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História Welcome to life - Melancolia.


Escrita por: reinaspring

Notas do Autor


Heyyy Cophine shippers!!! Saudades imensas de vocês, sabiam? Então, capítulo 27 postado pra vocês e pelo que eu calculei vamos até o 35 (bom pra vocês).
Desculpem os erros de PT, corretor as vezes acaba comigo. Enfim, obrigado pelo carinho de todos, amanhã tem mais!

Capítulo 27 - Melancolia.


- Delphine – 

Há dias venho notado que Cosima anda estranha, como se quisesse me dizer algo. Olho para ela e a vejo pensativa e isso está me incomodando. Talvez eu saiba o motivo, mas quero não pensar nisso, não agora que estamos tão bem. Nosso relacionamento vai de vento e poupa e eu não quero que nada mude, mesmo que daqui um tempo algumas coisas vão ter que mudar drasticamente.

Fiquei imensamente feliz pelas últimas novidades, ver Cosima feliz é quase minha religião. Finalmente ela conseguiu o tão sonhado emprego, ser uma das integrantes de um Buffet bastante conhecido na região e que atua em outros países, sem dúvidas, vai ser um verdadeiro divisor de águas. 

A única parte não interessante nessa história é que ela vai ter que viajar e eu não sei se estou preparada para vê-la longe mesmo que por uns dias. Aliás, existe uns contras também, ela vai trabalhar nos finais de semana e a maioria dos eventos será no turno noite, isso indica que nosso tempo juntas será curto.

Esse final de semana Cosima foi trabalhar, meu coração se encheu de alegria ao vê-la vestida de chefe, ela vestiu seu uniforme para me agradar, até porque ela não iria sair de casa vestida de mestre cuca. Como ela ficou linda, seu uniforme é preto, uma blusa que mais parece um blazer, sua calça um pouco colada, os sapatos também. Minha vontade não foi outra, eu a abracei, beijei, apertei, cheirei, fiz tudo que eu tinha direito. 

A pior parte realmente é ficar sem ela, então aproveitei para fazer algumas ligações, fazia um bom tempo que não entrava em contato com meus pais, então resolvi ligar. Conversar com minha mãe é como entrar em um site de famosos, porque ela tem informações sobre de tudo que se passa em Montréal. Já meu pai, um pouco mais reservado simplesmente me orientou a não frequentar festas em  Toronto, segundo ele estão aplicado o boa noite cinderela, sinceramente, eu nem sei o que é uma festa. 

A minha segunda ligação, claro, foi para meu avô Erich, como eu estava com saudades de sua voz, liguei para saber sobre seu estado de saúde, de como estava indo a fazenda e meus animais. A melhor notícia mesmo ficou para minha égua Choque que está prenha do cavalo Trovão, logo teremos um novo alazão e pelo tempo deve nascer por volta de Janeiro. 

E todo esse papo sobre a fazenda me recordou que meu tempo em Toronto está se esgotando. E sinceramente? Não sei o que fazer. Obviamente pela Cosima e sua família eu quero permanecer, mas o problema é que antes de conhecer a Cosima eu já tinha uma vida, um cronograma, um planejamento de como seria quando acabasse meu curso. E eu me imaginava já sendo a Doutora Cormier médica veterinária reconhecida, aonde todos me procurariam para cuidar de seus animais e bichos de estimação, já cheguei a cogitar abrir uma filial de pet shops em Montréal. 

Então de todas as coisas que já me passaram na vida, de tudo que pode vir pela frente, o que eu tenho mais medo, o que mais me apavora é ter que tomar uma decisão sobre ficar e ter Cosima para sempre comigo, ou, ter que escolher a fazenda e realizar meus sonhos. Como Deus pode me ajudar? 

 

(...)

- Ok, Cos, vamos conversar! – Essa foi minha reação, já esperava que ela fosse tocar no assunto mas não imaginei que fosse ser tão direta. 

 

- Delphine, o que você pretende fazer enquanto eu estiver nesses 15 dias fora? – É isso que eu quero saber, esse é meu ponto.

 

- Bom, o que eu vou fazer nesses 15 dias? – Falei rindo, o que eu iria fazer, afinal? – Vou trabalhar no centro médico da universidade e dormir agarrada com um travesseiro. 

 

- Essa não é a questão! – Já comecei a roer minhas unhas, claro que ela iria trabalhar, rotina, tudo bem, mas eu quero saber se nesses 15 dias posso confiar nela, na fidelidade dela. 

 

- Então, qual é a questão? – indagou!

Se eu fosse falar diretamente que estou com medo de ser traída, isso seria o início de uma tempestade, mas como posso falar indiretamente? 

 

- Então, Delphine, eu quero saber se eu posso ficar em paz nesses 15 dias fora, eu quero dizer, se eu posso viajar despreocupada? – pronto, falei, é isso!. 

 

- Como assim? Aonde você quer chegar com “eu posso ficar despreocupada?” – Espero que ela não esteja insinuando nada.

 

- Vou tentar explicar! Você sabe, sabe bem que já tive muitos problemas com minhas antigas relações, já mentiram muito pra mim, fui enganada, traída e trocada. – Delphine começou a me olhar diferente, seu semblante mudou rapidamente, levantou-se e veio em minha direção.

 

- Eu não estou acreditando nisso, Cosima, não acredito que não confie em mim, sinceramente? Não consigo acreditar! – Fiquei tão brava e nervosa com a situação que minha vontade é de gritar bem alto.

 

- Eu confio em você, eu só... Quero dizer, estou preocupada! Eu não, não quero mentir pra você... – gaguejei tudo, as palavras foram atropelando-se uma nas outras, minhas mãos começaram a soar.

 

- Preocupada? Acho mesmo que vou te trair nesses 15 dias? Que tipo de namorada eu sou? Aliás, que tipo de pessoa você pensa que eu sou? Acha que sou igual as vagabundas com quem você se relacionou? É isso? – Fiquei completamente descontrolada, minha respiração estava tão forte que parecia mais uma ventania. 

 

- Eu não quis dizer isso, Delphine, mantenha a calma, por favor! – Tentei amenizar a situação! – Eu só sou assim, insegura, me perdoa, tá? – fui em sua direção para lhe abraçar e ela se esquivou.

 

- Não, Cosima, não é assim, você me ofendeu! Me conhece bem, quantas vezes nós já conversamos e eu te falei que se estou com contigo é apenas com você e pronto? Quer que eu desenhe na minha testa? – já não tinha mais paciência para esse assunto de insegurança.

 

- Eu não queria ofender você, não é e nunca será minha intenção! – tentei controlar meu tom de voz, manter a calma, tentar controlar a situação! – Você não me entende, sabe pelo que eu já passei também, eu fico insegura sim, eu tenho medo de ser traída, confesso, mas eu só estou com medo de ir porque é você, olha pra você Delphine! – minhas mãos chegaram até a cabeça, sentir um nó na garganta, a vontade de chorar chegou e começou a querer me derrotar, tentei ser firme.

 

- Cosima... eu sei, eu entendo você, mas não é assim que as coisas funcionam no nosso relacionamento, você sabe disso! – Me dei conta de toda a situação, de sua sensibilidade, suas más experiências e no fim das contas não da para culpá-la. Fui até ela, parecia perdida e envergonhada, eu não queria prolongar uma discussão, então a puxei e tomei-a em meus braços, um abraço forte e apertado. – Não fica assim, está tudo bem, eu vou ficar bem, eu vou esperar por você, vou chorar de saudades e ligar todos os dias para você, combinado? –

 

- Promete? – minhas lágrimas escorreram, entre soluções me veio algumas palavras... – Eu também vou sentir saudades! – estávamos abraçadas, acariciando as costas uma dá outra. 

 

- Claro meu amor, eu prometo para você! Está tudo bem agora! – segurei seu rosto com as minhas duas mãos e a beijei. 

Ficamos por um tempo assim entre beijos e carícias. Ainda não tínhamos terminado nosso assunto do dia, havia algo bem mais preocupante do que uma viagem de 15 dias. Eu só queria me livrar de uma vez por todas desse assunto, então depois de um breve silêncio voltamos à pauta.

 

- O que vamos fazer Delphine? Quando seu curso acabar, quando você tiver que ir embora para retomar sua vida, me diz o que vamos fazer? O que será de nós, o que será de mim aqui sem você? – joguei tudo no ar, falei tudo que pensava e sentia, sem pressa, sem alterar a voz, tudo que eu tinha era perguntas e lágrimas.

 

- Eu não sei Cosima, não sei o que vamos fazer, não sei o que fazer! – Não aguentei, não sabia como responder todas as perguntas, eu me sentia confusa e encurralada. Qual seria minha saída? Minhas lágrimas me domaram, abaixei a cabeça derrotada, sem saber como continuar.

- O que vamos fazer? – Fiquei de joelhos no chão, com minhas mãos por cima das pernas de Delphine que estava sentada na cama, eu só tinha lágrimas e dúvidas. Pousei minha cabeça sobre suas coxas e deixei o desespero tomar de conta.

 

 Esse foi o nosso momento.

Não sabíamos o que fazer, o que dizer uma para outra que servisse de consolo, uma vez que qualquer decisão nos afetaria, eu por ter que ficar sem ela, o amor dá minha vida. Já Delphine, cabia à ela tomar uma decisão, ir ou ficar. Tantas dúvidas, tantas perguntas e nenhuma resposta. O que seria de nós duas, afinal? O fato é que nem eu e muito menos Delphine esperávamos nos encontrar! O destino tratou de nos unir, mostrou para mim o que é um relacionamento de verdade, com altos e baixos, principalmente eu, tive a grande oportunidade de conhecer um amor que nunca na vida eu pensei em ter mas que sonhava todas as noites. E Delphine? Longe dela ter sonhado que um dia ela se encontraria com uma mulher em um acaso do destino se apaixonaria, como nunca amou ninguém em sua vida, alguém, eu, que cheguei e mudei sua rotina, praticamente sua vida. 

Estávamos em prantos, nós duas, chorando abraçadas. O som dos nossos batimentos cardíacos era quase um pedido de socorro. 


Notas Finais


Espero que gostem e comentem também!!! Boa leitura!


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