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História Wake up - Hinny - I'm sorry, Harry



Notas do Autor


Kelly: Oiee! Após o surto do capítulo passado espero que estejam preparados para o de hoje 👀

Nikoly: Olá! Como estão?

Parte dois do sofrimento, digo, capítulo sobre a história do Harry.

Espero que aproveitem, porque não acho que vão gostar hahaha

Capítulo 17 - I'm sorry, Harry


Fanfic / Fanfiction Wake up - Hinny - I'm sorry, Harry

31 de julho de 2008

 

Estava sendo o melhor aniversário da vida de Harry. Sirius o levara para dormir na casa dele já no dia anterior e eles estavam se divertindo à beça. Na verdade, os únicos momentos em que Harry podia se divertir, era quando ele estava com Sirius.

Desde a primeira vez que seu padrasto o queimara com água quente, aquilo virou um castigo usual. Qualquer coisa que Harry fazia, era motivo de ser castigado. O homem simplesmente o odiava e Harry sequer entendia o porquê.

– Padrinho? – Harry chamou enquanto eles jogavam vídeo game.

– Oi, filho – disse Sirius.

– Eu posso morar com você? – perguntou.

Sirius pausou o jogo e o fitou intrigado.

– Por que quer morar comigo, Harry? – questionou, tentando especular.

– Porque aqui é mais legal que lá em casa – Harry replicou.

Ele cuidou para não entrar em detalhes, não queria que Snape machucasse sua mãe.

– Se sua mãe deixar, claro que você pode morar comigo – Sirius falou, sorrindo. Os olhinhos de Harry brilharam.

– É sério? – ele sorriu aliviado quando Sirius assentiu. – E... e minha mãe, ela pode morar com a gente também?

Harry sabia que sua mãe não podia ficar sozinha com Severo. Ele era um homem mau.

– Harry, olha para mim – Sirius pediu e o garoto o fitou. – Me diz, Snape está sendo mau com você? Ele... ele te machuca? Machuca sua mãe?

Harry arregalou os olhos e negou veemente. Sirius não acreditou.

– Se ele faz alguma coisa que você não gosta, você precisa me contar, Harry – Sirius pediu, preocupado. – Eu vou fazer de tudo para deixar ele longe de vocês, mas para isso eu preciso que você me conte a verdade.

Harry engoliu em seco e negou outra vez. Por mais que quisesse contar tudo para seu padrinho, ainda tinha mais medo do que poderia acontecer com sua mãe.

– Mas, olha, se você quiser morar comigo e se sua mãe deixar, eu vou adorar, sabia? – Sirius o abraçou de lado e sorriu carinhoso.

Toda a alegria havia se esvaído do menino. Tudo que ele mais queria no mundo era poder morar com seu padrinho, porém, ele jamais deixaria sua mãe sozinha com aquele homem.

Sirius reparou na tristeza e se amaldiçoou internamente por não conseguir descobrir o que o maldito fazia com seu afilhado. Ele sabia que alguma coisa ele fazia, pois Harry se tornava cada dia mais uma criança fechada. Prometendo para si mesmo que um dia ele faria Snape pagar por tudo que fez à Harry, ele voltou a jogar com o menino.

 

*~~~*~~~*

 

2 de abril de 2013

 

– Mãe, a gente não pode só fugir dele? – Harry questionou, enquanto escovava os cabelos recém lavados de Lilly.

– Não dá, filho – ela sorriu triste. – A gente vai ficar bem. Sempre ficamos. A mamãe sempre vai te proteger.

– Eu sei – o garoto murmurou, baixando a escova na penteadeira. – Mas eu não consigo te proteger, mãe. Ele é mais forte que eu.

– Não se preocupe com isso, bebê – ela disse, sorrindo fraco. – Agora, você pode secar o meu cabelo? O dia da mamãe foi cansativo.

– Claro, mãe – ele disse, pegando o secador e fazendo-o.

Lílian simplesmente amava esses momentos com o filho. Eram dos melhores. Harry lembrava muito James quando secava os seus cabelos ruivos – muito paciente, muito carinhoso.

Mas ela nunca teria coragem o suficiente para falar sobre isso com o filho – nem Severo deixaria, na realidade.

– Ah, a bichinha fazendo coisas de mulherzinha – Severo Snape disse, abrindo a porta do quarto com uma violência exagerada, exalando o cheiro de álcool. – Não cansa de ser um merda, não é? Sai daqui – ele olhou para o menino. – Agora.

Os olhos de Harry se encheram de lágrimas. Lílian se levantou e tirou o filho do quarto rapidamente, enquanto o mesmo ficava estático.

– Vai fazer suas tarefas, Harry – ela falou, lançando um último olhar para o filho. – Depois a gente conversa.

Ele ficava sem reação quando essas coisas aconteciam. Não sabia o que aconteceria a mãe. Não sabia do que mais aquele homem era capaz.

Ele queria fazer alguma coisa. Sabia que tinha que fazer alguma coisa. Entretanto, sabia que isso só traria mais consequências ruins para a mãe.

Sempre foi assim, desde que Harry se entende por gente. Ele tira Harry de perto da mãe e faz o que quer que seja com ela.

E não havia nada que Harry pudesse fazer. Tudo que ele queria era poder gritar para o mundo o quanto ele odiava Snape mais que tudo na sua vida, porém ele morria de medo do homem machucar sua mãe por ter raiva de Harry.

Sendo assim, pegou seus materiais e foi até a mesa da cozinha, estudar um pouco da matéria acumulada.

Meia hora depois, o homem apareceu na cozinha novamente.

– EU JÁ DISSE PARA NÃO ESTUDAR AQUI! – ele berrou. – EU NÃO ESTOU PARA BRINCADEIRA, POTTER!

Harry arregalou os olhos. O homem chegou até ele e jogou todos os materiais do menino no chão, Lílian aparecendo muito assustada ali atrás.

– Severo... – ela sussurrou, nervosa.

– CALA A BOCA! – ele urrou. – Vem aqui, Harry.

O garoto permaneceu estático.

– EU TE DISSE PARA VIR AQUI, SEU MERDA! – ele gritou, pegando Harry pelos ombros e o colocando na frente do fogão. – Você agora vai ter as consequências de me desobedecer.

Harry já havia se acostumado com aquela tortura, naquele ponto. Ele se lembrava da primeira vez que a mãe chegou e flagrou Severo fazendo isso. Ela enlouqueceu e gritou com ele, mandando-o ir embora.

Ele segurou o rosto da mãe nas mãos e gritou com ela, machucou ela. Disse que se ela falasse alguma coisa, iria ser pior. Ele machucaria Harry ainda mais. Ela ameaçou contar a Sirius e as ameaças aumentaram.

Harry, sem saber o que fazer, implorou para a mãe ir embora, que estava tudo bem. A mulher olhou para seu filho, os olhos brilhando com lágrimas e disse para o marido machucá-la no lugar dele. Ela implorou para que Severo nunca mais machucasse Harry.

Snape estava tão bêbado, naquela noite. Ele deu um tapa no rosto de Lílian. Queimou as costas de Harry. Os ameaçou. Harry pensou que sua mãe faria alguma coisa, que finalmente estariam livres de Snape, contudo, ele nunca foi embora.

O menino desconfiava de que Snape a ameaçava de outras formas, mas nunca teve conclusão de nada.

– Severo, por favor... – Lílian pediu. – Ele só estava fazendo o dever...

Sem dar ouvidos a mulher, ele pegou a chaleira de água recém colocada ali, derramando a água quente nas mãos de Harry.

– CHEGA! – Lilly falou, se colocando na frente do filho, que chorava com o ato do homem. – Seus problemas são comigo, deixe Harry fora disso!

– Eu que pago tudo para ele, vou me meter sim! – Snape falou, quase cuspindo no rosto de Lílian.

– Harry, vá para seu quarto – Lílian disse, olhando mortalmente para Severo. – Mas antes, pegue um gelo. Faça compressas nas suas mãos.

– Mas, mãe... – ele murmurou, choroso, com medo de deixar a mãe ali.

– Vai – ela disse, sem margem para discussão.

E Harry foi, a dor das mãos quase esquecida, comparada com a que sentia dentro de si ao ver sua própria mãe sofrer.

 

*~~~*~~~*

 

29 de agosto de 2013

 

– Eu sinto muito, Harry – Sirius falou, o abraçando. – Eu tenho certeza que sua mãe te amou muito.

Harry assentiu com a cabeça. Não tinha conseguido absorver que a mãe havia morrido. Não conseguia imaginar um mundo aonde ela não existia.

Houve um assalto na joalheria em que Lílian era gerente. A polícia chegou a tempo de impedir os bandidos, contudo houve troca de tiro e uma bala perdida atingiu Lílian bem no peito. Ela morreu na hora.

– Eu não quero ficar com ele – Harry sussurrou, apontando para Severo com a cabeça. – Me leva daquela casa, por favor.

– Eu vou fazer o possível e o impossível, Harry – Sirius o abraçou fortemente. – Tudo bem se quiser chorar. Eu estou aqui.

E as lágrimas começaram a sair dos olhos de Harry, incessantemente. Ele se agarrou ao padrinho e ficou ali por quase meia hora, até o fim do enterro.

Eles seguiam para a rua onde Sirius havia deixado sua moto.

– Vem, vamos para casa – Sirius falou, o braço protetoramente nos ombros de Harry.

– Ele não vai para a sua casa, Black – Severo ameaçou, as falsas lágrimas caindo dos olhos negros. – Harry fica comigo.

– Não – Sirius devolveu da mesma maneira. – Ele vem comigo. Sou o padrinho, logo, o guardião legal na ausência dos pais.

– Uma ova! – o homem falou, enquanto Sirius colocava Harry atrás de si. – ELE É MEU POR DIREITO.

DIREITO DE MALTRATAR? – Sirius urrou. As pessoas começaram a se aglomerar ali. – ACHA QUE EU NÃO SEI QUE VOCÊ O TORTURA HÁ ANOS?

– Mentira! Eu nunca encostei o dedo nele – Severo respondeu, entredentes.

– Eu não sei o que você faz, seu filho da puta – Sirius o empurrou, enraivecido. – Sei que Harry sofreu em silêncio durante anos só por causa da mãe!

– Não encosta em mim, seu verme – Snape o empurrou. – Venha, Harry.

– VOCÊ SÓ O LEVA POR CIMA DO MEU CADÁVER, SEU DESGRAÇADO!

Harry não esperou pelo soco que o padrinho deu em Severo. Os dois começaram a brigar no meio do estacionamento, perto do cemitério aonde os pais de Harry estavam enterrados.

O advogado de Lílian, Liam, puxou Sirius, enquanto um amigo de Severo o puxou da mesma forma.

– COVARDE! – Sirius gritou, tentando se soltar. – VAI, CONTA O QUE VOCÊ FEZ! CONTA SOBRE OS ABUSOS, SOBRE OS DIAS QUE CHEGOU EM CASA FEDENDO A BEBIDA! VAI, FALA! EU VOU DESCOBRIR O QUE VOCÊ FEZ E VOU TE ENFIAR NA CADEIA, SEU DESGRAÇADO! NEM QUE SEJA A ÚLTIMA COISA QUE EU FAÇA!

Severo respirou fundo. Não estava a fim de sair na porrada ali, mas bem que Black merecia. Arrumou as vestes e se virou para Liam.

– Segundo a vontade da minha falecida esposa, com quem o nosso filho deveria ficar?

– Eu não sou seu filho – Harry falou, os olhos cheios de lágrimas. – E nunca vou ser.

– Segundo o testamento de Lílian... – Liam começou, abrindo a pasta preta. – Sirius é o guardião legal de tudo que pertencia a ela e que agora pertence à Harry. Até ele completar a maioridade.

Severo bufou. Cuspiu no chão, aos pés de Sirius, e lançou um olhar de escárnio para o menino.

– Te desejo tudo de pior – ele falou e saiu dali.

Harry respirou fundo. Não cairia naquele jogo. Sirius o abraçou lateralmente, olhando para Liam.

– Muito obrigada – ele deu um aceno de cabeça.

– Nos vemos por aí, senhor Black.

O homem saiu dali. Harry lançou um último olhar para o cemitério e olhou para Sirius, emocionado.

– E aí, garoto – ele sorriu fraco. – Está pronto para ir para a nossa casa?

 

*~~~*~~~*

 

19 de dezembro de 2010

 

Draco odiava sair de casa, isso era fato. Ainda mais quando teria que ir para a casa do insuportável do Potter.

Era até divertido, ir para lá. Ele gostava de ver o menino se ferrando nas mãos de Severo Snape – seu padrinho. E ele gostava, também, de zoar com Harry. Ele era um alvo muito fácil de se irritar.

Draco terminou de colocar sua jaqueta de moletom preferida, descendo as escadas para encontrar os pais na sala de estar.

– Você está lindo – Narcisa Malfoy disse, analisando o filho. – Aquele bastardo do Potter vai morrer de inveja quando ver sua jaqueta nova, ah se vai.

– Narcisa, não seja tão dura com o menino – Lúcio falou, olhando para o filho com o que beirava a adoração. – Ele já não tem pai, não precisa estar mais a beira do precipício do que já está.

Narcisa deu um sorriso cínico para o marido.

– Gente como aquela dá até prazer em ver afundando – ela disse, erguendo as sobrancelhas. – Lembre-se do que conversamos, Draco.

– Fazer da noite do Potter um saco – Draco concordou com a cabeça. – Eu me lembro, mãe.

– Tudo bem – Narcisa arrumou o sobretudo. – Podemos ir?

Eles assentiriam. Em pouco tempo chegaram na casa de Lílian Potter, onde Severo morava.

– Sinto cheiro de biscoitos – Narcisa torceu o nariz. – Ah, típico de gente assim. Que patético.

– Medíocre, eu diria – Lúcio falou, batendo na porta da casa.

Instantes depois, Lílian Potter abriu a porta, sorrindo e limpando as mãos no avental que usava.

– Boa noite – ela disse, dando espaço para eles entrarem. – Severo está no banho, mais alguns minutos e ele já vem.

– Tudo bem – Narcisa forçou um sorriso, tirando o casaco e pendurando na entrada da casa.

– Podem se sentar na sala, vou chamar Harry – ela falou, parecendo muito insegura. – Fiquem à vontade.

Lúcio assentiu, juntamente com a família. Narcisa sentou-se no sofá amarelo, enquanto Draco admirava o fogo da lareira.

– Só estou aqui por causa de você e de Severo – ela avisou, descontente. – Não gosto dessa mulher, muito menos do filho dela.

– Nós já estamos fartos de saber, Narcisa – Lúcio a cortou, parecendo irritado. – Não me envergonhe, nem envergonhe Severo. Você sabe o porquê de ele ter casado com ela. Ele quer se vingar e qual vingança melhor que tornar a vida da família do homem que ele odiava um inferno?

– Me admira ela ser tão burra por aceitar isso – a mulher deu de ombros e Lúcio lançou um olhar incomodado para a esposa. – Mas não se preocupe, não farei nada.

Lúcio assentiu. Draco se sentou ao lado da mãe, contrariado. Ele só queria estar na sua casa, com seu videogame e sozinho, de preferência.

– Boa noite, senhor e senhora Malfoy – Harry Potter falou, chegando com a mãe ali. – Oi, Draco.

– Boa noite – eles responderam uníssono.

Harry sorriu, constrangido. Lilly olhou para o filho e para Draco, falando sorridente:

– Por que você não leva Draco para ver suas novas revistas, filho? – ela mexeu nos cabelos negros do menino.

– É – Harry murmurou, olhando para o louro. – Quer ir, Draco?

O menino olhou para a mãe, em busca de aprovação. Narcisa assentiu com a cabeça, Draco se levantou e seguiu Harry até o quarto dele.

– Você não tem televisão no quarto? – Draco perguntou, quando colocou os pés no local.

– Não – Harry deu de ombros, pegando o baú de carrinhos.

– E como você joga videogame? – Draco sussurrou, inconformado.

– Eu não tenho videogame – o menino falou, olhando para o louro. – Você gosta de HQ'S?

– Eu não gosto de ler – Draco se sentou na escrivaninha de Harry. – De quem você ganhou essas histórias?

– Eram do meu pai – Harry murmurou.

– Ele morreu, né? – Draco falou, parecendo indiferente. – Deve ser legal, não ter ninguém no seu pé.

– Você não sabe o que está falando – Harry murmurou, os olhos marejados.

– Ah é? – O louro ergueu uma sobrancelha. – Vai chorar porque o papaizinho está morto, Harry? Meu padrinho falou que ele era um idiota, que vocês estão bem melhor sem ele.

O tom de deboche era nítido na voz de Draco e Harry se viu com muita raiva do menino. Quem ele achava que era para falar assim? Se existia algum idiota ali, esse alguém era Snape e Harry tinha a plena certeza de que eles estariam melhor sem aquele homem horrível. Ele segurou as mãos fortemente, para não fazer besteira, sua mãe ficaria chateada com ele e com certeza Snape o castigaria por encostar no seu precioso afilhado.

– Vai correr para mãezinha, falar que eu estou sendo malvado com você? – ele sorriu, brincando com uma bola de beisebol que estava na mesa de Harry. – Ah, o pobre Potter... sem papai, sem ninguém. Tão sozinho, tenham pena dele! Olha, que menino triste!

– Sai do meu quarto – Harry murmurou, irritado. – Vai, Malfoy. Sai daqui.

– Uh, que esquentadinho – Draco disse, descendo da mesa e indo até a porta. – Nos vemos por aí, Harry Potter.

A convivência entre Harry e Draco nunca foi boa, depois desse dia, tornou-se impossível. Harry tinha raiva do menino por se achar superior e por sempre fazer piadinhas com seu pai. Lílian reparava que o filho ficava desconfortável na presença de Draco, porém Harry se recusava a contar qual era o problema.

A medida que eles foram crescendo, o ódio e a desavença entre eles, foi crescendo junto. Um não suportava a presença do outro e Harry ia se tornando cada dia mais impaciente e explosivo com as piadinhas e com o desdém de Malfoy.

 

*~~~*~~~*

 

 

7 de fevereiro de 2015

 

Aquela era uma cena rara de se ver. Harry Potter conversando com uma menina, isso era inacreditável.

Claro que Draco não ia deixar barato. Cutucou Dino Thomas – um garoto que havia conhecido naquele mesmo ano, quando entrou na escola – e murmurou:

– Só veja o Potter perder a cabeça.

Dino assentiu. Ele também não gostava de Potter, já que o garoto havia o enfrentado no primeiro treino de lacrosse.

– Eu se fosse você não insistiria, Lou – Draco falou, chegando até os dois e apontando com a cabeça para Potter. – Ele é uma mulherzinha, sabe. Um gay de merda.

– Cala a boca, Malfoy – Harry murmurou, olhando para o garoto irritado.

– Ah, vai me dizer que não! – Draco disse, rindo baixinho. – Vai secar o cabelinho da mamãe, ajudar ela com as tarefas de casa... ah, não... – Malfoy bateu com a mão na testa e arregalou os olhos em falsa surpresa. – Ela está morta, não é? Esqueci.

– Eu já mandei você calar a porra da boca – Harry disse, o segurando pelo colarinho da blusa. – Você se acha muito macho, Malfoy, mas quem passa vergonha aqui é você, que se esconde atrás do Snape, da mamãe e do papai perto de você para se proteger.

Draco o empurrou com força e o fitou com desdém.

– Pelo menos meus pais não estão mortos, Potter – falou ácido. – Você é um merda, sozinho, sem ninguém, só tem aquele seu padrinho, que é outro merda.

Harry acertou um soco no rosto de Draco, o garoto se desequilibrou, sem esperar o golpe. Os alunos começaram a se aglomerar ali, fazendo tumulto.

– Seu desgraçado – o louro falou, partindo para cima dele.

Não deu muito tempo de briga. O diretor – Arthur Weasley – e o treinador do time da lacrosse – Rúbeo Hagrid – chegaram ali, cada um apartando a briga.

– Covarde – Harry falava, tentando se soltar de Hagrid.

– Não vale a pena, Draco – disse Arthur, o soltando. – Não se estrague por um marginal.

Draco olhou para Harry com escárnio. Cuspiu no chão e apontando para Harry, falou:

– Meu pai vai ficar sabendo disso, Potter – Harry sorriu cínico. – Você ainda vai se ver comigo, seu verme.

 

*~~~*~~~*

 

14 de maio de 2015

 

– Está me ouvindo, Potter? – Draco questionou Harry, enquanto chegava no campo de lacrosse do colégio em que estudavam. O louro estava acompanhado de Blásio e Dino, e a quadra estava vazia por ser muito cedo.

Draco empurrou o corpo de Harry com violência nas barras metálicas do gol. A cabeça de Potter bateu no metal, sua visão se ocultou num instante, depois tudo desapareceu. Era como se alguém tivesse colocado uma cortina sobre seus olhos. Suas pernas cederam num abismo escuro.

Harry sentiu uma violenta bofetada. A cabeça dele rodou para o outro lado, e ele sentiu o ardor do tapa. A cortina se abriu novamente.

Draco agarrou os cabelos de Harry e levantou a cabeça dele. Os olhos cinzas de Draco estavam cheios de ódio.

– Ah, está doendo, precioso Potter? Isso que você merece, merda do caralho.

Harry procurou se levantar, porém Blásio e Dino estenderam os braços do mesmo, mantendo ele preso ao chão.

Harry sentiu seus joelhos esfolarem no gramado. Doía, mas ele não se atreveu a chorar. Ele não conseguia fazer nada.

Ele escutou o barulho de um zíper de calça ser aberto. Engoliu em seco, e de repente percebeu o que estava prestes a acontecer. O pânico, o medo e a repulsa o avassalaram.

– NÃO! – Potter gritou em desespero.

Ele se debateu, mas os dois garotos o imobilizaram fortemente.

– Mostra como você é um gay de merda – disse Draco, rindo baixinho. – Chupa meu pau.

Potter cerrou os dentes com força, e tentou mexer a cabeça. Draco se aproximou e Harry travou a mandíbula com mais força.

– Vamos lá, vadiazinha – Dino torceu o braço de Harry sobre suas costas. Ele se segurou para não gritar.

– O que vocês estão fazendo? – questionou a professora Weasley, chegando ali perto.

As mãos que prendiam os braços de Harry se soltaram. Draco deu um passo para trás, fechando o zíper que mal havia aberto da calça. Harry pôde respirar aliviado. Nada havia acontecido, graças à professora.

– Eu perguntei o que vocês estavam fazendo – disse ela novamente.

– Estávamos apenas conversando com o Potter – Blásio disse, sorrindo largo, como se nada tivesse feito. – Já estávamos de saída quando a professora chegou.

– Isso é verdade, Potter?

Harry ficou mais pálido, porém se levantou, ainda trêmulo. Draco lançou um olhar cheio de significado a Harry, que entendeu no mesmo momento. Se ele mentisse, as provocações parariam. Contudo, elas nunca pararam.

No momento, Potter apenas suspirou e por fim, anuiu com a cabeça.

– Sim, estávamos apenas conversando – disse ele, se recompondo e tentando secar as lágrimas de repulsa que tomavam conta de si.

– Ótimo – a professora falou e Harry baixou o olhar para seus tênis, sentindo-se covarde, estúpido e insignificante. – Venha, Potter. Preciso falar com você sobre sua péssima nota de literatura nesse semestre.

E ele seguiu a professora, as mãos tremendo de medo e de nojo de si mesmo.


Notas Finais


Primeira vez que eu tenho que escrever as notas e não sei o que dizer hahahaha

Enfim, acabou. Agora vocês sabem o porquê do ressentimento Harry-Draco, e a forma como a Lilian morreu.

Massssssss... vocês não acham, estranha, a morte do James?

só soltando hahaha aí como nós somos maldosas.

Beijosss! Até segunda que vem! 💗💗

Insta de spoilers: https://www.instagram.com/p/CHKpscqgpfV/?igshid=18wy35zngq09a


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