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História Wammy's boys - Capítulo três - Aceitando o inaceitável


Escrita por: Ciel-Lawliet

Notas do Autor


Terceiro capítulo ><

Capítulo 3 - Capítulo três - Aceitando o inaceitável


Fanfic / Fanfiction Wammy's boys - Capítulo três - Aceitando o inaceitável

~No capítulo anterior ~ 

Fiquei boiando nesses pensamentos retardados até pegar no sono. Antes de dormir, senti uma mãozinha me abraçando e vi uma cabeçinha branca apoiada no meu pescoço...

Será que foi só imaginação?

*Near*

Acordei com a estranha sensação de estar sendo observado. Abri rapidamente os olhos e percebi que estava sozinho na cama. Alguém estava sentado no chão me encarando e tentou disfarçar. Mas eu sei o que eu vi.

- Acordou bela adormecida? Você já perdeu o café, ta quase na hora do almoço.

Olhei pro relógio. Eram 11:45. Senti algo estranho na boca. Droga,será que eu...

- Você dormiu com o dedo na boca, sim. Quem diria né, o top da Wammy's, um chupador de dedo! O mundo precisa saber disso.

Escondi os olhos com a franja. Estavam ardendo muito e meu rosto estava molhado. Se eu falasse alguma coisa, minha voz iria me trair.

- Vai estar em todos os jornais: ''Chupinha, sucessor do grande L!'' Imagina que coméd.. Ah,qual é...

Ele viu. Com certeza ele me viu chorando.

- Ei. - A voz dele estava bem perto de mim.

Levantei os olhos. Mello me oferecia um boneco.

- Esse boneco é aquele que eu quebrei ontem. Mandei o Watari concertar pra você. Eu sei que é o único desse tipo que você tem. Sei também que é o seu favorito. Agora pega logo antes que eu mude de ideia.

Peguei o brinquedo com as mãos tremendo. Era verdade. Aquele era o meu favorito. Depois que o Mello quebrou, eu passei um tempão chorando sozinho.

Quando ele virou de costas pra mim eu o abracei pela cintura. Não sei por que eu fiz aquilo. É errado demonstrar minhas emoções em público. Mas me deu vontade, então eu o abracei com mais força. Ele ficou parado e em silêncio. Foi perfeito.

*Mello*

Ah...Que merda eu fui me meter. Fiz o moleque chorar. Ok, ponto positivo. Devolvi o boneco pra ele. Ponto negativo. Ele está me abraçando e eu não estou fazendo nada pra impedir. 348778754654 pontos negativos. Estamos com sérios problemas Mello.

- Vai brincar Near.

Finalmente a criatura me soltou. Ele sentou na cama de costas pra mim com o boneco nas mãos, limpando os olhos na manga do pijama.

- Obrigada pelo boneco.

- De nada. Da próxima vez eu não devolvo.

Ele riu. Cara, eu tenho que admitir, foi uma risadinha muito fofa. Tipo quando eu faço cócegas no Matt, com a diferença que nós não estamos nos espancando.

- Almoço! - Watari entrou trazendo dois pratos cheios de panquecas. Dessa vez nem me dei ao trabalho de tentar fugir. Até porquê eu nem queria... PERAI O QUE?

- Não vai comer, Mello?

- Que? Ah, não, eu já comi chocolate antes de você acordar. Pode comer o meu.

- Eu não disse que queria o seu...

- Eu sei que você quer.

Enquanto aquela criança era o exemplo da pureza, eu era o exemplo da maldade. Até com essas frases eu consegui pensar merda.

- Mello. Sabia que quando a gente pensa muito em alguma coisa é porque a gente realmente quer que aconteça?

CYBORG DESGRAÇADO ! FILHO DA MÃE LEITOR DE MENTES! NÃO ESTAMOS SEGUROS NEM DENTRO DAS NOSSAS CABEÇAS?

- Ta querendo dizer o que com isso, zumbi de túnica?

- Que você parece muito pensativo, só isso.

- Você está falando mais do que de costume.

- Mello, eu já terminei de comer, põe os pratos ali no chão que depois o Watari vem pegar.

- Não quero.

- Põe ali Mello.

- Não to a fim.

- O que te custa?

- Sei lá.

- Mello!

- Near!

- Para com isso. Põe ali, sério.

- Pede por favor.

- Por favor!

- Melhorou.

Rindo da cara do branquinho, coloquei os pratos no lugar. Ele sentou no chão e começou a montar um quebra-cabeça. Sentei do lado dele. Eu estava entediado.

- Mello, pode por favor parar de me cutucar?

- Não estou te cutucando. Meu dedo só está encostando no seu rosto.

- Para por favor.

- Não.

- Para.

- Me obrigue.

- Que inferno Mello, já pedi pra você parar!

Eu consegui! Fiz o cyborg demonstrar uma emoção! Ele olhou pra mim com a maior cara de demônio.

- Okay, parei. Mas Watari vai saber que você falou uma palavra feia.

- Inferno não é feio.

- É sim.

- Ta, agora me deixa em paz aqui por favor.

Eu corrompi o santo. Ele está lentamente passando pro lado do mal.

- MUAHAHAHAHAHA.

- Mello...?

- Ah, foi mal. Pode continuar aí.

Meu plano diabólico estava dando resultados. Agora era só pensar no próximo passo. Passei o resto da tarde olhando o albino montar uns 30 quebra-cabeças e tive uma ideia. Ta certo que eu queria fazer aquilo faz um tempo e como não tinha ninguém nos vigiando... Era a oportunidade perfeita,mas... Vamos Mello, ser mau requer alguns sacrifícios. Neste caso seria a minha sanidade. Mas o resultado valeria a pena. Near vai perder completamente a inocência.

- MUAHAHAHAHA.

- Já chega Mello, está realmente me assustando.

- Jantar! - Watari entrou trazendo algumas torradas e manteiga. Assim que ele saiu, deixei Near comer tudo sozinho.

- Estava gosto, Nate?

- Sim. Obrigada.

Que coisinha mais fofinha de educadinha meu deus!

...

MELLO O QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO?

* Ficha caindo*

O QUE? COMO ASSIM? IMPOSSÍVEL! ... 

Bom, negar não resolve a situação. Respira Mihael. 

De qualquer maneira, é hora de iniciar meu plano diabólico. Admito que eu também estava nervoso. Near estava sentado no chão de costas pra mim, montando seu 31º quebra-cabeça. Peguei ele no colo e sentei na cama.

- M-me solta Mello!

- Eu quero testar uma coisa.

Coloquei minha mão por dentro de sua camiseta. Ele deu um pulo violento. Foi muito engraçado.

- Tira a mão de mim...

Subi até meus dedos atingirem seu pescoço. Como eu pensava, ele tremeu e se arrepiou.

- Calma, Near. Nem fiz nada ainda...

Minha mão foi descendo, descendo, descendo até parar no elástico da calça de seu pijama.

- S-se...Vo-você...

- Particularmente eu adoro você gaguejando desse jeito, Near. Respira fundo, relaxa.

- S-se você fizer a-alguma coisa eu grito.

- Então grita. - sussurrei em seu ouvido. - Grita que eu quero ouvir, Nate.

Desci minha mão e comecei a massageá-lo. Será que eu estava pondo muita força? Era lindo ver aqueles olhinhos fechados com força e os dentinhos levemente serrados. Ele apertava meus joelhos com as mãozinhas.

- E então? Não vai gritar?

Ele mordia o lábio inferior com os dentinhos. Dava uns gemidinhos muito baixos.

- Awn...

- Não se controle, Nate.

Ouvi um barulho de chave. Soltei Near e me sentei do outro lado do quarto. Em dez segundos entrou um velho caquético chamado Watari, respirando como se tivesse corrido uma maratona.

- Near? Está...tudo bem?

Lógico que está tudo bem. Ele só teve uma vontade involuntária e espontânea de gemer enlouquecidamente. Afinal, quem nunca tem isso de vez em quando?

- Ele está ótimo Watari. E eu também estou, obrigada por perguntar.

- Eu tive uma...intuição. Tem certeza que está tudo bem mesmo, Near? 

Ele nem conseguia falar. Só balançou a cabeça pra cima e pra baixo em resposta. Acho que peguei pesado com ele. Afinal, é só uma criança.

- Tudo bem então. Se precisar de algo, é só gritar.

Assim que ele trancou a porta, Near virou de costas pra mim. Fui até ele e o olhei nos olhos.

- Você está bem?

- Estou.

-Tá doendo muito?

- Não. Estou ótimo. - Pela sua cara era óbvio que não estava.

- Vem, eu faço a dor passar...

- NÃO! EU JÁ DISSE QUE ESTOU BEM! - Ele começou a chorar muito. Que droga. Eu odiava aquele albino, mas me odiava ainda mais por tê-lo feito ficar triste. De novo.

Ouvi um barulho na porta. Watari entrou rapidamente, deixou uma bolsa de água quente (aquelas bolsas térmicas) no chão e saiu trancando a porta. Mais uma prova que cyborgs-leitores-de-mentes estão entre nós. Peguei a bolsa e coloquei em cima da cama. Me ajoelhei e olhei pra Near.

- Me desculpa Near. Eu prometo que nunca mais encosto em você se você não quiser. Só me deixa parar a dor agora e depois você pode me bater se quiser. Eu deixo você comer todas as minhas barras de chocolate. Olha pra mim e você vai saber que eu estou falando a verdade.

Ele me olhou, e nossos olhos cheios de lágrimas se encontraram. SIM, EU ESTAVA CHORANDO E FODA-SE A LÓGICA! Ele sentou na cama e olhou para a parede oposta. Eu interpretei aquilo com um sim. Peguei a bolsa de água quente e coloquei nas suas coxas. Ele fechou os olhos.

- Ta melhorando? - Abracei seus ombros.

- Aham.

Near ficou ali paradão por uma meia hora, até que abriu os olhos.

- Mello, eu estou com sono.

Tirei a bolsa dele e coloquei em cima de uma cadeira. Peguei Near no colo e comecei a embalar como um bebê. 

Porra, o que eu estou fazendo?

Ele me olhou. Estava muito corado.

- Olhar pra você te deixa com vergonha, né? Tudo bem, eu olho pro outro lado.

Virei o rosto e continuei balançando por uns dez minutos. Olhei discretamente. Ele já estava chupando o dedinho. O deitei na cama sem fazer barulho e pensei comigo mesmo: Quem foi o filho da mãe que jogou essa macumba pesada pra mim? Agora eu estou completamente apaixonado pela maldita albina...    

PERAI O QUE?


Notas Finais


Até o próximo!
Nome do próximo capítulo : Até tu, ruivo?!

O que acharam? ><


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