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História Wake up - Hinny - Take it easy



Notas do Autor


Kelly: amamos a reação de vocês no capítulo passado kkkk obrigada por não xingarem a Gina e nem matarem a gente uahsuahs
Esse capítulo está um amorzinho, agora as coisas vão começar acontecer hehehe espero que gostem ♥️

Nikoly: Oiê! E vamos de capítulo novo! Simplesmente amei o retorno que o último capítulo me proporcionou! Vocês são seres humanos tão empáticos e incríveis ❤️

A tia aqui tá emotiva hoje KKKKKK me deixem

Enfim... boa leitura, meus anjos ✨

Capítulo 5 - Take it easy


Fanfic / Fanfiction Wake up - Hinny - Take it easy

15 de março de 2018

 

Gina definitivamente não estava arrependida do que fez. 

Bom, talvez só um pouquinho... mas a sensação que havia tido naquele dia, que foi tanto desastroso quanto interessante, tinha sido melhor do que em vários da vida dela. Ela nunca tinha se imaginado fumando – muito menos fumando com Harry Potter – mas tinha que admitir: a sensação de estar fora dos trilhos, era maravilhosa. 

Enquanto colocava o moletom cinza, sua mãe adentrou seu quarto. Ela parecia estar determinada e Gina sabia que boa coisa não vinha. 

 – Bom dia, meu amor – Molly sorriu carinhosa, encostando a porta do quarto de Gina. – Precisamos conversar. 

A ruiva sabia que tinha acontecido algo. Sua mãe geralmente não tinha papas na língua e sempre falava a plenos pulmões o que queria falar – não era do seu feitio ser tão discreta ou reticente. 

Então, para ela fechar a porta do quarto, o assunto era deveras sério. 

– O que aconteceu? – Gina perguntou, receosa. – É assunto sério? 

– Sim, anjo – Molly falou, sentando na cama com Gina. – É sobre Dino. 

O sangue de Gina ferveu instantaneamente. O ex-namorado babaca e traidor dela com certeza seria um grande problema a ser resolvido, ainda mais pelo fato de seus pais apoiarem o namoro com tanto afinco. 

– O que tem ele? – ela indagou, ácida. 

– O pai dele falou com Arthur ontem – Molly calmamente explicou. – Ele pediu desculpas pela atitude do filho. 

– Nada mais do que o esperado – a ruiva murmurou para si, contrariada. 

– E ele quer que vocês voltem. Todo mundo deseja isso, meu amor. 

– Não! – Gina arregalou os olhos. – Definitivamente, não. Posso ser burra, mas não tanto. 

– Ginevra, não me desafie – Molly respondeu ela seriamente. – Eu sou sua mãe e só eu que sei o que é bom para você. 

Gina arregalou os olhos.

– Mas, mãe... – ela murmurou, seus olhos enchendo de lágrimas. – Depois do que ele fez, eu não quero mais nada! E quem garante que ele não vai fazer outra vez? 

– Ele cometeu um erro, querida. Garanto que não irá repeti-lo – Molly comentou, parecendo controlar seu tom para não soar irritada. Gina sabia disso, era o tom que ela usava com os alunos bagunceiros. – E também, você só está confusa, mas sabe que ele é a melhor chance que você tem – a mulher respondeu, se levantando. – Pense nisso. E se lembre que eu sempre sei o que é melhor para você. 

E saiu, deixando a porta do quarto aberta. 

A vontade de Gina era de gritar que só ela –  e unicamente ela – sabia o que era bom para si mesma. 

Era isso que sempre quis fazer. Dizer aos seus pais que eles estavam errados, que Gina sabia o que estava fazendo. Mas ela tinha certeza absoluta que – como sempre faziam – eles desprezariam a opinião dela. 

Deixando as lágrimas caírem livremente, terminou de se vestir. 

– Sem amigos, sem familiares que te apoiam, sem ninguém – Gina murmurou para si mesma, olhando no espelho. – O que você ainda está fazendo aqui?

E secando as lágrimas que insistiam em cair, saiu do seu quarto, com medo do que estava por vir. 

 

*~~~*~~~*

 

– Você vai achar ruim Hermione voltar com a gente? – Rony perguntou, depois de sair do seu carro com Gina. – Na saída? Quero passar um tempo com ela.

 – Ronizinho, eu não vou ficar brava por você estar feliz – Gina explicou, caminhando em direção a escola. – Que sentido teria isso? Aliás, eu adoro minha cunhada. 

– Ela é sensacional – Rony sorriu bobo. – Hermione também não sabia sobre Dino, se quer saber. E ficou arrasada quando descobriu. Hermione tem muito apreço por você.

– Me impressiona, todo mundo sabia que eu era corna – Gina revirou os olhos. – Se duvidar, até Daphne sabia e eu não. 

E foi nessa frase que a ficha caiu para a ruiva. Estava na sua frente, mas ela nunca quis parar para realmente ver. 

– Daphne sabia – ela sussurrou, segurando no braço do irmão e parando no meio do estacionamento. – Ela sabia e não me contou nada. 

– Você não pode ter tanta certeza – Rony olhou para a irmã, preocupado. 

– Ela deu sinais – Gina disse, parecendo que havia descoberto como se teletransportar. – Ela estava meio insegura em relação a ele. Ela demostrou isso tantas vezes. 

– Porra, Gina – o ruivo falou e Gina começou a quase correr. – O que você está fazendo? 

– Não é o que eu estou fazendo, é o que eu vou fazer – ela disse, decidida, e entrou na escola o mais rápido que podia. 

A ruiva não via mais nada, nem estava prestando atenção no que fazia. Rony fez menção de segurá-la, mas Gina foi mais esperta e se dispersou do irmão no meio da multidão de alunos.

– Você sabia – ela disse, olhando mortalmente para Daphne. – Você sabia que aquele desgraçado me traía e não me falou nada. 

A loira estava estática em seu armário, a mão no livro de biologia e o olhar grudado em Gina. 

– Quê? – ela olhou chocada para a amiga. – Gina... o que você...? 

– Não se faça de sonsa, Daphne – Gina falou, quase voando no pescoço da menina. Rony chegou ali e olhava a cena com preocupação. – Se duvidar, até com você ele me traiu. 

– Não, Gina. Não fale de mim desse jeito – Daphne devolveu ácida. – Eu sou sua amiga. 

– Minha amiga? – Gina riu cética. – Duvido que um dia tenha sido – ela soltou. Todos no corredor haviam parado para ver o que acontecia – É cômodo, não é? Mentir. 

– Você quer a verdade? – Daphne falou irritada e Gina assentiu com a cabeça.

– Era o que eu estava falando agora mesmo. Era o que eu sempre quis. Era o que você deveria ter falado desde sempre – a ruiva cruzou os braços na frente do peito, como se quisesse criar um escudo para as palavras que estava prestes a ouvir.

– Está bem – Daphne soltou o ar. – Sim, eu sabia. Sabia que Dino traçava a primeira que passava na frente dele, daquelas líderes não tem uma que não tenha passado pela cama dele – ela rolou os olhos. – Estava tão na cara, não sei como você não percebeu. E olha que você é muito inteligente, Gina. Me pergunto como que não desconfiou que seu namoradinho perfeito não aguentaria muito tempo sem... bem, você sabe. 

As palavras de Daphne ecoaram na mente de Gina. É claro que a traição iria além dos beijos, ela que foi inocente e não quis se aprofundar nas conclusões.

– E qual é o motivo para você não me falar nada? – ela sussurrou, os olhos marejados com as últimas palavras da amiga. – Daphne, eu sempre fiz tudo para você. 

– Fez porque quis, não porque eu te obriguei – ela respondeu, dando de ombros. – Eu nunca pedi para ser sua amiga, Gina. 

Gina respirou fundo, segurando as mãos fortemente. Ela queria não perder o controle.

– Eu não sou o tipo de gente que você costuma ter rastejando aos seus pés – Daphne falou e Gina sentiu como se todo o ar da sala tivesse sido roubado de uma só vez. 

– Eu nunca gostei muito de répteis mesmo – Gina retrucou, agora claramente irritada. Não bastava ser feita de trouxa pelo namorado, tinha que ser pela sua melhor amiga também. – Na verdade, tenho horror a eles. 

Daphne baixou a cabeça. Os burburinhos começavam a se formar no corredor. Rony estava simplesmente sem reação, só olhava para a irmã com um olhar que beirava a pena. 

– Já acabou o show? – ela perguntou. – Você sempre gosta de se destacar, não é? A perfeita Gina Weasley, a garota exemplar. A menina que terá um futuro brilhante. Meros mortais, se curvem aos pés dela. 

Gina sentiu a primeira lágrima cair. 

– Não é como se eu tivesse realmente escolhido isso, não é? – ela murmurou. – Você sabe muito bem. 

E saiu dali, como sempre fazia. Correndo de toda a bola de neve que aquilo estava se transformando. 

 

*~~~*~~~*

 

Olhando para o grande refeitório, Gina se sentia sozinha como nunca se sentiu antes. 

Não queria sentar com Daphne. Não queria se sentar com o irmão e seus amigos – ela definitivamente não queria ser um peso na vida de Rony. Dino não era uma opção, já que ela não queria nem olhar para a cara dele. Na realidade, ela não queria estar ali de forma alguma. 

Em sua cabeça, Gina matutava o que fazer. Sair correndo? Ir ao banheiro e ficar por lá? Ir à pista de atletismo? Terraço? 

Até que, como se uma luz acendesse em sua cabeça, ela o viu. 

Se era o certo a se fazer ela não sabia. Mas parecia, pelo menos. Ele era a pessoa que mais tinha sido sincera com ela e isso era bom. Não era? 

– Oi – Gina disse, sentando na mesa junto de Harry Potter. 

O moreno estava sozinho, enquanto olhava alguma coisa no celular. Ele franziu o cenho ao ver quem estava em sua frente. 

– Oi – ele respondeu, lançando um olhar estranho para a garota. – O que você está fazendo aqui? 

– Eu... – Gina murmurou corando. – Eu... na verdade eu não sei. Se importa? 

Harry ponderou. A ruiva parecia estar numa época muito ruim da vida dela – e ele sabia muito bem como era se sentir assim – então, por isso e mais algum motivo que não sabia qual era ao certo, disse:

– Não, Weasley. Eu não me importo. 

Gina respirou aliviada, roubando uma batata frita do prato do moreno e dando um sorrisinho. 

– Eu já deixei você sentar comigo e você ainda me rouba uma batatinha? – ele olhou chocado para ela. – Você está sendo uma rebelde, Weasley. Está testando a minha paciência.

– Você se importa de me chamar pelo meu nome? – Gina questionou, olhando para ele. – E eu não estou sendo rebelde. Muito menos testando a sua paciência. Foi força do hábito... eu... eu sempre fazia isso no prato do Dino, sinto muito. 

Harry a fitou em silêncio por alguns segundos, notando como ela havia ficado repentinamente triste. 

– Sim, eu me importo muito de não te chamar pelo seu sobrenome – Harry falou, mexendo nos cabelos e mordendo seu lanche, tentando dissolver o clima ruim que havia se instalado ali. – Quer um pedaço? 

– Você acabou de morder – Gina olhou para ele, fazendo uma careta engraçada.

– Já dividimos um beck – ele disse naturalmente e ela corou. – Acho que não faria muita diferença. 

– É verdade – ela deu de ombros e mordeu o hambúrguer. – Uh, isso daqui é muito bom. 

– É de uma lanchonete perto de casa – ele falou e erguendo o olhar, viu que Dino Thomas encarava mortalmente para os dois – Acho que seu namoradinho não está gostando nada de nos ver juntos. 

– Ele não é meu namorado – Gina resmungou irritada. – E eu estou cagando para o que ele acha. 

Harry não falou nada. Ele não sabia o que esperar de Gina.  

– Seu pai não vai gostar de descobrir que você está passando seu tempo comigo – Harry murmurou, um tempo depois. – Ele me odeia. 

– Eu também não me importo – Gina disse e repentinamente, teve uma ideia. – Quer subir no terraço? 

– Medo do papai, Weasley? – ele ergueu uma sobrancelha, sorrindo cínico.

– Cala a boca, idiota – ela rolou os olhos, divertida. – Quer subir ou não?  

– Tem algo que você está escondendo por trás desse pedido – Harry falou, fazendo a garota corar. 

– Como você sabe? – ela sussurrou, inconformada.

– Você é uma péssima mentirosa – Harry deu de ombros e jogou no lixo o pacote do lanche. – Vamos ou não? 

Gina sorriu. Eles saíram do refeitório, meio distantes, para não chamar mais atenção para si. Subiram até lá e se sentaram no canto mais afastado da porta, perto do gerador de energia da escola. 

– Você deve me achar uma desequilibrada – Gina murmurou, segurando os joelhos perto de peito, enquanto Harry preparava o beck. 

– Um pouco – ele deu uma risadinha anasalada. – Mas, se te conforta, as melhores pessoas são. 

– É estranho ver que nos últimos dias a minha vida virou de cabeça para baixo – Gina falou, enquanto Harry tragava pela primeira vez. – Estava tudo bem, eu tinha um namorado, amigas, e uma vida perfeitamente moldada para as vontades do meu pai. E agora... eu não tenho nada. 

– Minha vida virou de cabeça pra baixo há 16 anos – Harry falou, passando para ela o beck. – Vai com calma aí. 

Gina tragou e soltou a fumaça, exatamente da mesma forma que havia feito da última vez. 

– O que aconteceu com você? – ela perguntou de supetão e viu que Harry ficou perturbado. – Não precisa me falar. Eu nem sei porque perguntei. 

– Eu até contaria – ele falou, incerto, tragando mais uma vez. – Mas eu nem sei, são tantas coisas que eu estou realmente perdido. 

– Entendo. 

– Não, você não entende – ele falou e Gina o fitou magoada. – Soube que você surtou com Daphne hoje. 

Gina revirou os olhos. Fez menção de tragar mais uma vez, mas Harry a impediu. 

– Não escutou o que eu disse? Vamos com calma, senão você vai chegar na próxima aula muito chapada – ele riu. – Você ainda não me respondeu. 

– Sim, eu surtei com ela – Gina rolou os olhos. – Ela sabia que Dino me traía. Eu pensava que ela era minha amiga. Amiga que é amiga contaria que você estava sendo galhada.

– A maioria das pessoas não querem ser sua amiga, Weasley – Harry murmurou. – Você se acostuma depois de um tempo. Eu me acostumei.

– Está falando de você? – Gina olhou para ele, chocada. 

Era estranho pensar no capitão de um time que não fosse rodeado pelos seus inseparáveis amigos e colegas de time.  Contudo, Gina sabia que a maioria dos caras haviam detestado a escolha do treinador Hagrid para deixar Harry como capitão. Mesmo que ele tivesse vencido Draco Malfoy na seleção, os meninos argumentavam que Harry havia sido privilegiado, quando na verdade ela sabia que ele era realmente talentoso. Dino sempre se queixava disso, enquanto todos precisavam treinar muito, Harry tinha um talento natural, sequer se esforçava. 

– Talvez – Harry deu um sorriso de lado. – Não é nada de extraordinário, acredite. 

Hum – ela falou, os efeitos chegando lentamente. – Você é a única pessoa que está sendo sincera comigo nesses últimos dias, Harry. 

– Deve ser difícil, ser só eu – ele riu. – Não tinha pessoa pior para escolher?

– Você só é incompreendido, eu acho – Gina falou, sorrindo. – Na verdade eu não sei de nada sobre você. Você é um personagem que eu criei, eu tenho quase certeza disso.

Harry gargalhou. 

– Você é estranha – ele disse, fazendo ela rir desesperadamente. 

– Agora que você reparou? – ela sussurrou, perdendo quase que totalmente a noção. – Posso te perguntar uma coisa? 

– Depende. 

– Como você compra maconha? – ela indagou baixinho como se fosse um segredo, fazendo Harry quase se engasgar de tanto rir. 

– Eu acho que essa não é uma pergunta que eu possa responder, Weasley – ele disse, bagunçando seus cabelos. – Vou te deixar com a pulga atrás da orelha. 

– Você já me deixou com muitas pulgas atrás da orelha, Harry Potter. 

E fechou os olhos, sorrindo, esperando que algum dia, Harry Potter deixasse de ser um grande mistério para ela. 

– Tenho um lugar para te mostrar – Harry comentou, batendo com a ponta do tênis na sapatilha dela.

– Que lugar? – Gina olhou para ele, curiosa. – Aqui na escola?

– Não, fora daqui. Acho que você vai curtir – ele sussurrou, rindo. – Quer ou não? 

– Quero – Gina respondendo, concordando com a cabeça – Mas eu só consigo aos domingos, porque é o dia que eu saio correr. Às oito, geralmente.

– Vai mentir para seus pais? – Harry sorriu malicioso.

– Omitir – Gina respondeu, rindo. – Nos encontramos onde? 

– No píer. 

– Jura que não vai me matar? – ela perguntou, parecendo muito insegura. Harry passou o beck para ela, que tragou lentamente.

– Juro que não sou nenhum assassino – Harry garantiu.

– Nesse caso... – ela deu de ombros e mordeu os lábios. – Vai levar?

Gina balançou o beck e Harry a encarou com um sorrisinho malicioso.

– Cuidado, garota – ele riu e se levantou, estendendo a mão para a menina. – Vamos? 

Gina anuiu e segurando na mão dele, saiu dali com uma sensação de esperança que, muitas vezes, não existiu dentro de si. 


Notas Finais


aí aí, Molly tá passando um pano para o Dino... não vou nem comentar 🤭

E Hinny tá acontecendo! Nossos bebês tão formando uma amizade muito fofinha, é isso ❤️

Enfim... segunda-feira tem mais! E lembrem-se, spoiler na quarta!

Kisses, amo vocês ✨🖤


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