História We Can Survive - Esquecer o Amor da Minha Vida

Capítulo Quatorze

Guilherme On

 

 

    Faz tempo que gosto da Gaby, quase dois ou três anos que nos conhecemos e nunca, nunca deixei de gostar dela, ela pode ter ficado com outros e eu com outras, mas esse amor que sentimos sempre esteve guardado em nossos corações. No dia em que a beijei foi ótimo, um dia em que sonhava há tanto tempo, gostei mais ainda de dois dias atrás quando peguei ela no colo e a carreguei para o riacho.

    Foi um dia maravilhoso e eu queria que ele voltasse, queria revive-lo de novo.

     Esta de noite e estamos a maior parte do grupo na sala de estar conversando sobre coisas aleatórias, os outros como o Flavio e o Mike estão de guarda la no portão, enquanto que Gaby ainda se recupera daquele trauma de dois dias atrás, ela não era uma pessoa preconceituosa mas não gostava muito de ver essas coisas. E todos ficaram muito impressionados, eu admito que levei um belo susto mas não ligo, só quero que todos tentem viver felizes do jeito deles e eu de preferência com a Gaby.

 

Ana On

 

   Quando a galera toda nos pegou no maior flagra eu levei um susto tão grande que me joguei do sofá levando a Sofia junto comigo direto para o chão, um ato que piorou muito a minha situação pois alguns riram da nossa cara.

 

         Flashback On

 

– M-meu D-deus d-do c-céu– Fala Gaby assim que me vê beijando Sofia que estava embaixo de mim, eu levo um baita susto e acabo caindo no chão junto com Sofia.

    Levanto-me rapidamente.

– O-oi gente tudo bem? C-como foi no r-riacho? – Eu digo nervosa tentando disfarçar, mas sei que não adianta mais.

– Pra que disfarçar gente– Diz Alice entrando tranquilamente na casa e colocando sua cadeira de praia encostada na mesa da sala de jantar com um sorriso calmo no rosto– É uma coisa normal, todo tipo de amor é valido... Ou alguém tem alguma coisa contra? – Pergunta ela levantando a arma até a cintura disfarçadamente, mas de um jeito que todos notassem e se espantassem com esse ato.

– E-eu vou... Vou... Vou ficar de guarda, é meu turno sabe... TCHAU!– Diz Gaby que sai correndo de dentro da casa sem mais nem menos.

– Em? – Diz Alice fazendo menção para que respondessem sua pergunta, mostrando ainda mais sua arma.

– Eu acho que vou dar uma voltinha por ai... – Diz Flavio saindo de fininho– Boa sorte... – Ele cochicha no ouvido de Mikael e sai olhando espantado para Alice que continuava olhando para todos calmamente.

– To brincando gente– Ela diz rindo e guardando sua arma. Sofia se esconde atrás de mim e todos se dispersão pela casa caçando algo para fazer... Ainda bem que sou morena se não estaria igual a um pimentão.

    Alice da uma piscadela para a irmã que retribui sorrindo em seguida, ela sai da sala deixando apenas eu e Sofia nos olhando. Assim que temos certeza de que estamos sozinhas, olhamos uma para a outra e rimos muito para depois nos abraçarmos ternamente com eu encostando o queixo em sua cabeça. Estou começando a gostar muito dela...

     

            Flashback off

   

Flavio On

 

     Depois do dia em que vimos a Sofia e a Ana se agarrando no sofá da sala eu não ousei nem tocar no assunto com nenhuma das meninas, mas comentei sobre aquilo com os meninos alguns acharam legal outros ficaram com nojo, eu particularmente achei interessante, mas todos resolvemos deixar de lado.

    Esta de tarde e eu estou andando ao lado de Gaby que esta estranhamente quieta hoje. Resolvo perguntar o que aconteceu.

– O que houve? Esta tão quieta...

– Só... Só saudades da minha família... Ainda bem que tenho o Vitor – Ela fala lhe deixando uma lagrima escapar. Eu também estava com muitas saudades da minha família, acho que todo mundo estava pra falar a verdade, mas me parecia que só a Gaby sentia realmente saudades, ela estava sempre pensativa, ou melhor, pensando neles. Ou talvez ela simplesmente é a única que demonstra isso, por mais que tente esconder ela não consegue.

– Ah... Eu também sinto muito a falta da minha irmãzinha, dos meus pais também, mas nem tanto já superei a morte deles. Mas a da minha irmã e tão... Ressente coitadinha ela não merecia...

– Acho que ninguém merecia, quer dizer a não ser assassinos e essas coisas, mas isso não vem ao caso. Pra falar a verdade eu não estava exatamente pensando em minha família – Ela confessa.

– E pensava o que exatamente? – Eu lhe pergunto.

– Pensava em antes de tudo isso, eu estava na escola com a Alice e com mais uma amiga chamada Lua... Eu tinha ouvido falar na TV que tinha um vírus espalhado por ai, mas achava que fosse outra doença como o HIV. É claro que fiquei muito assustada, mas nem liguei. Mas assim que fomos liberadas mais cedo da escola um dia antes de acontecer tudo isso eu realmente fiquei muito preocupada, e quando eu acordei...

– Toda esta merda aconteceu ne? Eu também ouvi falar disso na TV mas também não dei muita atenção– Eu falo enquanto caminhamos cidade a dentro procurando comida.

– Sim...  Bom eu estava pensando em Lua, no Luke que era outro amigo meu e no Dylan... Será que estão vivos? – Diz Gaby tristemente.

– Também penso nos meus amigos de vez em quando, o Carter, a Fernanda... Hehe entre outros, também quero saber se estão vivos, mas... Não tem como saber, temos de nos acostumar com as duvidas e a dor... E a tristeza.

– Sim... – Um grande silencio se instala entre nós após sua fala, mas Gaby parece se lembrar de algo e me olha entusiasmada– Amanhã é natal!

 

                                          ...Outro Dia Depois...

 

Gabryela On

 

      Acordei de mãos dadas com Vitor que dormia na cama ao lado, sua outra mão estava enlaçada no nosso cachorro sem nome que não desgruda dele. Temos de achar um nome para o pobre cão, mas somos um bando de pessoas sem criatividade.

       Saber que hoje era natal, me deu algum animo mas não muito. Não vai ser como antes. Nunca mais.

     Levanto e vou para a cozinha aonde acho Flavio e Alice conversando baixinho e comendo biscoitos. Eles tem se tornado grandes amigos ultimamente.

– Bom dia– Eu digo.

– Bom dia e feliz natal! – Diz Alice empolgada.

– Verdade, feliz natal– Fala Flavio com um biscoito na boca. Sento-me ao lado de Lice e pego um biscoito.

– Se a minha mãe estivesse aqui já estaria me mandando comer algo que preste e não doces logo de manhã...

– Pois é hehe... –Diz Alice. Sinto o clima pesar com a minha fala e resolvo mudar de assunto.

– O que vamos fazer hoje? Tipo é natal, poderíamos comemorar.

– Eu estava pensando em... – Alice é interrompida pela pergunta de Flavio.

– Eu ainda não entendi como você sabe que hoje é natal.

– Eu achei um calendário no quarto do avô de Alice e comecei a contar desde então– Eu explico.

– Ah entendi... Pode falar Alice, desculpe.

– Tudo bem– Diz ela sorridente– Eu estava pensando em nos presentearmos, afinal podemos pegar o que quisermos!

– É uma idéia interessante, mas quem vai dar presente para quem? – Eu pergunto.

– Podemos sortear...

– É seria divertido, hoje poderia ser um dia de esquecermos tudo. Voltar ao tempo de quando tudo era ótimo... E não sabíamos...

– Sim... O que acha Fla? – Pergunta Alice.

– Eu... Acho a maior loucura, mas to dentro!

– Ótimo, vamos avisar os outros quando acordarem, quem esta de guarda? – Eu pergunto.

– A Ana e o Arthur– Diz Flavio.

– Ah sim... Eu ia la avisá-los mas não quero ver o Arthur...

– Deixa que eu vou la– Fala Alice se levantando e me olhando solidariamente.

–Tudo bem eu aviso o povo que esta na sala então– Eu digo me direcionando a sala. Aonde encontro Mikael e Gui olhando Vitor mandar o cachorro lamber o rosto de Sofia que estava dormindo, mas ele não o obedece.

– Bom garoto– Eu digo me referindo ao cachorro. E fazendo com que todos eles me olhem, no instante em que eu falo– Bom dia garotos– Eu falo dando uma piscadela para Vitor.

– Bom dia irmã mais linda do mundo!-Fala Vitor se levantando e me beijando no rosto. Acabo caindo em um dos colchões espalhados pela sala, junto com ele.

     Sofia acorda, da bom dia a todos e vai para a cozinha. Deixando-me com Guilherme, Vitor e Mikael.

– Meu Deus – Eu digo rindo enquanto Vitor faz cósquinha em mim, mas ele para assim que percebe que parei de rir para encará-lo.

– Por que não ta rlindo? –Ele diz fazendo um biquinho.

– Rindo– Eu o corrijo– Não adianta Vitor você sabe que não sinto cósquinha. Mas em compensação ao Gui... – Assim que termino minha frase eu e Vitor olhamos para Guilherme que nos encarava espantado.

– Ah não... Nem vem... – Diz ele se levantando. Enquanto eu e meu irmão estamos indo em sua direção engatinhando pelos colchões.

– Agora Vitor! – Eu grito. E nos levantamos correndo até Guilherme que também se levantava, mas dá de cara com Mikael que o segura para podermos fazer cócegas nele.

– Ah não! – Grita Guilherme rindo.

     Depois de alguns minutos fazendo cócegas no Gui e rindo muito, eu me lembro do por que de eu ter ido acordá-los.

– Eu esqueci de dizer mas, não sei se vocês sabem. Hoje é natal!

– Serio?! – Pergunta Vitor empolgado.

– Sim meu amor– Eu digo o pegando no colo e beijando seu rosto– E adivinha? Decidimos fazer um sorteio pra ver quem vai dar presentes pra quem!

– Amigo secreto no fim do mundo? Uau somos tão revolucionários– Diz Guilherme.

– Não estrague a noticia– Eu reclamo– Bom hoje vai ser o dia de passearmos pela cidade em busca de algo para dar a alguém. Já imaginaram? Podemos dar até um carro! Tudo que quisermos ao nosso dispor. Mas já aviso, isso foi tudo idéia da Alice!

– É bem arriscado, mas já que foi idéia da Alice eu topo! – Diz Mikael com um sorriso no rosto.

– Huum já que foi idéia da Alice eu topo! É o amor... – Eu canto.

– Que meche com a nossa cabeça e nos deixa assim... – E Vitor continua.

– Ta, ta já entendi, vocês acham que estou gostando dela ne? Pois estão totalmente enganados gosto dela só como amiga!

– Ninguém falou nada disso você acabou de se entregar cara– Fala Guilherme.

– Vocês ficariam tão bonitinhos juntos! – Eu debocho.

– Ah quer saber? Eu vou sair daqui, esta cheio de cupidos– Diz Mike se dirigindo para a cozinha e Vitor vai logo atrás falando muito, como sempre. É tão bom ter me irmãozinho aqui comigo, eu não sei o que faria se eu o perdesse eu o amo muito.

– Ainda bem que o Vitor parou com aquilo ne? – Diz Gui.

– Do que esta falando? – Eu digo me recostando no sofá.

– Aquela coisa de psicopata sabe...

– Olha não quero tocar nesse assunto isso é passado.

– Tudo bem, vamos falar sobre outra coisa... Ou melhor fazer outra coisa... – Ele fala se aproximando de mim. O que ele esta pensando em fazer?

– O que v-vai fazer... – Sou interrompida por seus beijos. Ele passa uma de suas mãos em minha cintura e com a outra mão se apóia em um dos colchões em que estamos sentados. Passo uma das minhas mãos em seus cabelos macios, melhores que os meus provavelmente e correspondo ao seu beijo.

 

                                              ...Mais tarde...

 

Mikael On

 

       Deve de ser umas cinco da tarde de acordo com o sol, aprendi a ver as horas olhando para o sol com meu pai quando ele ia me ensinar a caçar com a minha besta. Estamos todos reunidos na varanda de casa. Alguns sentados no chão, outros sentados em cadeiras e alguns como eu encostados na parede.

      Já sorteamos as pessoas que íamos pegar e já saímos pela cidade em busca de presentes e eu com a minha grande sorte consegui pegar a Alice no sorteio! Estou muito feliz, porem tenso não sei se ela ira gostar do meu presente. Eu fui no grupo da Gaby. Estavam apenas eu, Vitor e ela. Acho que todos os grupos sabem quem seus integrantes pegaram nesse sorteio, e quando Gaby soube que eu peguei Alice ela realmente ficou muito feliz. E tentou ajudar eu e Vitor a escolher algo enquanto escolhia o dela e matava zumbis. Foi realmente uma tarde agitada.

– Muito bem vamos começar... – Alice mal termina sua frase e já é interrompida por Ana.

– Eu sou a primeira– Diz ela levantando-se com um salto e se posicionando no meio da nossa familiar rodinha de reuniões.

– Ok... Né– Diz Alice.

– Muito bem– Começa Ana totalmente animada– Eu peguei uma pessoa super divertida, engraçada... Quando eu encontrei essa pessoa, todos me julgaram...

– Fla! – Eu grito tentando acertar. E um murmúrio entre nos surge todos apostando ser o Fla ou o Gui.

– Ta agora uma dica que acho que todos vocês iram acertar... Ele é um dos mais velhos aqui!

– Gui– Grita Vitor.

– É o Fla! – Eu digo.

– Meu querido... – Ela para de falar tentando fazer um suspense– Flavio é você cara! – Ela diz entregando seu presente a ele que estava todo sorridente. Seu presente era pequeno, mas quando ele abriu todos nos entendemos o que significava. O mesmo deu um pulo em direção a Ana e a abraçou.

– Ah meu Deus você me deu um carro?! – Ele gritava.

– Sim!

– Aonde esta? Aonde esta?!

– Venham comigo– Ela fala fazendo um gesto com as mãos para que a seguíssemos e foi o que fizemos. Chegando a uma esquina afastada de casa, la estava o carro, novinho em folha com certeza roubou de alguma concessionária. Depois de muita empolgação voltamos para a rodinha e continuamos com os presentes. Flavio pegou o Vitor e lhe deu algo do homem aranha, eu não prestei muita atenção não parava de olhar para Alice. Vitor pegou o Arthur e lhe deu uma faca estilo militar. E na hora de o Arthur falar sobre quem ele pegou no sorteio. Bom foi complicado eu não sabia quem era, mas já estava imaginando pelo tamanho de seu nervosismo. Ou era o Gui ou era a Gaby.

– B-bem, meu a-amigo secreto é linda.

– Já sei que não sou eu– Diz Ana fazendo com que todos rissem.

– Hehe, bom c-continuando, ela tem o c-cabelo lindo...

– Gaby! – Grita Alice.

– Alice!– Grita Gaby ao mesmo tempo. As duas se entreolharam e riram. Gaby também parecia nervosa, ela ainda não perdoou Arthur.

– E t-tem os DOIS olhos c-claros– Diz ele fazendo menção de que não era Alice. Uma tensão se instalou no ar. Ninguém ousou gritar o nome de Gaby, ninguém mexeu um músculo. Mas todos voltaram seus olhos para ela e ele, até eu.

– Sou eu... – Disse ela se levantando e indo na direção dele. Gaby pegou o presente e agradeceu com um breve “obrigado”. Eram rosas... Ela colocou o presente em cima de uma mesinha no fundo da varanda e melhorou sua expressão com um grande sorriso. Eu sabia o porquê desse sorriso.

– Quem eu peguei é um menino... Ele... Meu Deus não acredito que vou falar isso! Ele tem as coxas bem grossas– Ela diz rindo com o rosto vermelho, morrendo de vergonha. Todos nos rimos também– Eu o conheci em um mercado... –Guilherme sorri para ela, assim como eu sorrio para Alice.

– Gui! – Gritam Alice e Ana em uníssono.

– Ele tem um sorriso lindo... – Todos fizeram uma cara maliciosa para ela– É um babaca – Diz ela fechando a cara. Todos riram novamente, menos Arthur que esta triste em um canto. Ele ainda gosta muito dela– É o segundo mais velho nessa turminha...

– É o Gui, todos já sabemos Gaby! – Diz Alice.

– É ele mesmo– Diz Gaby sorrindo para Guilherme, eles devem estar muito felizes por finalmente poderem viver sua paixão proibida. Ele pega o presente e a abraça a levantando só com um braço o que impressiona as outras meninas. Eu também poderia fazer isso com Alice, ela é tão levinha e pequena.

– Meu amigo secreto, bom eu não conheço ele muito bem, mas já vi que é um cara super legal e muito gente boa.

– Mike! É o único menino que sobrou– Diz Gaby.

– Ta não vou mais enrolar por que não sei o que dizer, e você cara– Ele diz entregando o presente à mim. Abro o embrulho e descubro que são seis flechas verdes. A cor que eu gosto!

– Nossa mano muito obrigada! Adorei! – Eu digo lhe dando um abraço breve, e vou para o centro de nosso grupinho, coloco o presente que ganhei de Guilherme em cima de uma mesinha, que se encontrava escorada na parede e começo a falar. Estou muito nervoso e no começo gaguejo um pouco. Alice me olha esperançosa.

– Meu amigo secreto é uma garota até por que não sobraram homens para mim– Todos riem– Ela é linda.

– Sempre que dizem isso eu já sei que não sou eu– Diz Ana.

– Hehe, ela é a menor do grupo– Todos olham para Alice e Gaby diz algo à ela que é inaudível para mim.

– Alice! – Diz Gaby muito empolgada. Enquanto Alice fica cada vez mais vermelha.

– E tem... Um olho de cada cor– Eu digo sorrindo enquanto todos olham sorridentes e maliciosos para Alice que já estava parecendo uma pimentinha de tão vermelha. Tão fofa!

– Obrigada– Ela diz me abraçando fortemente e eu faço o mesmo. Ficamos alguns segundos ali abraçados sem perceber que havia muitas pessoas a nossa volta. Eu não queria solta-la nunca mais. Até que ouvimos alguém tossir fazendo menção de que estavam todos ali nos olhando e esperando. Separo-me dela enquanto ela abre o embrulho mais envergonhada ainda. Eu havia lhe dado um colar que em outra época eu nunca poderia comprar de tão caro que era. Era de ouro, com um pingente de um azul fosforescente que brilharia no escuro, era em forma da lua, com um brilhante de diamante pendurado na ponta da lua representando uma estrela.

– Meu Deus é muito lindo! – Diz Alice me dando mais um beijo no rosto. Fico extasiado com seu beijo querendo mais.

      Eu saio do meu transe e me direciono para o meu antigo lugar enquanto Alice se posicionava no centro, se preparando para falar. Ela foi sorteada com Sofia, e lhe deu um vestido de setin desenhado com historias em quadrinhos, marcado na cintura com a saia rodada e uma faca vermelha que combinava com o vestido por ter traços vermelhos destacados no decorrer de seu comprimento.

     Sofia pegou Ana no sorteio e lhe deu algo rosa e destacante, não prestei muita atenção. Não parava de pensar no beijo que ganhei hoje.

 

Gaby On

 

     Depois da entrega de presentes todos ficamos sentados na varanda conversando sobre todo tipo de coisa. Até que sinto alguém cutucando meu ombro e quando me viro sou puxada e forçada a correr junto com quem quer que seja que esta me puxando. Chegamos atrás da casa e ele se encosta na parede me puxando com força para si e colocando suas mãos em minha cintura.

– Sabe de uma coisa– Eu digo ofegante.

– O que? – Ele pergunta.

– Eu só fiquei com o Arthur pra tentar– Respiro fundo e tomo coragem para dizer– Esquecer o amor da minha vida. Que é você.

 

­_Continua_