História WangXian - Em Família - Castigo

“Mestre Wei...!?” Ouyang Zizhen tomou coragem de chamar o seu mestre, que estava com seu cavalo ao lado de Lan WangJi, um pouco atrás dos cavalos que levavam os líderes Lan. Ele acabou se tornando o porta voz da curiosidade dos demais discípulos.

“Diga, Zizhen!” Wei WuXian direcionou seu olhar para o discípulo, diminuindo o ritmo de seu cavalo e deixando seu marido seguir um pouco mais à frente, já que sabia que os discípulos tinham medo de tocar em certos assuntos próximo ao cultivador-chefe, mas sabendo que Lan WangJi ouviria a tudo atentamente.

“O mestre sabe por que Nie Ziang não está voltando conosco para GusuLan? Ele saiu junto com a comitiva Nie e nem tivemos tempo de indagá-lo...” falou, sendo acompanhando de perto pelos demais juniores curiosos.

“Oh, sim... O Líder Nie quis levá-lo junto para QingheNie...” começou a explicar, acompanhando o ritmo dos cavalos dos juniores. “Vocês sabem que Nie Ziang é o único parente de sangue do Líder Nie, portanto é seu herdeiro direto e ele precisa estar preparado para assumir a sua seita caso aconteça algo ao Nie HuaiSang, de forma que ele achou que seu primo já havia aprendido o suficiente em GusuLan e precisava voltar para se inteirar mais sobre as questões administrativas de sua seita!” Contou, sabendo que esse não era o único motivo, mas que essa seria a justificativa oficial para seu retorno.

“Oh, nós havíamos mesmo notado que Nie Ziang estava um nível acima de nós...” Jin Chan, atento a conversa, comentou.

“Ele é dois ou três anos mais velho que vocês e é normal ele ter seu cultivo mais desenvolvido, mas logo vocês estarão no nível dele...” explicou.

“É muito triste saber que nossa turma contará com 3 membros a menos...” Lan SiZhui se lamentou.

“Não se preocupem! Eles ficarão bem e cada um seguirá seu destino! Em breve, vocês poderão reencontrá-los!” O mestre consolou a seus discípulos.

“Ainda não me conformo com o que aconteceu... como Li Feng e Ru Liu...?” antes que Lan JingYi terminasse de falar, foi interrompido.

“Não devemos ficar nos recordando dos erros cometidos, eles servem para refletirmos em nosso íntimo e não em voz alta!” Wei WuXian falou, querendo por um ponto final no assunto e assim não irritar a seu marido que seguia poucos passos à frente.

“Mestre Wei, o que ainda iremos aprender nas próximas aulas?” Yan Zihao perguntou, já direcionando para outro assunto.

“Acho que vocês já estão preparados para as caçadas e lutas que terão pela frente, mas precisamos aprender um pouco mais sobre investigação!” Explicou. “Aliás, nossas aulas já estão prestes a acabar e eu farei uma carta de recomendação juntamente com HanGuang-Jun e os líderes Lan dizendo que vocês todos já podem ascender de nível, deixando de serem juniores para serem reconhecidos como mestres!” Falou, vendo os brilhos nos olhos de seus discípulos.

“Finalmente!” Ouyang Da exclamou, querendo logo se livrar das milhares de regras que o limitavam em GusuLan.

“Ah, eu não queria que as palestras do meu tio acabassem...” Jin Ling protestou, fechando a expressão e fazendo bico.

“A-Ling, não fique chateado, afinal, você está dando muito orgulho a seu tio Jiang Cheng e a mim!” Wei WuXian o consolou, sabendo que apesar de ser dos mais jovens, seu sobrinho estava entre os mais fortes e habilidosos.

“Mas eu queria ficar mais tempo em GusuLan e se eu voltar a LanlingJin, vou ter que fazer aquelas coisas chatas de administrar a seita e dar ordens...” continuava desanimado.

“Você pode renunciar e me nomear como novo líder!” Jin Chan sugeriu.

“Nem pense nisso! Aliás, você nem é o primeiro na linha de sucessão!” Jin Ling reclamou, lembrando-se dos demais primos de segundo e terceiro graus que ele possuía.

“Vou sentir falta das palestras do nosso mestre...” Ouyang Zizhen resmungou, com a face entristecida.

“Vocês são jovens ainda e nos encontraremos muito, seja em GusuLan, nas suas seitas, nas conferências de cultivo ou nas caçadas que participarmos!” Wei WuXian sorriu, alegre em ver como seus discípulos eram a melhor geração de cultivadores que ele já viu. Tinha grandes expectativas sobre eles, porém acreditava que muito em breve, eles deveriam seguir seu aperfeiçoamento por seus próprios caminhos.  

Quando chegaram em GusuLan, cansados da viagem, ganharam o dia de folga antes de prosseguirem para a conclusão de suas aulas. Na manhã seguinte, quando deviam se apresentar pontualmente após o desjejum na sala de aula, Wei WuXian notou a ausência de alguns juniores.

“Jin Ling, onde está seu primo?” Perguntou.

Jin Ling sabia que não podia mentir no Recanto das Nuvens, ainda mais para seu tio e mestre, mas falar estritamente a verdade não seria aconselhável.

“Não consegui fazê-lo acordar na hora, tio Wei...” resmungou, temeroso.

O tom de voz usado já foi o suficiente para aumentar as suspeitas do patriarca.

“Zizhen, e seu primo?” Indagou.

“Eu... eu não o vi pela manhã, quando acordei...” respondeu, nitidamente nervoso.

Mais alguns discípulos faltavam e a troca de olhares receosos entre os presentes era nítido à percepção do mestre.

“SiZhui, JingYi, vão procurá-los! Se o Grande Mestre encontrá-los antes de mim, não permitirá que eles compareçam à aula de hoje!” Ordenou e foi imediatamente atendido, mas antes que os juniores Lan saíssem porta a fora, o grupo de cerca de oito discípulos externos entrou apressadamente na sala.

“Mestre Wei...!” Todos reverenciaram ao patriarca, mas antes de seguirem para seus lugares, foram interrompidos.

“A que devemos o atraso?” Perguntou, notando o leve odor que exalavam e percebendo que alguns nem mesmo tiveram tempo de arrumar corretamente seus cabelos, o que feria a etiqueta Lan.

“Nós... nós...” Ouyang Da tentou se justificar, mas as regras Lan estavam martelando em sua cabeça e quebrar mais uma era algo que só aumentaria ainda mais o tamanho da punição que eles estavam esperando.

“Não precisam falar! Voltem para a residência dos juniores e não saiam de lá sem estarem devidamente postos! Quero 20 cópias de cada um da sessão de proibições de GusuLan para ainda hoje!” Mandou.

“Sim, mestre...!” Todos responderam e fizeram um movimento para se retirarem, quando mais uma vez, o patriarca os chamou, já do lado de fora da sala.

“Esperem!” Exclamou, fazendo os juniores paralisarem, temerosos de mais uma punição. “Da próxima vez que trazerem licor e livros proibidos em GusuLan, certifiquem-se de não deixarem vestígios e nem levantarem suspeitas!” Circulou ao grupo, sentindo o odor de álcool que exalavam e sabendo muito bem o que deveria ter acontecido nessa pequena farra noturna que fizeram.

Nenhum dos discípulos teve coragem de responder a seu mestre. Trazer licor para o Recanto das Nuvens foi uma ideia coletiva, sem falar nos livros comprados secretamente, mas que alguns juniores se recusaram a participar. Beber no Píer Lótus também estava fora de cogitação, já que todos temiam amargamente Zidian, mas acharam que poderiam fazer isso às escondidas em GusuLan. Ledo engano.

“A sorte de vocês é que eu fui o primeiro mestre a encontrá-los! Não quero nem dizer qual seria a punição lhes dada pelo Grande Mestre...” os olhava fixamente. “Infelizmente, não poderei esconder esse fato de HanGuang-Jun...”

Todos os juniores sentiram um arrepio percorrer seus corpos ainda cansados e sofridos de ressaca. Não era mistério que Wei WuXian não tinha segredos para com o Cultivador-Chefe, mas também sabiam que este era extremamente rígido e boatos corriam de que até ele havia sido punido na adolescência por causa de estripulias do próprio patriarca.

“Mas eu, como mestre de vocês também falhei, não lhes orientando corretamente quanto as regras e punições e não percebendo que trouxeram itens proibidos para GusuLan, portanto, me resignarei diante de minha punição!” Falava seriamente.

“Não, Mestre Wei! A culpa é toda nossa!” Ouyang Da exclamou, arrependido de tal ideia que ele e seus colegas tiveram.

“Mestre, nós assumimos nossa culpa diante de HanGuan-Jun e do Grande Mestre, mas por favor, não seja punido por nossa causa!” Jin Chan suplicou.

Wei WuXian estava usando o máximo de suas forças para controlar o riso diante do desespero dos jovens, mas internamente, ria-se do pânico que provocou nos seus discípulos.

“Eu devo ser um mestre exemplar e resignar-me. Serei forte diante de minha punição e não pedirei por misericórdia! Agora vão, antes que o Grande Mestre os veja!” E os dispensou, entrando novamente em sua sala, onde os demais discípulos os esperavam.

Sem escolha, o grupo do lado de fora seguiu as orientações dadas. Para todos os efeitos, foram punidos pelo atraso na aula matinal, mas naquela noite, Wei WuXian teria uma confissão a fazer.

“Lan Zhan...” o patriarca o aguardava ansiosamente no Jingshi.

“...” Lan WangJi observou o ar de mistério com as poucas velas acesas no ambiente e o sorriso maroto de seu amado, que aproximou-se lentamente, mas para a suspensa do Cultivador-Chefe, seu marido caiu de joelhos assim que chegou a sua frente.

“Mestre, Sênior HanGuang-Jun, eu falhei e mereço uma punição adequada!” Falou, encarando as íris âmbar de seu amado. “Eu não mereço ser chamado de mestre de GusuLan, não mereço os discípulos que tenho...” começou seu repertório novo de insinuações.

“Wei Ying...” Lan WangJi não estava compreendendo o que estava acontecendo, ajoelhando-se juntamente a seu amado, em completa confusão.

“Meus juniores falharam e eu acobertei seu erro, os orientando para que o Grande Mestre não os descobrisse. Eu mereço ser punido! Por favor, me castigue, poderoso HanGuang-Jun!”

Seria sofrível se não fosse até mesmo cômico.

Lan WangJi percebeu de que se tratava e logo começou a formular a punição para seu amado.

“Oh, Grande HanGuang-Jun, diga-me qual será minha punição? Será que serei chicoteado? Ou serei amarrado por dias? Serei eu torturado pelo Cultivador-Chefe?” Insinuava.

Lan WangJi estava sentindo seu íntimo se aquecer diante das sugestões de seu amado e com suas mãos ágeis, retirou a própria fita de sua cabeça e segurou as mãos do patriarca atrás de seu corpo, o amarrando e deixando-o incapaz de soltar-se sozinho.

Um sorriso maldoso de formou entre os lábios do mestre insolente e depois que estava com os pulsos bem amarrados, inclinou levemente o corpo para frente.

“Deixe-me agradá-lo, HanGuang-Jun! Talvez assim minha punição não seja tão severa...” insinuou, vendo seu amado retirando o cinto que prendia suas vestes.

Imediatamente, Wei WuXian levou sua boca ao falo já duro de seu marido, o envolvendo em sua língua e seus lábios. Única forma de ver o patriarca em silêncio e ele adorava manter-se ocupado dessa forma.

Lan WangJi se deleitava com a sensação de poder e dominação que sentia ao ver seu amado o dando prazer e ainda mais quando este estava amarrado, impossibilitado de tocá-lo com as mãos. As sensações mais impuras tomavam todo o ser do Cultivador-Chefe, que estava chegando no limite de sua sanidade enquanto Wei WuXian subia e descia, engolindo todo o membro do marido, deixando-o bem úmido com sua saliva. E ele não aguentou mais...

Em um movimento rápido, Lan WangJi pegou seu amante desavergonhado em seu colo e o levou até a cama em que dividiam e retirou a parte de baixo da roupa que envolvia a pele do patriarca. Sem demora, forçou seu membro, fazendo-o invadir o interior quente e apertado de seu amado, observando a posição em que ele estava, de joelhos sobre a cama e com o tronco inclinado para a frente, tendo as mãos ainda atadas as costas, sem possibilidade de fuga.

“HanGuang-Jun... Er-Gege...” Wei WuXian até mesmo se esqueceu dos motivos que o levaram a essa situação, apenas sentindo o ímpeto do marido o tomando sem a mínima piedade.

Lan WangJi finalmente soltou a fita que estava prendendo seu amado, liberando seus braços, mas já pronto para acariciá-la ainda mais. Puxou o tronco do marido para si, levando as suas mãos às mãos do seu amado e juntos, acariciaram o membro quente e duro do patriarca.

“Ah... Lan Er-Gege, isso não é um castigo... é um benefício...” resmungou, entre gemidos, percebendo que seu gozo se aproximava e bem ciente de que este seria apenas o primeiro.

Enquanto a mão direita de Lan WangJi alternava em carícias entre um mamilo e outro do amado, a outra acariciava seu membro rijo, sem deixar de estocar, revezando entre estocadas fortes e suaves, mas o que mais o deixava excitado nesse momento era ver o seu amante se tocando, acelerando os movimentos e prestes a explodir em prazer.

“Lan Zhannnnn...” gemeu com a voz manhosa, sentindo os espasmos intensos de prazer e seu Er-Gege não perdeu a oportunidade de lambuzar seus dedos com o liquido branco e viscoso.

Assim que o ar voltou aos pulmões do patriarca, ele abriu os olhos, vendo a palma da mão do Cultivador-Chefe toda envolta em seu gozo sendo levada a boca de seu amado.

Aquela cena era mais excitante ainda aos olhos do patriarca. Ver seu amado lambendo sua própria mão onde estava seu gozo e ainda o encarando com suas íris âmbar fez esse pobre patriarca perder a razão de vez.

“Lan Er-Gege, assim eu não resisto...” O patriarca começou a mover seu quadril em contato com o falo do amado, em movimentos circulares, quase se desconectando e depois arremetendo com força até os limites de seus corpos.

Lan WangJi espalmou sua mão sobre o abdômen de seu amado e o forçou para frente, fazendo com que ambos deitassem sobre o colchão e dessa vez ele não iria diminuir o ritmo.

“Lan Zhan, eu sou digno dessa punição... não tenha dó, esse pobre mestre merece... ahhh...” quanto mais falava, mais os movimentos de seu marido se intensificavam e em uma explosão de luxúria e êxtase, o Cultivador-Chefe deixou seu gozo invadir o interior do seu amado patriarca.

“Lan Zhan...” Wei WuXian falou assim que conseguiu recuperar o fôlego, mas seu amado não queria sair de cima do corpo quente e suado do patriarca. “Você vai passar a noite toda me castigando? Será que eu suportarei?” Esfregou lentamente seu quadril no falo do marido enquanto sentia seus lábios beijando  a pele de suas costas e sua língua fazendo um traçado lento.

A noite estava apenas no começo.

No dia seguinte, todos os juniores chegaram pontualmente a sala de aula, mas antes de entrarem porta a dentro, pararam diante da imagem de seu mestre chegando junto ao Cultivador-Chefe.

“...” Lan WangJi deu um olhar mortal para os juniores que ele suspeitava que eram os infratores, mas não falou nada, apenas lembrando-se da época em que ele e seu marido foram castigados frente à Lan QiRen.

As bochechas vermelhas entregavam quais eram os discípulos que haviam cometido a infração, mas a noite de castigo do patriarca já havia pago por eles sua dívida.

Lan WangJi passou por entre os discípulos em sua postura sempre rígida e fria, deixando para trás um mestre satisfeito com a punição que recebera e jovens aliviados por não receberem mais um castigo, dessa vez do próprio Cultivador-Chefe.