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História Vondy : uma história policial - Reencontrando o inimigo


Escrita por: Hanna__Santos

Notas do Autor


Tenham uma boa leitura!

Capítulo 43 - Reencontrando o inimigo


Dulce se trancou em seu quarto e ficou entretida um longo período de tempo, com seu livro nas mãos. O cansaço já dominava seu corpo, em poucos segundos, ficou fraca, não conseguia mover as próprias pálpebras, até adormecer sem se dar conta. Ela acordou com um barulho ensurdecedor das buzinas dos carros, que passavam pela imensa avenida, situada em frente ao prédio que seu apartamento se localizava. Ela se levantou meio tonta, fazendo forças para abrir os olhos, que insistiam em se manter fechados após ter dormido por horas. Dulce observou seu relógio de parede e se assustou com o que viu.

- Caramba! - disse, para si mesma, surpresa. - Já se passa das dez da noite! Eu dormi muito. - Adentrou-se ao banheiro e tomou um banho rápido, a fim de lhe dar coragem e despertar o corpo para a noite que, para ela, só estava começando.

Do outro lado da cidade, Poncho estava com a Anny, saindo do consultório do ginecologista.

- Parabéns, mamãe e papai! - o doutor Antônio comemorou.

- Ma...mãe? - Anny desmaiou, sendo amparada por Poncho que, por sua vez, tentava acordá-la. - Poncho, vamos ser pais! - ela afirmou, assim que abriu os olhos.

- Vamos sim, meu amor! - ele respondeu, com um sorriso largo, que ia de orelha à orelha, demonstrando a tamanha felicidade que ele sentia.

- Você está grávida de três semanas, Anahí! - disse Antônio. Depois do término da consulta, Alfonso deixou Anahí em sua casa.

- Boa noite, meu amor! Cuida bem do nosso bebê! - ele depositou um beijinho na barriga dela, se despediu e seguiu para seu apartamento. Entrou no mesmo e encontrou Dulce aflita, andando de um lado para o outro, quase criando uma cratera no chão da sala. - Dulce? O que aconteceu? Por que está assim? - ele perguntou preocupado, observando como sua amiga estava.

- É que eu não sei se é uma boa ideia ir até o depósito à meia noite.

- O quê? Vocês vão para o depósito à meia noite? Ficaram malucos, Dul? Isso é muito perigoso, não vai, por favor, Maria! - Poncho implorou.

- Eu tenho que ir, é o meu trabalho, Alfonso! - ela respondeu.

- Dul, eu sei que não posso e nem devo me opinar sobre esses assuntos, até porque não entendo uma mínima porção, mas vocês não deviam ir.

- Estou com um mal pressentimento! Meu coração está dolorido e apertado, parece que algo de ruim vai acontecer! - Dulce respondeu.

- Mais um motivo pra você não ir, Dulce Maria!

- Está decidido! - afirmou, enquanto observava seu celular. - São onze horas! O Ucker está demorando. - Como se tivesse lendo seus pensamentos, a campainha tocou e Christopher adentrou o apartamento.

- Que bom que chegou, meu amor! Temos que ir, estamos atrasados! - Dulce deu um selinho nele e se sentaram no sofá.

- Ainda bem que está aqui, Ucker! - Poncho falou. - Assim, posso dar a notícia à vocês.

- A Anny está mesmo grávida? - Dulce perguntou, adivinhando o que ele queria falar.

- Como? A Anny está grávida? - Ucker perguntou, surpreso.

- Vocês serão tios e eu serei papai! - disse, sorridente.

- Que ótima notícia, Ponchito! Estou muito feliz por vocês! - Dulce comemorou, abraçando o amigo. - Agora, temos que ir. Fique bem! Só vou te avisar que não sabemos quando chegar. - Ela foi até seu quarto, pegou um cassetete, um revólver, duas lanternas e dois coletes à prova de balas, que se parecia mais com uma jaqueta. Dulce e Christopher vestiram-se e saíram logo em seguida, em direção ao ferro velho, principalmente, ao galpão. Chegaram lá por volta de onze e quarenta da noite, esconderam o carro e seguiram à pé por uns trezentos metros, guiados pela laterna. Logo que se aproximaram do galpão,  estranharam a falta de movimentação. - Ucker, será que o Tony foi verdadeiro quando disse que o Michael estaria aqui hoje? - ela perguntou.

- Eles não sabiam que estávamos aqui, não tinham porquê mentir! - ele respondeu.

- Tem razão! - concordou. - E agora? O que vamos fazer?

- O jeito é esperar! - ele respondeu e ficaram atrás de um carro velho. Apagaram as lanternas e ficaram no escuro total. Estavam à espreita, até ouvir vozes de dentro do galpão. Não entendiam o que eles diziam, mas sabiam quem eram os donos das vozes : Tony e Patrício.

- O que será que eles estão falando, Ucker? - Dulce perguntou.

- Não sei, não consigo entender! - ele respondeu. - Fica aqui que eu já volto.

- Ucker, volta aqui! - Dulce sussurrou, mas nada adiantou. Ele já tinha sumido da sua visão. O que ela poderia fazer? Esperar ou ir atrás dele? Dentro de todas as probabilidades de ação, Dulce marcou dez minutos em seu celular e começou a esperar. Passaram-se cinco minutos desde que Christopher saiu. Nada! Ele ainda não retornou, isso deixava a mulher ainda mais apreensiva. Oito minutos se passaram. Ainda não havia nenhuma pista de que Christopher estava retornando. Dulce ficava ainda mais angustiada, cada vez que mirava as horas e seu amado não dava sinal. Estava se aproximando dos dez minutos, ela já se preparava para sair, quando alguém pega em seu ombro. No mesmo instante, a mesma respira aliviada e cai nos braços de seu namorado.

- Calma, amor! Eu já estou aqui! - ele a abraçou forte, passando segurança e carinho.

- Aconteceu alguma coisa? - ela perguntou, receosa.

- Dul, você tem que ser forte! Eu vou te dar uma notícia muito ruim! - o coração dela já se encontrava muito acelerado, seus olhos, ainda que cansados, brigavam com o sono. Aquilo que Christopher acabara de dizer deixou a jovem um pouco insegura, triste, como se a mesma já previsse o que seu namorado iria dizer.

- Me diz logo, Ucker! Aconteceu alguma coisa? Alguém foi morto? - ainda sem saber do que se tratava, Dulce já não se controlava mais. Suas lágrimas caíam formando um imenso rio no ombro de Ucker, molhando toda a gola da camisa dele.

- O Poncho está aí! Eles pegaram seu irmão! - antes que ela pudesse gritar de dor e desespero, Ucker tomou os lábios da mesma em um beijo avassalador e selvagem, abafando os gritos, transformando-os em leves e prazerosos gemidos.

- Eles mataram o Ponchito? - Dulce perguntou, assim que se afastou dos lábios de Christopher.

- Não, mas o Poncho corre riscos! Parece que ele nos seguiu até aqui, mas se esqueceu de esconder o carro e ele acabou sendo uma presa fácil. - Ucker explicou. - Vamos ter que agir, antes que seja tarde demais.

- O que pretende fazer?

- Você sempre pensa em tudo! Não tem nenhuma ideia? - ele perguntou, encarando-a.

- Quem está vigiando o Poncho?

- Acho que é o Diego e o Patrício! - disse ele.

- O único jeito de resgatar o irresponsável do Alfonso será chamar a atenção deles! - ela afirmou. - Você sabe se o Michael já chegou?

- Acabou de chegar! - Ucker apontou com a cabeça. Ele estava acompanhado de quatro homens fortes, dois de cada lado dele.

- E agora? O que vamos fazer? O Poncho não pode ficar lá dentro o tempo todo.

- Espera aqui! - Ucker saiu rapidamente, se escondendo atrás de um carro, que o deixava com uma visão ampla de onde o Michael estava conversando com o Tony.

- Eu tenho uma mercadoria pra você! Um desgraçado que surgiu das profundezas do inferno está aí! - Tony afirmou. A vontade que Christopher tinha era de quebrar a cara daquele idiota. Ele sentiu seu sangue ferver nas suas veias.

- Quem é ele? - Michael perguntou, rígido. - Algum espião?

- O que vai fazer com ele? Vai matá-lo?

- Não, ele vai se tornar um de nós! - ele afirmou e entraram para dentro. Só o que Christopher fez foi sair dalí e chegar mais próximo de onde o galpão se localizava.

- Ucker? O que faz aqui? - Diego perguntou.

- Eu preciso que você me ajude! Eles pegaram meu amigo! Por favor, me diga o que está acontecendo? - Ucker perguntou.

- Você conhece aquele rapaz? - Ucker assentiu.

- Por favor, Diego! Me ajude! Ele corre riscos.

- Calma! Acho que você poderá ficar alí nos fundos, sem que eles te percebam. - Diego mostrou o caminho e escondeu ele bem perto de onde o Michael e o Poncho estavam.

- Tony, Patrício, saiam daqui! - Michael ordenou e assim, eles fizeram. Os homens passaram à poucos centímetros de onde Christopher estava escondido. - O que veio buscar aqui? A morte? Quer fazer companhia para o senhor das trevas? - Michael perguntou, debochando.

- Me deixa ir embora, cara! Eu tenho uma família pra sustentar! - Poncho implorou. Estava sentado em uma cadeira, com os braços virados para trás e amarrados em uma corda. Seus pulsos estavam bem presos, já se percebia o inchaço e a vermelhidão. Os pés, também amarrados, não se moviam. Ele estava praticamente imóvel.

- Pensasse nisso antes de vir até aqui!

- Por favor, eu não digo nada desse episódio pra ninguém!

- Quer que eu te liberte e você me entregue? Você tá muito enganado, seu desgraçado! Quem você acha que eu sou? O herói das histórias em quadrinhos? Eu sou o vilão e você é mais uma vítima! Saiba que eu vou ter o maior prazer em te matar! - Ucker não conseguiu pensar em outra maneira de libertar o Poncho a não ser se entregar.

- Larga ele, Michael! Você quer é à mim! - Ucker afirmou, apontando uma arma pra cabeça dele.

- O quê? Como? Você não estava morto, seu verme? - ele perguntou, surpreso.

- Estava, mas ressuscitei! - brincou, dando um meio sorriso.

- Não se atreva a me pressionar, seu imprestável! - Michael falou, apontando uma arma para a cabeça de Alfonso.

- Quer me matar, me mate, mas deixa o Poncho em paz! - Ucker afirmou.

- Liberta o Poncho, Michael! - Dulce chegou, de repente.

- Vocês estão vivos? Como conseguiram?

- Dul? O que faz aqui? - Ucker perguntou, preocupado.

- Queria salvar meu irmão!

- Foram vocês quem mataram o Paulo?

- Fui eu quem matou o Paulo! - Poncho revelou. Dulce e Christopher se entreolharam, surpresos.

- Você vai morrer! Eu faço questão de matar os três! - ele afirmou, furioso. - O delegado mentiu, dizendo que estavam mortos. Vou matar aquele imprestável. Patrício, Tony, tragam o Felipe! Quero que ele participe dessa festinha. Quanto à vocês, de hoje não passam!


Notas Finais


Bom dia, leitores! O Christopher e a Dulce irão morrer? E o Poncho? O que vai acontecer com ele? Eu poderia perguntar : quem irá salvá-los? Uma coisa posso afirmar : alguém irá morrer!

Vamos ter que esperar até o próximo capítulo, que, sem sombra de dúvidas, será cheio de emoções!!!


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