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História Wammy's boys - Capítulo vinte e oito - Declarações e desespero.


Escrita por: Ciel-Lawliet

Notas do Autor


Eu disse que um dia vinha... Hoho u.u Não sei se ainda tem gente pra ler, mas enfim... ~limpa as teias de aranha~
Sim, pra variar temos um título de capítulo TOSCO! Então, isso é um sinal de que fui eu que escrevi u.u
Eu escrevi o lemon BBxN, mas... Não é o meu forte, já aviso.
Boa leitura seus lindos *u* (Se eu estou elogiando é por que tenho medo de morrer? Não... Imagina... haaha... )

Capítulo 28 - Capítulo vinte e oito - Declarações e desespero.


 

*Matt*

Sabem aquela vontade louca, instável, completamente alucinante, que te faz subir pelas paredes, desesperadora, assombrosa e incontrolável...

... de cantar?

Pois é. Cara, eu preciso urgentemente cantar alguma coisa.

Vocês devem estar se perguntando por quê. Ou talvez não, porque a minha vida é uma bosta e vocês certamente têm coisas mais importantes e interessantes para fazer. Mas caso queiram saber, consultem meu analista.

Voltando à nossa cena, temos L, o maior (é, NAQUELE sentido) e mais gostoso (perdão Mello) detetive de todos os tempos se agarrando com um universitário meia boca que ele provavelmente encontrou em algum hospício de esquina.

Todos concordamos que é uma cena bizarra, certo?

Certo?

Ok então.

Mas enfim, depois de ficar observando a expressão ‘’quero enfiar a minha cabeça em um buraco e morrer’’ dos dois, eu e o loiro tivemos a decência de fechar lentamente a porta (com um barulho extremamente baixo que provavelmente acordou todos os vizinhos e as renas mágicas do Papai Noel) e dar privacidade aos pombinhos.

- Você... viu... aquilo?! – Mello me olhava como uma garota de dez anos que acabara de descobrir o segredo mais podre da bitch do colégio.

Ah eu vi amiga! Vamos pegar os nossos celulares voadores de 548745454 milhões de dólares, que funcionam através do pensamento e contar pra TODO MUNDO o que aquela vadiiiiiiia anda fazendo! E depois vamos fazer as unhas, porque as da minha mão esquerda estão 0,2 milímetros menores que às da direita! Isso é inaceitável, eu acho que vou morrer!

Sério, Mello, dá uma controlada na viadisse.

- Eu vi! Os dois juntos, da pra acreditar? – ... cara será que é contagioso?

- Não é disso que eu falando, ruivo babaca. O Ryuuzaki vai ser seme! S-E-M-E!

É isso que ele acha tão surpreendente?

- Não precisar soletrar Madon-chan, eu sei muito bem o que é ser seme.

Ele girou nos calcanhares e me encarou, muito putinho da vida.

- Aposto que sou um seme melhor que você.

- Aposto que não.

Ficamos ali, fitando um ao outro demoradamente, quando um dos funcionários do hotel surgiu correndo desesperado e ofegante, parando apenas ao estar ao nosso lado.

- Finalmente... encontrei... vocês! Os túmulos... foram saqueados outra vez... Nossos guardas... estão todos mortos! – Vocês entenderam que o cara tava ofegando, né? Então tá.

- Droga, isso vai dar problema... Vou chamar o Ryuuzaki. – Minha mão estava sobre a maçaneta do quarto dos pombinhos quando ouvi a voz do loiro às minhas costas:

- Com licença, o senhor se importa em ser nossa mulher e decidir qual de nós é o melhor seme?

...

Sério Mello?

Sério mesmo?

 

 

*Near*

Onde estão minhas roupas?

Oh sim... Beyond as deixou na sala. Disse que o atrapalhavam. Que queria ver meu corpo melhor. Que queria me tocar diretamente. E agora aqui estou sobre uma cama, completamente nu e indefeso, tremendo sob o olhar atento e malicioso daqueles olhos vermelhos.

- Nate... – Beyond se tocava por cima das roupas, ainda completamente vestido, triplicando a vergonha já tão presente em meu rosto. Seus lábios se uniram aos meus em um beijo inicialmente lento e tranquilizador, tornando-se em seguida lascivo e estimulante. Minha boca, por ser menor, não tinha possibilidade de comandar o beijo, de forma que não tive escolha a não ser ceder aos desejos de Beyond. Depois de alguns minutos ele cortou aquele contato de forma brusca, olhando-me de cima. Sua respiração era lenta, denunciando sua pressa. A seu ver, parecia que não nos encontrávamos à séculos. – Me desculpa, estou com um pouco de pressa hoje...

Seus beijos desceram progressivamente, brincando em meu pescoço intocado, minha clavícula, meus mamilos durinhos, minha cintura e minha barriga. Ele riu contra minha pele quando gemi baixinho naquela região. Demorou-se ali durante algum tempo e em seguida desceu ainda mais, fazendo com que calafrios passassem por meu corpo. Tentei unir as minhas pernas e me esconder, mas ele espalmou as mãos em minhas coxas e as separou, mergulhando os lábios no meu membro ereto e chupando com vontade.

Era bom demais para que eu conseguisse resistir. Minha mão se dirigiu instintivamente aos seus cabelos, ajudando-o a se mover, enquanto a outra pousava firmemente sobre meus lábios, silenciando-me. Lancei meu pescoço para trás em sinal de aprovação, arranhando o couro cabeludo de Beyond com toda a força que minha falta de vergonha na cara permitia.

Não demorou muito para que BB percebesse meu silêncio e me soltasse, deixando-me agonizar por somente um pouco mais.

- Está doendo, não está? Se você gemer pra mim, eu continuo. – Sussurrou próximo aos meus lábios, ao ver a provável expressão patética de agonia em meu rosto. Com muito custo, afastei a mão de minha boca e concentrei-me em tudo no pequeno quarto escuro, menos em seu rosto. – Bom menino. – Disse antes de voltar a dar atenção àquela parte tão necessitada e latejante.

Não havia escolha. Ou correspondia aos seus toques como ele desejava, ou meu corpo me culparia por não lhe dar o alívio necessário.

Apesar de tudo, eu ainda sou humano.

A partir daí meus gemidos saíram descontrolados, sem qualquer ritmo consciente: eu pedia cada vez por mais, sendo atendido prontamente. Meu corpo implorava para que aquele estímulo tão bom continuasse, para que Beyond não parasse de forma alguma. Lancei novamente meu pescoço para trás, minha voz parecendo encher todo o cômodo sufocante, fazendo o moreno acelerar ritmo e suspirar contra meu baixo ventre. Alguns segundos depois e ele agarrou meu quadril, puxando-o para cima e obrigando-me a me apoiar na cama com as mãos. Era tão deliciosamente prazeroso que não tive escolha, a não ser ignorar a razão e o bom senso completamente. É embaraçoso dizer que permiti que meu instinto falasse por si só, fazendo meu interior se contorcer de vergonha.

- M-mais Bey... Awn...

O moreno agarrou uma das minhas coxas com sua mão, usando a outra para abrir sua própria calça. É extremamente indecente admitir, mas aquela cena me deixou completamente excitado.

- Droga... – Ele falava enquanto limpava com uma das mãos os lábios melados. – Não achei que você gozaria tão rápido.

Talvez eu devesse me desculpar por isso... Ou talvez não.

Ah, que se dane! Quem pensa nesse tipo de coisa quando está prestes a ser... comido...contra a própria vontade?

- Ei espera... Acabei de me lembrar... Da outra vez eu não fiz você gozar, certo?

...

Nossa, como aquela parede ali do canto é linda...

Beyond riu da minha vergonha, observando-me novamente do alto. Altos ofegos escapavam dos meus lábios, enquanto eu tentava, em vão, me conter. Nunca havia sentido algo como aquilo. Era indescritível demais, bom demais e igualmente surreal. Sentir prazer por causa de outra pessoa, através de alguns poucos toques... Não havia qualquer explicação racional para o que se avolumava e crescia dentro de mim.

- P-pare... – Seus lábios subiram até meu abdômen, passando a língua de leve pela superfície. Suas mãos agarravam as laterais da minha cintura, fazendo carinhos e arrepiando-me dos pés a cabeça.

ISSO É INJUSTO! EU SOU SENSÍVEL ALI!

- Onde pensa que vai? – O moreno perguntou ao notar meu leve movimento para o lado, em uma tentativa sutil de me libertar. – Nem pense em tentar escapar, senão eu te tranco nu em uma gaiolinha minúscula, com funk tocando vinte e quatro horas por dia.

...

Ok, DESTA VEZ ele me convenceu.

 

*Beyond Birthday*

Ah, como é bom ser seme. Impor a sua vontade a alguém menor e mais frágil, sem se importar com a opinião do outro... Não tem sensação melhor.

Vocês devem estar pensando: ‘’Mas Beyond, seu moreno lindo e maravilhoso, você não disse que amava o baixinho e sei lá o que, então agora vai estuprar o coitado?’’

Para essas pessoas, eu digo : Vão se ferrar.

O que vocês disseram é verdade, eu sou realmente lindo e o amo à minha maneira, tendo o meu jeito de demonstrar isso. E, falando sério, se eu não respeito nem sinais vermelhos, agora vou ter que respeitar um albino que não quer me dar a bunda?

Não dá né.

- Você sabe o que fazer. – Me ajoelhei sobre as cobertas, apontando para minha calça aberta. Ele engoliu em seco e me encarou por alguns momentos, achando que fosse alguma piada. – É sério. Faz pra mim.

Ele acha mesmo que é o único precisando de alívio por aqui? Passivo folgado...

Nate começou um pouco sem jeito, lambendo em volta da minha boxer com o rosto todo corado. Abaixando-a um pouquinho, seus lábios percorreram lentamente minha virilha, dando alguns chupões pela minha pele. Envolvendo um dos meus testículos, passou a chupá-lo com lentidão, achando certa graça nos meus gemidos contidos.

Esperei PACIENTEMENTE que ele terminasse a brincadeira e passasse logo para a parte boa.

Mentira, eu mandei ele abrir a boca e...bom... vocês sabem.

- UGH! – Ele engasgou, eu acho, mas, convenhamos né. Eu não sou tão pequeno assim.

Meu Deus, aquela boca pequenininha era tão quente, úmida e deliciosa! Acabei por ficar duro em segundos, já que, além dele ser incontestavelmente inexperiente e curioso naquilo, eu tinha abaixo de mim uma imagem extremamente erótica de seu rosto corado, enquanto sua cabeça movia-se timidamente para cima e para baixo. Meus dedos brincaram com seus cabelos encaracolados durante algum tempo, às vezes forçando-o inconscientemente para baixo. Ele gemia com isso, sem desviar o foco do que estava fazendo.

Tá faltando ar aqui, produção.

- Nate...  – O pequeno não erguia os olhos sequer uma vez, de tanta vergonha que sentia.

OVELHA FOFA! RAWR!

- J-já chega... – Ditei quando senti o orgasmo chegando. Tinha que guardar forças para o que viria a seguir.

Eu não sou mais jovem como antigamente, ok? Me julguem, seus putos.

- Aqui. – Fiz questão de descer da cama e apontar para lateral da mesma, por onde a coberta desarrumada caía. – De quatro.

Neste momento ele corou por dois motivos. O primeiro, meu pedido extremamente vergonhoso e bla bla bla. E o segundo, porque ele era o único a estar completamente despido. Eu estava coberto da cabeça aos pés, menos em uma certa parte, mas aí eu já não preciso dar detalhes. Só quero que saibam o quanto ele ficou lindo daquele jeito, com as bochechas quentes e vermelhinhas, tendendo ao rosa.

Desviando o olhar para qualquer lugar conveniente, Near me obedeceu, ficando apenas parcialmente deitado sobre a cama alta, sua perninhas brancas pendendo na lateral, sem encostar no chão.

Ô visão maravilhosa.

- Beyond... – Ele agarrava as cobertas da cama.

- Hum? – Me inclinei sobre seu corpo, em uma posição mais do que satisfatória (Para mim, óbvio). Ele tinha um cheiro tão bom...

- E-eu t... e... Eu te...

- Está tentando dizer que me ama, Nate? – Meus lábios brincaram por algum tempo em sua nuca e ombros, arrancando alguns suspiros. Ele assentiu com a cabeça, mas ainda não era bem o que eu queria. – Assim não, Nate... Eu quero que você diga. Do contrário, não vou te deixar gozar.

O albino nada pôde responder (apesar de arregalar olhos em protesto pra mim), já que meus dedos ocuparam seus lábios por um bom tempo. Era ótimo sentir sua língua mover-se desajeitadamente contra eles, umedecendo-os o máximo possível, como se estive com uma mamadeira na boca. Concentrei-me, nesse meio tempo, em beijar todas as partes que me eram alcançáveis de seu corpo, desde as bochechas rosadas ao pescoço branquinho, os ombros estreitos e as costas macias.

Rindo um pouco dos suspiros que ele dava, libertei minha mão e comecei a introduzir um dedo com certa força dentro de si, já que estava sem paciência para esperar. Uma expressão de dor cobriu seu rosto, desaprovando o ato.

- Desculpa. – Me aproximei para tomar seus lábios entre os meus, suspirando com o toque. Fazia tanto tempo que não o beijava, que senti meu coração disparar um pouco mais forte, apressando-me ainda mais. Depois de acrescentar outro dedo e, sem interromper o delicioso toque entre nossas línguas, comecei a perceber que Near rebolava na minha direção e, consequentemente, em meus dedos.

Será que fazia isso conscientemente?

Hum...

Nate, sua bolinha de neve safada.

- É gostoso? – Perguntei quando ele interrompeu o beijo para dar um gemido contido. Near não respondeu, mas suas expressões corporais falavam por ele: os olhos entreabertos em deleite, a pele suada, os lábios úmidos, a respiração ofegante...

Sem falar daquela linda bundinha arrebitada! Eu tenho uma tara assustadora por ela!

- Uh... – Gemi baixinho em seu ouvido ao me instalar dentro de si com uma única estocada, meu membro pulsante agradeceu de imediato. Near berrou de dor, os olhinhos lacrimejando. – M-me perdoa Nate... Você provocou.

- Dói... tira... – Ele fechava os olhos com força, implorando.

- Não... posso... – Meus olhos também se fecharam, mas não de dor. Estando de pé, era muito mais fácil para mim sentir seu corpo por dentro, que parecia se contrair cada vez  mais. Provavelmente era apenas impressão, mas, ainda sim, era inegável o quanto sua entradinha era apertada. Precisava distrai-lo de algum modo, do contrário ele não relaxaria o suficiente para que eu pudesse me mover. – Ei, Nate... – Sussurrei o mais próximo possível de seu ouvido, deixando-o arrepiado. – Lembra quando o Mello me sequestrou? Ele me marcou com inúmeros ‘’Ns’’ pelo corpo... Eles ainda estão aqui. Sabe por que?

- P-por que? – Ele perguntou trêmulo e uma lágrima solitária escorreu do olho que me era visível. Selei sua bochecha com um beijo, impedindo que a lágrima caísse.

- Porque eu sou todo seu. – Se é que era possível, Near corou com maior intensidade, relaxando momentaneamente seu interior. Era o que eu precisava: segurando em seu quadril com uma das mãos e pousando a outra em seu membro (para distrai-lo da dor), comecei a investir contra aquele corpo frágil, levemente receoso de que pudesse causar algum dano mais grave. – Near... Near...

O mais novo se agarrou às cobertas da cama, suas unhas curtas fincadas nas cobertas. Ele fechava os olhos com força, gritando coisas incompreensíveis. Por vezes conseguia distinguir meu nome entre as diversas palavras proferidas por ele, pedindo para que eu continuasse. O choque entre nossos quadris e os rangidos da cama, somados aos gemidos e gritos que saiam de nossos lábios, formavam uma melodia tão erótica e obscena que não me permitiam resistir à necessidade de colocar cada vez mais força.

Por mais incrível que pareça, ele era ainda mais gostoso que geleia.

- E-EU VOU... A-awn...

- N-não vai não... – Meu polegar o impedia de gozar e algumas lágrimas saíam de seus olhos arregalados, assim como seu corpo se cobria de espasmos incontroláveis. Sua expressão desesperadora enquanto eu continuava a estoca-lo era, no mínimo, divertida. Os rostos que Near me mostrava, os quais ninguém mais teve o prazer de testemunhar, eram cheios de sentimento, que estiveram por tempo demais guardados em seu íntimo. – Diga!

- Bey... P-por favor...

Era bom tortura-lo. Mostrar quem realmente estava no comando. Dizer através de gestos que ele deveria fazer o que lhe fosse mandado, se não quisesse ser punido. Demonstrar o que aconteceria caso ele tornasse a me desobedecer.

- Que bundinha gostosa... – Meus olhos se fechavam de tanto prazer, enquanto minhas palavras , ditas ao pé do ouvido, atingiam-no como choques elétricos. – Você é uma delícia Nate...

- EU TE AMO!... AAH-H... – Ele ofegou, por fim.

Estimulando seu baixo ventre e liberando a passagem, ouvi Near arquejar em meus lábios, gozando abundantemente em minha mão, um filete de saliva escorrendo em seu queixo. Tendo finalmente o que eu tanto queria e sentindo aquela entrada tão estreita se comprimir bruscamente, acabei por me derramar dentro dele. Arfando, me retirei após alguns momentos de dentro do albino e o icei para cima da cama, na qual repousamos um ao lado do outro durante vários minutos, tentando conciliar aqueles tremores e as respirações alteradas.

- E-eu pensei... que fosse derreter. – Near comentou após algum tempo de silêncio. Olhei espantado para ele, que finalmente se deu conta do que dissera e desviou o olhar.

- Derreter, é? – Fiz com que olhasse para mim e capturei seus lábios entre os meus, percebendo o quanto eram doces. Ele começou a retirar minhas roupas e eu o observei, confuso.

Ele não quer fazer isso de novo né? Eu tô cansado pra caramba!

- Não quero ser o único a dormir sem roupas... – Me explicou.

Depois de ajuda-lo, ainda tive a cara de pau de pedir que o albino se sentasse de lado em meu colo, como se eu estivesse a embalar um bebê. Por mais incrível que pareça ele não protestou e se enroscou em meus braços com um sorriso, escondendo o rosto na curva do meu pescoço. Passava as mãos nos diversos cortes cicatrizados que se espalhavam por meu corpo, formando uma rede de letras ‘’N’’.

- Eu te amo, Near. Muito. – Observei seus lábios se erguerem levemente para cima, mas ele nada disse.

Por enquanto, era suficiente. Fazê-lo meu. Ouvi-lo dizer que me ama. E dormir ao seu lado.

Near... Você não sairá de perto de mim novamente.

 

 

*Mello*

Depois de separar na marra o L daquele de cabelos castanhos que eu me esqueci o nome, nós caminhamos MUITO até a central de operações da polícia inglesa no Egito, onde eles nos forneceram as coordenadas e os meios para atravessar as passagens secretas do local onde as tumbas foram saqueadas. Pelo que nos disseram os caras lá em baixo eram mesmo IMPORTANTES, já que estavam dando um puto de um trabalho mesmo depois de mortos.

Encher o saco das pessoas, mesmo depois de estar a sete palmos embaixo da terra... ISSO sim é interessante.

Mas enfim, nós caminhamos outra vez e meus pés já estavam me mandando para aquele lindo lugar quando finalmente chegamos em nosso destino. Uma ENORME pirâmide se erguia diante de nós, sem brincadeira, o negócio devia ter uns 100 metros de altura! Era perfeita em cada detalhe, uma verdadeira obra prima! Nem sei quanto tempo fiquei encarando aquela maravilha, até que ouvi Matt me chamar com uma voz um pouco trêmula.

- M-mello... – Ele não me chamou de loira, Madonna ou afins... Que merda tá havendo aqui? – É meio alto lá em cima, né?

Hum, então a ruiva tem um puta medo de altura? Estou descobrindo muitas coisas interessantes hoje.

- É sim... Imagina o que aconteceria se acidentalmente alguém tropeçasse de lá de cima? Seria um estrago e tanto... – Matt engoliu em seco, praticamente se borrando de medo.

- N-não vamos ter que ir lá, né? Os túmulos ficam na parte inferior...

- Não, não vamos... – Ele respirava fundo, quando eu tive a brilhante ideia de assustá-lo. – Ei ruiva... Você já ouviu falar da Maldição do Faraó?

Ele ergueu os olhos verdes assustados para mim, tremendo como um bebê. Já havíamos entrado na construção e, portanto, os passos dos outros à nossa frente e a escuridão ao nosso redor contribuíram para tornar tudo mais aterrorizante.

- M-M-maldição do Faraó?

- Dizem que quem perturba o sono de um antigo faraó receberá uma terrível maldição... A vítima morrerá em breve, de causas aparentemente inexplicáveis!  

Vai, podem dizer. Eu sou uma bicha malvada mesmo.

- T-talvez... Nós devêssemos voltar? – Matt olhava para trás a toda momento.

- Não é necessário, são apenas lendas... – Eu me aproximei lentamente, para sussurrar em seu ouvido. – Você não está com medo... Está?

- MELLO! Chega de ficar assustando o Matt aí atrás. – L, seu chato!

- Argh, tá... – Revirando os olhos, continuei a andar pelo túnel, olhando de soslaio para Mail de vez em quando. Ele parecia aterrorizado.

E, depois de percorrer sei lá eu quantos túneis, passar por escadas, subidas, decidas, entrar em uma sala sem saída e ter de dar a volta, contar os ratos que corriam pelo chão e as aranhas que riam da nossa cara nos cantos, nós FINALMENTE chegamos na cripta com as tumbas roubadas. A cena era mais do que bizarra: havia uns 10 guardas, todos mortos, deitados dentro dos caixões que, na verdade, deveriam conter os corpos dos faraós.

Vocês conseguem imaginar o cheiro DELICIOSO que estava lá dentro, né?

- Quem quer que tenha feito isso, com certeza teve ajuda de alguém de dentro...  Se já é difícil entrar aqui sem ser esmagado por uma parede, imagina sair carregando 10 corpos por aí. – Isso aê Mello, mostra pro L que nem toda loira é burra.

Chupa Near.

- Isso é óbvio, Mello. – Nossa, na minha cara. – Senhor... – O moreno se direcionou para o cara que nos guiou ali dentro. (Ironicamente, era o mesmo tio de sandálias e terno que nós botamos pra correr.) – Saberia nos dizer se está faltando algum de seus homens aqui?

- Hum, agora que você comentou... – Ele andou pelo cômodo, tendo o cuidado de não se aproximar de mim. – Está faltando uns três subordinados, mas todos entregaram atestados médicos por e-mail.

Meu filho, hoje em dia até EU posso falsificar um atestado!

- Tá explicado...

- Não tão rápido, Mello... – L virou um super-herói agora, pra falar esse tipo de frase? – Vamos checar as tumbas antes de incriminar esses homens. Não sabemos se todos participaram do roubo...

E lá fomos nós fuçar nas tumbas, caçando provas como fios de cabelos, pegadas, pedaços de roupas e qualquer outra coisa que tenha sido deixada para trás. L e Raito usavam luzes e uma espécie de pó especial para encontrar digitais, analisando atentamente as superfícies dos objetos. Depois de procurar por algum tempo sem encontrar nada e ter meu pedido de usar aquelas coisas legais negado, me contentei em sentar ao lado de Mail, que encontrara uma rocha para se apoiar e tremer de medo sem que o incomodassem.

- Ei, Mello... É verdade aquilo que você falou?

- São histórias, Matt, você pode acreditar nelas ou não. Deixa de ser boiola.

Ele me olhou com aquela cara ‘’e quem é VOCÊ pra falar isso?’’. Como ele tinha um pouquinho de razão, achei melhor deixar quieto.

- OK, o que eu quis dizer... É que não precisa ficar assustado com isso... – Me ergui e sentei em seu colo, de frente para ele, envolvendo seu pescoço com os braços. – Eu vou te proteger.

Cara, vocês não fazem ideia do quanto ele deu risada. Falando sério, aquela gargalhada de pato ficou ecoando pelas paredes.

Mas eu nem me magoei, okay? Só estou com um cisco no olho.

- É mais fácil o Near me proteger do que você! – Ele limpava uma lágrima que escorria do olho, de tanto que rira. Eu esbocei a cara de maior indignação que pude, além de um bico enorme e manhoso.

- Se não quer que eu te proteja... Eu posso proteger o albino.

O ruivo parou de rir na hora. O que o bom e velho ciúme não faz.

- Nem pense nisso... – Ele me agarrou pela cintura, tomando meus lábios com voracidade.  Brincava com minha língua, chupando-a entre os lábios e rindo dos meus suspiros.

- R-RYUUZAKI! – A voz tosca do japonês ecoou e nós nos separamos contra a nossa vontade. Os outros funcionários (cerca de oito) nos olhavam surpresos e tentavam, sem sucesso, controlar as risadinhas.

Qual é o problema deles, nunca viram? Eu hein, não posso nem me esfregar no colo do meu namorado gay em paz... Povo estranho.

Mas enfim, nós nos levantamos e procuramos aqueles dois pela caverna parcialmente iluminada, até encontra-los no fundo de uma salinha um tanto escondida, de uns nove metros quadrados. L pressionava o universitário contra a parede, atacando seu pescoço com chupões como se fosse um pedaço de carne (ou, no caso, de doce). Pela posição que seus braços estavam, ele parecia tocar o japonês... bem... naquele lugar.

VOCÊS ME ENTENDERAM! EU NÃO TÔ A FIM DE DESTRUIR A IMAGEM DO DETETIVE POLITICAMENTE CORRETO QUE EU VENEREI A VIDA TODA!

Nossa, bateu uma depressão agora...

- Muito bonito... – Matt os repreendeu, com uma sobrancelha erguida. Isso aí ruivo, mostra quem é o homem da história!

Não que ele seja o MEU homem... Nem que seja homem, pra falar a verdade...

- O que vocês querem? Não estão vendo que eu estou ocupado? – Estamos! E justamente por isso viemos te interromper, já que, TECNICAMENTE, deveríamos estar investigando!

Porém, apesar de toda a minha indignação, não tivemos muito tempo para reclamar com o moreno metido a seme ali. Uma série de trepidações foi ouvida acima de nós e algumas pequenas rochas começaram a cair na sala das tumbas, de onde nossos guias nos chamavam incessantemente. Um deles entrou ali e puxou Ryuuzaki pelo pulso com toda a força (já que o detetive era mais do que prioridade) e como o homem, diferentemente do moreno, era bombado pra caramba, L foi arrastado como uma pena pra fora dali. Matt saiu em seguida a toda velocidade e, quando eu estava prestes a segui-lo, alguma coisa agarrou a minha mão. Olhei para trás em pânico, vendo um sorriso assustador se espalhar pelos lábios do japonês. Seus olhos estavam arregalados, como um demente que acabou de fugir do manicômio.

- PATRICK!

Comecei a puxar com toda a força, mas exatamente neste momento uma pedra do tamanho de três Mellos caiu sobre a entrada daquela pequena salinha, bloqueando a nossa saída.

Eu sinceramente não sei o que é mais desesperador. Saber que estou trancado com um maníaco em uma sala minúscula ou pensar que a mão dele que está me agarrando pode ter tocado o Ryuuzaki em algum lugar.

QUE NOJO PORRA!



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