo não conseguia dormir. Chanyeol não sabia, mas Sehun escutava todas as notas sincronizadas que saiam do instrumento.

  Ele amava escutar a musica do irmão.

  Amava ver como sua expressão ficava séria quando uma nota era difícil e precisava de um pouco mais de coordenação.

  E amava mais ainda ver o sorriso orgulhoso que escapava de seus lábios quando conseguia tocar toda a música, sem falhas.

  Ah como Sehun amava Chanyeol...

  Então se permitiu chorar livremente, porque doía.

  Podia escutar a melodia perfeitamente junta com a voz grossa do irmão em seus ouvidos, porém não queria ouvir. Aquilo o machucava.

  Essa era outra coisa que Chanyeol fazia em si: machucados.

  Mesmo assim a saudade daquele violão o perseguia e céus, Sehun quis tanto ouvir aquilo fora de suas lembranças!

  Quando pequeno não desejava nada além do amor de Chanyeol. Hoje, no entanto, pedia para qualquer força maior para que, naquele momento, já não desejasse mais aquilo.

  O peso daquelas memórias era pesado demais para Sehun suportar.

 

  Encontrava-se encolhido, ainda escorado a porta quando Luhan chegou despertando-lhe dos seus conflitos internos. Ao ouvir sua voz pôde afirmar que amava aquele homem e que ele sim merecia ser considerado seu anjo da guarda.

  — Sehun? O que você está fazendo sentado atrás da porta? Pedi para você trancar, não ficar ai escorado! – disse levemente nervoso vendo o maior se levantar, mas ao ver uma expressão de choro no outro, ficou preocupado, pois Sehun quase nunca chorava – Amor, o que aconteceu?

  Sem dizer nada Sehun terminou de abrir a porta e puxou o menor para um abraço desajeitado, fazendo Luhan deixar as compras no chão para acolhê-lo enquanto chorava feito criança em seus ombros.

  — Ei, calma – ditou paciente acariciando os fios negros do outro – estou aqui agora, ok?

  Luhan sabia que não adiantava fazer perguntas quando Sehun estava em prantos, pois assim ele choraria ainda mais. Querendo ou não o chinês sabia muito sobre o namorado.

  — O-obrigado p-por estar d-do meu la-lado Luhan. – disse entre uma pausa e outra dos seus soluços – V-você foi a melhor coisa que j-já me a-aconteceu.

  — Shi – apertou o maior em seus braços – não precisa me agradecer por nada Hunnie.

  — P-preciso sim. – afundou mais a cabeça no pescoço do mais velho – Você esteve aqui para mim quando nem minha mãe pode estar. E-eu nunca vou poder retribuir o quanto v-você merece, me desculpe.

  Levou o corpo de Sehun mais para dentro para fechar a porta e então levá-lo até o sofá que havia atrás dos dois.

  — Você já me deu seu amor Sehun, isso já é mais do que alguém pudesse merecer – distribuiu beijos castos pela cabeleira do outro – mesmo se nós não namorássemos eu iria continuar do seu lado, porque você é especial. Então está tudo bem.

  Sehun sabia que as palavras de Luhan eram verdadeiras e amava aquele jeito tão carinhoso e aconchegante que ele tinha.

  Era um cara de sorte por tê-lo em seus braços. Sehun sabia disso.

  Não era a primeira vez que Luhan presenciava uma recaída do namorado, só não sabia o que elas significavam. No passado já havia tentado perguntar o porquê delas existirem, porém nunca obteve uma resposta, pois sempre que perguntava, Sehun se fechava, então resolveu respeitar e estar ali quando ele precisasse.

  — Eu te amo Luhan. – disse olhando diretamente para os olhos de Luhan que ali também se encontravam marejados – Por favor, nunca duvide disso. De todas as certezas que eu tenho a única que confio cegamente é que o que eu sinto por você é real. Nunca entendi o porquê de você me amar também, mas vou ser eternamente grato a você por isso. Você é minha melhor fotografia.

  Somente Luhan sabia o quanto aquelas cinco palavras significavam. Depois que Sehun pegou gosto pelas paisagens aquela virou sua maior declaração. Raramente era solta, porque na cabeça de Sehun elas eram sagradas demais para serem ditas em momentos que não eram especiais.

  — Eu também te amo Sehun.

  Então Sehun dormiu ali mesmo, depois de receber alguns carinhos de Luhan.

  Seria algo errado da sua parte dizer que gostava daqueles momentos onde o maior ficava frágil? Não o leve a mal, Luhan não gostava de vê-lo triste, muito menos chorando, porém era nesses momentos que via o quão forte era o sentimento que ambos nutriam.

  Dentre todas as coisas que outros denominavam como felicidade a de tê-lo para si era, sem dúvidas, a melhor. Amá-lo era algo fantástico e inexplicável e isso o fazia feliz.

  Era maravilhoso para si observar Sehun dormindo. Vê-lo em paz lhe trazia paz. Vê-lo bem lhe deixava bem.

  Sehun o fazia sentir-se especial com seu jeito puro de amá-lo.

  Não era na cama que se sentia daquele modo, mas sim quando estava cozinhando ou fazendo qualquer outra coisa distraidamente e ao olhar para o outro já o encontrá-lo o admirando.

  No começo do relacionamento esse fato era comum afinal tudo que faziam juntos era novidade, mas depois de cinco anos isso ganha um significado especial. Vê-lo apaixonado por si depois de tanto tempo o emocionava.

  E era tudo tão difícil! Andavam pelas ruas com medo de serem descobertos e feridos e mesmo com todo aquele tamanho, por dentro Sehun era frágil, mas mesmo assim o mais novo não desistiu do ‘nós’ que construíram.

  Luhan o amava por isso.

  Na verdade, Luhan o amava pelo simples fato dele ser o que ele era.

  Luhan era definitivamente feliz com Sehun.

 

  Só não sabia por quanto tempo àquela felicidade duraria.

 

.*.*.*.*.

 

  Chanyeol estava nervoso.

  Desde que Kyungsoo desligou o telefone não conseguiu concentrar-se em nenhum processo que analisava antes. Andava de um lado para o outro na esperança de que o relógio andasse mais rápido, mas como o esperado, passou na mesma lentidão de sempre.

  Perguntava-se como o melhor amigo tinha se saído com o irmão e se mandá-lo até lá fora uma boa ideia. Perguntava-se também como Sehun estava. Fazia anos que não via o mais novo e saber que ele estava tão perto o deixava sem saber o que fazer.

  Um turbilhão de sentimentos passava por si, estava com raiva por estar sentindo tanto.

  Sentir o machucava.

  E isso o deixava ambíguo. Não sabia o que sentia, mas sabia que tinha alguma coisa.

  Confuso? Talvez.

  Era assim que se sentia.

  Confuso, sem saber o que fazer, sem uma saída.

  Sentou-se na cadeira do seu escritório, cansado. Sua cabeça latejava quando ouviu a campainha ser tocada.

  Saiu do cômodo a passos largos chegando rápido até a porta de entrada.

  — Aleluia! – murmurou abrindo a porta, encontrando do outro lado um Kyungsoo ofegante com a mão apoiada nos joelhos — O que aconteceu?

 — Vim... Correndo – falou pausadamente.

  — Do apartamento do Sehun?

  — É. – respondeu endireitando-se.

  — Por quê? – perguntou dando passagem para o outro entrar.

  — Estou sendo seguido.

  — Seguido? – repetiu sentando-se na poltrona de frente para o amigo — Então decidiu que seria melhor correr do que vim de carro?

  Kyungsoo arregalou os olhos fazendo-os ficar assustadoramente grandes ao lembrar-se de ter deixado o carro na rua do apartamento de Sehun.

  — Ah não! – murmurou escondendo o rosto entre as mãos — Deixei meu carro lá e a culpa é sua!

  — Minha!? – espantou-se — O que eu fiz?

  — Me fez ir até lá!

  — E como eu ia saber que você ia esquecer seu carro?

  — Não importa. – bufou.

  — Agora tem como você me contar o que aconteceu?

  — Ele ficou surpreso, muito surpreso, depois nós conversamos um pouco até que eu fui embora antes que ele me expulsasse.

  —Por que ele te expulsaria?

  — Porque eu falei seu nome. – acompanhou a expressão de Chanyeol passar de surpresa para algo que não conseguir identificar.

  Foi dor.

  Não aquela externa que você faz caretas na esperança de que com elas a dor se esvaísse, mas sim a interna que nada que você faça diminua, pode tentar esconder, contudo ela sempre vai estar lá marcando presença em sua mente.

  Assim como Sehun, que nunca saiu de Chanyeol.

  — Como assim? – perguntou confuso.

  — Quando eu falei seu nome ele ficou sério de repente, foi estranho, nunca tinha o visto assim.

  — Parece que ele mudou...

  — Mudou. – concordou com o maior — O que você fez para ele ficar assim Chanyeol? – foi direto.

  — Eu não sei. – mentiu.

  — Não minta pra mim.

  — Eu não te devo explicações Kyung. – recuperou a pose.

  — Eu sei que não – levantou-se — a escolha é sua.

  — Já está indo? – não queria ficar sozinho aquela noite.

  — Estou cansado Chanyeol. – suspirou — Hoje foi a formatura dos meninos e ainda tive que correr de terno, preciso tirar essa roupa e dormir, tudo bem? – explicou-se acariciando o ombro do amigo.

  — Tudo bem.

  Chanyeol sabia que não podia cobrar mais do amigo, então o deixou ir.

  — E seu carro? – perguntou quando o outro estava prestes a entrar no elevador.

  — Vou lá buscar amanhã, provavelmente.

  — Ah ok, até depois. – acenou recebendo um manear de cabeça em resposta.

 

  Quis agradecer o amigo, mas não soube como fazer.

  Com o passar do tempo seu vocabulário resumia-se em palavras frias, sem atrativo algum e Chanyeol, em meio a tanto trabalho, esqueceu-se de ser melhor e acabou ficando igual a suas palavras: frígido.

  De olhos fechados lembrava-se de melhores épocas, como aquela que certo garotinho ainda vivia consigo.

  Com eles selados lembrava-se dos toques.

  Eram sempre quentes e tinham o poder de lhe aquecer a alma. Já não se lembrava da sensação, mas gostava de imaginar. Assim como imaginava o irmão junto a si em noites de solidão.

  Com eles cerrados lembrava-se das risadas.

  Da sua parte eram sempre escandalosas enquanto o menor ria adoravelmente mostrando os caninos mais pontiagudos que o normal.

  Quanto tempo fazia que não ria assim, verdadeiramente?

  Ele não sabia responder, nunca tinha conseguido contar, pois as memórias vinham, tirando-lhe o chão fazendo-o cair sem saber o que lhe esperava lá embaixo.

  Em segredo desejava que fosse Sehun, porém ele não estava lá. Pelo menos não mais.

  Não exista mais a cura para Park Chanyeol, pois ela era seu irmão.

  Com os olhos fechados percebeu que suas melhores lembranças eram com eles assim: selados.

  Daquele modo sentiu por anos as carícias de Sehun, assim dormiu compartilhando seu calor com ele e daquele jeito o beijou.

  Ali não soube dizer se era, de fato, feliz, pois já não sabia o que significava a felicidade. Abandonou-a no mesmo dia que deu as costas para aquele menininho de olhos marejados.

  Aqueles olhos vinham assombrando-lhe desde então, junto com aquele sorriso.

  Era estranho e realmente muito incômodo saber que não se esquecera de nada, por mais que tentasse, eles sempre viriam até si.

  Perguntava-se, em meio a tantas outras coisas, se o menor também pensava naqueles momentos. Não sabia dizer se queria que sim ou que não.

  E todos esses não saberes o deixava com raiva.

  Odiava não saber o que estava acontecendo consigo, ou pior, odiava não saber como lidar com um sentimento que, sem sua permissão, aflorara.

  Já em sua cama, tentava – falhamente – dormir.

  Movia-se inúmeras vezes tentando achar uma posição boa para entregar-se ao sono, contudo não era a cama que o atrapalhava, mas sim sua cabeça que latejava e mostrava imagens não esquecidas da sua infância. Ao olhar em direção ao seu criado mudo, desistiu, levantando-se, ficando encostado na cabeceira da cama.

  Observou em suas mãos a carta que recebera há dias, lendo pela centésima vez o que havia escrito:

            

“Nós da ‘Universidade de Artes da Coréia’ temos

o deleite de comunicar ao Sr. Park Sehun que foi aceito na

nossa instituição.

Favor entrar em contato.

Atenciosamente,

Universidade Nacional de Artes da Coréia”

 

  Imaginava como Sehun estava após todos esses anos.

  Havia ficado maior que si?

  Gostava de pintar o cabelo?

  Tinha aprendido a gostar de matemática ou ainda preferia desenhar?

  Perceber que já não sabia nada do irmão o incomodava, o entristecia. Era irônico o modo que Sehun passou a ser uma tela em branco quando antes era uma mistura desordenada, porém linda, de cores.

  Chanyeol quis tanto saber o que havia acontecido com ele.

  Fechando os olhos desejou voltar ao passado e vê-lo sorrindo, não para outros, mas para si.

  Sehun sempre sorrira tão lindo para Chanyeol.

  Muitas vezes tinha vergonha, mas quando ela partia era maravilhoso de se ver.

  Desejou acariciar-lhe os cabelos do mesmo jeito que antes: morto de sono e o garoto com medo. Nunca contara quantas vezes já tinha abdicado de seu sono para confortá-lo, mas se fosse fazer: seus dedos não seriam suficientes.

  Desejou tocá-lo, abraçá-lo até que suas mãos calejassem, pois se fosse esperar o cansaço ele não viria.

  E céus, desejou tanto amá-lo!

  Olhando para aquela carta em suas mãos – agradecendo mentalmente pelo provável engano no escritório do pai – percebeu que existia sim uma saída.

  Ela o levaria até Sehun.

  Soube disso naquele momento, enquanto lembrava-se dos olhos miúdos do irmão.

  Lembrou-se da sensação que eles traziam.

  O que sentia há anos se assemelhava a paz.

  Quanto tempo passou desde que se sentiu assim pela última vez?

  Sehun tornou-se seu melhor sonho e também seu pior pesadelo.

  Era teu clarão e sua escuridão.

  Era tua vida e sua morte.

  Ele era e isso já era motivo suficiente para Chanyeol amar-lhe mais do que o permitido, mais do que o certo.

  Então com seus olhos abertos ele aceitou que estava destinado ao errado e gostou disso.

  Pois Sehun era.

  E Chanyeol desejou ser.

 

.*.*.*.*.

 

  Foi em uma tarde de domingo.

  Kyungsoo resmungava baixinho enquanto caminhava em direção ao local onde havia deixado o carro no dia anterior rezando para não ter tomado alguma multa. Falava mal mentalmente do desconhecido por tê-lo feito correr no dia anterior.

  Tudo bem, não foi exatamente o maior que tinha o feito correr, mas mesmo assim estava nervoso.

  Repassava em sua mente um plano para não chamar a atenção de uma pessoa em especial e para si ele parecia infalível.

  Avistou depois de muito andar seu precioso carro exatamente igual havia deixado anteriormente, sem arranhões e sem multas. Um pequeno sorriso fez-se presente ao olhar ao seu redor e não ver ninguém na rua.

  Pelo menos não aquele alguém que tanto desejava distância.

  Mal sabia Kyungsoo, que pela janela do seu apartamento aquele estranho também sorria ao vê-lo andar a passos rápidos até o carro abandonado por um dia.

  E não, ele não era nenhum psicopata ou algo do gênero, não teve culpa se sua curiosidade para com o menor cresceu mais que o normal. Sua persistência era ainda maior que sua curiosidade, resultando em sua saída apressada do apartamento a encontro daquele que tanto desejava próximo.

  Já na rua Kyungsoo se preparava para dar partida quando aquela figura morena e alta apareceu a sua frente.

   — Fala sério! – bufou irritado – O que você quer?

  Sorriu ao ver a face irritada do outro.

   — Quero me desculpar. – coçou a nuca sem jeito.

  Kyungsoo tentou não achar aquilo adorável.

  Tentou, porém não conseguiu, mas deu um jeito daquele pensamento se esvair de sua mente.

  — Pelo o quê exatamente? – ergueu uma sobrancelha.

  — Por ter te assustado ontem – respondeu – e hoje também.

  — Ok. – disse desconfiado – Agora saia da minha frente, por favor.

  — Na verdade – continuou, ignorando o menor – queria me desculpar te pagando um café. Você aceita? – cruzou os dedos atrás de si em um ato infantil e adorável.

  “Oi? Isso é sério?” – pensou Kyungsoo.

  — Não gosto de café. – mentiu descaradamente.

  — Mentira.

  — Como?

  — Você estava tomando café aquele dia na cafeteria.

  “Merda”

  — Não me lembro desse dia.

  — Ah não? – cruzou os braços – Foi no mesmo dia que você fingiu ser chinês, muito mal por sinal.

  — Que? – o olhou incrédulo. Sua atuação tinha sido ótima! – Se não fosse por ontem você não saberia que era mentira.

  — Engano seu. – sorriu vitorioso – Seu livro estava em coreano e você retirou os óculos logo depois que achou ter me visto ir embora.

  Kyungsoo sorriu com a inteligência do outro e sabia admitir quando perdia.

  — Qual seu nome? – perguntou ainda com um pequeno sorriso ladino.

  — Kim Jongin. – sorriu largo – E o seu?

  — Kihyun. – mentiu rindo internamente da cara do não-tão-desconhecido-assim – Agora eu preciso ir, amanhã eu trabalho.

  — Ok Kihyun– respondeu um pouco mal pelo menor não ter aceitado seu pedido – Te vejo depois?

  — Ah claro! – respondeu sarcasticamente, porém Jongin não percebeu esse fato, sorrindo ainda mais largo encarando os olhos do menor, mas diminuiu o sorriso ao reparar melhor neles.

  Eram grandes e escuros, poderiam ser considerados normais, então por que quis tanto desvendar e saber o que eles diziam?

  Kyungsoo perguntava-se o que estava fazendo ali trocando olhares com quem nem conhecia direito.

  Ambos os homens estavam sérios encarando-se sem um motivo aparente.

  E também sem motivo Kyungsoo reparou em como os cabelos castanhos do outro caiam levemente sobre suas pálpebras.

  Coçando a garganta o menor quebrou aquele contato estranho.

  — Você está atrapalhando minha passagem.

  — Hum? – perguntou confuso, até lembrar-se que estava na frente do carro do outro, bloqueando sua partida – Ah desculpe.

  Sem dizer mais uma palavra Kyungsoo engatou a macha e se foi, olhando rapidamente para o retrovisor vendo Jongin acenando.

  Virou a esquina com um pequeno sorriso do rosto.

  Talvez tê-lo encontrado não tenha sido uma coisa ruim assim.

 

  Jongin ainda se encontrava no mesmo lugar tentando – inutilmente – entender o que havia acontecido ali.

  “Tinha sido só um olhar normal, certo?” – pensou.

  Ele não sabia, mas sentia.

 

 

.*.*.*.*.

 

  Sehun estava entediado naquele final de tarde.

  Entediado e sozinho, pois Luhan já estava trabalhando como enfermeiro em um hospital longe de onde moravam. Roia sem parar as unhas em um gesto nervoso por não ter recebido nenhuma resposta da faculdade que se inscrevera para sua pós-graduação.

  Olhando pela janela avistou de longe uma praça aparentemente adorável com um pequeno lago rodeado por flores.

  Sorriu ao perceber que aquela seria uma bela fotografia.

  Pegou sua câmera – após se vestir adequadamente – e partiu para lá a passos largos já pensando em mil e uma formas de registrar aquele lugar.

 

~*~

 

  Já estava para completar doze horas que estava em seu escritório do trabalho analisando detalhadamente alguns casos específicos.

  Estava cansado, mas não estava com vontade de ir para casa. Aquelas paredes brancas de seu apartamento o sufocava e apesar de jovem, não queria sair. Ali em sua mesa distraia-se e não permitia que sua fraqueza o viesse em mente.

  Passava para seu computador algumas informações quando a voz fina de sua secretária se fez presente.

  — Senhor Park? – chamou receosa.

  — Sim? – respondeu sem levantar o olhar para vê-la.

  — O senhor não tem mais ligações nem reuniões por hoje. Queria saber se podia ir para casa já que passou do meu horário.

  — Que horas são? – perguntou puxando os óculos de leitura para cima.

  — Quinze para as sete, senhor. 

  — Tudo bem. – suspirou cansado tirando os óculos – Pode ir.

  — Obrigada. – sorriu ao presenciar seu chefe com bom humor.

  Acabou decidindo-se por ir para casa também afinal não poderia fugir de onde morava. Após apanhar sua maleta decidiu por ir a pé até seu apartamento que não ficava muito longe do seu local de trabalho.

 

~*~

 

  Observava com admiração todas àquelas cores.

  Sempre as adorou, pois elas tornavam os lugares mais obscuros em lindas paisagens.

  Elas traziam vida a coisas aparentemente mortas.

  E traziam beleza a coisas consideradas feias.

  Tinham o poder de ensinar e curar, como um dia o curou – mesmo que parcialmente – das dores de um passado não esquecido.

  Aprendeu a olhar mais de perto e encontrar nos lugares mais dolorosos uma pitada de cor e a deixa-la mostrar que poderia apresentar-lhe a felicidade.

  Ao olhar para o lado viu dois meninos brincando com balões. Lembrou-se da sua infância, quando embaixo dos lençóis, Chanyeol prometera fazê-los voar tão alto que poderiam tocar as nuvens e talvez até pular entre elas. A princípio não acreditou, afinal nem asas o outro tinha para fazer tal coisa, mas depois o maior explicou-lhe que iriam de balão até lá. Aos sete anos aquilo pareceu real, tão verdadeiro que sua mente nem conseguiu desmentir.

  Quis sorrir, mas a vontade passou ao perceber o quão tolo foi por acreditar naquelas palavras.

  Contudo, não se afetou por aquilo. Já estava acostumado em perceber que a maioria das palavras que Chanyeol falava eram mentiras e acredite, ele falava muito.

  Um barulho de palmas o tirou de seus devaneios.

  Movido pela curiosidade decidiu ir ver o que era. O céu já estava escuro moldado em tons de roxo e azul quando avistou um senhor já de idade com seu violão agradecer ao pequeno público que o aplaudia.

  Sorriu ao ver o instrumento. Realmente amava o som que dele saía.

  No minuto seguinte o senhor já tocava novamente os acordes fazendo uma melodia calma sair por aquelas cordas. Pegou em mãos sua câmera ao constatar que aquela seria mais uma belíssima foto.

  Após um clique esperava ansioso pela imagem de sua polaroid. Quando ela saiu observou os detalhes, sorrindo, até que percebera uma figura engravatada sair ao fundo olhando diretamente para sua câmera e nenhum rastro de alegria existir em seu rosto.

  Chanyeol...

 

  Suas mãos tremiam enquanto ainda encarava fixamente aquela imagem recém-tirada rezando, orando ou qualquer coisa do tipo, para que aquilo fosse só coisa da sua cabeça, mas não era.

  Levantou a cabeça com medo, repetindo inúmeras vezes que aquilo não era real e que Chanyeol não estava ali.

  Olhando-o.

  Suas pernas tremeram, mas não caiu.

  O ar faltou, porém não desmaiou.

  Tudo a sua volta desmoronou e ele também.

 

  Chanyeol estava estático e a única coisa que conseguia fazer era repetir em sua mente o quão lindo Sehun havia ficado.

  Seu cabelo era castanho escuro e ali com ele retribuindo o olhar pôde ver seus olhos um pouco mais claros que o cabelo.

  Seu pequeno tinha crescido tanto...

  Quis aproximar-se e assim o fez.

  Seu coração batia frenético em um ritmo descompassado fazendo sua visão nublar-se e somente uma pessoa com lábios trêmulos aparecer nela. Ao aproximar-se decorou por segundos os traços do irmão. Percebeu que os olhos ainda eram pequeninos e sua boca rósea ali estava mais grossa, porém tão delicada que desejou tocá-la.

  Assim como todas as partes do corpo de Sehun.

 

  Ao perceber que o irmão aproximava de si, desejou correr, porém o máximo que conseguiu foi dar pequenos passos para trás.

  Desejou acordar daquele tormento, mas não conseguiu. Desejou desaparecer, mas não conseguiu.

  Desejou inúmeras coisas, mas em nenhuma delas teve sucesso e Chanyeol estava ali, cada vez mais próximo.

  Perguntou-se mentalmente quantas vezes sonhou com aquela cena secretamente e nunca havia alcançado nem um terço na realidade, mas ali, quando já não desejava mais, simplesmente aconteceu.

  Mas porra, não tinha nada de simples naquilo!

  Chegou um momento que seus passos para trás não conseguiram afastar os rápidos de Chanyeol em sua direção.

  Buscou dentro de si alguma saída, pois não queria vê-lo tão perto, mas novamente não conseguiu encontrar. Sentia-se perdido naqueles olhos escuros enquanto seus próprios se enchiam com lágrimas doloridas e estava doendo tanto vê-lo tão perto depois de tanto tempo longe.

  Ele deveria ter caminhado até si há anos, não depois de ter cansado de desejar esquecê-lo.

  Estava sangrando como nunca sangrara antes e o destino ainda continuava a esfaqueá-lo testando seus limites sem ao menos se importar se Sehun era forte o suficiente para aquilo.

  E com toda a certeza: ele não era.

  — P-por favor... – pediu forçando-se a ser forte – Não chegue mais perto.

  Foram tantas noites mal dormidas sonhando acordado em como seria tocá-lo depois de tanto tempo; foram tantas bebidas e tanto sexo para tentar esquecer suas vontades e tão assustador ver-se sem rumo após perceber que nada tiraria aquele garoto de sua mente, que não pôde ir embora.

  Chanyeol esperou tanto por aquilo que não podia simplesmente parar e dar-lhe as costas.

  Não outra vez.

  Não permitiria falhar de novo com seu pequeno.

  — Saí, por favor! – suplicou.

  — Sehun...

  “Aquela voz não!” – sua mente gritou.

  — Não fala nada, fica longe!

  Uma cascata de lágrimas escorria pelas bochechas de Sehun. Não quis acreditar que aquilo era real, porque quanto mais ele se aproximava, tudo parecia ainda mais sufocante.

  Suas pernas estavam prestes a falhar e ele não queria cair outra vez por Chanyeol.

  Ele não merecia mais.

  — Sehun, por favor...

  — Não! – gritou tampando com as mãos seus ouvidos.

  Chanyeol controlava-se para não deixar-se levar pelas lágrimas que imploravam para cair ao ver Sehun daquele jeito. Culpava-se amargamente por ser o causador de tanta dor. Percebeu o quanto injusto ele foi ao pensar tanto em uma maneira de livrar-se daquele garoto ao invés de achar uma saída para eles.

  Relembrou em sua mente o quanto era bom tocar Sehun e vê-lo sorrir, mas ao tentar secar suas lágrimas naquele dia o fez chorar mais ainda.

  Ali, vendo Sehun encolher-se para esquivar de seu toque, foi seu fim.

  — Está tudo bem aqui? – ouviram um senhor perguntar-lhes.

  — Por favor, não deixe ele me tocar. – implorou Sehun ao desconhecido que encarou Chanyeol.

  — M-me desculpa! – pediu Chanyeol deixando um soluço sair com a voz grossa e falha, tentando tocar o menor.

  — Fique longe dele! – mandou o homem segurando firmemente o braço de Chanyeol.

  Aquela foi à deixa para Sehun correr o mais rápido que conseguiu enquanto suas fotos tiradas mais cedo caíam pelo chão assim como suas lágrimas que escorriam intensamente naquele momento.

  — Sehun, por favor! – escutou a voz chorosa do irmão chamar-lhe.

  Olhou uma última vez para Chanyeol vendo-o chorar livremente depois de anos.

  Aquilo não deveria acontecer, mas vê-lo assim ainda o machucava.

  Como tudo que vinha de Chanyeol.

  Olhando para ele, ainda em prantos, arrependeu-se pela segunda vez por amá-lo.

  Não sabia se Chanyeol havia entendido a mensagem por meio daquele olhar, mas vê-lo cair de joelhos no chão o fez acreditar que sim e em questão de segundos aquele ‘nós’ que sempre guardou em segredo já não existia mais.

  Havia morrido para Sehun, igualmente Chanyeol naquela fatídica noite. 

 

 

 

 


Notas Finais


Sobre capítulo passado e as notas iniciais: TROLEI! hehehe ♥ Se eu falar que sou uma pessoa boa vcs acreditam? Eu sou tá!
O que acharam desse reencontro? Mt melhor que o suposto no cap passado, né? Tão dramático :3 E sim, pessoas, aquele é o bom humor do Chan no trabalho.
Obrg pelos comentários do cap passado! Tivemos pessoas novas que comentaram e vcs já moram no meu coração! ♥

Fiquem a vontade para comentar e me deixarem feliz! :)

Beijão! :333


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