História Volim te - Capitulo 32

POV Alexandre:

Giovanna ainda estava aninhada em meus braços quando eu terminei de falar. E ela num rápido impulso levantou e começou a pegar suas roupas no chão.

-Nero, não. -ela começou a se vestir com pressa. -Eu não sei nem porque eu fiz isso. Falou procurando seu sutiã, que estava em minha mão. Sacudi para que ela visse que estava comigo.

-Gio, você fez isso porque você quis, seu corpo quis. -ela se apoiou na cama para alcançar o sutiã e pegar de mim, mas eu fui rápido e puxei-a colando seus seios ainda nus, nos meus. -e acima de tudo, seu coração quis... -a beijei de leve, mas ela se distanciou do beijo, mas continuou em cima de mim.

-Não faz assim... -ela sussurrou, mas na verdade parecia mais uns gemidos. Fechou os olhos e respirou fundo. –Eu não posso mais fazer isso, não posso ficar aqui... Eu tô noiva do Murilo. E não quero errar com ele. Ele não merece isso. –ela se levantou vestiu o sutiã e em seguida a blusa.

-Giovanna! –me levantei e comecei a me vestir também. –Você não imagina o como eu fui atrás de você, o como eu quis te encontrar quando li essa carta... –ela tinha cara de quem iria chorar. –E agora, você ta aqui, tão minha. E eu to aqui, pra você. Não vou te deixar mais. Quero esquecer tudo o que ficou no passado. –a puxei pra mim, mas ela se manteve séria e dura. –Vamos embora, pra um lugar diferente, só nós dois, vamos?-passei meu nariz pelo pescoço dela, e reparei que ela se arrepiou toda, mas se distanciou e me acertou com duras palavras.

-Você acha que é assim Alexandre? Primeiro você transa com várias mulheres e comigo, mas até ai tudo bem, porque eu aceitei isso, me entreguei a você. Depois você e minha melhor amiga mentem para mim de um passado, que até hoje não sei exatamente o que houve, e como se não bastasse você transou com a sua prima e falou pra mim que estava dormindo na casa dos seus pais. Mas olha você não me deve explicações de nada disso. Você estava solteiro, e eu também, não devíamos explicações um para o outro. Só que agora... Agora as coisas estão diferentes, eu tô noiva. E não vou largar o cara que me ama de verdade, para ficar com alguém que sempre mentia, e depois fugia por medo de encarar as situações. -ela começou a chorar e meu coração apertou. Fui até ela, abraçando-a, só soltei quando senti sua respiração mais calma.

-Eu quero que você saiba, que eu, não vou desistir de você! -segurei seu rosto com as duas mãos, fazendo com que ela olhasse para mim. –Eu sei o que você sente por mim, e não vou deixar você se esquecer disso nem por um dia. –Dessa vez ela que segurou meu rosto, fechou os olhos, e me beijou de leve no canto da boca, chorou em silencio e eu não consegui não chorar. Passei meu nariz pelo seu rosto, encostei minha testa na dela, e ali depositei um beijo, e depois um beijo leve na ponta do nariz, caminhando até a sua boca. Nos beijamos com cumplicidade, carinho e muito amor. O beijo de Giovanna tinha sempre um gosto doce, mas hoje, tinha o gosto salgado de nossas lagrimas misturadas, tinha um gosto de despedida. Mas eu não ia deixar que esse fosse nosso último beijo.

Distanciamos-nos e ela caminhou na minha frente, até o corredor. Tranquei a porta do apartamento e olhei Giovanna secando as lágrimas.

-Olha, eu vou embora... Mas eu vou voltar, e vou te fazer mudar de idéia sobre a gente. -tirei uma mecha de cabelo da frente do seu rosto.

-Pensei que fosse ficar para conversar com o casal. –ela encostou a mão na minha.

-Não quero mais vender esse apartamento. Caso eles perguntem peça desculpas por mim, mas vou precisar dele futuramente. –Dei um beijo em sua testa e sai.

Apertei o botão do elevador.

-Nero... -ela me chamou baixinho, e eu olhei na sua direção e ela continuou. -Eu amei te encontrar de novo, não suma dos meus olhos nunca mais.

A minha vontade era voltar e agarra-la ali, leva-la pra cama, enche-la de amor. Mas eu apenas sorri e pisquei pra ela.

-Não vou sumir.

Entrei no elevador e fechei os olhos lembrando da forma como fizemos amor.