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História Was dead all the time - Parte V


Escrita por: UliEvee

Capítulo 5 - Parte V


No opúsculo do dia seguinte, Yoongi acomodou-se na poltrona vazia do escritório de Namjoon. Havia fotos do corpo da vítima espalhadas pelo painel investigativo. E pelo que a linha se seguia, estavam próximos de descobrirem quem era o assassino. Um suspiro pesado escapou de seus lábios, afinal, estava cansado de ouvir depoimentos de testemunhas e revisitando os lugares que supostamente a vítima havia visitado antes de morrer.

Prontamente, Namjoon passou pela porta, pousando as mãos sobre a mesa e imediatamente, as espalmou, grunhindo de raiva.

— Merda, merda, merda! – reverberou os xingamentos, passando as mãos pelos cabelos. Em seguida, seu assistente adentrou com um documento em mãos, bastante apressado.

— Sr. Kim? – disse ele. – Acabamos de receber a ligação do Sr. Jung. E o chefe pediu para que o senhor encerrasse o caso.

— O que? – Yoongi ficou de pé. Estava tentando ligar para ele desde aquela manhã e só agora ele resolveu se manifestar?

— Como assim?

— Uma equipe de ronda da polícia encontrou o Sr. Jung hoje de madrugada, por volta das duas e meia. – explicou. – Um dos policiais entrou em contato conosco, informando que o investigador Jung Hoseok foi encontrado com o suspeito, na rodovia principal que vai para Daegu. Foi informado que o suspeito era Kim Seokjin, e que ele era o autor do crime que assassinou o investigador Min Yoongi.

Em resposta, Yoongi franziu o cenho e Namjoon imediatamente instruía ao policial para que enviasse as unidades táticas ao local o mais rápido possível. Aquilo só podia ser um mal-entendido. Ele estava vivo. E estava bem ali. Então, como poderia estar morto? O moreno se apressou em seguir o chefe de investigador até o carro e entrou no veículo, que disparou pelas ruas pouco movimentadas naquela manhã até parar diante do cerco que interditava o trajeto.

Yoongi foi o primeiro a descer, passando pelos policiais, avistando um carro preto e um súbito flash de luz apareceu em sua cabeça, fazendo cambalear tonto, antes de voltar a caminhar em direção ao marido que estava sentado no meio da rua. Já tinha visto aquele carro na noite que esteve fazendo ronda e que supostamente coincidia com a ligação que havia feito ao outro.

Eles planejavam alguma coisa, mas Yoongi, por alguma razão, não sabia exatamente o que era.

E então, o moreno avistou o corpo, ao se aproximar e arfou ao reconhecer o cadáver parado diante de si. Já tinha visto aquele homem. Não se apresentou a princípio, mas lhe pediu algumas informações, antes de ser surpreendido por trás com um enforcamento por um fio de metal. As lembranças, junto com a sensação, vieram como múltiplas ondas em sua mente, afogando-o nas ultimas recordações que tinha na noite em que foi assassinado.

— Que tal o Canadá? – sugeriu, ao telefone, ouvindo a risada gostosa na outra linha. – O que foi?

— Não acha que é tão longe assim? – riu Hoseok, lhe arrancando um sorriso apaixonado. – Por que não um lugar mais perto?

— Mas nós já fomos aos principais lugares do nosso país. – suspirou. – Pensei em lugares um pouco... mais afastado?

— Que fica praticamente do outro lado do mundo, Yoongi! – enfatizou, gargalhando.

— Nem tanto, se você for pelo oceano. – justificou.

— E por que a necessidade de ficarmos longe de todo mundo?

— Talvez... – e Yoongi desviou os olhos para o carro que se aproximava devagar. – Para que os seus sobrinhos postiços não venham nos incomodar enquanto eu me afundo em você?

— Minha nossa... – gargalhou.

— De qualquer forma, repense na ideia, ok?

— Mas precisa ser o Canadá?

— Podemos ir para o Brasil, também. Afinal, você disse que sempre quis ir para lá.

— Na verdade, eu disse aquilo, mas na verdade, não importa tanto. – esclareceu. – Se eu estiver com você, o local é o menor dos problemas.

— E é por esse motivo que eu sou o homem casado mais sortudo do mundo. – declarou Yoongi, orgulho de si, ouvindo a risada do amado. – Hobi, eu vou precisar desligar. Tenho trabalhado a fazer.

— Tudo bem. Nos falamos de manhã.

— E é bom você estar acordado. Eu não queria fazer amor com um cadáver quando chegar em casa. – e desligou, sem esperar alguma resposta.

Os momentos seguintes se resumiam a Yoongi falando com o suspeito e por alguma razão, passou a perder o fôlego, enquanto relutava com a linha metálica que cercava seu pescoço. O investigador somente voltou a acordar na manhã seguinte, por causa de um chamado da polícia pela rádio da polícia, sem entender o que houve consigo ou mesmo naquela noite.

E agora, se encontrava diante do suspeito assassinado por seu marido, enquanto Hoseok segurava seu coração com uma faca cravada nele. As lágrimas que escorriam de seu rosto se misturavam ao sangue que manchava sua pele e suas roupas simbolizavam todo o alívio da vingança cumprida. Na outra mão, havia uma foto polaroide dele com Yoongi, que tiraram diante a Torre Namsan, antes de um suspiro deixar seus lábios.

— Jung Hoseok! Coloque suas mãos onde eu possa ver! – ordenou Namjoon, enquanto um corpo policial apontava armas para ele.

— Yoongi... – sussurrou Hoseok, fazendo o outro o olhar. – Hana me contou que você estava sempre ao meu lado. Eu não sabia, mas... Hana conseguia ver você.

— Hoseok...

— Ela sabia que você... Não estava mais aqui. Não neste mundo.

— Hobi...

— Mas se você estiver aqui, ao meu lado, eu quero que saiba que eu ainda amo você. – e soluçou. – Apesar... Apesar do que esse canalha lhe fez. E eu jurei... Jurei para mim mesmo que eu o faria sentir a mesma coisa.

Yoongi engoliu em seco e levantou os olhos para a figura masculina ao lado do cadáver. Além dele, seu assassino também estava morto. O homem tentava tudo o que podia para atingir Hoseok, esbofeteando ou mesmo lhe chutando, mas não lhe causava absolutamente nada. E então, ele desviou os olhos para as próprias mãos. Se Seokjin não conseguia tocá-lo, como ele conseguia?

— Sr. Jung, o senhor está sendo detido. – declarou Namjoon, parando atrás dele. – Coloque o coração no chão e levante-se. – e Hoseok lhe obedeceu. – Coloque as mãos atrás da cabeça e...

E enquanto Namjoon prosseguia com a abordagem padrão, Yoongi notava que, aos poucos, seu corpo assumia um brilho intenso, enquanto o corpo de Seokjin escurecia na mesma intensidade, desaparecendo diante de seus olhos. Mas antes que pudesse desaparecer, o investigador murmurou:

— Eu ainda amo você, Hobi.

Namjoon algemou Hoseok, o afastando do local do crime, mas parou de súbito quando uma brisa subitamente congelante passou por eles, fazendo-o tremer, ao que o outro piscou algumas vezes, derramando algumas lágrimas silenciosas. Afinal, ele havia ouvido a última despedida do amado... pela última vez.



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