História We Belong - Chapter Thirty Two

Sexta-feira dia do jogo.

Eu estava suada e muito cansada o time contra quem estávamos jogando era realmente bom. As meninas não davam uma brecha e eu já havia tomado umas quinhentas faltas, mas me mantinha firme. A todo o momento eu corria meus olhos na arquibancada vendo minha namorada gritar feito uma doida assim como minhas amigas e minha família. Mas o meu olhar mesmo sempre parava sobre o olheiro de Stanford, eu estava tentando dar o melhor de mim.

Estávamos no segundo tempo e a gente perdia de 1x0. Droga nós não podíamos perder. Na lateral do campo eu via o quanto o treinador Park gritava.

Eu estava no meio do campo quando recebi a bola, passei por duas jogadoras e fiz uma tabela com a Laur. Eu estava praticamente na cara do gol e eu poderia fazê-lo, mas eu vi que a zagueira já estava vindo para me marcar, passei meus olhos rapidamente em volta e vi que a Laur havia se livrado da marcação então esperei a zagueira chegar e a cortei deixando o caminho livre para eu poder tocar para a Laur e eu o fiz, assim que toquei a Laur bateu de primeira fazendo a rede balançar. Corri indo abraça-la.

- Porque não chutou para o gol? – Me questionou.

- Porque você era a melhor opção.

- Obrigada, mas você deveria tentar impressionar o olheiro. – Falou séria.

- Não, eu quero ganhar e não o impressionar, se ele gostar de mim será assim.

- Quando é que ficou tão madura? – Dei de ombros.

- Ei Cyrus vem aqui. – O treinador Park me chamou.

- Oi treinador.

- Presta atenção estamos empatados e falta cinco minutos para o jogo acabar eu quero que você pegue essa bola e vá para a área sem passar para ninguém. – Franzi a testa sem entender o porquê daquilo.

- Mas treinador eu preciso das meninas para fazer o gol.

- Eu sei disso, mas você viu como a marcação em você é pesada? – Assenti. – Então faça isso que eu tenho certeza que elas vão tentar te parar e nada melhor que elas fazerem uma falta em você dentro da área que nos daria um pênalti.

Sorri largo com a ideia dele, essa seria a nossa oportunidade de virar o jogo. Como ele havia pedido eu retornei ao campo e sussurrei para Laur me passar à bola e que ela me acompanhasse caso eu perdesse para ela pelo menos tentar recupera-la.

Assim que eu recebi a bola saí em disparada para dentro da área, eu ia driblando todas as jogadoras que eu conseguia e assim que entrei na área a zagueira que mais me bateu no jogo estava ali e como o treinador disse ela veio para me parar. Ela me deu um carrinho fazendo com que meu corpo fosse para o alto girando e caísse contra o chão, ela sorriu largo para mim. Levantei-me e sorri mais ainda quando ouvi o apito do juiz indicando que havia sido pênalti.

- Toma acho que é mais do que merecido você bater o pênalti. – Kátia me entregou a bola sorrindo.

- Obrigada.

Peguei a bola e coloquei na marca do pênalti. Eu estava nervosa demais e com medo de errar, pois esse seria o último lance do jogo e estava em minhas mãos para gente ganhar. Respirei fundo e olhei para a arquibancada, minha namorada parecia que estava tendo um treco lá. Passei meus olhos por todos e eles pararam sobre o olheiro. Ele estava com a mesma postura desde o início. 

Tentei me esquecer disso e me concentrei no jogo eu encarava o gol tentando decidir aonde chutar. Então o apito soou e parece que tudo ficou em silêncio, eu não ouvia mais nada então respirei fundo e fui em direção à bola, bati de peito de pé e assim que chutei eu fechei meus olhos. Mas logo senti corpos se colidindo com o meu. Abri os mesmos e vi que a bola estava dentro do gol, eu havia chutado no meio e a goleira tinha caído para o lado esquerdo. Tínhamos ganhado meu Deus esse era uns dos jogos mais importante, pois como ganhamos a gente trazia para a escola o troféu, pois passamos a temporada inteira invictas. Esses jogos eram tipo campeonatos, mas não contava com um apesar de ter troféus.  

- Ganhamos porra nós ganhamos. – Eu gritava enquanto a Laur me carregava.

- Sim nós ganhamos, somos fodas demais.

Fomos para o vestiário tomar um banho rápido para podermos sair comemorar. Quando sai senti alguém puxar meu braço.

- Miley? Miley Cyrus certo? – Me virei para ver quem falava comigo e meu coração acelerou.

- S-sim sou e-eu mesma. – Gaguejei de nervosismo.

- Poderíamos conversar?

Apenas assenti e fui com o olheiro de Stanford para um pouco longe daquela gritaria. O encarei e esperei ele começar.

- Acho que você sabe quem eu sou certo? – Confirmei com a cabeça. – Eu me chamo Leonardo e Miley eu vou ser direto, eu gostei muito do que vi hoje e claro eu olhei seu histórico e estou impressionado, eu gostaria muito de ter você como uma de nossas alunas.

Arregalei meus olhos e abri a boca em estado de choque, ele me queria em Stanford? O quão maravilhoso isso era?

- E-eu minha nossa eu v-vou ter um treco! – Falei em desespero e o vi sorrir. – Isso seria incrível.

- Claro que você deve ter outras propostas, mas ficaria feliz que você fosse fazer uma visita ao nosso campus.

- Eu adoraria ir. – Eu estava extasiada.

- Certo fique com o meu cartão e quando você tiver um tempo me ligue que marcamos uma visita agora eu tenho que ir até mais senhorita Cyrus.

- Obrigada! – Apertei a mão dele e o vi indo embora.

Encarei o cartão e dei um grande sorriso, eu estava tão feliz com isso. Guardei o cartão no bolso da calça e quando ia sair senti um corpo colidindo com o meu.

- Parabéns amor você foi incrível. – Minha namorada beijava a minha bochecha enquanto me agarrava pelo pescoço

- Obrigada baixinha. – A segurei pela cintura e dei um selinho rápido nela.

- Parabéns Miles. - Sorri para Ally e a agradeci.

- O que acha de irmos à lanchonete do Toby comemorar? – Dinah perguntou animada.

- Vamos! – Falei sorrindo.

Estávamos todas sentadas na lanchonete, havíamos juntado várias mesas para que servisse todas nós. A lanchonete do Toby era o nosso ponto de encontro quase sempre, ele nos conhecia desde pequenas.

- E então eu vi o olheiro falando com você. – Laur sussurrou no meu ouvido.

- Ele disse que me queria em Stanford. – Sussurrei de volta, eu não queria que as meninas ainda soubessem.

- Isso é incrível Miley.

- Sim, mas ainda tenho que ver... – Fui interrompida por minha namorada.

- O que tanto vocês conversam aí em? – Ela perguntou curiosa.

- Nada amor. – Mordi seu lábio inferior para em seguida chupar o mesmo.

- Eca isso é tão nojento. – Vero disse nos fazendo rir.

- Para de ser chata Verônica. – Mostrei o dedo do meio para ela.

Logo nossos pedidos chegaram e nós começamos a comer ou pelo menos tentamos, pois, a gente não consiga parar de rir um minuto se quer.

- Eu vou ao banheiro e já volto. – Dei um selinho na Dems e me levantei.

Eu estava voltando para a mesa quando três meninas me pararam na porta do banheiro.

- Miley você foi tão maravilhosa no jogo. – Uma delas disse dando um grande sorriso.

- Obrigada eu acho. – Falei meio sem jeito.

- Você fica mais linda ainda sem jeito. – A outra disse e eu corei. - Droga se a Dems ver uma coisa dessas ela me capa.

- Sabe o que é, eu tenho que voltar para a mesa. – Desviei meu olhar para mesa e logo voltei a olha-las.

- Tudo bem Cyrus. – A garota que falou primeiro deu de ombros.

Assim que eu fui sair à garota que até agora não havia dito nada me deu um selinho, eu fiquei estática e pude senti-la ainda sorrindo sobre meus lábios.

- Mas que merda é essa?

Empurrei a menina e a vi saindo com as amigas, ótimo ela faz a merda e eu que vou pagar por isso.

- Amor não é nada do que você está pensando! - Tentei me explicar com a minha namorada que estava com os braços cruzados e soltando fogo pelos olhos.

- Miley como pode ser tão galinha? Sua cretina! – Disse irritada.

- Ei eu não fiz nada, essa menina é doida Dems foi ela que me deu um selinho. – Eu estava desesperada.

- E você ao invés de afasta-la ficou parada. – Se olhar matasse eu estava morta já.

- Amor eu fiquei chocada por isso não a afastei. – Toquei no braço dela.

- Não me chama de amor e nem me toca, sua galinha!

Deu-me as costas e foi na direção da porta para ir embora e eu fiquei só olhando.

- Acho que você devia ir atrás dela. – Ari me tirou do meu estado de transe.

- Por quê? Todo mundo viu que eu não tive culpa de nada!  - Falei fazendo birra.

- Deixa ela se acalmar Miles, você sabe elas são cheias de frescuras. – DJ revirou os olhos em sinal de tédio e acabou tomando um tapa da Ally.

- Se não for para dizer nada que preste então fique quieta! – Ally ralhou com ela.

- Qual é nanica você tem que concordar que não foi culpa da Miles. – Vero me defendeu.

- Mas ela podia ter evitado. – Mani disse e eu suspirei.

- Deixem isso para lá eu vou para casa. – Cortei o assunto antes que ele se estendesse.

- Fica Miley vamos comemorar vai. – Laur tentou me animar.

- Desculpa Laur, mas é melhor eu ir para casa.

- Ei não fica assim tenta entender ela também. – Camz sussurrou no meu ouvido enquanto me abraçava.

Eu não disse nada apenas terminei de me despedir delas e fui para casa, o que era para ser um dia feliz estava sendo uma drogada. Eu odiava brigar com a Dems, mas ela tinha que entender que a culpa não era minha. Entrei em casa e não falei com ninguém só fui para o quarto e me joguei na cama eu precisava descansar e pensar sobre essa briga idiota com a minha garota.