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História We Could Be Heroes - But still, there was no time - Piloto I


Escrita por: yooseokj

Notas do Autor


Tô aqui com uma nova fanfic, a minha primeira foi excluída pelo Spirit, eu fiquei puta e exclui as outras,
Mas foi só pra revisa-las, então elas vão sim voltar mas vai demorar muito :)

Espero que tenham uma boa leitura
XOXO;

Capítulo 1 - But still, there was no time - Piloto I


Naquele dia era pra ser só mais um dia comum. O diretor da Yonsei School tinha organizado um passeio para os alunos até o Museu Nacional da Coréia a pedido dos professores, que iriam passar um trabalho no futuro relacionado sobre. A visita seria feita pelos alunos do segundo ano da Yonsei, todos estavam animados com a visita, visto que o Museu era um lugar grande e agradável.

Os alunos saíram no segundo período, os ônibus que levariam até o Museu estavam estacionados na frente da Yonsei já prontos para partir, estavam apenas esperando os alunos entrarem e se acomodarem nos devidos lugares.

Pouco a pouco o corredor do segundo ano foi se enchendo de adolescentes, todos devidamente vestidos com a fada de cor azul real do colégio. Cada sala levava consigo um professor responsável. No meio dos alunos barulhentos e empolgados, Jeongguk andava rápido, passando habilidosamente entre os alunos inquietos. Sua cabeça explodia de dor, não sabia se aguentaria ficar naquela imensidão de barulhos e de calor que os inúmeros corpos juntos alí proporcionavam.

Foi andando, esbarrava uma vez ou outra em alguns alunos. Estava exausto e nem mesmo sabia ou se lembrava do porquê de tal cansaço. Seu plano inicialmente era ir até a diretoria, falar com o diretor e dizer que não tinha as mínimas condições de ir no passeio, mas seus planos foram completamente mudados quando sentiu ser puxado para o lado oposto. Olhou para a mão que o segurava e subiu o olhar, encontrando uma cabeleira rosa desbotada que conhecia muito bem.

Suspirou cansado. A pessoa que lhe puxou era nada mais nada menos que seu melhor amigo, Namjoon.

Jeongguk apenas deixou Namjoon o arrastar para que canto fosse, sabia que no momento que o moreno de cabelos rosas desbotados o achou não teria mais escapatória: Ele iria de um modo ou outro para o bendito passeio até o bendito Museu.

O rosado andava rápido, obrigando Jeon a ter que aumentar a velocidade dos passos para lhe acompanhar. Em momento algum Namjoon largou a mão do garoto, fazendo Jeon ficar levemente incomodado com aquilo.

Namjoon era assumidamente gay, não que Jeongguk tivesse algum tipo de preconceito, longe disso, mas o amigo vinha agindo de forma afetuosa demais consigo, fazendo que Jeongguk tivesse medo que o Kim venha nutrindo sentimentos por sí.

Não era novidade pra ninguém que Jeongguk sempre tratou todos bem, principalmente os amigos com quem sempre andava, e Jeon tinha um certo medo de que Namjoon confundisse as coisas.

Jeon era hétero, e todos sabiam.

As centenas de alunos de farda azul passavam tranqüilamente pelo jardim da Yonsei, enquanto o barulho das conversas ainda pairavam no ar Namjoon puxou o moreno para um canto do jardim, Jeongguk o olhou confuso, até ver o amigo lhe lançar um sorriso fraco e apontar para um lugar mais afrente deles.

Hoseok, o mais velho dos amigos, estava ao lado de Taehyung e Jimin conversando animadamente sobre o passeio. Park, o último citado, desviou o olhar para sua direção e logo acenou, chamando atenção de Hoseok e Taehyung para a mesma direção. Namjoon e Jeongguk chegaram perto dos outros três, cumprimentaram-se e logo seguiram as centenas de alunos conversando entre sí, com exceção de Jeon que ficou calado o tempo todo até chegar no ônibus que levaria sua sala.

Namjoon já havia percebido o quanto o amigo estava calado, o que era uma meia-novidade.

Jeon não era do estilo que falava pelos cotovelos, como Hoseok e Taehyung que conversavam ate sobre o vento. Jeongguk conversava o necessário, a não ser que o assunto fosse de seu extremo interesse.

A verdade era que: Apesar da aparência solta, Jeon era tímido, alguém naturalmente quieto e que se envergonhava fácil. Era completamente atrapalhado quando o assunto era sentimentos e é bem reservado.

Olhando para o amigo calado, e com aparência levemente abatida, Namjoon saiu do lado de Jimin calmamente, que conversava com Taehyung e Hoseok no banco de trás, e se sentou ao lado de Jeongguk, que tinha a cabeça apoiada no vidro do ônibus.

– Ei, você tá bem Kookie? Está mais calado do que o normal _ O rosado falou manso, chamando a atenção de Jeon pra sí.

– Eu... Nada não Namjoon, é só uma dor de cabeça e uma indisposição boba. Já vai passar _ Por outro lado, a voz de Jeon saiu fraca, arrastada.

O moreno voltou a olhar para janela, vendo a paisagem passar rápido por sí, visto que o ônibus já tinha começado andar a alguns minutos. O moreno de cabelos rosados suspirou, olhando pro lado e vendo Jimin olhar a cena com um olhar preocupado. O Kim mais velho apenas sorriu fraco para Park, e voltou seu olhar para a janela.

Depois de tortuosos minutos, os ônibus finalmente tinham chegado ao seu destino: O Museu Nacional da Coréia. Depois de descerem dos ônibus, cada professor reuniu seus alunos, e em grupos, começaram a andar em direção a entrada do grande Museu.

A cada minuto, Namjoon parava sua conversa com Taehyung para olhar o Maknae do grupo, este que andava sincronizadamente ao lado de Park. Observar a forma que Park conseguia arrancar sorrisos fracos e bobos do Maknae com algumas piadas fazia o coração do Kim se apertar minimamente, visto que claramente seus sentimentos pelo Maknae já estavam ultrapassando a linha da amizade.

Aquilo era um problema, mas não tinha como controlar o coração. Mesmo gostando de Jeongguk, Namjoon preferia guardar o sentimento para sí e continuar com a singela e longa amizade que já possuía com o garoto.

O grupo andou por cerca de dez minutos. Após entrarem no Museu logo um rapaz loiro foi de encontro com o professor da classe, trocaram breves palavras, e logo o rapaz se apresentou para a turma como guia.

– Olá, sou Lee Chung-ho e serei o guia de vocês durante esse passeio no Museu. Aqui nós temos algumas regras que eu peço encarecidamente que todos sigam. Primeiro, por favor, não comam qualquer tipo de comida e nem bebam nada aqui dentro das dependências do Museu. Segundo, fiquem perto uns dos outros, o Museu é grande e quem se afastar muito pode se perder. Terceiro, para evitar qualquer tipo de barulho que vá incomodar outros visitantes, peço também que deixem o celular de vocês no silencioso, ou se preferirem, desligar o aparelho também é uma opção _ Após Chung-ho terminar de falar, boa parte dos alunos pegaram seus celulares e fizeram o que o loiro pediu. Poucos desligaram o aparelho.

Jeongguk apenas desligou seu celular e guardou no bolso novamente. Estava completamente desanimado, e sua dor de cabeça não colaborava nada com o momento.

O passeio pelo Museu deu inicio, alguns alunos tinham em mãos pequenas agendas, para anotações. Jeon apenas andava conforme o guia avançava pelo grande espaço do Museu, Taehyung e Hoseok andavam ao seu lado, tentando puxar conversa e falhando miseravelmente na missão. Jimin e Namjoon andavam um pouco atrás, olhando preocupado para o Maknae do grupo.

Tudo estava dentro dos conformes, o passeio tinha começado de forma tranquila. Alguns alunos faziam pergunta ao guia, outros conversavam entre si e alguns apenas olhavam as diversas peças históricas do local, sem prestar atenção de fato em alguma coisa que Chung-ho falava. Para Jeon tudo estava um extremo tédio, raramente abria a boca pra falar algo, apenas observava alguns quadros que lhe chamavam a atenção.

Tudo ocorria de forma normal até Jeongguk ver algo que chamou completamente sua atenção.

Era um homem, estava parado em um lugar mais afastado. Encontrava-se encostado na parede e olhava diretamente para Jeon. Seus olhos eram cinzas opacos, sua roupa era toda preta, tirando o boné branco que se encontrava virado para trás na cabeça do rapaz. 

O homem olhava de forma intensa para Jeon, como se estivesse o chamando, convidando-o a chegar mais perto de si.

Curioso como era, Jeongguk se afastou sorrateiramente de seus amigos, ficando mais atrás. Enquanto todos prestavam a atenção em alguma coisa que Chung-ho dizia, Jeon se esgueirou pelas obras de artes históricas do local. Após ter certeza que ninguém tinha visão alguma sua, mirou a parede em que o homem estava encostado e teve uma pequena surpresa:

O homem não estava mais ali.

Começou a andar em frente, não conseguia entender como aquele homem tinha desaparecido de forma tão rápida. Após andar alguns metros, viu um corredor e uma placa indicando que somente funcionários podiam entrar ali. Aquele homem, estava parado de frente a esse corredor, olhando diretamente para si e movendo a boca como se quisesse dizer "venha".

Jeongguk começou a andar de forma rápida em direção ao homem de preto, que entrou no corredor sem mais nem menos.

Jeon se sentiu observado, mas não ligou para a sensação estranha que apoderava de si e continuou seu caminho ate o corredor. Virou e entrou no corredor, vendo uma porta aberta no final deste. Mesmo tendo uma sensação ruim sobre aquilo, trilhou o caminho ate a porta aberta com passos lentos e hesitantes.

Um sentimento estranho começou a correr pelo corpo, estava nervoso, ansioso. Suas mãos começaram a suar, e sua curiosidade para saber o que lhe esperava atrás daquelas paredes somente aumentavam.

Assim fez, passou pela porta aberta em passos rápidos. Na mesma hora que entrou no cômodo, ouviu a porta ser brutalmente fechada. O barulho fez com que Jeongguk colocasse as mãos no ouvido, como forma de proteger o ouvido do barulho extremamente alto, e que se curvasse levemente para frente. Sentiu uma mão em seu ombro, e logo um sussurro em seu ouvido. Uma dor latejante no pescoço se fez presente nos segundos seguintes, e logo Jeongguk apagou dentro daquele cômodo desconhecido.

"Fac bonum usum eius virtutem, puer."

E aquela foi a última frase que ouviu, antes de apagar completamente.


Notas Finais


Ah, queria avisar uma coisa, no início do capítulo aparece dizendo que eles são alunos do segundo ano, mas na sinopse fala que Jeongguk é do terceiro.
Isso não é um erro, e vocês vão saber o porquê no próximo.

Fac bonum usum eius virtutem, puer.* = Faça bom uso de seu poder, criança.

Até a próxima!


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