História Webcam - Hyung?

“Pensar é um dos atos mais eróticos

na vida de uma pessoa”

-Nélia Piñon.

Jimin mordeu os lábios, ansiando para que a tela de seu computador mostrasse logo a imagem de Jungkook. Faziam três meses que não se viam desde que o mais novo fora para a América.

É claro que Park insistiu para ir junto, mas Jeon achou melhor que o mais velho ficasse na Coréia. O maknae sabia muito bem como o seu namorado era. Emotivo, sensível. Sentiria saudade da família já no primeiro dia longe. Não que Jungkook também não sentisse saudades, mas digamos que ele aguentava mais tempo longe do que Jimin.

O mais baixo passou noites com o rosto enterrado no travesseiro macio, derramando lágrimas solitárias, sem ter o namorado ali para secá-las, e era justamente por ele que Jimin chorava. Sentia saudades de Jungkook, saudades de abraçá-lo, de acariciar aqueles cabelos negros sedosos, de sentir o toque dele em sua pele...

Park ajeitou o cabelo em frente ao espelho, querendo passar uma boa impressão para Jeon, não querendo que ele se preocupasse consigo. Mas a verdade era que o mais velho estava destruído sem o maknae ao seu lado.

Quando, finalmente, a tela, antes preta, de seu computador mostrou a imagem de um Jungkook sonolento, usando uma camisa branca larga e uma touca vermelha, Jimin só faltou gritar. Ambos passaram alguns segundos em silêncio, apenas admirando um ao outro e reparando em algumas mudanças em seus físicos.

O mais baixo reparou que o mais novo havia mudado os alargadores que usava e em como sua pele estava um tanto bronzeada. Com certeza pelo Sol forte da Califórnia. Já o maknae, reparou que Jimin havia mudado a cor do cabelo, que antes eram negros, e agora estavam acastanhados. Uma mudança quase imperceptível, mas que não passou em branco aos olhos de Jeon.

– Hyung... – Jungkook chamou, querendo ouvir a voz do mais velho.

– Jungkookie... – Park chamou de volta, hipnotizado pela imagem do outro – Você está tão bonito...

E mesmo pela tela de um computador, Jimin pode reparar que o mais alto corou.

– Você também, Hyung. – murmurou – Mudou a cor do cabelo, não? – sorriu convencido, sabendo que estava certo.

– Sim. – Jimin sorriu também, feliz pelo maknae ter notado – E como andam as coisas aí? Tudo bem?

– Tirando o fato de que estou quase ficando doente de tantas saudades suas, está tudo bem. Assinei um novo contrato ontem e mês que vem irei lançar o meu primeiro MV, Jiminnie. Dá pra acreditar nisso? – aproximou-se mais da câmera, o sorriso tornando-se maior em seu rosto bonito.

O mais velho quase não ouviu o que Jungkook disse. Park parou de racionar na parte do “Tirando o fato de que estou quase ficando doente de tantas saudades suas, está tudo bem”. Era incrível como Jeon sempre o surpreendia com gestos carinhosos ou frases como aquela quando ele menos esperava. Jimin corou, precisando controlar-se para não avançar na câmera, querendo beijar o mais alto.

– Que bom, Jungkookie. Você é incrivelmente talentoso, merece tudo o que está conseguindo. Eu não esperava menos de você. – o menor respondeu, um tempo depois.

– Obrigado, Hyung. – Jungkook soltou uma risadinha – Quando terminarmos de gravar o MV, o mandarei para você. Quero que seja o primeiro a vê-lo.

Jimin arregalou os olhos, em um misto de confusão e felicidade ao mesmo tempo.

– E a empresa deixa você fazer isso? Quero dizer... Eles deixam você me mostrar o MV antes dele ser liberado para o resto do mundo? – arqueou uma das sobrancelhas.

– Eles não precisam saber, Jiminnie. – deu uma piscadela – A sua opinião é a única que realmente me interessa.

Jimin corou pela segunda vez. Jeon sempre o fazia ficar assim. Ruborizado, com o coração acelerado e as mãos suando. Não queria estragar tudo o que o mais novo havia conseguido. Ele poderia segurar-se até o MV ser liberado para o mundo todo.

– E você, Hyung? Como está? – a voz melodiosa do mais alto despertou Park de seus devaneios.

– Humm...  – pensou um pouco – Eu estou bem, Jungkookie-ah. Com saudades também, mas acho que posso aguentar. – riu, mentindo descaradamente.

Novamente, ambos ficaram em silêncio. O som de suas respirações aceleradas sendo o único presente. Os dois sentiam uma vontade imensa de tocarem-se. Era horrível poderem se ver, mas não poderem tocar um no outro como tanto queriam.

Uma gota de suor desceu pela nuca do maknae, que estava se controlando desde o momento em que seus olhos pousaram-se na figura maravilhosa de Jimin. Vê-lo naquele sobretudo negro e imaginar-se retirando-o do corpo belo do mais velho, apenas atiçou Jungkook mais ainda.

E Jimin não estava muito diferente. A semi-ereção entre suas pernas o entregava. Estava louco para tocar em Jungkook. Para arranhar as costas dele enquanto o mesmo estocava fundo em si.

Quando Park mordeu os lábios, tentando livrar-se dos pensamentos obscenos que dominavam sua mente, Jeon mandou o seu auto-controle para o inferno. Dane-se!, pensou ele. O mais novo sabia que o menor estava tão necessitado quanto ele.

– Hyung... – o mais alto sussurrou, mas mesmo assim o outro pode ouvir – Tire a roupa.

Jimin não se surpreendeu com o pedido, mas mesmo assim arregalou os olhos. Desde o início, ele sabia que aquela não seria uma simples chamada para apenas perguntarem se estava tudo bem, dizerem que se amavam e desligarem. Nada era tão simples assim com Jeon Jungkook.

– P-por que? – Park arriscou-se a perguntar. Estava se fazendo. Ele sabia muito bem porquê.

– Apenas tire. – o tom de voz de Jungkook mudou de calmo para autoritário.

O mais velho sentiu seu corpo tremer. Adorava quando o mais alto estava tão necessitado que se tornava autoritário. Lentamente, Jimin foi livrando-se de suas roupas. Peça por peça. Torturando Jeon, que mordia os lábios e grunhia a cada pedaço de pele revelado.

Quando enfim estava nu, o mais baixo encarou o maknae, esperando pelo que viria a seguir.

– Você continua gostoso, Hyung... – Jungkook comentou – Agora, quero leve sua destra até o seu pênis. Massageie ele lentamente. Apertando a glande algumas vezes, exatamente como eu faria se estivesse aí com você.

Jimin ofegou. Fez o que lhe foi ordenado, massageando o membro ereto e espalhando o pré-gozo por toda a extensão dura. Aquilo era como o paraíso depois de três meses sem se tocar ou ser tocado. Tudo porque o mais velho preferia ser tocado por Jungkook do que por ele mesmo. Mas agora era diferente. De alguma forma, Jeon estava ali com ele, vendo tudo. E isso tornava as coisas mais excitantes.

Os dedos gorduchos apertavam o falo com firmeza, apertando também a glande rosada de vez em quando. Os lábios grossos entreabertos, deixando gemidos e ofegos escaparem de sua garganta. Mal havia começado e Jimin já sentia que poderia atingir o ápice.

Quando Park voltou a olhar para a tela de seu computador, deu de cara com Jungkook no mesmo estado que si. As mãos de dedos longos agarrando o próprio membro, enquanto encarava o mais velho se tocar. Aquilo fora um estímulo a mais para Jimin, que aumentou o ritmo de sua masturbação.

– Molhe dois dedos seus com sua saliva, Hyung. – Jeon voltou a ordenar, observando o menor obedecê-lo – Isso. Agora, os leve até a sua entrada e você já sabe como continuar. Insira apenas um dedo e só coloque outro quando eu mandar.

Jimin empurrou seu indicador para dentro de seu ânus, sentindo-o contrair-se automaticamente. O cumprimento de seu dedo definitivamente não o satisfazia, e apenas um deles tornava pior ainda. Mas decidiu obedecer Jungkook. Park sabia que se o obedecesse, sempre seria recompensado no final.

Jeon estava quase enlouquecendo com a visão de seu Hyung tão desesperado por seus toques. Droga de distância!, resmungou mentalmente. As nádegas fartas do mais velho sempre foram o seu ponto fraco e vê-las ali, tão expostas para si, o fazia querer foder Jimin sem piedade.

– Ah, Hyung... Você não imagina o quanto eu quero fodê-lo ai mesmo, em cima dessa mesa. – o maknae voltou a falar, sabendo que isso estimulava o mais baixo e o deixava ainda mais excitado – Você consegue imaginar, Hyung? Eu apertando suas nádegas enquanto meto fundo em você. Consegue? – Jungkook viu Jimin assentir, extasiado demais para dizer algo – Imagine que é minha mão no lugar da sua, masturbando seu pau exatamente como eu sei que você gosta.

Jimin gemeu mais alto. Jeon estava brincando consigo, com sua mente. A imaginação era algo realmente muito bom e útil. Park visualizava em sua cabeça a imagem de um Jungkook todo suado, atrás de si, estocando fundo em sua entrada apertada, enquanto o mais velho gemia o nome do maior desesperadamente. Seu bumbum cheio de roxões e marcas de mordidas, como sempre ficava depois de cada transa. Igualmente as costas de Jeon.

O mais novo sentia o pulsar de seu pênis aumentar a cada gemido do mais velho. A glande de seu membro estava terrivelmente vermelha e gotejante, derramando pré-gozo sobre suas pernas, mas ele pouco se importava. Quem liga?

– Insira mais um dedo.

Jimin não pensou duas vezes antes de obedecer o maior. O segundo dedo lubrificado juntou-se ao primeiro, aumentando o “volume”, e isso agradou o mais velho. Ambas mãos suas moviam-se no mesmo ritmo, porém, a esquerda se esforçava um pouquinho mais... Park sabia que alcançar aquele “pontinho mágico” em seu ânus seria um pouco difícil com apenas os seus dedos, mas mesmo assim ele não deixava de tentar.

– Ah, Jungkookie... – o menor gemeu manhosamente – P-por favor, m-mais...

– Você quer mais, Hyung? Dois dedos não são o suficiente para você? – Jimin negou com a cabeça – Tudo bem, insira um terceiro e último dedo.

Quando o terceiro dedo adentrou-o, Park revirou os olhos por debaixo das pálpebras fechadas. Um turbilhão de sensações que ele nem sabia que existiam o dominaram, fazendo tudo girar e sua visão ficar embaçada. Sua mente estava uma tremenda confusão. Dividida entre aliviar-se e ouvir o mais novo.

– Jungkookie... N-não pare... – Jimin murmurou, sem raciocinar muito bem.

Jeon grunhiu. Toda a frustração de não poder realmente tocar no mais velho o deixava louco. Só conseguia pensar em marcar toda aquela pele branquinha de Jimin e lhe dar todo o prazer que quisesse.

Ambos estavam desnorteados. Talvez depois pudessem até mesmo se arrepender do que estavam fazendo. Mas com toda certeza, nenhum dos dois esqueceria aquele momento tão facilmente.

– Goza, Hyung. Goza pra mim. – Jungkook ofegou.

O pênis do mais baixo latejou forte. Sua destra apertou o membro com mais força, sentindo o ápice se aproximar. Era incrível como Jeon possuía um certo “pode” sobre o mais velho.

Jimin sentia uma certa “pressão” em seu baixo ventre, como se o orgasmo quisesse vir e ao mesmo tempo não quisesse. Era uma sensação boa e ruim e Park não saberia dizer se queria senti-la por mais tempo ou não.

O prazer que o menor sentia era tanto que sua glande passou de vermelha para levemente roxa. A ansiedade para gozar logo era tanto que seu corpo inteiro tremia. E quando o ápice finalmente veio, Jimin praticamente gritou o nome de mais novo. Os jatos brancos jorraram para todos os lugares possíveis e impossíveis, inclusive para a tela de seu computador.

O mais velho sentiu espasmos percorrem seu corpo e sua pele se arrepiar. A respiração ofegante foi se acalmando aos poucos, enquanto uma letargia chata tomava conta de si.

Já Jungkook, admirou aquela imagem do menor. Todo lambuzado de gozo, a cabeça jogada para trás, apoiada na cadeira, o suor escorrendo por todos os cantos, a expressão de puro alívio... E isso fora o estopim. O maknae atingiu o seu ápice alguns segundos depois.

– Se prepare, Hyung. Estou indo visitá-lo semana que vem e não pretendo lhe dar descanso. – Jeon avisou, enquanto via Jimin retirar os dedos doloridos de seu ânus – Até logo, Mochi. Eu amo você.

E novamente, a tela ficou preta. Jungkook havia desligado a câmera antes mesmo que o mais velho pudesse respondê-lo. Park suspirou, desligando tudo e caminhando para o banheiro. Precisava de um banho. E de uma boa quantidade de lubrificante para a próxima semana.