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História Voglia - Não estou incomodada.


Escrita por: rabid

Notas do Autor


Demorei, né? Eu sei, sorry... Eu tava com uma preguiça tão grande que nem sei oq aconteceu... Mas voltei.

Bom, vamos começar do começo...
Esse capítulo tem um salto temporal de +/- um mês. Por que eu fiz isso? Simplesmente pq eu achei q ia ser melhor pra história, tanto de Stydia como para o enredo em si.
PS: Se houver algum erro, peço perdão, eu revisei muito por cima...

Agora sobre a one que eu comentei no capítulo anterior.
Eu postei ela e deixarei o link nas notas finais pra quem quiser ler.

Eu queria, mais uma vez, agradecer pelo crescimento da fanfic. Sério, eu nunca imaginei que ela fosse chegar a quantidade de favoritos e comentários maravilhosos que ela chegou. Então, obrigadoooo!!! Eu fico muito contente sabendo que vocês gostam dessa história.

Agora chega, minha notas iniciais são sempre enormes e eu encho demais o saco de vocês... kkkk
Boa leitura e vejo vocês nas notas finais.

Capítulo 11 - Não estou incomodada.


Stiles quase não mastigava a comida em seu prato, tudo descia de uma só vez. Cada garfada do omelete em seu prato vinha logo depois da anterior, até que não restasse nada na porcelana; correu até seu quarto assim que terminou sua refeição matinal e escovou os dentes; pegou as chaves sobre seu computador e correu até a porta principal da casa, gritando por seu irmão. Parou em frente à porta do jipe azul, o qual havia ganhado de aniversário, e procurava a chave correta em seu bolso para abrí-lo.

Quando posicionou-se no banco do motorista, seu irmão pulava para dentro do carro no banco do passageiro. O mais velho fez sinal para que ele fosse para o banco traseiro; Liam teimou, mas, após uma curta discussão, rendeu-se.

— Ainda tenho medo de você dirigindo mesmo. — Resmungou o garoto de trás.

— Se continuar reclamando, faço-o ir correndo atrás do carro até a escola! — Provocou Stiles.

Como calculado por ele, Lydia saía de casa assim que ele passava por sua porta. Diminuiu a velocidade para que pudesse acompanhar os passos dela.

— Quer uma carona? — Questionou, já abrindo a porta ao seu lado.

Sem muita relutância, a garota entrou e jogou sua bolsa sobre seus pés. O silêncio predominava ali, era possível escutar apenas a música alta saindo dos fones de Liam, que parecia não prestar atenção em nada ao seu redor. Lydia voltou o olhar para o garoto à sua esquerda, que segurava o volante com apenas sua mão direita.

Observava as veias da mão, que destacavam-se pela força que proporcionava contra o volante, e seguiam pelo braço pouco musculoso, mas tão atraente. Poucas vezes havia o visto sem roupas de mangas compridas, mas desejou que ele as usasse mais vezes. Aquela visão, junta a seus pensamentos mais impuros, deixava-a com um certo incômodo entre as pernas. Quando notou ele crescer cada vez mais, desviou o olhar e pressionou uma perna contra a outra, na esperança de que aquilo pudesse aliviar ao menos um pouco.

— Vi que você adicionou a Malia nas redes sociais novamente. — Comentou o garoto sem tirar os olhos do caminho. Ele definitivamente havia melhorado na direção desde a última vez que aqueles três estiveram dentro de um automóvel.

Lembranças daquela noite ainda faziam a Martin dar alguns sorrisos bobos.

— Depois que me contou sobre a conversa de vocês, achei que eu deveria dar outra chance a ela... Soube que vocês estão “experimentando algo”. — Retrucou, voltando o olhar para a pista vazia à sua frente.

— Talvez. Mas está mais para “sexo sem compromisso”.

— Palavras dela, não minhas… Essa coisa de “sexo sem compromisso” nunca dá certo, alguém sempre acaba machucado no final. — Acrescentou.

— Talvez. Talvez não.

E novamente o silêncio pairou ali dentro, deixando os dois levemente desconfortáveis, até poder se ouvir Liam começar a cantar junto à música que escutava, fazendo os outros dois ali presentes soltarem uma fraca risada, como um ótimo alívio cômico após momentos de tensão.

— Pode abrir o porta-luvas para mim? — Pediu o garoto, acenando com a cabeça até o local.

Lydia assentiu, abrindo o compartimento e encontrando um pequeno envelope, que envolvia algumas cédulas. Ela esperou que Stiles pedisse que ela fizesse algo com aquele dinheiro, mas ele apenas manteve as mãos ao volante, sem falar nada sobre aquilo.

— É seu. — Disse franzindo o cenho para a rua e observando-a de soslaio.

— O que? — Questionou, sem entender. Não lembrava de ter perdido dinheiro algum recentemente ou tê-lo pedido emprestado. — Isso é muito dinheiro, tenho certeza que se houvesse perdido, sentiria falta.

O Stilinski não comentou mais nada sobre, até chegar à escola. Quando a garota ia deixar o veículo, fora segurada pelo braço; ele levou as mãos até às da garota, depositando o envelope lá novamente, pressionou-as e repetiu as palavras “É seu”.

— Eu disse que iria te ajudar. Este sou eu te ajudando… Podemos, por favor, ir até a aula agora?

Ela assentiu e deu-lhe um beijo na bochecha; com um sorriso fraco nos lábios, despediu-se dele e do irmão com um aperto de mão que haviam inventado semanas anteriores, em mais um jantar que seus pais proporcionaram.

Stiles correu até Scott, que subia as escada do portão principal, e comprimentou-o. Descia e subia seus polegares entre seu corpo e as alças da mochila, nervoso, antes de começar a falar qualquer coisa.

— Já faz quase um mês e ela ainda não comentou sobre o assunto. — Deixou que as palavras saíssem como um certo desabafo.

— Que assunto, Stiles? — Questionou McCall, franzindo o cenho para as costas do garoto que caminhava em sua frente. Em seguida olhou para o amigo que fitava o chão.

— Nós dois, Scott. Ela disse que precisava de um tempo... Será que ela não gostou do sexo? — Perguntou, arregalando os olhos, assustado com a hipótese.

— Oh… Você e Lydia. Definitivamente ela não gostou do sexo. — Respondeu concordando com a cabeça.

O Stilinski arregalou as orbes, assustado com a tamanha certeza que seu amigo havia colocado em sua fala.

— Estou brincando, Stiles. Tenho certeza que não é isso. Só dê mais tempo para ela... Mas sabe o que eu ainda não consigo acreditar?

O amigo reproduziu um som nasal, pedindo para que prosseguisse.

— Que vocês transaram na minha cama. Na minha cama... Eu não consegui dormir por dias, sabia? E tudo culpa desses hormônios adolescentes que não podem esperar para transar em outro lugar. Não. “Vamos transar na cama do nosso melhor amigo, vai ser legal!”. Foi isso que vocês pensaram, não foi? Eu ainda tive que dormir no sofá aquele dia. Sinto dores no pescoço até hoje. — Disse dando um leve soco no braço do outro.

— Scott, é Lydia Martin, se ela quisesse até no topo de um prédio eu estaria disposto.

— Nós ainda estamos falando da minha melhor amiga, não é!? — Comentou em um tom de desinteresse naquele tipo de conversa.

Os dois despediram-se rapidamente antes da divergência de caminhos.

Stiles seguia até o ginásio, onde poderia observar Lydia Martin usando seu típico, e incrivelmente sexy, uniforme de educação física. Ele passava mais tempo assistindo-a, que realmente jogando. Era belo como cada movimento dela parecia acontecer em câmera lenta na mente do Stilinski.

Toda a cena destruiu-se quando a bola de vôlei acertou-lhe a cabeça, levando-o diretamente ao chão, enquanto a bola caminhava, diminuindo sua velocidade, até atingir os pés da Martin, que, com o toque, virou seu corpo até a direção em que ela veio, surgindo um sorriso torto no canto de seus lábios ao ver o garoto sentado no chão com uma das mãos acariciando sua testa.

— Deveria manter os olhos no jogo, Stilinski. — Comentou Theo entre uma risada, estendendo a mão para ajudar o garoto a levantar-se.

A princípio, Stiles não segurou sua mão. Theo Raeken e “sendo legal” não eram palavras que combinavam em uma mesma oração. Aquilo definitivamente não era de seu feitio.

— Qual é… Eu só estou tentando te ajudar, tudo bem!? — Manteve a mão estendida até que o Stilinski segurasse-a e elevasse seu corpo.

— Obrigado… Eu acho. — Agradeceu Stiles de cenho franzido.

— Está tudo bem? — Perguntou Lydia, trazendo a bola em suas mãos e entregando-a em seguida para o amigo. — Theo Raeken realmente estava te ajudando? — Perguntou, próximo o bastante para que apenas o garoto escutasse.

Ele assentiu, também desacreditado com a cena.

— Talvez as pessoas realmente mudem. — Jogou a bola sobre o peito do garoto, que murmurou algo e massageou o local. — Mais atenção no jogo, Stilinski. — Zombou.

Ele tentou participar mais e ter mais atenção no esporte, mas ela sempre iria parar sobre Lydia. A garota era um verdadeiro imã para seus olhos e a única coisa que pôde lhe tirar dessa transe fora o alto soar do apito, anunciando o fim do jogo.

Aquele dia, não que ocorresse diferente nos outros, mas aquele em especial, a Martin não saía de sua mente, tomando toda sua atenção e concentração. Uma grande carga de ansiedade percorria por seu corpo, enquanto ele tentava dispersá-la com o balançar da perna durante as aulas.

Durante a aula de inglês, quando o sr. Stilinski notara seu filho parecendo ansioso, aproximou-se de sua mesa e agachou-se ao seu lado, enquanto ele riscava freneticamente uma folha de seu caderno.

— Stiles, está tudo bem? — Perguntou o mais baixo possível. — Tomou seu remédio hoje?

— Sim. — Respondeu rapidamente.

Na verdade, mentia, não estava tomando seu remédio há alguns dias. Estava com medo do remédio lhe trazer problemas sexuais e ele não queria que isso acontecesse havendo uma chance de uma segunda vez com Lydia.

A falta das pílulas o deixava muito ansioso, nervoso e até mesmo agressivo. Isso podia surgir de uma hora para a outra e fazer com que pessoas de seu convívio não o reconhecessem.

Uma parte de si dizia que já era hora de tomar seu remédio, mas outra ainda lutava contra sua necessidade.

Seu pai decidiu acreditar no garoto e passou a achar que talvez ele só estivesse nervoso para algum teste, ou algo parecido, voltando a dar sua aula normalmente.

O tocar do sinal foi como música para os ouvidos dele, que foi o primeiro a deixar a sala, com os materiais em mãos, colocando-os de qualquer forma dentro de sua mochila durante o trajeto. Ele realmente estava ansioso, queria estar perto de Lydia, era isso que seu corpo implorava para conseguir, contato com a garota.

Entrar no refeitório fora como entrar em uma grande multidão, as pessoas que caminhavam de um lado a outro impediam o garoto de ver seus amigos e encontrar a Martin, como de costume, de costas para a entrada principal do local. Mas aquele dia foi diferente, ela estava de frente para Stiles e parecia procurar por algo, ou alguém, assim como ele. A atenção dela, e de todos presente no refeitório, voltou-se para o Stilinski após ser escutado seu grito ecoando pelo local.

— Você só pode estar brincando comigo. — Disse quase como um rosnado.

Estava estirado ao chão, com um prato derramado sobre sua roupa, com todos os olhos sobre ele. Levantou-se rapidamente, abandonando sua mochila, e empurrou os ombros do garoto que havia esbarrado nele, fazendo-o tropeçar no próprio pé e cair. Quando preparava-se para continuar sua ação e direcionar-lhe um soco, Liam o abraçou, com toda força que possuía, para que impedisse o irmão de continuar a machucar o garoto caído.

Enquanto era puxado para fora do refeitório pelo Stilinski mais novo, agarrou a mochila e posicionou uma alça sobre o ombro.

— Ei. Tudo bem, me solte. Eu estou bem.

— Aquilo não me pareceu “estar bem”. — Comentou debochado. — Está sem tomar seus remédios, não está?

— Não… Eu só preciso trocar de roupa.

Liam sabia que seu irmão mentia, mas também sabia que nada que ele falasse faria ele mudar de ideia. Logo estaria arcando com as consequências e, desta forma, aprenderia a seguir o que lhe é mandado.

Quando voltou para o refeitório, Stiles fora recebido por um abraço e um curto beijo de Malia, que perguntava onde ele esteve. Ele estava visivelmente incomodado com aquilo. Beijava Malia enquanto Lydia assistia, ele realmente não achava aquilo legal. Tentava, de forma delicada, manter seu corpo longe do da Tate, enquanto olhava, vez ou outra, de soslaio, para o grupo de amigos sentados à mesa.

A fúria transbordava no olhar da Martin. Não sabia por que sentia aquilo, aquela vontade excessiva de caminhar até eles e separá-los com um forte empurrão, mas sabia que aquela visão não lhe agradava nem um pouco.

— Ele está fazendo um jogo. — Disse com desdém ao notar os olhares disfarçados que o garoto lançava para eles.

— Lydia, eu não acho que ele esteja fazendo um jogo, ele só… — Comentava Kira, que foi completamente ignorada com a continuação da fala da amiga.

— Eu também sei jogar, Stiles Stilinski. — Falava consigo mesma, enquanto ficava de pé no banco, destacando-se em todo o local.

O Stilinski cessou o beijo, engasgando-se na própria saliva, quando percebeu a garota de pé, prestes a fazer um provável anúncio.

— Festa na minha casa essa noite. Estão todos convidados. — Gritou, podendo se ouvir aplausos e assobios em seguida. Ela desceu do banco rangendo os dentes entre um sorriso para o garoto que tentava entender o motivo de uma festa repentina.

— Lydia, ele estava solteiro, por que está tão incomodada com eles dois? — Perguntou McCall, levando uma garfada de sua comida até a boca em seguida.

Não estou incomodada. E também estou solteira. — Retrucou, enquanto passava a mão pelas ondulações avermelhadas.

O casal de amigos juntou-se aos outros e os olhares caíram sobre Stiles, que franziu o cenho e perguntou se havia algo errado.

— Talvez agora é a hora que você explica porquê quase matou aquele rapaz! — Afirmou Scott antes de levar outra garfada até a boca.

O Stilinski apenas negou com a cabeça e pediu para que esquecessem aquilo.

Lydia retirou o celular do bolso e pareceu ler algumas mensagens. Aparentou-se preocupada, mas logo abriu um sorriso falso, guardando o aparelho novamente. Stiles, pelo visto, fora o único a notar sua mudança repentina de humor e sentou-se ao lado da garota.

— Aconteceu algo? — Indagou em um sussurro, recebendo um aceno de cabeça negativo como resposta.

— É apenas o Connor. — Ela completou. — Ele vem mandando umas mensagens há algumas semanas. Já pedi que me deixasse em paz, mas ele continuou, então não o respondo mais.

O garoto segurou sua mão, abaixo da mesa, e a Martin estranhou seu ato, mas, após um tempo, deixou que sua mão relaxasse sob a dele.


Notas Finais


Então, é mais um capítulo fraquinho, eu sei, mas era necessário. O próximo já vai começar a realmente dar um desfecho na história, em Stydia e outros casais rsrs...

Essa festa vai rolar mais Stydia e meu outro otp, quem pegou pegou, quem não pegou não pega mais.

PS: A Lydia estava sim com ciúmes, ela só não sabia disso... Então não fiquem bravos por ela estar agindo um pouco por impulso.

O link da one: https://spiritfanfics.com/historia/mischief-night-10815734

É isso chuchus,
vejo vocês no próximo capítulo.
xoxo


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