História Wedding Day - Não tão tarde

— Desculpa por não avisar que chegaríamos tarde! — me desculpei inclinando a cabeça para baixo.

— Tudo bem, podem sair a hora que quiserem, e nem é tão tarde assim. — Que sorte! O senhor D. parece ser bem compreensível.

— Estavam nos esperando? — Luffy falou fechando a porta atrás de si.

— Sim, decidimos que vocês vão dividir o mesmo quarto. — meu pai falou com a maior tranquilidade, e claro que eu… TO SURTANDO. Ele deve me querer morta!

— Desculpe, mas acho que não entendi direito. — Luffy parecia estar torcendo para aquilo ser um engano, e eu também, na verdade.

— É exatamente o que ouviu, seu pai e eu achamos que seria melhor assim.

— E tem mais uma coisa… — Esquece o que eu falei, compreensível? Ele e o capeta! — Vai ter uma festa para tratarmos de uma parceria com a empresa Dragneel, vai ser sexta.

— E por que está dizendo isso agora? — Perguntei com medo do que ouviria.

Eles se olharam, e o meu pai tomou a fala.

— Por que vamos aproveitar para dizer que vocês estão namorando.

— QUE?! — Luffy e eu gritamos juntos.

— É isso mesmo, e tratem de se acostumar com isso, é necessário que vocês sejam vistos juntos com mais frequência agora. — Por que meu pai tem que estar aqui? Ele não está ajudando!

— M-mas… — estava tentando fazer com que as  palavras saíssem, mas eu só conseguia gaguejar. E Luffy estava na mesma situação.

— Bem, como tem que ser algo oficial, Luffy você vai pedir a Nami em namoro na festa. E eu não quero reclamações, já está tudo decidido! — O senhor Dragon começou a falar mas podia ter ficado caladinho.

— É só isso, então estou de saída. Até mais senhor D. meu pai se levanta e vai embora.

— Bem, não vou comer nada, aproveitem a janta sem mim, tenham uma Boa Noite. — Ele saiu do hall e parece ter ido para seu quarto.

Luffy e eu nos jogamos nos Puffs que tinham ali.

— Que merda! — ele reclamou baixo mas alto o suficiente para eu ouvir.

— O que vamos fazer? — Perguntei olhando pro lustre no teto.

— Não sei…

Depois de tanto pensar em alguma maneira de consertar isso, decidimos apenas deixar rolar por enquanto.

Luffy foi pegar algo lá embaixo, disse que havia esquecido. Eu estava pronta para dormir, já se passavam das 1 da manhã e tinha que estar de bom humor no dia seguinte, o que agora seria meio impossível. Ouvi a porta sendo aberta calmamente já que de noite o corredor fazia bastante barulho.

— Não tá dormindo ainda?

— Se dormisse iria acordar com  você entrando.

— É você tem razão isso ia acontecer mesmo. — Ele estava com um copo de água na mão e na outra alguns comprimidos.

— Pra que esses remédios?

— São pra dor de cabeça. — Respondeu botando na mesa do computador.

— Huh, entendo. Foi um dia agitado. — Comentei me deitando de lado e puxando o edredom sobre os meus ombros.

— É… foi. — Vi a luz sendo apagada e logo senti o colchão afundando ao meu lado.

— Boa noite. — Disse apagando a luminária.

— Boa noite. — Ele fez o mesmo.

Era estranho dormir assim, mas logo me acostumei e peguei no sono.

…

Não sei o por que, mas acordei no meio da madrugada. Eu não tinha mais um pingo de sono sequer, então com cuidado para não acordar o Luffy me sentei na cama e me surpreendi quando percebi que o mesmo estava com lágrimas escorrendo dos olhos, parecia estar numa espécie de transe.

Conseguia ver um pouco de seu rosto por causa do brilho da lua que vinha da varanda, havíamos esquecido as cortinas abertas. Aquele rosto… de certa forma me partia o coração vê-lo chorando assim.

— Luffy… — Chamei um pouco alto, fazendo-o acordar.

— Nami…? — Disse se sentando na cama e limpando as lágrimas que caiam.

— Porque estava chorando?

— Só mais uma crise besta… — Respondeu se levantando e indo em direção ao seu remédio, tomando-o.

— Uma crise besta? Então não precisa tomar remédio, e só voltar a dormir! — Seca e direta, eu acho que agora ele deve pensar que eu não tenho coração.

— ... — ele ficou em silêncio enquanto tomava. — Não conseguiria dormir de novo sem esses remédios, já tentei uma vez… e tive outra crise… — ele voltou pra cama.

— Devia consultar um psicólogo. — indiquei, o olhando.

— ... Não quero, eles me dão medo. — se virou de lado — Esquece isso, eu já me acostumei de qualquer forma. Boa noite.

— Boa… noite. — me deitei e com tantos pensamentos diferentes acabei dormindo.

Era mais ou menos 6 da manhã quando acordo com tiros vindo do lado de fora. Era sempre assim,acho que devia me mudar, e o que eles sempre dizem. Mas e a vontade? O dinheiro? A ajuda? Bem, eu não acho essas coisas!

— Grandes… idiotas!