História My red angel - Mudanças

O Nathaniel passou o tempo inteiro do intevalo hoje com a gente, bom, comigo na verdade...
- se importa de me mostrar a escola? É que eu não conheço as coisas aqui ainda então... - disse Nathaniel meio tímido.
- cla claro, será um prazer - acho que eu tava com mais vergonha ainda. (MAS PORQUE KARALHOS??)
- vamos? - nós já íamos saindo quando ouvi o Castiel chamar pelo meu nome um pouco distante no corredor, ele parece meio... Preocupado?
- Clara, achei que fosse ver meu ensaio hoje... -
- há, não se preocupe Castiel, só vou mostrar a escola pro Nathaniel e vou lá okay? Relaxa - Ele parecia meio desconfortável com a ideia.
- tem certeza que dá pra chegar a tempo? O ensaio se hoje é realmente muito importante pra mim... - ele parecia realmente angustiado, então tentei tranquiliza lo.
- eu sei marrento, estarei lá com certeza tudo bem?, eu prometo - ainda sim ele não parecia muito confiante.
- ok então, confio em você, até lá... - o ar de preocupação não havia saído dele, na verdade ele parecia meio cabisbaixo, mas depois eu perguntaria sobre isso.
Eu e Nathaniel passamos o dia inteiro juntos, ele era muito divertido, o local que ele mais gostou do colégio inteiro sem dúvidas foi a biblioteca, parecia uma criança ganhando o primeiro doce da vida kkkkkk. Descobri que ele adora livros de mistério com romance policial, e me deixou até um pouco curiosa pelo assunto. Fiquei de dar uma olhada depois. Não demorou muito até terminarmos de ver a escola, mas acabou ficando bem tarde.
- nossa, já tá meio escuro né? Desculpa ter tomado tanto do seu tempo -
- que isso, não foi nada -
- bom, já tá meio escuro, e não é seguro ir andando sozinha  a essa hora, posso te levar em casa se quiser, a gente pode ouvir música enqu...-
- música?... (Engraçado, senti que estava esquecendo de algo, algo importante, até que..)
- MÚSICA!!! AI MEU DEUS O CASTIEL!!! PUTA MERDA -
Eu saí tão desesperada que nem tive tempo de explicar nada para o Nathaniel. Corri tão rápido que mal conseguia respirar quando cheguei na sala, acho que meus pulmões e rins trocaram de lugar, mas Infelizmente, eles já estavam se arrumando pra sair.
- cheguei... - disse meio ofegante da corrida.
- já acabou, pode ir embora - disse frio e sem nem olhar pra mim enquanto guardava a sua guitarra.
- Castiel, me desculpa...-
(Silêncio)
- Castiel por favor, olha pra mim, fala comigo - ele finalmente parou de mexer nos imstrumentos e se virou pra mim, mas não foi bem o'que eu esperava.
- falar o'que Clara? O'que você quer que eu fale? Você não se atrasou, você não teve um imprevisto e nem houve alguma emergência, não, você se esqueceu, se esqueceu por ter um par de olhos cor de mel novos na sua frente, isso era importante pra mim, era importante de verdade e eu queria ter dividido contigo, mas acho que não tinha importância o suficiente pra você, talvez EU não seja tão importante quanto um cara novo bonito afinal, e talvez seja por isso que você tenha esquecido...- disse e foi embora, sem hesitar, sem nem olhar pra trás. Na hora senti uma lágrima rolar pelo meu rosto, depois outra, e outra e mais outra. Tentei pensar no que havia feito de tão mau enquanto eu sussurrava para mim mesma em meio às lágrimas e meu olhar baixo - me perdoa ...-
Então, lá estava eu, sozinha, no meio da rua, no escuro, indo pra casa. Sim, o Nathaniel já tinha ido embora, não o culpo, eu não dei sequer uma explicação a ele, muito menos pedi para que me esperasse. E o Castiel, bom, se ele olhar na minha cara amanhã, pra mim já vai ser uma grande vitória. Estava tão perdida em meus pensamentos que não percebi que haviam dois caras me seguindo. E quando notei, já era meio tarde. Tentei apressar o passo, mas eles foram mais rápidos e me encurralaram perto de um beco deserto e sem saída. Antes de eu pensar em correr, ambos fizeram questão de me mostrar as facas em suas mãos.
- boa noite querida -
- o'que uma menina tão bonita como você faz sozinha por aqui a essa hora? -
- é perigoso andar por aí sozinha sabia?-
- poisé, pode acabar encontrado pessoas indesejadas e maldosas como... Bom, nós -
Nesse instante eles me jogaram dentro do beco e tamparam a minha boca pra eu não gritar. Eu já estava desesperada, acho que nunca tinha sentido tanto medo na minha vida. Enquanto um me segurava e tapava a minha boca, o outro tirou a faca de um dos bolsos e começou a passar a lâmina pelo meu rosto, até fazer um leve corte na minha bochecha.
- owwnn é uma pena ter que machucar um rostinho tão lindo assim, mas de outra forma não teria graça não é? - disse ele enquanto brincava com meu cabelo, a mão dele foi descendo pelo meu colo até chegar na alça da minha blusa. Naquele momento eu já me via perdida, e só conseguia pensar "pelo amor de Deus , alguém me ajuda". Fechei os olhos com força desejando que aquilo tudo fosse um grande pesadelo e ao mesmo tempo esperando pelo pior enquanto chorava desesperada e sem poder gritar. Mas ao invés disso, ouvi sons de ossos batendo contra a parede, então abri os olhos, e vi o cara que antes estava com a faca brigando com outra pessoa, o'que estava me segurando me jogou pra longe e tentou alcançar uma arma que estava escondida perto de umas caixas que haviam no beco, porém o estranho foi mais rápido em pegá-la. Achei que ele fosse atirar, mas ao invés disso apenas tirou as balas e jogou a arma pra longe. O homem que estava caído por ter sido arremessado contra a parede estava tentando chegar na faca que reparei ter sido jogada pra perto de mim. Acabei entrando em desespero e cravando a faca em uma de suas mãos. O'que antes me segurava pegou o amigo e ambos saíram correndo rua afora enquanto nós xingavam.
- desgraçado filho da puta, você nos paga, você e essa vadia -
Quando finalmente meu corpo relaxou um pouco, eu simplesmente caí, estava completamente desnorteada e sem forças, mal conseguia enxergar um palmo a minha frente. Apenas senti a pessoa que me salvou passar a mão nas minhas costas e por trás dos meus joelhos me levantando, posicionei minha cabeça na curva do seu pescoço, seu cheiro me era tão familiar, por algum motivo eu confiava nessa pessoa, me sentia segura perto dela. Eu já estava prestes a desmaiar, mas antes fiz um esforço para olhar pra cima e tive um leve deslumbre do rosto do meu salvador. Não havia dúvidas, era ele. Apenas sussurrei seu nome com um sorriso fraco no rosto antes de finalmente desmaiar por completo.
- Castiel...-