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História We accept the love We think deserve (Imagine - Hendery) - Hendery, eu te amo


Escrita por: snjjvjj

Notas do Autor


Oiii, como vocês estão? Espero que bem!
Espero que gostem, mais um declaraçãozinha pra aquecer nossos corações!

Desculpem qualquer erro e até o próximo, beijinhos

Capítulo 10 - Hendery, eu te amo


Fanfic / Fanfiction We accept the love We think deserve (Imagine - Hendery) - Hendery, eu te amo

 - Aconteceu alguma coisa? - minha mãe perguntou naquele dia e minha vontade era de gritar um enorme SIIIM, mas não era sobre o beijo que eu queria falar com ela. Ok, eu poderia até contar depois, mas agora eu trataria de outro assunto. 

- O Hendery... está quase descobrindo algo sobre o carro da minha irmã. - eu disse e a expressão da minha mãe mudou imediatamente. 

- Como assim? - ela perguntou me olhando fixamente. 

- Ele acha que pode ser alguma coisa na direção e não por culpa minha como vocês pensam. - eu disse e ela suspirou e se aproximou de mim. 

- Eu nunca disse que foi culpa sua meu amor, não concordo nem um pouco com as coisas que seu pai diz. - ela me olhou nos olhos e eu senti uma enorme vontade de chorar, mas segurei o tempo todo. - Você está bem em saber dessas coisas? Como que foi? Você vai ver o carro?

- Sim, eu prefiro saber e não... não acho que eu vá ver o carro. - eu disse, mesmo sabendo que aquilo poderia fazer parte do meu processo de "libertação". Assim como eu ia na ponte em que aconteceu o acidente me fazia muito bem, no fundo eu acreditava que ver o carro me livraria de um enorme peso. Mas eu não estava nada preparada. 

Setembro foi uma mistura de emoções, foi uma agitação total, mas foi um bom mês, principalmente o final desse mês. O dia do aniversário de Hendery vai ficar sempre gravado em meu coração. A felicidade em vê-lo feliz, a nossa simples comemoração e o beijo no final de tudo, passei noites e noites me lembrando daquilo e toda vez o meu corpo todo se arrepiava. Eu não me imaginava no estado que eu estava, era difícil até comparar quem eu estava sendo agora e quem eu era no início deste mesmo ano. Me fazia pensar do quão importante uma pessoa é na vida da outra, logo eu pensava no tempo que gastei sendo uma verdadeira otária com o menino que transformou minha vida numa verdadeira alegria. Me forcei a não me torturar no passado e aproveitar o máximo o meu novo eu do presente. 

Mesmo depois do beijo, nós permanecemos iguais. OK, na primeira semana foi bem difícil e constrangedor, mas logo passou. Não que esquecemos, só entendemos que não podíamos ficar iguais dois idiotas por ai, tudo que um falava o outro concordava com timidez ou quando os olhares se encontravam os dois pareciam que estavam nus um na frente do outro. "Nós somos muito maduros", pensei comigo mesma enquanto via Hendery dançando igual um idiota com uns meninos da nossa sala. Eu gosto desse lado dele, alguns podem olhar como imaturidade, mas eu vejo de outra forma, eu queria ser segura comigo mesma ao ponto de saber que eu posso zoar da forma que eu quiser e mesmo assim ser levada a sério, ou que eu sou livre pra me expressar da forma que eu quiser, ele é isso. Alegria, expressão, cuidado, zoação... 

Por causa das aulas, Hendery não tinha muito tempo para ficar indo ver o carro, mas ele sempre tinha algo para contar, e a novidade era que ele queria me levar lá para ver, assim como eu tinha imaginado que um dia ele me chamaria, mas eu sabia que eu não estaria pronta. NÃO, foi a primeira resposta. E a segunda, terceira, quarta e quinta também. Ele tentou me convencer de várias formas: fingindo estar bravo, fingindo chorar, contando uma historinha, fazendo uma música e me prometendo coisas, mas minha resposta não mudou em nenhuma das vezes, ele só me fez achá-lo ainda mais fofo. Porém, ele ficou realmente desapontado com aquilo, ele pedia desculpar por forçar tanto assim, mas que era porque ele queria passar por esse momento comigo também. 

- Como assim? - perguntei. 

- Eu pesquisei formas de se livrar da culpa e achei várias coisas e em um site encontrei um cara que passou por algo parecido com o que você passou. Quer dizer, a mãe dele morreu mas não em um acidente, enfim... ele se culpava muito e uma das formas que ele encontrou de se livrar da culpa, foi indo ao local e refletindo ali. Ele disse que fez bem pra ele e foi melhor ainda por que ele tinha alguém ao lado dele para compartilhar as dores e então eu achei que isso seria bom pra você também. Eu estar lá se você quiser chorar ou só alguém para abraçar, além de se desfazer por completo do carro... 

- Você quer dizer... destruir ele? - perguntei e ele confirmou com a cabeça. 

- Eu não faço ideia do motivo deles não terem feito isso ainda, geralmente, quando os donos ou a família do dono do carro não toma nenhuma posição em relação a ele, eles destroem... mas já que não fizeram isso, você pode fazer e usar o carro como se fosse a culpa que colocaram em cima de você e...

Eu o abracei com tanta força que pude sentir os ossos deles estralando. Mas ele retribuiu o abraço. Eu prometi que iria pensar sobre isso tudo, mas ele ganhou no momento que começou a falar sobre isso de um jeito fofo, eu só estava tentando me fazer de durona. O jeito que ele estava se empenhando para me ver bem era realmente muito bom; os dias se passaram e ele sempre me lembrava de pensar sobre ir ou não, eu enrolei o tanto que consegui, ou seja, dois dias. 

Era sábado ás 21 horas, decidi que iria depois que passamos o dia inteiro andando pra lá e pra cá e comendo bastante. Eu estava crente de que ele recusaria por causa da hora, mas assim que eu disse que iria com ele, Hendery se levantou da mesa em que estávamos tomando nosso milk shake e me puxou para fora dali. Ele queria pegar o carro do pai emprestado, mas eu achei melhor não, já que ele tinha dito que não era tão longe assim, preferi ir a pé. Pedi que durante o caminho, Hendery fosse me preparando para o que eu iria ver já que eu não sabia nem um pouco do estado do carro, ele dizia que era impressionante como o meu lado estava intacto e disse que eu me surpreenderia. Eu não sei se eu ficava bem ou mal com aquela notícia. 

- Não acredito. - eu disse ao chegarmos em frente ao pátio onde ficavam os carros que sofriam acidentes. Estava tudo escuro e fechado. Olhei para Hendery e ele estava bem desapontado, mas não disse nada, parecia pensar em um jeito de entrar mesmo assim. - Vamos voltar na segunda mais cedo, eu até perco aula se você quiser... 

- Não, tem um jeito. - ele disse pensativo e me puxou pelo pulso. Ao lado daquele pátio havia muito mato e árvores, mas nada de difícil acesso. Nós estramos no meio daquele mato todo e ali Hendery me mostrou um enorme buraco na grade que envolvia o pátio. 

- Como você sabia disso? - perguntei a ele. 

- Eu vi por acaso uma vez que eu vim aqui com o meu pai. - ele disse e deu espaço para que eu passasse.

- Hendery... - eu recuei. 

- O que foi? - ele perguntou preocupado. 

- Você sabe que a gente está entrando no pátio da polícia, não sabe? - perguntei a ele e ele confirmou com a cabeça como se não fosse nada demais. - Se eu for presa, eu mato você. 

- Entra logo! - ele disse sorrindo. 

O lugar estava escuro, sendo iluminado apenas pela luz do luar, vários carros de todos os tipos e em vários estados enchiam aquele lugar. O chão de terra e o cheiro de coisa velha e enferrujada me faziam sentir como se estivéssemos em um filme. O silêncio era amedrontador, não seria se não estivéssemos fazendo algo errado. Hendery andava com confiança e parecendo já ter feito isso antes. Ele sabia exatamente onde estava o carro e me guiou diretamente para lá, eu ficava nervosa a cada passo, como se eu sentisse que estava me aproximando do carro e minha intuição não estava errada. Ali estava ele. Separado dos outros, não muito distante de onde entramos. Senti meu coração acelerar como se eu estivesse correndo em um maratona, mas no fundo, eu senti o que Hendery tinha me dito... um estranho alívio. 

O carro estava perfeito no lado do carona, tirando pelo vidro trincado, mas o lado do motorista estava sem a porta, muito amassado e sem o pneu da frente. O banco já não estava ali, era realmente difícil de acreditar no que meus olhos viam. Um milagre aconteceu ali e eu vivo com esse milagre dia após dia, que sou eu mesma. Infelizmente minha irmã não está mais aqui comigo, infelizmente eu tenho que enfrentar isso sem ela, mas não sozinha. Hendery me abraçou de lado enquanto olhávamos o carro e eu me senti ainda mais aliviada e as lágrimas começaram a rolar em silêncio. Eu não tinha o que fazer com aquele carro, da distância que eu estava já era o suficiente. 

- Você conseguiu entender do que eu estava falando? - perguntou Hendery e eu me mantive quieta. - Eu sei que você melhorou bastante, você sorri muito mais, você sai de casa e se encontra com amigos, mas não se como você é quando não tem ninguém por perto... eu só queria te trazer aqui para que você olhasse para você com mais importância. Existem muitas formas de morte, você pode tropeçar, cair e bater a cabeça no chão e morrer, você pode ser atropelada mesmo atravessando na faixa, você pode pegar alguma virose ou doença do nada, seu corpo pode não responder legal a algo que você comeu ou até se entalar com algo, mas olha bem pra esse carro... eu imagino que deve ser bem doloroso perder alguém tão próxima de você, mas chegou o momento para ela, entendeu? A vida é muito valiosa, Yumi. A sua vida é muito muito muito valiosa e eu, mesmo não tendo essa autoridade, te proíbo de continuar se afundando em tristeza e se culpando por qualquer coisa. Você vai ser muito feliz. 

- Hendery... - eu disse e me virei para olhar para ele, os meus já não conseguiam mais segurar o choro, minhas mãos suavam e meu coração pulsava forte. O frio na barriga sempre aparecia quando ele começava a falar sério, sem palhaçada e aquela foi a coisa mais linda que eu podia ouvir naquele momento e me pegou totalmente desprevenida, eu só pensava em uma coisa para dizer a ele e sem pensar muito eu disse: Eu te amo. 

Aquilo também o pegou desprevenido, pude ver suas bochechas rosarem mas ele manteve os olhos fixos nos meus, eu te amo é uma coisa muito forte e séria de se dizer, mas eu estava totalmente certa das minhas palavras e dos meus sentimentos e não me arrependo nem um pouco de dizer isso, se  precisar, direi novamente. Hendery acariciou o meu rosto com cuidado e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha, ele sorria levemente com os olhos marejados como os meus. Eu podia sentir sua respiração ofegante e seu rosto se aproximar do meu, nossas testas se juntaram e mesmo não sendo um lindo cenário, aquele foi um lindo momento. 

- Eu também te amo, Yumi. - ele disse e aí meu coração explodiu. Eu não sabia o que fazer, eu queria agarrar ele, mas manter aquele momento fofo me pareceu o ideal. Nossas testas unidas, os olhos fechados, as respirações se misturando, as mãos dadas, dedos entrelaçados, eu pude sentir os lábios de Hendery encostarem levemente nos meus, até que um apito soou e o latido de cachorro nos fez sair do nosso momento. Uma lanterna vinha há procura de algo, talvez uma vistoria de rotina mas o suficiente para me deixar paralisada, mas Hendery pensou mais rápido e me puxou correndo para trás de um carro mais alto, nos agachamos e esperamos que o policial fosse embora. O que eu não lembrava era que já estava tarde e eu não tinha avisado minha mãe de onde eu iria, foi nesse momento que meu celular começou a tocar e a lanterna veio em direção ao carro em que estávamos. Desesperadamente tirei o celular do bolso e o desliguei, mas o latido aumentou e pude ouvir a voz de um homem perguntando quem estava ali, Hendery queria me matar, com certeza, mesmo depois daquele lindo discurso eu tinha certeza que essa era a vontade dele. Esperamos por mais alguns segundos até que não tivemos mais opção a não ser correr. Cobrimos nossos rostos e corremos como se não houvesse amanhã, o cachorro preso na coleira puxava o policial em nossa direção que apitava como um comando para que parássemos, mas continuamos a correr, até sair pelo buraco na grade e corremos e corremos até chegar na minha rua, sem parar...


Notas Finais


O que acharam????


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