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História Vulnerable - Wine


Escrita por: yehunnie

Notas do Autor


Olá~ Olá~ Olá~
E aí galerinha do mal, prontos para mais um episódio? O que acharam da nova capa? Eu odiava aquela, aí na quarta fiquei mó tempão tentando fazer, não está a mais bonita do mundo, mas eu gostei, está ~melhorzinha~
Só tenho uma coisa para dizer: EU AMO O JONGIN!
Esse capitulo é o maior que já escrevi em toda a minha vida, até agora :O

QUERIA AGRADECER A TODOS OS FAVORITOS <3 Obrigada, do fundo do coração, foram 60 até na hora que terminei esse capitulo, muito obrigada! Não quero decepcionar nenhum de vocês com essa fic.
Até lá embaixo gente~

Capítulo 4 - Wine


Fanfic / Fanfiction Vulnerable - Wine

As paredes em tom pastel foi a primeira coisa que viu ao abrir os olhos, muito diferente das grandes janelas e a parede azul claro do seu quarto, onde possuía um grande pôster ao seu lado da cama do grupo Girls Generation.

Baekhyun conheci aquele quarto, mas não conseguia assemelhar o local. O cantor levou a mão até a cabeça quando sentiu uma forte dor invadir o seu corpo, estava usando uma camisa de manga comprida. Aquela blusa não era dele. Seus olhos se arregalaram ao perceber que não usava as próprias roupas e quando removeu o lençol que escondia a parte de baixa do corpo, percebeu que estava usando um short muito grande para ser dele.

Seus olhos procuraram algo naquele quarto que o ajudasse a se situar, apesar de familiar não conseguia reconhecer, bufou frustrado enquanto o desespero tomava conta do seu corpo. Tentou buscar em sua mente o que se lembrava da noite anterior mas a única coisa que se recordava era de estar na casa do Chanyeol após ele ler a carta que anunciava a abertura do processo. Era incrível como apesar de tudo que o maior passou -  e estava passando - ele ainda conseguia sorrir e seguir em frente, dedicando-se ao máximo ao filho. Ele era uma pessoa calorosa que apesar dos baldes de água fria que a vida jogava na sua cara, continuava a esquentar todos a sua volta. 

A porta do quarto abriu lentamente sem que o loiro percebesse, perdido em seus pensamentos, só acordando quando escutou alguém limpando a garganta tentando chamar sua atenção.

“Dormiu bem?” Chanyeol perguntou encostado na porta. Ele estava vestido um blazer preto elegante por cima de uma camisa branca “Achei que nunca iria acordar”

O cantor estremeceu ao perceber que estava na cama do maior, abaixou o olhar rapidamente, encarando o lençol que ainda cobria suas pernas, seu rosto ruborizou rapidamente enquanto sentia o outro atento sobre si. O mais velho riu de forma descontraída da expressão do estudante de música

“Fica tranquilo, não aconteceu nada, não se lembra, né?” Perguntou já sabendo a resposta. O menor o encarava procurando explicações “Ontem nós tomamos vinho..” Seu sorriso era divertido “Você tomou um pouco mais da conta, acabou derramando tudo sobre sua roupa e como você não estava em condições de voltar para casa e estava muito tarde, você dormiu no meu quarto e eu no de Jongin” disse meio sem saber o que realmente aconteceu, apenas tinha pequenos flash's de memória. 

“E-e as minhas roupas?” a voz do mais novo falhou ao falar, ele levantou-se lentamente até estar frente ao ‘patrão’

Os dois se encararam por longos segundos até que o maior desviasse o olhar para encontrar Jongin puxando sua calça, enquanto limpava os olhos com a outra mão.

“Bom dia papai” o mais novo estava ainda meio sonolento e só reparou que seu babá estava no cômodo quando o pai respondeu o cantor

“Bom dia meu filho” pegou o mais novo no colo “Baekhyun, suas roupas estão no varal”

O babá saiu do quarto envergonhadamente em passos longos e rápidos pelo apartamento que passava durante a semana o período da manha e da tarde. O apartamento não era grande como o de Chen e Sehun, mas era aconchegante, era perfeito para os dois moradores, era a medida exata de três pessoas. Chegando na área de serviço, Baekhyun retirou sua calça jeans e blusa de malha do varal, inalou o cheiro e percebeu que era o mesmo de Jongin. Trocou de roupa ali mesmo rapidamente pois não queria encarar o maior novamente usando suas roupas, que apesar de ficarem grandes, deixava-o mais fofo.

Encostou-se na parede da pequena área de serviços botando os pensamentos em ordem, sentindo um leve desespero por não se lembrar do que aconteceu anteriormente e com medo de ter feito ou dito algo. Sua memória parecia ter sido apagada, o ultimo fato da noite anterior que se lembrava era de estar sentado no sofá da sala com uma taça de vinho. Seus olhos delineados ficaram semicerrado como se aquele ato pudesse ajudar a lembrar, porém em vão. Derrotado, o cantor seguiu até a cozinha, onde encontrada o mais velho cozinhando, ele vestia um avental por cima da blusa branca e seu blazer descansava no encosto da cadeira.

O cheiro do bolo no forno invadiu o cantor, que logo sentiu fome ao pensar o que iria comer. Chanyeol ao perceber a presença do loiro, fez sinal para que ele se sentasse na mesa, que logo atendeu, sorriu ao ver que ele levava as mãos as cabeça – pela ressaca que sentia – e uma expressão de dor surgiu em seu rosto delicado.

“No armário do banheiro tem remédio” disse enquanto ainda picava algumas frutas para uma salada de frutas “Por favor, pegue para mim também”

O loiro foi até o banheiro e após um tempo voltou com dois comprimidos na mão, entregou para o maior e levou o seu até a boca. Ele entendia o porquê do seu professor de química explicar durante o ensino médio porque a ressaca de vinho era a pior de todas, riu debochado pois ele tinha razão, a iluminação incomodava e sua cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento.

Permaneceu em silêncio – o que passou a ser muito agradável - encarando as próprias mãos que suava frio, mas ele precisava saber se fez alguma coisa fora do normal na noite anterior, mas antes de dizer qualquer coisa percebeu aquele olhar intenso que tinha recebido na noite em que cantava e o maior o observava. Temeu olhar para o mais velho, não queria encontrar aquele olhar intenso.

Ele queria falar algo, ele tinha que falar algo para quebrar aquele clima e voltar a realidade, mas permaneceu em silêncio. Mas ao mesmo tempo que era observado, ele queria observar aquele homem grande que tinha um amor gigante pelo filho, que chorou feito uma criança ao receber uma carta que poderia mudar sua vida e ele só pode arfar seus fios macios e castanhos do cabelo.

“Baek...” era a primeira vez que o outro o chamava dessa forma, e ele olhou curioso para o patrão “A partir de hoje a assistente social pode vir a qualquer momento ver o Jongin” sua voz era triste, que nem seus olhos.

O cantor tinha vontade de abraçar o maior e dizer que tudo daria certo, que ninguém tiraria Jongin de seus braços. Um bolo foi formado em sua garganta, ele queria chorar por ver um pai como Chanyeol passando por um processo de guarda do seu filho – esse que ele amava com todas as forças, mais do que qualquer coisa no mundo – Mas se conteve a encarar o mais velho, lutando contra todas as lágrimas.

“Por favor, no dia que ela vier me ligue imediatamente” continuou “E tente passar a maior confiança possível para ela” Ele sorriu sem humor. O maior apenas afirmou com a cabeça.

O café da manhã passou tranquilo, com apenas Jongin falando animadamente sobre o Papai Noel e o que desejava de natal, por ele ter sido um menino bom durante todo o ano.

“Não sabia que você sabia cozinha” comentou o cantor que apenas sorriu “Seu bolo está ótimo”

“Receita de família”

“Papai, eu não quero comer a salada de frutas” resmungou Jongin “Eu quero mais bolo”

O mais novo fazia caretas ao observar as frutas a sua frente.

“Come a salada, meu amor” disse Baekhyun calmamente sorrindo para a criança “Você quer crescer que nem o papai?” Jongin balançava a cabeça afirmativamente rapidamente “Se você não comer a salada de frutas vai ficar baixinho que nem eu, seu pai comeu tanta fruta quando pequeno que cresceu muito”

Jongin comeu toda a refeição e ainda pediu mais, pensando ter encontrado a fonte para o crescimento, o que fez os mais velho rirem da criança que parecia ter gostado de todas aquelas frutas juntas.

A campainha tocou e Jongin correu em direção a porta já sabendo que estava do outro lado esperando no corredor, sendo acompanhado pelo babá por ter terminado já o café da manhã. Ao abrir a porta deparou-se com Jongdae que carregava seu filho no colo adormecido, a criança de pele bronzeada pareceu decepcionada pelo seu melhor amigo estar dormindo ainda mas permaneceu em silêncio com um grande bico fofo formado em seus lábios.

Após colocar o pequeno menino de pele alva na cama do quarto de Jongin, o seu pai encarou o babá com um grande sorriso nos lábios ainda no quarto.

“Você está ainda com a roupa de ontem!” afirmou de forma debochada “O que aconteceu?” levantou uma sobrancelha

“Vinho” respondeu simples sem nenhuma maldade, porém o outro sorriu ainda mais.

“Eu te entendo, sempre acontece comigo e o Sehun se aproveita” disse em tom malicioso “Além do mais, Chanyeol é um cara muito charmoso..”

“NÃO!” praticamente gritou e seu rosto ficou levemente vermelho ao pensar que o outro imaginou que tinha acontecido algo a mais entre eles “Nós bebemos vinho ontem a noite e...” Ele sabia que qualquer coisa que falasse o outro iria levar para o lado malicioso, mas mesmo assim continuou a sua história “O Chanyeol me contou que derrubei em toda a minha roupa”

“E por que você não se aproveitou?”

“Cala a boca Chen”

E ambos riram

 

 

 

 

 

 

 

~ ★ ~ ★ ~ ★ ~

 

Era impossível tirar um cochilo.

Por mais que tentasse dormir, o jovem chinês não conseguiria naquele local. O ronco alto de algum médico que também estava descansando naquele quarto impedia-o de dormir. Ele estava irritado.    

Era manhã cedo e ele estava de plantão. Lay passou a madrugada inteira operando, suas pernas formigavam por ter permanecido tanto tempo em pé, mas apesar do cansaço físico ele tinha conseguido salvar seu paciente que sofreu sérios danos por cair do telhado ao tentar enfeitar a casa para o natal.

Final do ano era a época em que o hospital recebia os casos mais bizarros.

Seu corpo relaxou lentamente e quando ele estava bem próximo de cair no mundo dos sonhos e escutou um barulho de mensagem vindo do celular do seu amigo ao lado. Ao contrário do chinês, Sehun dormia profundamente sem sequer perceber o celular tocar. O cirurgião levantou-se lentamente da cama e pegou o celular do loiro para ver se era uma mensagem urgente, ao observar o nome sorriu.

Suho “Sehun, me odeio por pedir esse favor, mas você poderia cuidar do meu machucado? Estou no pronto socorro

 

Evitando ao máximo não fazer nenhum barulho para acordar os outros dois médicos que descansavam, Yixing saiu do quarto andando rapidamente até estar no Pronto Socorro. O local estava praticamente vazio e sorriu ao imaginar a cara do mais velho ao ver que ele iria atendê-lo.

Entrou calmamente na sala de atendimento que Suho esperava por Sehun. Ao ver o chinês, o mais velho arregalou os olhos como se estivesse vendo um fantasma na sua frente, puxou a mão esquerda com mais força contra o seu corpo, numa tentativa de defesa. Lay ao perceber como o outro estava surpreso e tenso pela sua presença, sorriu.

“Terá que se contentar comigo” aproximou-se de Suho “Sehun está fazendo algo muito importante” o que era verdade, ele precisava descansar

O moreno sorriu tentando não mostrar o nervosismo mas o que não foi muito eficaz, pois ele estava banhado pelo próprio sangue e ele tinha medo de sangue. Seu corpo estava mole e soltou a mão que segurava como se sua vida dependesse do aperto firme. 

Lay segurou sua mão após colocar luvas, removendo o curativo precário que foi feito e observou a pupila do outro dilatar ao observar o sangue vivo saindo da palma da mão.

“Fica tranquilo, não aconteceu nada demais, só darei alguns pontos para parar de sangrar” O moreno sentia-se enjoado ao observar a cena, mas manteve em silêncio, tentando não mostrar como era fraco para o outro “Mas o que aconteceu?”

“Eu estava cortando pão com aquelas facas grande, sabe?” Ele realmente não queria se lembrar daquela cena, teve que esperar mais de trinta minutos para não se sentir tonto para poder dirigir ao hospital.

O chinês começou a suturar a ferida, sem que o outro percebesse que ainda permanecia em seu pequeno mundo.

“Você é muito desastrado, sabia?” sorriu para o moreno que ainda encarava a parede tentando não olhar para o seu sangue, sua roupas tinha vários pingos do liquido vermelho.

“Eu estava distraído, pensando em assuntos da empresa” E novamente ele se perdia em seu mundo, não percebendo que a sutura tinha sido feita, que fez o mais novo rir da maneira que ele encarava a parede.

Ao olhar a própria mão, o moreno sentiu-se enjoado ao ver a sutura feita em sua mão, então fechou os olhos e respirou fundo tentando se sentir melhor.

“Você está bem?” a voz do maior saiu como um sussurro

“Bem...” ele se odiava mas não teria como fugir de falar a verdade “Eu tenho medo de sangue, pavor” falou baixinho como se fosse um segredo, enquanto seus olhos mantinham-se fechados com força.

O moreno deitou seu corpo na maca e tudo parecia girar, ao abrir os olhos encontrou o médico encarando-o e logo sorrindo para si.

“É normal algumas pessoas se sentirem assim, logo vai passar” o tom de voz era calmo e atencioso. “Vamos comer alguma coisa” Puxou o braço do mais velho, fazendo com que ele se levanta-se da cama rapidamente.

Junmyeon sentou-se novamente na cama por ainda estar tonto, voltando a respirar fundo. Ele odiava ter medo de sangue, nunca chegou a desmaiar como várias pessoas fazem, mas a tontura que sentia era terrível, como se fosse cair a qualquer momento. O médico observava o outro sentado na maca novamente sorrindo.

“Se você não tentar enfrentar esse medo e essa tontura, nunca irá conseguir passar por cima do seu medo”  Era tão mais cômodo permanecer deitado esperando a tontura ir embora, mas um dia teria que superar o próprio corpo e ditar quem mandava.

Todo o sangue de seu corpo parecia ter subido para sua cabeça, fazendo-a pesar ainda mais, mas levantou-se lentamente, se apoiando com a mão boa na maca, inspirando fortemente o ar. Caminhou lentamente em passos em zigue-zague até estar finalmente na porta do consultório. Suho sorriu para si mesmo, ao perceber que não estava mais tão enjoado como antes.

“Você pode fazer o que quiser” uma voz as suas costas ecoou e ele sorriu ao pensar no que o outro disse “Só basta você querer”

Ele não se conteve e gargalhou com o que o outro disse.

“Claro, mas é uma pena que vivemos no mundo real. Lay, isso não é um conto de fadas” Olhou para atrás para olhar o outro que apenas sorria de forma tão calma “Agora vamos pois estou com fome”

“Ok, princesa” Suho bateu em seu ombro.

 

 

 

 

 

 

 

 

~ ★ ~ ★ ~ ★ ~

O clima pesado tomava conta daquela sala. O mais velho presente e irmão de Jongdae, Minseok – um homem de estatura baixa e cabelos negros - estava sentado coçando o queixo, enquanto seu irmão andava de um lado para o outro atrás de si. O chinês presente, Luhan, estava sentado na sua frente encarando-o silenciosamente. O mais alto, Chanyeol, encontrava-se encostado na parede respirando de forma pesada.

“Chanyeol, não se preocupe, nós iremos conseguir” Luhan começou a falar, apesar da sua aparência infantil, ele era o segundo mais velho da sala

Por mais que tudo parecesse que tudo daria certo, Chanyeol não conseguia pensar dessa maneira, ele sentia um arrepio em sua espinha que era inevitável não sentir quando tocavam naquele assunto e dentro daquela sala, era exatamente isso que eles estavam a discutir. Tudo estava em perfeitas condições, eles moravam em um apartamento bom em uma excelente vizinhança e Jongin era regado a amor e carinho, até mesmo pelo babá, sua dividas estavam negociadas no banco e que em alguns meses terminariam de ser quitadas. Tudo estava certo demais. 

A cabeça do mais alto doía. Era uma dor tão forte, não apenas causada pelo álcool ingerido na noite anterior, mas também por saber que estaria somente em paz realmente quando finalmente o maldito processo aberto pelos Lee’s estivesse encerrado. Fechou os olhos lentamente tentando absorver todas as informações que Luhan passava sobre como agir durante a visita da assistente social.

Sua mente estava cansada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

~ ★ ~ ★ ~ ★ ~

O café esfriava a sua frente.

O cheiro forte do café invadiam o corpo do chinês, mas ele continuava sorrindo observando o outro que degustava seu cappuccino.

“Você me parece muito desacreditado na vida” comentou o chinês ainda sorrindo, agora por ver o outro encarando-o com os olhos arregalados

Suho sorriu

“E você me parece que vive em outro mundo”

O chinês levou seu café a boca, provando o gosto amargo que tanto gostava.

“Não me entenda mal, eu sou médico” depositou o café sobre a mesa, pegando um pão de queijo brincando entre os dedos “Já vi várias pessoas sobreviverem apesar de ter de tudo para morrer, então eu acredito, eu acredito que posso conseguir qualquer coisa se me dedicar. A vida não é apenas o trabalho” nasceu um sorriso nos seus lábios “Eu posso ser qualquer coisa”

“Talvez você só seja um cara arrogante” Encarou profundamente o chinês “Nós não podemos ter tudo, nunca teremos tudo”

“Você que não sabe correr atrás do que quer, e muito menos sabe como é viver”

O silêncio tomou conta durante o resto do café.

Ambos levantaram-se após pagar a conta, o mais velho falou adeus mas antes de seguir em direção ao trabalho, sentiu um aperto em seu braço, mas continuou de costas para o chinês.

“Hyung...” chamou baixinho “Você precisa se divertir, precisa acreditar que pode fazer o que quiser” Virou o corpo do outro e sorriu ao passar seus dígitos pelas bochechas alheias.

“Por acaso você me conhece? Me conhece de verdade? Você que acha que esse papo de Disney é real. Acorda Lay! Acorda!” sua voz era exaltada, ele realmente não estava acreditando o rumo que aquela conversa tinha levado “Eu tenho responsabilidades, eu tenho uma empresa em minhas mão para lidar, são milhares de vidas, então não, eu tenho que me dedicar para que o salário no fim do mês esteja nas mãos dos meus funcionários!” bufou ao terminar de falar “Eu sei me divertir, já fui mulherengo, pode acreditar, mas hoje eu tenho muitas responsabilidades e um nome a zelar.” Sua voz se tornou calma, apesar de seu rosto transparecer ao contrario “Não posso sair fudendo qualquer uma no banheiro de um bar, mas se isso for viver, então eu não sei.” Soltou as mãos do outro de seu aperto e seguiu para fora do café.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Chanyeol ao entrar em casa se jogou no sofá, ele queria permanecer deitado até adormecer naquele estofado marrom no meio da sua sala, mas sorriu ao lembrar que Jongin quando percebesse sua presença não deixaria ele descansar. Mas o seu filho não apareceu, ao invés dele, o babá surgiu da cozinha enquanto secava um prato com as mãos enroladas no pano.

“Chegou cedo hoje, os dois estão dormindo” disse sorrindo o menor entrando novamente na cozinha para terminar o serviço, que não era sua função naquele apartamento.

O maior saiu do sofá com muito desgosto e caminhou até a porta da cozinha, encontrando o cantor lavando as louças.

“Essa não é a sua função” aproximou e retirou o prato de sua mão “Você só deve cuidar do Jongin e do KyungSoo”

“Mas.. Eles estão dormindo”

Ambos caminharam até a sala novamente, onde o mais velho jogou-se novamente no sofá descansando seu corpo, já que sua mente estava trabalhando a todo vapor.

“Chanyeol?” chamou baixinho ao perceber que o economista estava com os olhos fechados e apenas respondeu ‘sim’ ainda mais baixo com a voz manhosa “Desculpa te perguntar, mas...” Ele precisava saber o que aconteceu na noite anterior, estava preocupado por ter feito algo que o seu patrão talvez não tivesse gostado “Eu não me lembro de nada da noite anterior, queria saber se alguma coisa aconteceu, se fiz ou disse algo”

O economista semicerrou os olhos e forçou a mente para se recordar da noite anterior melhor, porém nada vinha em sua mente, a ultima memória que tinha era de estar dançando no meio da sala e seu sangue regado a álcool junto com o cantor, ele não conseguia se lembrar nem da música, apenas de estar rindo da forma que dançavam.

Escutou uma risada e despertou de seus pensamentos e encontrou Baekhyun rindo da sua cara enquanto pensava.

“Me desculpe” falou entre uma risada “Mas sua expressão foi engraçada e muito fofa ao mesmo tempo”

O maior bufou ao ver que o outro se divertia.

“Não me lembro de quase nada, na verdade, praticamente nada” sorriu “Me desculpe por causar a sua bebedeira ontem, nunca imaginei que tomaríamos mais de uma garrafa, aliás, praticamente acabamos com todas as minhas garrafas”

O menor sentiu-se aliviado em saber que tudo estava bem com o seu patrão, apesar de ambos não se recordarem do acontecido, talvez fosse melhor assim para ambos.

“Baek, se você quiser ir embora mais cedo, está tudo bem” o maior falou enquanto abraçava a almofada do sofá “Mas se quiser ficar aqui também, está tudo bem.”

O babá suspirou fundo, ele queria saber mais sobre o maior e era sua oportunidade, mordeu os lábios de antecipação sobre o que iria perguntar, enquanto sentava-se em uma poltrona ao lado do sofá.

“Chanyeol, e a sua família? Nunca ouvi você falando deles, nem o Jongin sobre os avôs paternos” suas mãos suavam frio, aquela pergunta era muito pessoal “Se você não quiser me falar, tudo bem, eu entendo..”

“Não, tudo bem” sorriu para o menor “Minha família bem, não é das mais liberais e eu briguei com eles enquanto ainda estava na faculdade e por isso não tenho mais contatos com eles, apenas com a minha irmã”

Baekhyun não perguntou o motivo da briga, era pessoal demais para um simples empregado saber, então permaneceu em silêncio, levantando-se com cuidado e indo buscar sua mochila, quando voltou na sala, o mais velho encarava-o ainda sorrindo apesar de estar sonolento.

“Já vai embora?” recebeu a confirmação com o balanço da cabeça do menor “Amanhã irei novamente te ver cantar”

As pernas do cantor ameaçaram a falhar, sentiu o nervosismo percorrer seu sistema nervoso inteiro, sentindo uma corrente elétrica traçando o caminho das pontas dos pés até os fios de cabelo. O cantor apenas sorriu e deixou o apartamento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

~ ★ ~ ★ ~ ★ ~

Chanyeol colocou a coberta cobrindo o pequeno corpo em sua cama, depositando um pequeno beijo na testa do filho enquanto sorria para o pequeno, fazendo acariciando seus fios.

“Boa noite, meu anjo, até amanha” O pai levantou-se da beirada da cama e sorriu mais uma vez para o filho

“Papai?” o menor estava com as pernas enroladas na coberta verde e um brilho especial em seus olhos.

“Sim?”

“Você e o Baek hyung são namorados?” perguntou a criança sem nenhuma vergonha

Tudo no mundo das crianças era tão simples, sentiu inveja por não poder viver mais em um mundo de fantasia.

“Não, por que?” sua pergunta foi dita naturalmente, sem se importar realmente com a resposta.

A criança abriu um sorriso grande, como quando fazia bagunça e conseguia se safar de arruma-la.

“Eu vi você e o Baek hyung se beijando ontem a noite”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

~ ★ ~ ★ ~ ★ ~

              Ele não sabia dizer não ao melhor amigo.

         Por mais que Kim Junmyeon não gostasse de sair a noite, por mais que ele estivesse com ódio do chinês que estava sentado ao seu lado na mesa do bar, ele tentava se mostrar ao máximo animado para Jongdae, o que era uma tarefa muito difícil.

         Ao seu outro lado, Chanyeol permanecia absorvido na apresentação do cantor, seus olhos pareciam que não piscavam por estar tão concentrado na voz de Baekhyun, que era muito bonita.

         Apesar de estarem em um bar, quando o cantor subiu ao palco, toda a animação e as vozes alteradas sumiram, todos pareciam prestar atenção em cada movimento e cada nota atingida. O arranjo era simples, o cantor era acompanhado apenas por um violão e as vezes uma gaita.

         Suho sentiu um peso sobre suas pernas, uma mão e quando procurou o dono, encontrou o chinês ao seu lado encarando-o, porém desviou o olhar e tentou prestar atenção na apresentação na sua frente. O médico apertou a coxa tentando ter a sua atenção, e logo sentiu uma mão sobre a sua, fazendo-o sorrir ao sentir a mão quente e suava sobre a sua, porém, ela retirou a mão. O moreno bufou por estar passando por aquela situação, ele não conseguia entender o chinês, por mais que tentasse, ele era completa incógnita. ‘O que ele quer com isso?’ foi o pensamento que ocupou sua cabeça por toda a noite.

        

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

~ ★ ~ ★ ~ ★ ~

         O mais alto da mesa observava atentamente o babá cantando em cima do palco, e hora ou outra percebia que ele também olhava para si, fazendo-o sorri. A sua cabeça gritava ao lembrar o que Jongin tinha dito, mas ele não tinha certeza que era verdade ou mentira do menino. Levou os dedos inconscientemente aos lábios, massageando o local enquanto encarava aquele que poderia ter sido o ultimo a tocar seus lábios de forma intima.

         Levou aos lábios o causador do possível beijo e da ressaca que teve no dia seguinte, e levantou a taça para que o menor visse o liquido que estava degustando, vendo-o sorrir. Naquele bar, só existia os dois na mente de ambos, e sorrisos cúmplices eram estampados nos lábios. Ao terminar o show, o maior bateu as palmas animadamente.

         Após algum tempo após o encerramento do show, o cantor juntou-se a mesa sendo recebido por elogios de todos, exceto de Chanyeol, que seu elogio foi transmitido em forma de sorriso e uma taça de vinho. Jongdae ergueu a sobrancelha após perceber a brincadeira do vinho entre os dois.

“Você gosta muito de vinho, heim Baekhyun?” o advogado queria provocar o cantor, ele o considerava um grande amigo apesar da relação patrão-empregado que ainda possuíam “Você também né, Chanyeol?”

Sehun não entendeu nada e encarou os três com certa duvida, mas por fim sorriu por saber que em breve saberia. Os ambos envolvidos na brincadeira de Chen, apenas sorriram envergonhados, sem saber o que dizer.

“Chen, vamos para casa?” o médico sussurrou em seu ouvido após depositando um beijo em sua orelha.

O casal se despediu dos outros e retiraram-se do bar, entre sorrisos e caricias, a noite prometia para eles.

“Também é melhor eu indo, estou muito cansado” mentiu. Ele não aguentava o clima tenso que estava entre ele e o chinês ao seu lado, que permaneceu sentado a noite inteira encarando-o.

Chanyeol e Lay também concordaram em ir embora, porém o mais novo teria que ficar no bar para receber o cachê um pouco mais tarde e despediu dos demais.

“Hyung” falou manhoso Lay “Você poderia me levar em casa, né?”

“Vá com o Chanyeol, ele mora no mesmo complexo que você” respondeu rapidamente “Tchau Chanyeol” despediu do maior entrando em seu carro.

 

 

 

 

O chinês jogou-se no banco do carona no carro do maior, com um grande bico nos lábios

“Ele pelo menos podia ter me dado uma carona” resmungou, fazendo o economista gargalhar. 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Se você leu até aqui, é um guerreiro! O que vocês acharam do Jongin ter visto o beijo? Hoje teve uma pequena aparição do Luhan e do Xiumin, bem, eles são personagens de Luzes da Cidade, então por isso resolvi colocar eles só para aparecerem, o Luhan voltará mais vezes ((talvez)) ~ ★ ~ ★ ~ ★ ~
Próximo episódio teremos algumas visitas! Bem, todos os integrantes do EXO aparecerão (no tempo real ou em lembranças) nessa fic, vocês já sabem que está faltando?

Bem, se você leu também as notas finais, você realmente é foda! Mas será muito mais foda se me deixar um comentário, pode me xingar, que não me importo OIHAIAHIOAHIOAHIOAH
Gente, falem comigo ou me xinguem no twitter @yehunnie


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