História Volim te - Capítulo 25

POV Giovanna:

Quando entrei no hospital e vi Nero deitado naquela cama só consegui chorar segurando a carta que ele tinha feito pra mim. Chorei por não saber o que tinha levado ele a sair de casa naquela velocidade, chorei por saber que provavelmente o motivo era eu, chorei por que eu poderia ter evitado aquilo, se não tivesse sido infantil e levado um homem que mau conhecia pra dentro de casa só pra fazer ciumes no Alexandre.

 
Ele dormia com uma expressão calma, talvez seja os efeitos dos remédios. Caminhei até ele é depositei um beijo em sua boca que tinha um cortezinho de leve.
Fiquei ali parada, apenas observando-o e pedindo a Deus que livrasse ele dessa. Puxei a cadeira pro lado da cama e fiquei segurando sua mão, até que um médico abriu a porta e eu me levantei para cumprimenta-lo e perguntar o que tinha acontecido em exato, e qual era a gravidade dos ferimentos.

-Oi, você que é a acompanhante do Alexandre? -ele esticou a mão para me comprimentar.
-Sou sim! Prazer Giovanna -forcei um sorriso -Doutor o que aconteceu de verdade? Ele vai ficar bem?
-Então Dona Giovanna, o senhor Alexandre bateu o carro numa velocidade muito alta, a carro parece que apotou, mas o airbag inflou e isso ajudo muito. Ele está apenas com um dedo quebrado, uns cortes de leve. Não teve nenhum trauma grave.-meu coração foi aliviando enquanto ele falava. - Só estamos em observação mesmo. Pode ficar tranquila. -ele caminhou até a cama conferindo a dosagem dos medicamentos. 
-Ele vai ter alta em breve então? 
- Daqui a uns dois dias no máximo.

Fiquei mais tranquila e aguardei ele sair. 

POV Alexandre:

Senti os lábios de Giovanna se afastando, e me lembrei do que ouvi antes de sair do apartamento. E pensei que talvez ela tivesse dispensado o tal do Murilo, pra ficar comigo. 

-Giovanna... -ela me olhou e manteve o semblante sério. -Eu preciso te perguntar uma coisa.
-Se for sobre a Fabiula ou sobre a Karen eu não quero nem ouvir. -se distanciou e sentou na ponta da cama.
-Não é sobre elas.. -fiz uma força tremenda e consegui me sentar na cama. -É sobre o Murilo.
Giovanna ficou pálida, parecia ter visto um fantasma. Não tinha expressão em seus olhos.
-Ow, tá tudo bem? -estalei o dedo na frente dela.
-Tá...tá -ela evitou contato comigo.
-Então Giovanna, você dispensou o Murilo pra vir pra cá? 
-Da onde você tirou isso? Como tu tá sabendo do Murilo? -ela levantou da cama, e virou de costas pra mim, prendendo o cabelo. 
-Eu tava no meu apartamento quando você chegou com ele, e bem... -procurei palavras melhores pra explicar, mas não consegui. -Eu não queria, mas ouvi boa parte da transa de vocês. -limpei a garganta, procurando coragem pra continuar. -E ai, você dispensou ele pra ficar aqui comigo? 
-Nero, eu... -ainda evitando o contato comigo ela continuou. - Eu não precisei dispensar, ele já estava... -antes que ela terminasse eu a interrompi.
-Olha, eu não quero mais atrapalhar sua vida, já te magoei muito e não sei se conseguiria não fazer isso. Eu sou assim, eu magoo todos a minha volta. Não consigo fazer ninguém feliz. E eh quero te ver bem. -ela me olhava com uma cara de choro e incompreensão. -Vai pra casa, volta pro Murilo. Ele deve ser o cara ideal pra você. -e ela me interrompeu. 
-Mas eu não quero sair daqui, eu vou cuidar de você, eu sei que no fundo no fundo, a culpada por esse acidente fui eu. E eu não quero me sentir culpada pro resto da vida. -tinha lágrimas nos olhos dela.
-Você tá aqui por pena Giovanna, você ta com medo de algo acontecer comigo e você levar essa culpa. Você não quer estar aqui por livre e espontânea vontade. E se for pra ficar forçada eu prefiro que nem fique. O seu rosto demonstra o como você queria estar com o Murilo agora. -já não conseguia esconder, e deixei as lágrimas rolarem.
-Você tá me expulsando daqui? É isso? -ela pegou sua bolsa na cadeira e ficou esperando apenas uma resposta.
-Eu não quero ter só o seu corpo aqui e o pensamento em outro. Não quero isso. Vou falar o que você disse pra mim, ou você tá comigo por completo ou não está. 

Giovanna nada me respondeu, apenas jogou a carta que eu tinha feito em cima de mim. E bateu um pouco mais forte que o normal a porta do quarto. 

E eu fiquei ali. Sem saber se ela voltaria, ou se ela realmente iria atrás do Murilo. 

Peguei meu celular que estava do lado da cama e disquei o número da Fabiula.