História Vulneráveis (hiatus) - Prólogo - O Plano de Kuuya

InuYasha pertence a Rumiko Takahashi.
Tenkuu Senki Shurato pertence a Hiroshi Kawamoto.
Saint Seiya pertence a Masami Kurumada.

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Um homem com um turbante meditava em um templo pequeno, sentado na posição de lótus, diante de um artefato redondo brilhante. Ele direcionava um grande poder espiritual ao artefato, que no momento reluzia mil cores diferentes. Começou a recitar um mantra, quando, subitamente, foi interrompido pelo som de passos e respirações ofegantes que se aproximavam de si. Calou-se e virou-se para trás.

— Kuuya! — exclamou um dos recém-chegados. — Você não desistiu mesmo da ideia de aniquilar a presença youkai de Edo¹, hein?

Sem se abalar, o homem chamado Kuuya respondeu com brandura.

— Não, Hyuuga. Sinto que este é o meu dever. Se posso fazer algo para diminuir o mal do mundo, o farei. As guerras e mortes em Edo não param justamente por causa dos youkais. Vocês não entendem o quanto isso é importante?

— Mas os humanos também estão fazendo atrocidades, pelo que você mesmo nos contou... — argumentou o jovem chamado Hyuuga. — Saqueando vilarejos, queimando mulheres e crianças, escravizando sobreviventes...

— Podemos até entender que sua intenção é boa, Kuuya, mas não sabemos se seu plano é seguro — respondeu o outro homem. — Sei lá, parece estranho demais cruzar as eras para enfrentar criaturas assassinas que você não conhece...

— Não permitirei que ninguém morra, Tanaka — replicou Kuuya, com um toque divertido no tom de voz, fazendo seu interlocutor torcer o nariz, ao passo que Hyuuga dava uma risada leve.

— Ah, Kuuya, não faz isso! Eu não gosto que me chamem de Tanaka aqui no Tenkuukai², esse nome é muito feio. Por que você não chama o Hyuuga de Itsuki?

— O Hyuuga não fica reclamando, então não tem graça. A propósito, parabéns pelo novo integrante da família. É um menino, Ryouma.

Os amigos de Kuuya ficaram muito surpresos. Ryouma, o que fora chamado de Tanaka, gaguejou:

— M-mas como? Estive com minha esposa, a Matsuri, antes de subir para cá e ela não me disse nada!

— Ela não descobriu ainda, amigo. Vi isso agora em minha meditação, assim que você e Hyuuga puseram os pés na porta do templo. Ah... E vi também o youkai mais temido de Edo que irei confrontar. Esse me dará um pouco de trabalho.

— Horripilante? — indagou Hyuuga, olhando para a esfera. Sinalizando um 'não' com a cabeça, Kuuya levantou os dedos indicador e médio, se concentrando mais uma vez, e o objeto foi revelando uma imagem a princípio embaçada. Logo em seguida, Ryouma exclamou:

— Mas é um humano! Espera... Não, não é. As orelhas não são humanas e essa meia-lua na testa não parece desenhada com tinta.

— Que olhar medonho... — disse Hyuuga, incomodado. — Cheguei a ficar arrepiado, e olha que não sou medroso... Você sabe o nome dele, Kuuya?

— Sesshoumaru, filho de um general cão muito conhecido naquele território. Seu pai tinha alguma consideração por seres humanos; já este aqui os odeia e despreza, profundamente.

— E como você acha que vai conseguir matá-lo? — questionou Ryouma.

— Oh, não. Não vou matá-lo. Vou purificá-lo através da Luz Sagrada de nossa deusa.

Hyuuga meneou a cabeça.

— Kuuya, cuidado... Vê lá o que você vai fazer. Eu temo por sua vida.

— Não precisa ter medo, Itsuki.

— Isso não é hora para me chamar de Itsuki! — zangou-se Hyuuga.

— Ah, viu só como é bom, espertinho? — disse Ryouma.

Kuuya e Ryouma riram da cara emburrada de Hyuuga, que acabou rindo um pouco, também.

— Não se preocupem, meus amigos — disse Kuuya, já de pé, colocando as mãos sobre os ombros de Ryouma e Hyuuga. — Farei isto para que essa matança nos territórios de Edo diminua, ou então acabe de vez. E ninguém morrerá, nem mesmo esses monstros homicidas. Todos merecem uma nova oportunidade...

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