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História Wedding's Day - Park Jimin - As estranhezas do casamento e a ligação recusada


Escrita por: videogurl

Notas do Autor


boa leitura!!!

Capítulo 2 - As estranhezas do casamento e a ligação recusada


Dia 1.

POV JIMIN

Será que eu nunca pararia de ficar nervoso quando o assunto era a Hana? 

Depois de anos, me via aflito e andando de um lado para o outro como se isso fosse adiantar de alguma coisa enquanto a esperava. A diferença é que o cenário havia mudado bruscamente. 

Antes eu era o melhor-amigo apaixonado que acabou se dando mal, justo no dia que iria se declarar. E, após tanto tempo, eu ainda era o amigo apaixonado, mas esperando pela sua amiga e paixão em uma saleta privada do aeroporto, poucos dias antes do casamento dela. Se antes as chances tinham ido para o buraco, conseguimos evoluir para um ponto onde não havia chance nenhuma. 

Na semana passada, quando Hana me ligou fazendo o convite para passar alguns dias com ela, eu não sei se aceitei por esperança, saudades ou puro masoquismo. Eu sabia onde estava me metendo, sabia ainda mais que aquilo era ridículo levando em conta o que eu sentia por ela, ainda assim, acabei aceitando, pois eu jamais conseguiria dizer não a chance de fingir que a tinha para mim, mesmo que fosse por um curto período.

Que merda, Hana. Por que você sempre me coloca nas piores situações? 

Foi o que pensei depois de desligar o telefone dizendo um sim tremendamente empolgado para vê-la novamente, feito uma criança que acaba de ganhar um doce.

Era muita confusão pisar de novo naquele campo minado. Talvez essa era a minha chance de uma vingança pessoal e eu devia ir embora naquele minuto, só para que ela pensasse que eu a enganei, sentisse muita raiva e acabasse se distanciando de vez. 

Dei um passo até a porta, sem saber se estava ouvindo a minha razão ou a minha emoção e se deveria ir ou ficar. Em questão de segundos Hana abriu a porta, arrastando uma mala e com um sorriso tão grande que me fez pensar que se eu perdesse a chance de ver aquilo novamente eu seria o cara mais babaca do mundo.

— Jimin!!!!! — disse ela em comemoração, largando a mala e quase saltando na minha direção. Me abraçou com tanta força que parecia que íamos estourar — Meu Deus, que saudades de você. 

Eu queria enfiar meu nariz em seu pescoço, pegá-la no colo e garantir que ela não fugisse daquele espaço habitado por nós nunca mais. Também queria sentir seus lábios e afundar meus dedos em seus cabelos, mesmo sabendo que só o fato de imaginar isso era uma loucura completa.

— Você não tem noção do quanto eu senti sua falta, eu estou falando sério — aquilo era sério até demais, desde o dia que ela foi para o Canadá por mais que eu me distraísse sentia um vazio me acompanhando.

— Olha só pra você — comentou ela, me analisando dos pés a cabeça — Você está tão lindo, tão cheiroso, que homem mais lindo! Me fala logo, o que você anda tomando? Isso não é normal. 

Ela sempre tinha aquele jeito divertido de falar sobre a minha beleza e colocar meu ego nas alturas. Soltei uma risada. Ela estava ainda mais linda do que na última vez que a vi. Seu rosto estava um pouco mais cheio, o corpo curvilíneo e terrivelmente agradável de se olhar. Era uma miragem. 

— É o resultado de horas quase infinitas de ensaios e exercícios — eu mal havia percebido, mas ela estava segurando as minhas mãos e me checando sem parar como de costume — Você também está maravilhosa. Os ares do Canadá tem te feito bem pelo visto. 

— Talvez seja isso — ela notou as nossas mãos juntas e as soltou, disfarçando enquanto colocava o cabelo para trás e mudando de assunto — Eu não sabia que os aeroportos tinham essas salas privadas para superstars como você. 

— Isso é só uma pequena sala para emergências, Hana. Não é feita para superstars — fiz aspas no ar — Mas eu não queria que as coisas ficassem tumultuadas quando você chegasse. 

— E nem eu, não estou nada acostumada a lidar com câmeras e gritos. Agradeço por isso. 

— Podemos ir para o hotel? 

— Com toda certeza. Você sabe quanto tempo demora um voo do Canadá até Busan? Milhões de anos. Eu quero descansar logo, tomar alguns drinks e falar coisas estúpidas, do jeito que as coisas devem ser.

— Faremos as coisas do jeito que devem ser feitas — confirmei, mostrando meu braço pra ela e vendo ela se encaixar a mim — Vamos pegar um caminho mais tranquilo pelos fundos.

Estava dirigindo, tentando me concentrar no trânsito, o que era bem difícil na presença dela. Olhei rapidamente pra ela e ela me encarava de volta, tão compenetrada que não conseguia disfarçar.

— O que foi? — soltei uma risada, o olhar dela pesava demais e ela não disfarçava —Tem alguma coisa errada comigo? 

— Tem algo sobre o jeito que você dirige… Te deixa beeeem sexy — ela comentou como se fosse a coisa mais natural do mundo, o que me fez rir ainda mais.

— Você não devia fazer esse tipo de comentários, Hana. Você é quase casada agora, eu não devia ter que te lembrar disso.  

— E por acaso casar tem a ver com cegueira? Porque, de verdade, só sendo cega pra não prestar atenção em você.

Balancei a cabeça em sinal negativo. Ela deu de ombros e passou a olhar o caminho a nossa volta, enquanto falávamos sobre coisas bobas.

Hana tinha comentado que gostaria de passar um tempo em um hotel spa e eu fiz as reservas como um “presente” de casamento por mais que ela tivesse insistido pra que eu não fizesse isso. Chegamos facilmente ao hotel, felizmente, a recepção estava vazia fora a recepcionista e eu fui direto ao balcão. A recepcionista me olhou com os dois olhos arregalados e fazendo muita cara de quem iria gritar.

— Oi, eu fiz duas reservas, está no nome de...

— Park Jimin, por favor, é claro que eu sei isso — respondeu a recepcionista ainda mais animada — É uma honra recebê-lo aqui e eu sou uma grande fã do seu trabalho!

— Obrigado — dei um sorriso — Fico lisonjeado com isso.

Hana se divertia com a situação assistindo tudo ao meu lado.

A recepcionista se levantou, pegou duas chaves e nos entregou.

— Espero que tenham uma boa estadia aqui e todos os nossos serviços estão inclusos. Fiquem a vontade pra aproveitar tudo. E, como pedido, o penúltimo andar será apenas de vocês.

— Penúltimo andar apenas pra nós? — questionou Hana.

— Faz parte de preservar a sua privacidade — respondi rapidamente — Agradeço muito — me direcionei a recepcionista.

— Sr Jimin, eu posso fazer uma pergunta? — disse a mulher, naquele mesmo tom de quem tremia de agitação.

— Claro.

— Essa é a sua noiva, certo? Ela é tão bonita, vocês fazem um belo casal!

Fiquei sem reação. Não sabia o que responder e aquilo era bem constrangedor de se responder. Sim, ela poderia ser a minha noiva, mas eu estou aqui com a noiva de outro cara, em um hotel spa famoso por ser um espaço de relaxamento para casais durante o período pré-casamento.

— Não, nós só somos amigos. Ela realmente vai se casar, mas com outro cara — dei ênfase nas últimas palavras — Só viemos passar um tempo aqui antes dessa cerimônia que será tão especial pra minha melhor amiga.

Hana visivelmente segurava o riso. A recepcionista estava com a cara no chão.

— Me perdoem, eu não quis ser indelicada. Nós só vemos casais por aqui, então, eu pensei que vocês...

— Tudo bem, sem problemas — interrompi antes que o papo ficasse ainda mais desconfortável, balancei as chaves e continuei a sorrir — Estamos indo!

A recepcionista assentiu meio sem graça e saímos em direção ao elevador. Hana começou a rir escandalosamente assim que entramos naquele cubículo.

— Custava você dizer que só somos amigos? — perguntei a ela, acabando por me entregar às risadas também.

— Claro que sim, eu estava adorando ver sua cara de pânico, senti saudades disso.

— Você sempre me coloca em situações constrangedoras, não é, Hana?

— Você ama estar nessas situações comigo, Jimin — ela me surpreendeu, abraçando-me pela cintura e me olhando nos olhos — Se isso te consola... Eu não poderia estar aqui com uma pessoa melhor, mesmo que não sejamos um casal.

Eu queria aproveitar aquele momento a sós para segurá-la e beijá-la naquele elevador. Soltei um suspiro muito pesado e concordei. Não conseguia ir além disso, qualquer coisa que eu respondesse poderia ser ainda mais comprometedora.

Paramos na frente do quarto da Hana assim que saímos do elevador.

— Vou deixar as minhas coisas no meu quarto — disse encarando-a — Você deve estar querendo descansar.

— Não, na verdade, eu queria que você voltasse pro meu quarto depois de deixar as suas coisas no seu — pediu Hana, intercalando entre olhar pra mim e sua mala — Eu estava pensando em pedir um almoço pra nós no quarto e ficar por aqui, tudo bem?

— Sim, com certeza.

Fui para o quarto, ajeitei a mala em um canto e me joguei na cama exasperado e inquieto por todas as interações, na verdade, por aquela situação por completo. Era torturante estar tão perto e tão longe dela. Acabei me dando alguns minutos para respirar até tomar coragem para voltar ao quarto dela, encarar aqueles olhos, aquela boca e aquela vontade insuportável de fazer algo fora do nosso roteiro de melhores amigos.

Bati na porta timidamente assim que voltei, ela falou para eu entrar e me esperava sentada em uma mesa, olhando a janela.

— Busan parece ainda mais diferente do que da última vez que eu vim pra cá — comentou ela, ainda olhando pra fora.

— Ninguém mandou demorar tanto pra voltar — rebati ao me sentar e ela fez uma careta — Mas como se sente estando de volta?

— Estranha, bem estranha pra falar a verdade, ainda mais nesse momento.

— Nesse momento? — indaguei, curioso, sem entender muito bem.

— Sim... Toda essa coisa de casamento é bem estranha, Jimin — ela respirou fundo, fixando seus olhos em mim e gesticulando enquanto falava — Eu achava que isso seria mais tranquilo, que tudo sobre casamento era aquele sentimento bom gigantesco, coisa de filme mesmo, mas não é... É estranho todas as expectativas, os planejamentos, a ideia de selar um compromisso sobre estar o resto da vida com outra pessoa, adoecer e envelhecer juntos. É difícil explicar.

— Consigo compreender que isso possa ser estranho, mas é um processo que costuma ser muito bonito quando você está totalmente certo sobre seu amor por alguém. Você o ama, certo?

Hana se calou. Suspirou fundo e mais fundo. Seu celular começou a tocar em cima da mesa, a tela indicava a palavra “Love” e um coração do lado. Bom, da forma que fosse, esse noivo dela tinha um timing ótimo para se fazer ser lembrado.

Fiquei esperando que ela fosse atender prontamente o telefone e eu tivesse que aguentar toda uma cena sobre saudades, eu te amo, cheguei bem de viagem e mal vejo a hora de te ver de novo, mas foi exatamente o contrário. Hana hesitou em atender ao telefone, encarou bem a tela e recusou a ligação. Tive que me controlar pra não demonstrar surpresa.

— Posso falar com ele depois — justificou ela, dando de ombros.

Não seria eu quem diria o contrário.

— Vamos deixar o papo sobre as estranhezas do casamento para outra hora — continuou Hana com um sorriso deslumbrante no rosto — Me fale sobre você, Jimin. Você deve ter muitas coisas novas pra me contar.

A dificuldade em confirmar de uma vez que amava o seu noivo. A ligação recusada. A brusca mudança de assunto e o fato de que estar longe do Canadá e do homem que ela chamaria de esposo pareciam não ter a mínima importância diziam muito. Entretanto, eu já havia confundido os sinais vezes o suficiente pra tentar me arriscar...


Notas Finais


comentem plz!!!!

xoxo;*


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