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História Wedding Dress - We walked side by side


Escrita por: Mylovepuk

Notas do Autor


Hello^^
Planejo atualizar essa fic mensalmente por motivos de são muitas fics para atualizar :v
Sorry...
Mas enfim, boa leitura <3

Capítulo 3 - We walked side by side


Fanfic / Fanfiction Wedding Dress - We walked side by side

- Hey, preguiçosa! - Kamui cutuca a bochecha da irmã que dorme como um anjo - Acorda! Já são 10hrs, temos que preparar o almoço.

Ela murmura algo como “sai daqui” cobrindo sua cabeça o que fez o ruivo suspirar e rir. Kagura mesmo com 16 anos não perdeu as manias de quando tinha seus 8 anos e ele agradece por isso.

Ele tem cuidado da pequena russa desde há muito tempo e teme que sua falta de tempo nos dois últimos anos o faça perder algo importante a vida de sua pequena irmã.

Ambos já sabem perfeitamente o que é ausência graças a seus pais e isso é a última coisa que quer oferecer a ela.

Kamui puxa o cobertor vendo sua irmã respirar suavemente enquanto dorme e momentaneamente esquece que tinha que acorda-la para observa-la um pouco mais. Ele não pode deixar de notar o quanto o cabelo dela cresceu a deixando mais parecida com sua mãe.

Quando o mais velho dá por si já está brincando com uma mexa de cabelo de sua irmãzinha vendo que a notável diferença de seus ruivos é que o dela é um alaranjado bem aberto e o dele é puxado para o vermelho sendo que o de sua mãe é mais claro que o de ambos.

Kamui nasceu na China, naturalidade de seu pai, mas com meses mudaram-se para a Rússia, naturalidade de Kouka, mas seus traços são quase totalmente Russos. Dos dois Kagura é quem mais tem traços Chineses o que a deixa levemente parecida com Kankou.

Os olhos azuis como os de Kagura passaram pelo quarto vendo muita bagunça em alguns cantos como mangás e livros amontoados no chão ou em cima das coisas, roupas limpas em cima de cadeiras, cremes tanto de cabelo como hidratantes espalhados na mesinha de cando e cabeceira da cama e por fim o armário aberto onde há várias caixas, roupas estendidas de qualquer jeito é gavetas que cospem roupas.

Kamui não entende como ela consegue deixar seu quarto tão bagunçado quando deixa a casa em ordem durante a semana. O chão, os móveis, a pia, tudo limpinho, mas quando se trata de seu quarto é uma verdadeira zona.

A única coisa do antro totalmente sem claridade em seu devido lugar é o “óculos” de Edo World  que sempre está na mesinha ao lado de sua cama. O maior suspira. Sabe que Kagura apenas gosta desse jogo por sentir-se sozinha.

Há dois anos e meio começou a fazer faculdade e desde então não teve tempo nem de fazer as refeições adequadas ao lado de sua irmã e sente-se mal por isso. Tenta compensar sua ausência nos finais de semana, mas os projetos de Faculdade nem sempre o permitem.

- Vamos, Kagura! Mais tarde vamos no shopping comprar roupas e assistir um filme, lembra? - tenta acorda-la novamente cutucando sua bochecha e ela franze os senhos.

- Só mais cinco horas - pede virando-se de costas para o maior.

- Engraçadinha. Temos que fazer o almoço, ninguém mandou ficar jogando de madrugada!

- Tá bom, tá bom. Já vou levantar - diz sem mover um dedo.

- Sei bem como vai levantar - ironiza e levanta-se indo em direção ao blecaute o abrindo dando total passagem para a claridade invadir o quarto bagunçado.

- Assim não vale! - ela cobre os olhos com as mãos ao sentir a luz em seu rosto.

- Quer que eu ligue a luz também?

- Não!

Levanta-se coçando os olhos e depois espreguiça-se enquanto olha mortalmente para o irmão que ri de sua irritação.

- Vou te esperar na cozinha - dita saindo do antro.

Kamui caminha para a cozinha onde disse que estaria e aproveita a demora de Kagura para avaliar suas roupas achando melhor troca-las antes de começarem a cozinhar pois com certeza sujará sua camisa e calça de moletom brancos.

Sempre que pode prepara as refeições com Kagura nos fins de semana e no mínimo terminam molhados. Caminha até seu quarto organizado totalmente ao contrário da mais nova.

Escrivania cheia de livros da faculdade e seu Notebook, se preocupou em comprar uma estante para não amontoar livros pelos cantos, Guarda roupa fechado, cama arrumada e tudo em seu devido lugar na cabeceira de sua cama e na mesinha de canto.

Mas a única razões para essa organização toda é falta de tempo para bagunçar já que passa maior tempo fora de casa graças a faculdade.

Depois de por uma regata verde escura e short cinza volta para a cozinha onde vê a mais nova descabelada com uma blusa salmão e Shortinho azul escuro diferente do pijama amarelo que usava.

- Tem certeza que acordou? - ri quando a vê coçar as olheiras emburrada.

- O que vamos fazer hoje? - decide fingir que não está brava.

- Eu pensei em Curry de carne - abre a geladeira - já faz tempo quê...

- Quê....?

- Kagura...

- Sim?

- O que você tem comido durante a semana?

Indaga olhando para ela dando a a visão da geladeira completamente vazia com somente uma caixinha de leite.

- Tem nem água aqui dentro! - Abre o armário - até os cereais e os biscoitos acabaram, por que não me avisou?

- Por que eu nem te vi essa semana direito... - dá de ombros.

Kamui sentiu uma flecha acertar seu peito. Passou a mão no rosto sentindo-se mal por abastecer a casa e não ter percebido antes que a dispensa está fazia.

- O que tem comido durante a semana?

- Lamen.

- Você comeu Lamen a semana toda?

- Sim.

Suspirou  pesado ao perceber que talvez ela apenas não o quisesse incomodar. Essa semana ele a pediu para que não se preocupasse com o jantar dele pois semana de trabalho ele chega em casa mais tarde ir normal.

A mais nova via o cansaço do irmão toda vê que esbarrava nele quando ia dormir e mesmo sabendo que para ele as refeições são super importantes preferiu apenas gastar parte de sua mesada com Lamen.

- Tudo bem, vamos ao mercadinho comprar algumas coisas para o almoço e quando voltarmos do Shopping faremos compras decente.

- Não! Eu vou no mercadinho, pode deixar.

- Não, vamos juntos!

- Não precisa! Vamos brigar por qual carne é melhor e eu vou mais rápido sozinha!

De longe as olheiras do ruivo são perceptíveis sem tirar que sua pele está mais clara que o normal. Kagura sabe que ele está muito cansado.

- Acho melhor...

- Se você for então vai sozinho! - cruza os braços - é mais rápido e prático eu ir enquanto você prepara as panelas e põe água pra ferver.

- Tá bom! - desiste de ir contra a teimosia dela.

Pega sua carteira e dá a ela o total de 1100,00 Rublos* em cédulas. Ela pega o dinheiro em sua mão e sube correndo para o quarto novamente descendo minutos com uma blusa verde na mesma tonalidade da do irmão e uma saia cor de vinho. Seus cabelos estavam presos em “maria chiquinha” enquanto tenta fazer coques para que pudesse por seus enfeites, mas não está conseguindo.

- Seu cabelo cresceu muito.

- Agora está maior que o seu!

- Será? - desfez o coque que prendia as madeixas ruivas avermelhadas mostrando as bater em sua cintura.

- Está quase... - diz jogando os enfeites na mesa desfazendo os coques - desisto!

Ele ri prendendo o cabelo novamente de qualquer jeito.

- Deixa assim, está lindo - ela então decide deixa-los como estão, pega sua chave e ruma a porta - pega o casaco, está ventando lá fora!

- Tá, seu chato - pegou um moletom rosa que fica pendurado a porta antes de sair de casa.

Kamui a observou sair pela janela e então percebe que o quintal está uma zona. Graças ao fim de Outono há muitas folhas no chão parecendo que baldes de tintas laranja e respingos vermelhos foram jogados em cima do que deveria ser o gramado.

Decide limpa-lo enquanto Kagura foi ao mercado e executaria esse plano se não houvesse recebido uma ligação se seu pai.

Não pode evitar um estranhamente já que não é novidade que os dois não tem um relacionamento muito bom. Já fazia quase um ano que não recebe ligações de seu pai ao contrário de sua  mãe que liga quase todo dia.

Não hesitou em atender por ficar um pouco curioso para saber a que se trata essa ligação.

- “Alô, filho?” - Kamui pode ouvir a voz de Kankou do outro lado da linha.

- Oi, pai - diz simples.

- “como vão as coisas? Kagura já recebeu a confirmação de alguma das faculdades que escolheu?

- Bem e não.

- “Ah. Espero que tenha bastante carne aí” - ri.

- E por que teria? - sim, Kamui não esconde sua frieza e isso fez o mais velho parar de rir.

- “Vou almoçar com vocês hoje”.

- Já falei pra não fazer essas brincadeiras.

Quando eram menores Kagura pedia para seu “papa” prometer jantar com eles quase sempre que se falavam pelo telefone. Claro que ele nunca aparecia para jantar.

- “Não estou brincando, vou Passar esse final de semana com vocês”

•×•

Kagura contempla os céus cinza amando esse clima. No verão, parte da primavera e início de outono ela é basicamente obrigada a andar de guarda-chuva para impedir que os raios solares cheguem a sua pele.

Sua pele é muito sensível e em cinco minutos que fica sob o sol já sente ardência. Os médicos a proibiram de ter contato direto com raios solares e alguns tipos de luzes.

Mas ainda acha que o céu nublado é lindo, não por não poder andar como agora quando está quente e ensolarado como maioria das pessoas preferem e sim por que Kagura gosta de monocromia.

Não só ela, mas toda sua família. Tanto Kagura como Kamui tiveram a escolha de pintar a parede de seus quartos da cor que quisessem, mas o branco permaneceu como o de todas as outras parcelas da casa de móveis cor de buia com preto.

Caminhando em frente as casas de tons variados  cumprimenta alguns vizinhos amigáveis e até para para fazer carinho em alguns gatinhos.

Dizem que pessoas russas são bem fechadas, mas tudo é questão de afinidade e educação. Se você fizer um elogio receberá um sorriso na certa, mas se for rude não ganhará tapas ou xingamentos, será simplesmente ignorado, mas se extrapolar Será denunciado.

Kagura ama a vizinhança pacífica que vive e também gosta do fato de ter tudo por perto como mercado, farmácia, até mesmo sua própria escola. A faculdade já será um pouco mais complicado, mas por sorte se conseguir ir para a mesma faculdade de seu irmão, sua primeira opção, então carona já é mais que garantida.

Ao entrar no mercadinho nem tão pequeno pega uma cestinha e trata de pegar o essencial para fazer o Curry de Kamui o mais rápido possível e vai para o caixa onde há uma pequena fila.

Há umas quatro pessoas em sua frente então apenas fica parada esperando sua vez de ser atendida até alguém esbarrar nela, e quando olha para essa pessoa quis bater nela.

- Oh, desculpa. Não tinha te visto, pequinês.

O menino de Moletom azul e vinho diz arrastado e sorrindo sarcasticamente.

Ela tem um ódio desgraçado desse sorriso por achar que Sougo fico perfeito com ele.

- Quem aqui é Pequinês, idiota?

- Entre pequinês e Chihuahua você é uma mistura dos dois, mas Chihuahuas são incrivelmente mais irritantes que você então vai Pequinês mesmo - dá de ombros.

Se não estivessem no mercadinho nesse momento ele já teria ganhado um soco.

- O que você faz aqui? - ela indaga tentando esquecer que está irritada com ele.

- Vim ver se já tinha chega o volume novo de One pieces, mas parece que não.

- Então o que fazer na fila?

- Essa revista - mostra a ela - Na capa diz que Hiraga Gengai fará um comunicado importante sobre Edo World.

- Sério?!

Hiraga é o criador de Edo World, ou mundo perfeito como muitos o chamam. O mundo para onde Kagura e Sougo amam fugir.

- Deve ser algo para comemorar os dez anos de EW - ela opina.

- Mas então, chegou sua carta ou email?

- Ainda não - bufa - já estou começando a pensar que foi rejeitada e eles nem se preocuparam de avisar.

- Se for assim estamos no mesmo barco. Mas relaxa, meus amigos que conseguiram entrar disseram que a deles também demorou.

- Mas já fazem meses que fizemos as inscrições, os exames e as entrevistas - suspira frustrada - nem um 'emailzinho. Kamui recebeu um mês e meio depois das entrevistas!

Ele ri da fisionomia frustrada dela e para revidar a ruiva pega a revista da mão do maior dando um tapa em seu braço com ela e depois fita a capa.

- woow, é mesmo o portante pois o aviso ganhou destaque na capa.

- Sem falar que a Old!game* não publica qualquer coisa.

- Próximo! - a mulher do caixa quase grita pois já é a terceira vez que chama.

Kagura toma um susto vendo que não há mais ninguém em sua frente e pede desculpas. Depois de pegar e ensacar as mercadorias saiu da loja com Okita a seu lado.

Perguntaria a ele o porquê de estar a seguindo se não soubesse que moram no mesmo condomínio.

- Não brinca! - exclama arregalando os olhos enquanto lê a revista.

- Que foi? - indaga curiosa fazendo o olhar para ela e mostrar a página que lia.

Um pouco desajeitada por causa das bolsas pega a revista e então Okita percebe que a mesma carrega três bolsas que não parecem leves.

- Me dá essas bolsas - pede estendendo  a mão a fazendo tirar atenção da revista.

- Quê? - ele aponta para as sacolas transparentes - Ah, não precisa.

- Dá logo, você quase não conseguiu pegar a revista por causa delas.

- É sério, não preci... Sougo!

O moreno puxa as bolsas fazendo sua revista cair no chão, mas não importa-se com isso. Mesmo Yamamoto fazendo cara de brava pela  ação repentina dele não nega que sente um alívio ao livrar-se dos pesos em suas mãos.

- Deve ser ruim levar esse peso todo para casa andando - diz referindo-se às compras enquanto a fita pegar a revista no chão.

- Já tô acostumada - volta ler de onde parou e segundos depois arregala os olhos - aí meu Deus! Isso É sério!?

- Pelo que diz aí sim.

Volta a ler animada e depois o fita novamente.

- Eu não acredito que vai ter o torneio de Edo World nas férias!!! Pena que vai ser em Moscou...

- Não é 'tããão longe, fica só a algumas horas daqui de São Pitersburgo.

- E olha - mostra a outra página para ele - o prêmio vai ser em dinheiro!!!

- E ainda vai ter um troféu banhado a ouro sem tirar que o ganhador vai ficar conhecido por todos os gamers do mundo!

- Sougo, temos que participar!

Os dois estão determinados a entrar nessa competição. Ambos caminham para casa lado a lado rindo e fazendo planos para essa competição que acontecerá em alguns meses.

- Será por três dias - Ela não para de falar sobre isso - Sougo, precisamos nos classificar o mais rápido possível!

- Mas já não estamos no nível obrigatório para entrar?

- Aé.

- Mas o que você acha que é esse comunicado que Gengai fará no torneio?

- Deve ser algo sobre a melhoria do jogo.

Okita para de andar ao perceber que estão na frente da casa dela e só após sua parada que Kagura percebe onde estão.

- Toma - devolve a ele a revista e pega de volta suas sacolas - valeu por carrega-las pra mim.

- Valeu nada! Tá me devendo um doce agora - brinca enquanto ela finge estar brava.

- Você que basicamente as arrancou da minha mão, idiota.

- Mas não falei que as traria de graça.

- Te daria um soco de não tivesse segurando essas sacolas - empurra com o pé a portinha da cerca que deixou aberta por justamente saber que quando voltasse suas mãos estariam ocupadas - te vejo em Edo.

- Até Edo, China - e continuou a caminhar para casa enquanto ela entra na sua.

- Aniki, Cheguei.

Ninguém a respondeu. Kagura estranhou esse silêncio já que Kamui está em casa, mas apenas deu de ombros e leva as bolsas para a cozinha onde avista tanto seu irmão quanto seu pai.

- Papai! - corre para abraça-lo e o mesmo devolve o abraço.

Ela não percebe o quanto os dois estão sérios e tensos pela discussão que estavam tendo antes da menina chegar.

Durante o abraço apertado Kankou e Kamui  fitavam-se nada contentes e ambos agradeciam por Kagura não perceber isso pois a menor detesta o relacionamento dos dois.

O problema é que Kankou passa maior parte do tempo longe de casa e quando volta acha que tem o direito de repreender Kamui pelo modo que cria sua irmã.

Quando a pequena fez exatos sete anos Kouka voltou a fazer viagens deixando os a cuidado de babás, mas Kamui não as suportava então quando ele fez quatorze e Kagura nove anos  passou a assumir a responsabilidade pela pequena.

Kouka está sempre ligando, mandando mensagens e pelo menos quatro vezes por ano volta para casa e fica por algumas semanas, já Kankou se liga quatro vezes por ano para Kamui é muito, já Kagura ele fala com mais frequência.

Kouka e Kankou Também tem um relacionamento complicado. Ainda são casados, mas não estão juntos e isso ocorreu logo depois que Kouka voltou a viajar por causa de seu trabalho que foi quando ele passou a viajar com mais frequência.

Para os menores a notícia de que seus pais não estavam mais juntos foi triste, mas ambos sabia que uma hora isso aconteceria já que os dois quase não se vêem.

Kagura finalmente desfaz o abraço e então percebe o olhar duro de seu pai sobre si o que a fez franzir o senho.

- Quem era aquele garoto que estava com você na frente de casa?


Notas Finais


Então, gente, sei que vocês estão esperando logo interações românticas okikagu, também quero aliás, mas tenham só mais um pouquinho de paciência, okay? :3
Acontece que as coisas por aqui tem todo um processo demorado por apenas um único motivo: profundidade. Quem não entendeu pode deixar que entenderá perfeitamente futuramente <3


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