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História Welcome to Mount Massive - O casamento.


Escrita por: Anagassen e AlmostLove

Notas do Autor


AlmostLove: Dedico esse maravilhoso capítulo a todas as leitoras e leitores que sentiram falta da Jihyun.
Espero que gostem, que deixem sua opinião, pedidos, susgetões, críticas. <3 Sério, vocês precisam nos direcionar as vezes, precisamos saber se está tudo bem para vocês! ~<3
Se divirtam pessoal. Eu estou ansiosa pelas reações das pessoas, principalmente da Jujuba, aliás, dedico esse capítulo a minha querida Jujuba que finalmente descobrirá quem é a famosa médica. < Mesmo depois de eu ter soltado isso em uma conversa de grupo que ela estava, mas, sendo ela a moça avoada que é, nem mesmo percebeu isso. :v isso quando a gente nem tinha feito a médica aparecer ainda. shauhsauhsuahsuahsah (até hoje Ana joga isso na minha cara. :v )
Dedico também a Lexxis e a Bjung. Aliás, querida Bjung, depois de todos os seus pedidos, finalmente,colocamos a sua personagem favorita nessa fanfic, agora pode culpar ela de todas as coisas. Eu sei que você adora fazer isso!
Eu, pessoalmente, não comemoro Natal. PORÉM, desejo um feliz natal a todos vocês! ~<3 see ya!

Anagassen: HELLOOOOO AMIGUINHOS! FELIZ NATAAAAAL! <3333
Dedico esse capítulo a todos vocês que estão nos acompanhando e nos apoiando com essa ideia louca, mas que adoro! E em especial para a Jhu que passou muito tempo no skype ontem pedindo pra gente contar quem era a médica :v HOJE TU DESCOBRE, MENINA!!!!
E também dedico para a Bjung e a Lexxis, pois nos ajudaram a decidir sobre quem seria o tão avoaçado dono do Péricles (sim, o rato). E bem... Vai sair um casal novo na fic graças a elas :v
Esse capítulo tem a minha cena favorita da fanfic inteira, espero que gostem! Bem... A capa que fiz para o capítulo diz tudo :v EHUAHEAUAEHUAE AMO VOCÊS, TÁ? BEIJOS!!
Relevem os erros de digitação! E uma boa leitura! <3

Capítulo 8 - O casamento.


Fanfic / Fanfiction Welcome to Mount Massive - O casamento.

O grupinho seguia Chanyeol com despreocupação. Usavam a câmera de Hyomin para as partes mais escuras.  Depois de curvas, correrias por causa de barulhos estranhos e gritaria por encontrar cadáveres jogados de um lado ou outro, finalmente chegaram a um dos últimos túneis que precisariam seguir.

O túnel tinha pontos de luz e o chão era de ferro, com pequenos buracos, em alguns pontos próximos aos lugares com luz, subia fumaça do chão.  O cheiro de podre estava por todo o lugar assim como ferrugem e obviamente, o mau cheiro do esgoto. Mais a frente havia duas possibilidades, como sempre, direita ou esquerda, o grupinho estava para começar uma votação, quando Chanyeol os encarou.

Todos queriam ir para a direita, já que era o caminho da ala feminina, coisa que Chanyeol comentara antes, inclusive, sendo a ala feminina a mais segura de todo aquele lugar.

– Por que estão votando se eu sei o caminho? – Falou com um olhar curioso e acabou por dar um sorriso com a confusão do grupo. Logo em seguida, apenas entrou no túnel esquerdo e os encarou. – Vamos lá pessoal. E lembrem-se sem se separar... Entenderam? – Falou mais uma vez o que vinha repetindo há quase trinta minutos e voltou a olhar para frente.

– Se ele repetir isso de novo, juro que vou surtar. – Taeyeon falou baixinho, somente para sua namorada e voltou a encarar as costas do maldito médico. A cada minuto sua inimizade em relação a ele crescia. Principalmente depois do que dissera sobre transformar seu querido-odiado irmão em isca.

– Mantenha a calma, TaeTae! – Tiffany sussurrou para a namorada e lhe dera um beijo demorado na bochecha. Acariciou-lhe as costas para tentar fazê-la se acalmar, mas a verdade é que a inimizade entre Taeyeon e Chanyeol já estava ali e dificilmente iria sair. – Talvez estejamos com a impressão errada sobre ele.

– Onde exatamente fica a ala feminina? – Hyomin indagara desconfiada. – O prédio dois não é por conta da sinalização... – Semicerrou os olhos e conferiu o quanto ainda lhe restava de bateria. – E nem o cinco. – Sussurrou para Baekhyun, que assentira. – Essa ala não seria direto no prédio quatro ou... – Todos pararam de andar, fitando Chanyeol severamente.

– Olha aqui, viado... Bicha, o senhor não venha nos dizer que essa maldita ala feminina fica justamente no prédio um, MAS O SENHOR NÃO É NEM LOUCO DE DIZER ISSO. – Baekhyun fitou-o mortalmente. – Se eu perdi Jessica atoa... – O tom de voz se tornou perigoso. – O Senhor Viado não é nem louco...

– A merda da ala feminina que iria nos dar vantagem de tempo é justamente no prédio da Jihyun, não é? – Hyomin forçou um sorriso.

– Sim, ela fica no prédio um. Por que acham que a Jihyun anda de boas por lá com todas as chaves? Porque é simplesmente a ala mais segura de todo esse maldito lugar. – Ele murmurou com certo pesar e suspirou. – Porém, nesse prédio aqui a Jihyun tem um andar inteiro. É o terceiro andar. É meio difícil passar pelo primeiro e segundo, considerando o tanto de problemas e variantes descontrolados que temos nessa ala... Mas o terceiro andar é completamente seguro e é lá que teremos um tempo de vantagem para descansar. – Ele falava com tranquilidade demais, para quem estava fazendo aquele percurso.

 – Como você consegue ficar tranquilo, sabendo aonde iremos nos enfiar agora? – Taeyeon falava com um olhar desconfiado, novamente sentindo os afagos carinhosos da sua namorada em suas costas.

 – Isso é bem simples... Eu já transitei muito por essas alas, logo quando esse lugar se tornou essa bagunça e também depois, procurando algo que a doutora Boram deixou para me ajudar com Jihyun, mas nunca encontrei. Somente a amiga de vocês sabe onde isso está... Isso claro se a Boram realmente tiver falado pelo e-mail que mandou a ela. – Ele falava ainda com o tom de voz calmo. – Fiquem o máximo possíveis calmos... Aproveitem essa calmaria inicial, relaxem a mente. Vocês não fazem ideia do que irão ver a partir de agora.

– Ele podia ter ajudado a gente... Talvez tivéssemos conseguido achar a Jessie antes ou até já poderíamos ter chego no maldito prédio quatro. – Já neste ponto nem mesmo Tiffany, que era a mais calma do grupo neste sentido, conseguia segurar a feição mortal para Chanyeol.

– O que tem no primeiro e segundo andar, Senhor Park? – Baekhyun dissera a última palavra com certo desgosto. – Já é melhor nos prepararmos, não? Você ao menos tem a chave do andar da Jihyun? Pois eu duvido muito que seja assim aberto para qualquer um entrar. – Fitou-o de cima para baixo enquanto aproximavam-se de algumas escadas.

– Hum... – Hyomin rira pela respiração e então notou algo bem no canto do túnel. Um pedaço rasgado de pacote de pilhas. Piscou em confusão, mas não dera tanta importância por não ter realmente o que queria ali. Suas pilhas já estavam chegando ao fim e a moça definitivamente não sabia o que fazer.

– Ninguém vai ao andar três. Por isso ele realmente não é trancado. – Chanyeol falou com tranquilidade e cessou os passos os encarando. – No primeiro e segundo andar vocês verão todos os variantes descontrolados que tem soltos nesse lugar. E com a probabilidade de acharmos os Gêmeos, o Walker e o Canibal entre eles... Eu sei que até o presente momento falei pouco e dei a entender que existem outras possibilidades. Mas ir para o quatro pelos esgotos é impossível. E esse caminho é o mais rápido que eu consegui do dois ao quatro. No andar da Jihyun, ela guarda o cartão chave da sala de controle deste prédio, que também fica no andar dela. – Ele murmurava pacientemente passando as mãos pelos cabelos castanhos e os olhando com seriedade. – Eu sei que nesse momento vocês todos me odeiam. Mas acreditem, eu realmente não iria lança-los numa cilada, não quando vocês são a única chance de eu conseguir sair daqui junto com a Jihyun.  Confiem em mim um pouco mais e eu prometo que eu e Jihyun conseguiremos tirar todos vocês daqui. E se ela tivesse matado a sua irmã. – Falou se aproximando de Hyomin.  – Se ela estivesse morta, saberíamos... A médica nunca matou ninguém no quatro. Eu sei disso, porque eu já vi parte do prédio pelas câmeras da sala do controle desse prédio aqui. Ele é tão vazio quanto o andar da Jihyun. Não tem movimentação, não é lá que ela mata as pessoas. Eu acredito seriamente que a sua amiga é a médica. E é plausível. Ela chegou aqui no meio da bagunça. A droga ainda estava se espalhando pelos dutos e ela passou um ano inteiro completamente isolada. Os efeitos da droga mais esse tipo de isolamento... Isso traz consequências psicológicas severas. Se ela fosse mesmo matar ou machucar a sua irmã. Já teria feito e teria feito um showzinho igual fez com o Baekhyun. – Ele falou calmamente e voltou a andar.

– O que você realmente quer de nós? – Depois do praticamente monologo dele, Taeyeon  perguntou com um olhar desconfiado.  Aquele médico definitivamente não era de dar ponto sem nó.

– Eu quero o mesmo que vocês. – Falou ainda andando, mas a voz adquiriu um tom triste e foi possível notar a postura dele mudar. – Sair daqui com quem ainda restou das pessoas que são importantes para mim.

Ninguém se pronunciou após o homem terminar sua sentença. Chanyeol não era tão confiável aos olhos de todos, mas enquanto não os colocasse em uma furada, poderiam acreditar. Subiram toda a escadaria e deram de cara com uma única porta, tendo o homem a abri-la e cuidadosamente analisar a situação do local com a ajuda de Hyomin e sua câmera antes de realmente entrar. Era um corredor mediano, mas com pequenas entradas de ambos os lados, ao qual pareciam caber de três a quatro pessoas de pé e bem encostadas. Eis que um variante no final do corredor gritou e começara a correr na direção do pequeno grupo. Chanyeol puxou Baekhyun para uma das entradas e Taeyeon puxou a namorada e Hyomin para outra, ficando todos uns de frente para o outro. O variante passara correndo e então voltando, eis que o mesmo tinha uma faca. Tiveram de avançar aos poucos por aquele corredor, fazendo o mesmo esquema sempre, já que o variante tinha os olhos tampados por um pano bem preso. Saíram correndo para mais uma leva de escadas que desta vez os colocaria para dentro do prédio.

– Aquele, definitivamente, era o mais fácil desse lugar. – O psiquiatra sussurrou baixinho e como Baekhyun era o mais próximo a ele, fora também o único a ouvir aquele comentário.

Quando entraram na tal porta, deram de cara com uma sala com duas portas, uma delas com um armário de ferro pesado, cobrindo-a, como se tentassem trancar algo do lado de fora e a outra, que até então estava silenciosa, estava trancada.

 – Vamos arrastar isso. – Chanyeol falou para Baekhyun que o encarou incrédulo, dando espaço para uma impaciente Taeyeon ajudar o psiquiatra a arrastar o tal armário.

 – Não espere que o Baek pegue no pesado. Nem mesmo um quilo de arroz ele carrega. – Ela resmungou baixinho, mas todos os resmungos e comentários pararam, quando ouviram pancadas fortes numa porta próxima do extenso corredor.  – Acho bom começarmos a correr!

– Por que tem gente batendo naquela porta? – Tiffany agarrou o braço do cunhado e arregalando os olhos. Todos apertaram o passo na direção do final do corredor. Todos. Menos a Hyomin. Apesar de logo atrás de si ter ouvido uma porta ser quase partida em pedaços, seus olhos brilharam e seus instintos de uma Nerd que jogou muitos jogos de terror a fizeram desviar o caminho para uma porta no meio do corredor, na direita. Adentrou o local e fora com a mão esticada imediatamente em uma pilha perdida no meio do caminho, pegando-a e notando que debaixo da cama tinha outra... Tivera de se abaixar e se enfiar por ali mesmo para pegar a pilha e isso sem nem perceber que dois variantes estranhos passaram pela porta sem nem vê-la.

– Pilha... – Sussurrou para si mesma e sorrindo largo ao finalmente trocar as pilhas da câmera. Suspirou em grande alívio, pois o par anterior já tinha terminado...

Hyomin estava para sair daquele quarto, quando notou, na porta do mesmo, uma criatura, apontou a câmera de visão noturna para a mesma, notando que era uma noiva. Literalmente uma noiva. O vestido branco estava impecável, usava saltos altos delicados e o vestido até mesmo tinha calda. E para completar o bizarro visual, um véu que escondia completamente o rosto e uma delicada coroa de cristal na cabeça.  Porém, quando Hyomin começara a pensar em falar com a mesma, eis que fora possível notar em suas mãos um taco de beisebol de metal ensanguentado.

A noiva começava a se aproximar da pobre castanha, que cada vez mais estava encurralada, por sorte, seguiu o instinto de passar a visão noturna por todo o quarto em busca de algo para fugir e notara que em cima de uma escrivaninha tinha um duto de ar aberto.

A Jung mais nova não pensou duas vezes, correra para o mesmo em meio ao desespero, subindo na mesinha e entrando no duto, engatinhando desesperada pelo mesmo, olhou para trás umas três vezes seguidas, com olhos arregalados, mas a noiva definitivamente não a seguira, tudo o que fora possível ouvir, fora a risada macabra da mesma que ecoou por todo o duto.

– Meu Deus, meu Deus, meu Deus... – A moça seguia o caminho com uma angustia gritante. Por que se separou do grupo realmente? Tinha que aprender a mandar nos próprios instintos, pois nem mais podia falar mal da decisão de Jessica de entrar no prédio dois. A pobre Jessica ainda tinha motivos para entrar e deixar o combinado de lado... Hyomin o fizera por duas míseras pilhas. Arrastava-se desconfortavelmente até perceber que haviam dois lados para seguir. Em um deles havia uma barata e no outro uma pilha. Obviamente que ela fora para o lado da pilha e sem medo! Nem mesmo se recordava do "Siga o sangue" da médica, apenas seguia as pilhas para garantir a sobrevivência de sua câmera. Descera em uma sala estranha, mas com outro armário para empurrar.

Havia uma outra porta atrás de si, mas a mesma estava trancada e Hyomin até mesmo pensou em tentar arrombar, mas acabou desistindo da ideia ao lembrar da vez em que tentara arrombar a porta do quarto de Jessica e deslocara o ombro. Após muito esforço e alguns resmungos sobre ter sido muito burra para seguir pilhas, ela conseguiu, enfim, empurrar o armário e abriu a porta.

Era um extenso corredor e no final do mesmo, estava a estranha e arrepiante figura de antes. A Noiva ainda tinha em mãos o taco e o véu continuava a cobrir o rosto da mesma. O que deixou tudo ainda mais estranho, foi a noiva estender a mão na direção dela, como se a esperasse.

– Ai... – Hyomin tinha uma careta no rosto e até mesmo pensou em voltar pelo mesmo caminho e abraçar a baratinha no duto, mas a porta fora fechada atrás de si no mesmo instante. Podia-se dizer que a castanha perdera toda a cor e rapidamente ficou pálida, pois agora acreditava quando chegasse ao fim do corredor estaria morta. Arriscou dar um passo para frente e reparou que a noiva tinha completo domínio do corpo já que não mexia nem mesmo um músculo. Até cogitou erguer a câmera e usá-la para se defender, mas havia colocado tudo em risco por causa das pilhas daquele bendito objeto. Quando mais se aproximava, mais enxergava o que havia atrás da noiva paralisada. Era uma escadaria! Provavelmente as escadas de emergência. A questão era: Corria ou dava a mão para aquela variante pirada? Optou pela segurança, pois tinha mais medo de Jihyun com raiva do que de uma noiva louca. Entre uma louca e outra, muito melhor era aquela que provavelmente iria brotar para lhe salvar. Aliás, Hyomin de tão exigente já achava um absurdo Jihyun ainda não ter aparecido.

Então, o plano que se formou na mente da castanha era bem simples, ela correria até as escadas, subiria e iria tentar ir para o terceiro andar. Já que, Chanyeol havia dito que lá ninguém entrava só ele e Jihyun. 

E tudo parecia simples, simples até demais, ela passara correndo pela noiva, abrira a porta com mais facilidade do que achou que abriria e iniciara a corrida pelas escadas, ouvindo mais uma vez, atrás de si o eco da macabra risada da noiva.  Depois de subir dois lances de escada, pausou para respirar fundo e porque notara outro par de pilhas no chão.

Até aquele momento a jovem não estranhara o fato das pilhas sempre a levar até a noiva. Então, depois da curta pausa, voltou a correr e finalmente se deparou com a porta do terceiro andar. Mal a tocou e a mesma fora aberta por um variante que usava terno e que praticamente a jogou para dentro do novo ambiente.

O mesmo encostou-se na porta como um segurança, a impedindo de voltar por onde entrara e pareceu ignorar a existência dela.  O ambiente era extremamente claro,  porém, o curioso era que era por velas, por todo o chão, como se a guiasse pelo corredor. Era um tipo estranho de igreja. A cada dez das grossas velas, um par de pilhas estava no lado direito do chão.

No final do extenso corredor que ficava entre as cadeiras, algumas arrebentadas, estava a noiva, agora com um buque nas mãos e o véu ainda cobria o rosto. Para deixar tudo ainda mais estranho e um tanto quanto arrepiante, a marcha nupcial teve inicio, como se aquilo fosse um casamento.

– Que. Merda. É. Essa? – Hyomin indagara para si mesma e falando tudo pausadamente, pois sentia-se incrédula com a situação.

Não parecia ter outra saída pelo altar além de uma porta aberta atrás da noiva. Arregalou os olhos e virou-se de costas apenas para analisar mais um pouco da sala e procurar por outra saída. Nada. Apenas o variante bem arrumado que lhe ignorava e fitava o nada. A castanha voltou a fitar a noiva que novamente estava paralisada sem mover músculo algum.

 – Será que é a mesma pessoa? – Piscou em confusão sem entender como aquela variante havia chego ali antes dela. Engolira em seco e dera a volta pelas cadeiras vazias da espécie de igreja e dera a volta pela noiva antes de passar correndo pela porta. Porém... Em cima da mesa, bem ao lado da bíblia do "Padre", que era outro variante, havia mais um par de pilhas. A castanha mordera o lábio inferior sem saber se arriscava pegar aquelas pilhas ou se dava logo o fora. Optou por furtar as pilhas e sair correndo loucamente pelos corredores escuros. A respiração estava ofegante e a moça ficava cada vez mais assustada com tudo aquilo. – Será que ela pensa que eu sou o noivo? – Indagara baixinho para si mesma ao chegar no que parecia ser o fim do andar. – Que horror...

A cada passo que a jovem dava, só parecia aumentar mais a suave melodia que vinha dos autos falantes. Sempre que marcha de núpcias chegava ao fim, se repetia desde o inicio, em um estranho tipo de loop. Aquilo só deixava Hyomin ainda mais apavorada, a cada porta que cruzava sentia o medo de dar de cara com a estranha noiva novamente.

Ainda assim, não conseguia resistir as pilhas e acabara por parar em um enorme refeitório, aquele andar era definitivamente grande. E lá tinha de tudo, um bolo de casamento todas as comidas e perto do bolo estava à estranha noiva com uma faca grande demais para partir o pedaço do bolo.  Do lado do bolo mais um par de pilhas e a porta para sair do refeitório, estava atrás da noiva, mais uma vez, aberta.

A castanha até mesmo pensou em voltar, mas dessa vez havia dois variantes na porta, encarando-a com o mesmo olhar vago. Estavam muito bem limpos e arrumados, assim como o primeiro variante.

– Pilhas... – O biquinho em seus lábios era enorme. Hyomin já não tinha nem mais bolsos para enfiar as pilhas, mas mesmo assim o receio de ficar desprotegida sem a câmera era maior. Aquela faca era assustadoramente grande e novamente aquela mulher macabra estava a lhe fitar parada. A pobre moça não sabia se ficava mais assustada com a situação toda ou com o fato da Noiva variante conseguir se locomover tão bem e tão rápido com saltos daquele tamanho. Hyomin quase saiu reto por aquela porta, mas o bolo estava tão bonito que além de ter a cara de pau de pegar as pilhas, a moça ainda por cima passou o dedo indicador no glacê do bolo e o levou para a boca. Deu a volta pela noiva enquanto a fitava com o indicador na boca, entretanto... Retornou, pegou um brigadeiro e então saiu.

Correra pela sala seguinte, notando a porta do refeitório ser fechada com tudo e já temia que a noiva estivesse atrás de si. Era uma sala cheia de mesas e máquinas de custuras, assim como tinha portas tampadas por armários. Hyomin andou até a única porta cujo não tinha isso e tentou girar a maçaneta. Trancada. Abaixou a cabeça e reparou que tinha mais um par de pilhas no chão e então se agachou para pegá-las. O que realmente não contava é que quando se levantasse... Iria ver a Noiva macabra pelo vidro da porta. E esta apenas tocava com a palma no vidro e ainda com um véu em seu rosto. O grito em horror fora alto e agudo.

A noiva levantara a outra mão até a mesma ficar visível pelo vidro e em sua mão estava um pratinho com um grande pedaço de bolo e vários doces e brigadeiros, inclusive do doce favorito de Hyomin. Aquilo suavizou o grito da moça que até se perguntou se não seria uma boa ideia parar para comer, quem sabe a tal noiva fosse gente boa.

Ainda assim, mais adiante, em frente a outra porta, viu outro par de pilhas e acabou por ir naquela direção, pegando o par de pilhas e testando a porta, que dessa vez se abriu dando para um corredor completamente escuro.

– Ai... Por que eu sigo essas pilhas? – Indagou-se trêmula e ligando a câmera para poder seguir caminho. Era um corredor extenso e largo, tinham algumas portas bem distribuídas dos dois lados, porém nenhuma abria. A única porta que Hyomin tinha certeza que estava aberta era a do final do corredor, pois vira com a visão noturna e o zoom. O maior receio era ser uma sala sem saída e que a noiva estivesse vindo logo atrás de si. Aproximou-se com certo pesar e reparou que logo na entrada tinham algumas pétalas de rosas que trilhavam um caminho até uma cama de casal enorme. O quarto estava todo iluminado por velas, mas era o suficiente apenas para deixar o ambiente um pouco claro.

 Hyomin tinha uma leve careta no rosto, aproximando-se da cama e percebendo que tinha um abajur ao lado da mesma. Ligou-o e quase acabou por se engasgar ao reparar em um pente de cabelo, um perfume, uma lingerie preta e um roupão de seda também preto em cima da cama. Ao lado... Um recado e mais um parte de pilhas. Hyomin pegou o papel antes e o lera com atenção. – "Eu te dei o que você queria, agora você precisa se vestir para me agradar", que merda é essa... – Piscou em confusão.

Como se houvesse um timing perfeito, a porta fora trancada pelo lado de fora, deixando-a sozinha ali dentro. E uma música diferente começou a tocar. Logo a voz de Beyoncé invadiu todo o lugar na música um tanto quanto sexy e provocante.

– Que droga é essa?  – Hyomin se ouviu sussurrar incredula, enquanto Naughty Girl de Beyoncé continuava a soar pelos autos falantes.

Baby the minute I feel your energy

The vibe's just taken over me

Start feeling so crazy babe

Lately I feel the funk coming over me

I don't know what's gotten into me

The rhythm's got me feeling so crazy babe

– Eu não acredito nisso... – Ela sussurrou incrédula ouvindo a voz vibrante de Beyoncé continuando a preencher o local.


Tonight I'll be your naughty girl (oh)

I'm calling all my girls

(Oh) We're gonna turn this party out

I know you want my body

Tonight I'll be your naughty girl

Like I'm calling all my girls

I see you look me up and down

And I came to party

 

– Apenas se troque! – A voz de um variante soou no lado de fora do quarto, enquanto a música continuava soando.

– Não acredito que a macabra me quer de lingerie antes de me matar. – Falava incrédula consigo mesmo e começou a se trocar desconfortavelmente. Deixou suas roupas em cima de uma poltrona e ajeitou bem o roupão por cima de seu corpo. Fora então que passou os olhos pelo quarto e reparou em algo assustador logo no topo da cama. Algemas. – Me leva, Deus... Me leva! – Exclamou horrorizada e sentando-se na ponta da cama, bem longe das algemas.Ouvira um barulho alto no lado de fora do quarto, mas não era qualquer barulho. Era o barulho de um facão sendo arrastado no chão. Hyomin não sabia nem se fazia o que a Noiva queria ou se tentava arrumar outro jeito de fugir. – Eu vou morrer... – Sussurrou emburrada.

Um residente vestido com roupas parecidas com a que um camareiro usaria, entrou no quarto depois de destrancar a porta, só assim fora possível notar, que na verdade o ruído de algo metálico que lembrava uma faca era um carrinho, que o variante cuidadosamente deixou do lado da cama, para logo em seguida sair a trancando ali dentro novamente.

Hyomin pode notar um baldinho com gelo e uma garrafa de champanhe dentro e duas taças. Vários doces e um pedaço grande de bolo, também morangos cobertos com chocolate e uvas cobertas com chocolate branco.

– Mas o que...  – A Castanha deixava escapar chocada olhando aquilo tudo ali com uma expressão confusa. Foi então que a grande surpresa finalmente foi dada. De uma porta que Hyomin não notara e que era o closet do quarto, saíra a estranha noiva de antes.

Agora com uma versão mais curta e sexy do vestido, porém o estranho véu ainda estava ali e em mãos, a noiva tinha um chicote de couro preto e uma venda. Ela foi se aproximando da Castanha que começou a se afastar da mesma, dando a volta na cama e andando de costas para a parede e encarando a estranha variante.

A noiva largou o que carregava em mãos na cama e continuou a se aproximar de Hyomin, tendo esta a ficar encurralada entre a noiva e a parede. Em poucos segundos sentiu o corpo da mulher lhe prensar, em um encaixe perfeito, uma das pernas posicionadas entre as pernas de Hyomin, pressionando-lhe a intimidade sem nenhum pudor.

– Darling... – A voz profunda e rouca soou baixinho, à medida que a noiva levantava o véu. Lee Jihyun pressionou os lábios no pescoço alheio, deixando-lhe delicados chupões acompanhados de mordidinhas e beijinhos. – Que saudades...

– Eu não... Acredito nisso. – Hyomin engolira em seco e a fitou muito surpresa. Como não havia desconfiado daquilo? Era apenas um dos questionamentos ao qual se fazia no momento. – Eu quase morro do coração achando que é uma noiva assassina de pobres e indefesas donzelas... E era você? Por que não me avisou? Agora estou muito chateada com você, Jihyun, muito chateada mesmo! Eu corri que nem uma louca, ignorei a comida, ignorei você umas quinhentas vezes... E VOCÊ NÃO ME AVISOU DE NADA! – A mulher a sua frente não parecia ter ligado para nada dito até então... Ao menos até o grito. Quando a moça gritou, a feição da mulher a sua frente se tornou mortal. – Quase morri do coração... Nunca fui tão iludida e enganada por causa de algo tosco como pilhas... E o pior foi nem ter ligado o ponto que a minha mochila tinha ficado com você. Não sei se me bato ou te bato!

– Eu preparo essa linda surpresa e tudo o que recebo são gritos? – A jovem residente das chaves sussurrou com um leve bico nos lábios, porém o olhar era mortal, o que a deixava assustadora, mas fofa. – Acho bom parar de enrolar, dessa vez em definitivo você não me escapa. E tem comida no carrinho para depois. – Murmurou com a voz voltando a adquirir o tom rouco pervertido. Pressionava-se cada vez mais contra o corpo de Hyomin fitando-a com um olhar malicioso e um sorrisinho torto. Voltou a aproximar o rosto da outra jovem, dessa vez, no entanto, seus lábios foram de encontro ao da castanha e ela deu inicio a um beijo profundo e um tanto sôfrego.

– Você tem ideia de que eu quase segui uma barata morta de tanto medo, né? Claro que sabia! Tinham pilhas até dentro do bendito duto de ar! Você me aparece com um taco de beisebol ensanguentado! Querias que eu ficasse feliz? – Apesar de ter retribuído o beijo, a castanha ainda se encontrava indignada. – Por que toda vez que você aparece tem que fazer esse suspense todo? Essa coisa de assustar? Cruz, credo e Deus me livre! Quase me mata do coração! Eu preciso achar a minha irmã! A médica já deve ter feito picadinho da coitadinha! – Mesmo que muito revoltada, ainda tinha a cara de pau o suficiente para erguer o queixo e dar espaço para a moça lhe beijar o pescoço. – Espera aí... – Piscou em confusão ao se dar conta de um pequeno detalhe... – VOCÊ ME VIU TROCAR DE ROUPA, LEE JIHYUN? SUA PERVERTIDA!

Aquilo definitivamente foi a gota d’água para Jihyun. Ela se afastou de Hyomin, a fazendo cair sentada no chão, devido a maneira brusca de se afastar e a encarou furiosa. Começou a tremer tamanha a fúria e a indignação com tudo o que a Jung mais nova estava fazendo.

– CHEGA! VOCÊ VAI ME OUVIR E VAI ME OUVIR AGORA! EU ESTOU A TRÊS MALDITOS DIAS INTEIROS TENTANDO FICAR COM VOCÊ, SABIA? TRÊS! TRÊS DIAS!  E O QUE ACONTECE? VOCÊ FOGE TODA HORA, VOCÊ MENTE, SUA AMIGA ME BATE, VOCÊ FOGE DE NOVO, DEPOIS MENTE MAIS UMA VEZ. EU NÃO AGUENTO MAIS! – Gritou furiosamente e rasgou de si mesma o vestido de noiva curto, ficando apenas com um conjunto de lingerie vermelho. Se aproximou de Hyomin sem muita paciente e arrancou-lhe o roupão, deixando-a apenas com a lingerie. – Me perdoe por isso, você é definitivamente a mulher da minha vida. E isso poderia ser romântico e fofo, mas você me levou ao limite. Está na hora de me retribuir. – Sussurrou de forma irritada e a pegou no colo a jogando na cama em seguida. – E foda-se a sua irmã! Foda-se todo o resto. VOCÊ SÓ SAI DESSE QUARTO DEPOIS QUE ME DER O QUE EU QUERO! E isso significa, eu quero você! – Murmurou baixinho, subindo em cima da mesma e colando o corpo completamente ao dela. Tomou-lhe os lábios com certa violência e um tanto de ferocidade. – E se tentar outra gracinha, eu juro que você nunca mais vai ver a cor do céu ou os seus queridos amigos. – Sussurrou ameaçadoramente contra os lábios rosados, enquanto roçava o corpo ao dela de leve. De forma um tanto agressiva, voltava a beijar-lhe, porém, dessa vez no pescoço.

– Tá bom, também não precisa ficar assim. – Respondera manhosamente e levando as mãos para as costas da mais velha. – Eu só menti um pouquinho, mas se me fizessem a mesma pergunta hoje do porque eu vim para esse andar, aquela mesma resposta iria ser de verdade, tá? – Sentira os lábios de Jihyun contra os seus em um beijo cheio de alento e imediatamente levando, ela própria, as mãos alheias para as suas coxas. – Não estou tentando gracinha alguma, até porque o seu amigo é quem está nos guiando até o prédio quatro. – A residente até mesmo parou de lhe apertar as coxas, parecia ter ficado paralisada na posição para ouvir o que a mais nova tinha a dizer. – É isso mesmo que você ouviu! N-não que eu esteja te contrariando, é claro... Só estou fazendo um repasse das fofocas. – Segurou o rosto da moça com as duas mãos e fitou-a. – Ao invés de ficar fazendo cara feia e reclamando, você podia se propor a nos ajudar, certo? Estou cansada de ser a pessoa que fica sozinha na divisão dos grupos. Se eu parei aqui, é porque eu não tinha dupla. Reclama de mim, diz em minha cara que menti, que fugi... Mas me ajudar que é bom, não é? Eu me sentiria bem mais segura se tivesse você com esse olhar assassino para o variante que viesse se meter comigo. – Dissera como quem nada quer e sorriu divertida para a moça, forçando-a para sair de cima de si e colocando-se por cima da mesma. Não que Jihyun fosse mais fraca que Hyomin, é claro...

– Não quero falar sobre isso agora. – Jihyun murmurou em seu tom profundo e fitou-a nos olhos, acariciando a face alheia com delicadeza. – Nós não podemos apenas ficar juntas e fazer isso aqui? – Sussurrou apertando a cintura da mais nova e deslizando as mãos pelas costas da mesma, deixando leves arranhões em alguns pontos. – Eu não quero ter que pensar nisso agora. Nessa sua tendência suicida. – A voz da mesma ainda soava baixo e rouca, mas era possível sentir uma ponta de tristeza em tudo o que ela falava naquele momento. Voltou a beijar os lábios da mulher, sentando-se com a mesma em seu colo e a fazendo passar as pernas em volta da sua cintura. – Mas pode ter certeza, sempre que você estiver precisando, eu vou aparecer para te salvar. Ninguém mexe com minha querida. – Murmurou com um leve bico, voltando, em seguida, a tomar os lábios da castanha. As mãos acariciavam as coxas fartas de Hyomin, dando leves apertões e até mesmo alguns tapas. 

 

//

 

 

A correria só cessou, quando finalmente, chegaram a uma sala que estava vazia, imediatamente empurraram um armário para segurar a porta, enquanto a outra porta que fazia a transição da sala para o próximo corredor, já tinha um armário a prendendo.

Finalmente Chanyeol notou a estranha música que parecia tocar por todo o prédio. Antes enquanto corriam era a marcha nupcial, agora uma música da Beyoncé, seguida por uma playlist cheia de músicas um tanto quanto sexys.

– Isso é obra de Jihyun... Estão todos aqui, certo? – O psiquiatra perguntou com um olhar abatido e só então se deu conta do óbvio, naquela sala só estava ele e Kim Taeyeon, os outros três se perderam deles em meio a correria. – Oh... Céus... – Sussurrou alarmado com um olhar vidrado e confuso. – Vamos voltar, agora mesmo, temos que ach... – Antes que concluísse sua ideia, para a baixinha que já se posicionava perto do armário para arrastá-lo de volta, ouviram pancadas nessa porta.

– Eles já nos alcançaram... Não tem como voltarmos. – Taeyeon falou com um olhar chocado e ajoelhou-se no chão respirando fundo e segurando o choro que queria vir. Ela nunca caia, não na frente dos outros. Ela era forte, ela era a mais forte daquele grupo. Mas depois de tanta agonia e correria a baixinha se sentia tão fragilizada que nem ao menos se dera ao trabalho de esconder as lágrimas de Chanyeol. – Eles estão sozinhos lá... Os três mais avoados... A Tiffany... A minha bebe. – Sussurrou baixinho com um olhar desesperado. – Eu vou voltar com ou sem variantes! – E mais uma vez ia empurrar o armário, o que seria suicídio, considerando os variantes do outro lado que batiam com mais e mais violência contra aquela porta.

– Taeyeon, se nos seguiram, significa que os três estão bem escondidos... E eles já sabem que o andar que têm que chegar é o três. – Sussurrou baixinho segurando Taeyeon para que ela não empurrasse o armário. – Nós não podemos voltar por essa porta, poderíamos tentar dar a volta, mais seriam no mínimo dois dias para darmos a volta. Temos que seguir em frente e torcer que os homens de Jihyun estejam aqui. Eles têm ordens de proteger o seu grupo. Principalmente a Hyomin.

– Você não entende, não é? – Taeyeon ia sendo arrastada por Chanyeol, tendo de um tom de voz choroso. – Tiffany, Hyomin e Baekhyun sozinhos... Isso vai acabar que nem aconteceu com a Jessica e o Baek! Vai dar ruim! Os três gritam por qualquer vento! – Chanyeol ignorou-a e somente abrira um armário adentrando-o junto com a mesma. – O que diabos... Você está fazendo? – Indagara seriamente.

– Tenho um plano, faça silêncio. – O castanho sussurrou diretamente no ouvido dela e aguardou. Pouco tempo depois, as pancadas na porta ficaram tão fortes que tanto o armário que segurava a porta quanto porta voaram contra a parede.

Por aquela porta, passou ninguém mais, ninguém menos que Walker e os outros variantes de antes, pareciam terem evaporado diante daquele ser. Ele abriu uma das portas dos armários que tinha do lado do que Chanyeol e Taeyeon se esconderam. Depois, passou direto e tirou o armário da outra porta. Apesar do jeito cuidadoso que arrastou o armário, a porta não teve muita sorte, já que fora chutada até ser completamente arrebentada para dar passagem a um furioso Walker. Depois de mais alguns minutos ainda escondidos. O castanho abriu o armário e saiu com a loira atrás de si.

– Vamos atrás deles. Eu não vou deixar o Baekhyun para trás. – Falou com um olhar firme e olhou sério para Taeyeon. – Apenas confie em mim, vamos achar os três, apesar de ter uma sinistra certeza que Hyomin não estará com eles. Essa música alta... Isso é um claro sinal de Jihyun.

– Espera... Você tá dizendo essa música toda é da louca da Jihyun? – Taeyeon fora andando com cuidado ao lado de Chanyeol, que somente assentira. – Pelo teor da música seguinte... Já sei que tão cedo não vemos a amiga Hyomin. – Rira pela respiração. – Mas será que a Fany e o Baek foram com ela? Como chegamos nessa parte do prédio?

– Conhecendo a Jihyun do jeito que eu conheço. Duvido que ela tenha atraído os outros. – O castanho falou baixinho e suspirou de um modo exasperado. – Vamos ter que refazer o caminho da volta e acha-los antes que alguma coisa pior os achem.

– Acho estranho que além de você e Jihyun, ninguém mais tenha sobrevivido. – Taeyeon falava, enquanto seguia o médico, que se provou um grande rastreador. Já que em pouco tempo descobrira qual caminho os outros dois seguiram.

– Sobrevivemos... Além de nós dois somente Boram e Irene, uma médica que era amiga nossa... Mas a Irene morreu no mesmo dia que Boram... Eu até tentei procurar ela pelas câmeras, mas nunca a achei. Ela deve mesmo ter morrido. – O castanho falava com pesar, enquanto eles seguiam apressadamente pelos corredores. – Vamos para o terceiro andar... Acho que eles provavelmente devem está a caminho de lá. – Falou para a loira, que acabou por concordar, afinal, era o mais lógico a fazer e ela torcia que Tiffany e Baekhyun o tivesse feito.

 

 

// 

 

 

Tiffany e Baekhyun acabaram por escolherem o pior caminho para seguir. Estavam no segundo andar e ainda continuavam correndo dos variantes nervosos, o problema era que quando haviam portas com armários Tiffany quase sempre tinha que arrastá-los sozinha e isso os atrasava.

– Vamos parar para descansar, pelo amor de Deus. – A ruiva resfolegava sentando em um cantinho escuro do corredor.

– Bicha... B-bicha... – Baekhyun até mesmo chegou a gaguejar, ainda muito nervoso e com a respiração descompassada. – Cunhada... Acho que nós fizemos merda, cunhada... Muita merda... – Os olhos do menino Baekhyun chegaram a se arregalar, ele parecia procurar por algo que nem Tiffany entendia. – C-cade o resto, bicha?

– Resto? – Tiffany o olhou confusa e só então pareceu se dar conta do que acontecia. – Nós estamos sozinhos... C-Como? Estamos ferrados... Estamos muito ferrados! – Ela falou com um olhar vidrado e um sorriso incrédulo e nervoso.

– Amiga, me abraça... Se for pra gente morrer, vamos morrer juntos... Não suportaria viver sabendo que deixei duas manas pra trás em um mesmo hospício. – Abraçou-a dramaticamente e fungou em seu ombro. – N-nós vamos morrer, Tiffany... Somos os mais ruins daqui, menina... Eu só sei gritar e você só sabe pegar o braço de Taeyeon... E agora? No céu tem ala segura? E morreram...

Os dois ainda estavam em seu momento melodramático, quando um rato encostou no pé de Tiffany, começando a cheirá-lo.

– AI MEU SANTO CRISTO, UM RATOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! – A ruiva gritou desesperada esperneando agoniada e acabando por chutar, acidentalmente, o amigo que ainda estava a abraçando.  E o grito da mesma só aumentou quando viu uma mão pálida pegar o rato. Olhou para cima e só então, respirou aliviada. Eram Péricles e seu dono.

– Vocês dois tem que aprender a pararem de gritar desse jeito! – O rapaz reclamou com um olhar irritado. Ele parecia menos surtado, as pupilas estavam normais e até mesmo formava frases bem articuladas. – Meu nome é Oh Sehun... Eu e o Péricles iremos ajudar vocês. – Falou o jovem Sehun, em um dos seus momentos de sanidade naquele hospício. – Como vieram parar aqui?

– Você lembra no outro prédio, não lembra? – Baekhyun indagara esperançoso, vendo o rapaz assentir lentamente. – Perdemos a nossa amiga, a Jessica... E agora estamos indo atrás dela, mas antes precisamos chegar até o andar três, porque é seguro! – O moreno explicou tudo muito rapidamente e em um tom temeroso. – Amigo, Deus lhe pague, viu? Acho que já é a segunda ou terceira vez que você está salvando o meu rabo! – O rapaz alto rolou os olhos.

– Vamos pelos dutos, tudo bem? E sem gritaria... – Sehun tinha agora um tom de voz sério. – Podem chamar a atenção do Walker, isso é perigoso. Não é tão perigoso quanto a médica, porque ele é mais lento, mas ainda sim é péssimo. – O rapaz tomou a dianteira de colocou seu pequeno ratinho em seu ombro. – Vamos, Péricles! E... Quais são os nomes de vocês?

– Eu me chamo Tiffany. E Esse é o Baekhyun... Eu pensei que o Péricles estivesse morto naquele dia. – A ruiva o olhava curiosa, quase se aproximando para tocar no Péricles, mas o nojo ainda era superior. – Você vai conosco até o terceiro andar? Conhece a Jihyun, certo? Ela é dona de lá. Ela pode ajudar você também.

– Eu conheço a Jihyun... Acho que já disse a vocês que ela me salvou da médica, certo? – Sehun os fitou pelo ombro e voltou a prestar a atenção no caminho. – Péricles não está morto, nunca esteve... Ele apenas fica em estado de letargia quando eu surto. Ele é um bom amigo, ao menos é o único que me sobrou. – Puxou a porta de um armário e pontou para os dois. Era uma pequena passagem para a sala do lado. – Vocês primeiro, preciso fechar o armário. – Ambos assentiram e foram, notando o jovem fazer o combinado. – E bem... Pare de chamar o Péricles de rato.

– Mas ele é um rato! – Baekhyun exclamara indignado.

– Não! Ele é Hamster! Péricles só está sujo... Ele entrou aqui comigo, por isso não me deixa. – Explicou calmamente.

– Ah... Agora entendi... Então, você entrou aqui? Tipo eu e os outros? Você não é residente igual a Jihyun? – A ruiva estava cada vez mais curiosa e agora que analisava o rapaz, ele parecia até bonitinho. Apesar de sujo.

– Entrei aqui por uma aposta idiota. – Subira em uma mesa com cuidado e puxou a grade de um duto. – Eu entrei com Péricles e mais três amigos... Bem, já chegamos com o Walker nos atacando, em um primeiro ataque eles até saíram. – Sehun os fitou apreensivo. – Mas quando chegamos até o Canibal... Eu tinha machucado a minha perna e não conseguia correr, bem... Eles me deixaram para trás, pra morrer. – Forçou um sorriso e então subira no duto e virou-se para ajudá-los. – Eu me enfiei em um túnel onde nenhum dos variantes conseguia entrar e os meus amigos... Eu creio que os ossos deles ainda possam estar lá no esgoto.

– Que horrível, menino... Quantos anos você tem, Sehun? – Baekhyun ajudou Tiffany a subir primeiro, pois o trauma era grande. E em seguida os dois lhe ajudaram a subir.

– Dezoito. – Sehun fechou a grade.

– Que amigos horríveis... – Tiffany constatou com um olhar pensativo. – O nosso grupo vive brigando. Principalmente a minha namorada com as irmãs Jung... Mas nunca deixamos ninguém para trás. Sei lá... Somos todos amigos, apesar dos pesares.

– Sorte a de vocês... Aqui sou eu e Péricles, só. – Iam se arrastando pelo duto, com Tiffany a pegar uma lanterna e fazer a luz na direção onde o mais novo ia. – Eu só quero ir embora, entende? Eu não aguento mais aquele médico me iludindo dizendo que logo todos iremos...

– Que... Médico? – Baekhyun indagara com os olhos semicerrados.

– Aposto que é o maldito doutor Park. Te falar, desde que entramos aqui ele até nos ajudou algumas vezes... Mas eu não sei, não consigo confiar nele.  – A ruiva falava baixinho com os olhos tão semicerrados quanto os de Baekhyun.

Sehun por um momento abaixou o olhar, por causa de Péricles, que caiu do seu ombro. Estavam próximos a uma encruzilhada. Era como uma cruz, poderiam ir por qualquer direção, por olhar para baixo, ele não percebeu a loira que se aproximava e ambos bateram cabeça com cabeça.

– Ai! – A jovem médica resmungou confusa esfregando a testa. Ela tinha um pouco de poeira pelo rosto, os cabelos pareciam desgrenhados e o jaleco com algumas partes de sangue seco. – Meu Deus, olha por onde anda! – Falou confusa com um beicinho irritado nos lábios.

– Oh... Perdão. – Sehun fora para trás um pouco, pois estavam bem em uma encruzilhada. – Damas primeiro, por favor!

– Que educadinho ele, gente... Em choque. Se a Jihyun não adotar ele, eu mesmo adoto. – Baekhyun comentou naturalmente com a amiga.

– Ai, cunhado, eu também. – Tiffany falou com um sorriso nos lábios.

– A-ah... Obrigada, com licença. – A loira falou passando por ele e seguiu para a direita, engatinhando lentamente.

– Fique a vontade. – O jovem retomou o caminho. – Os dutos são pequenos, por isso quase nenhum variante consegue passar ou tem conhecimento... Eu já tenho um mapa mental dos dutos de três prédios. Uma vez tentei invadir o prédio da médica e ver os dutos... Deu merda. – Sehun rira de forma estranha e então continuou. – Mas estamos no caminho das escadas.

– Merda! – A voz da loira de antes soou pelos dutos. – Me esperem, por favor! – A mulher tornou a falar, voltando pelo caminho e acabando por seguir todo o grupinho de perto. – Eu sou a doutora Irene Bae, por favor, me deixem ir com vocês? – A mulher falava desesperada.

Tiffany, que era a mais próxima dela, por ser a ultima do grupinho, sorriu para a mesma.

– Claro. Então, você está tentando ir para onde mesmo? Porque nós estamos indo para o lugar seguro do prédio. – A ruiva falava sorridente, nem mesmo considerara a possibilidade de Irene ser perigosa.

– Estamos indo para o terceiro andar, viu doutora? Bicha, mas a gente bem que achou que o último médico vivo nesse local era o babadíssimo do Park, mas que coisa. – Baekhyun comentou enquanto agora ele quem direcionava a lanterna para o mais novo. – Menino Sehun, amigo... Agora fiquei curioso, sou bicha curiosa... O que aconteceu quando a médica te pegou?

– Ela gritava coisas estranhas, como se me acusasse de ter matado alguém cujo o nome agora não me retorna a mente... A médica se importa com alguém, não sei se é uma paciente ou uma médica essa outra mulher, mas ela repetia muitas vezes as acusações de que eu teria matado a "Jung". – Sehun explicou suavemente. – E até hoje eu nunca vi ninguém com Jung no sobrenome por aqui. Se não fosse a Jihyun, eu já estaria morto.

– Oh, meu Deus... O Chanyeol está certo! É a Yuri! Ela tá piradinha e se é ela... Então, Jessica está viva! – Tiffany falava animada dando palminhas. – Com certeza a Jung que ela falava é nossa amiga, Jessica Jung, aquela loira que você viu com o Baekhyun antes.

– Esperem, vocês conhecem o psiquiatra Park Chanyeol?! Nossa... Eu estou procurando por eles desde que essa bagunça começou. Quando a Boram morreu fugimos juntos e eu me perdi dele e da afilhada da Boram. – Irene falava em um sussurro frio, mas o olhar tinha um tipo de fogo. – Eu vou matar aquele desgraçado! – Murmurou com um olhar nada feliz. – Ele não me ajudou, nem procurou por mim, só se preocupa com a pequena Lee.

– Aquele cara não se importa com ninguém além da Lee. – Sehun parou de engatinhar e olhou para trás, tentando fitar a doutora Bae. – E ele nunca sai do prédio um... Não entendo o que ele resolveu fazer no três hoje.

– Ele está nos ajudando. – Baekhyun explicou um tanto quanto envergonhado. – A médica que não é médica... Que agora nós achamos que é a Yuri, bem... Ela pegou a Jessica, você lembra, Sehun. E em seguida, após dopar a Jessica... – Suspirou pesadamente. – Ela foi atrás de mim, me deixou inconsciente e meio que armou pro doutor Park vir, mas isso deu bem ruim.

– No processo, meio que tivemos que fugir para o esgoto, enfrentamos o canibal, sofremos o pão que o diabo amassou e viemos parar aqui. – Tiffany falou num tom de voz sombrio e sorriu amarga. – Saudades da boo...

– Bem, ele é um maldito. Se ele foi salvar você é porque ele realmente se importa com você. Sorte a sua. – A doutora resmungou irritada com um olhar nada feliz. – Quando vê-lo juro que vou chutar o saco dele.

– Vai ver a tal da Yuri tem algo que interessa ao Park, nunca se sabe. – Sehun retomou o caminho naturalmente. – Prefiro a Jihyun, ela é louca, mas ela parece mais humana. Tudo bem que ela ferrou com o meu grupo no começo, só que acho que isso é padrão dela.

– Aconteceu o mesmo com a gente, mas a Jihyun só não terminou de lascar a gente porque ficou apaixonada na nossa amiga Hyomin, amém Hyomin. Que Deus abençoe ela, pois se caso morrer antes, acho que a Jihyun termina de matar a gente mesmo. – Baekhyun dera de ombros.

– Aliás, vocês também ouviram as músicas que tocaram antes né? Acha que isso é coisa dela? – Tiffany murmurou com um olhar pensativo os olhando curiosa. – Se for coisa dela, o que isso significa exatamente? É algum sinal?

– Olha, a menina Lee já foi adorável. Era muito lindinha e boazinha com todos, depois que a Boram morreu ela deve ter despirocado. Já que a Boram era como uma mãe e o Chanyeol como um pai. Apesar dele ser gay. Bem gay mesmo. – Irene comentou pensativa e riu. – O engraçado, é que ela e a Boram tinham uma brincadeira, falavam como seria a mulher ideal para elas. A Jihyun sempre descreveu com pernas longas e cabelo castanho. Eu não lembro o que mais ela dizia. Ela falava muitas coisas. – A loira murmurava pensativa, já esquecendo a raiva por Chanyeol. – Sério, vocês tinham que ver como a Jihyun é doce. Ou era... Já que vocês estão falando que agora ela tenta matar todo mundo.

– Espera! Então era por isso que ela estava gritando no dia seguinte que vocês chegaram? – Sehun arregalou os olhos. – Ela ficava gritando para uma mulher, bem pirada mesmo... Pior do que eu nos surtos.

– Bem... Digamos que temos motivos suficientes para acreditar que a tal da Jihyun é capaz de qualquer coisa, de verdade. Ela quase matou todo mundo aqui pra Hyomin ceder. E... Hyomin tem pernas longas e cabelo castanho. – Parecia pensativo o jovem Kim. – Mas a Jihyun é do demônio, viu? Gosto dela, mas é a verdade... Ela apagou com a energia inteira do prédio só pra Hyomin ficar com ela, bem louca sim.

– Então ela com certeza despirocou. Ela costumava ser bem tímida. – Irene falou com um dar de ombros. – Deve ser por isso que o Chanyeol não desgruda dela. Para controlar as loucuras que ela deve estar fazendo. – Comentou como quem nada quer mais logo em seguida o olhar voltou a ter o mesmo fogo de antes. – Mesmo assim ainda vou bater naquele maldito...

– Espera, então, o que você disse é que a Hyomin é exatamente o que a Jihyun descrevia para a “mãe” de consideração dela como mulher ideal?  Gente, estou chocada. – A Hwang tinha um olhar completamente pasmo, mas logo se tornou malicioso. – Então, se as músicas forem o que penso, nessa hora a Hyomin tá num bem bom... Vai sair da seca hoje. – Falou dando uma risadinha maliciosa para o cunhado.

– ESPERA AÍ! – Baekhyun arregalou os olhos. – Será que foi por isso que ela abriu a porta desse raio de lugar pra mim? Foi a Jihyun em pessoa quem abriu a porta! Uma loucura... Fez isso pra conseguir ir atrás da Hyomin, gente... Chocado. Enquanto a gente aqui todo mundo muito ferrado, Hyomin deve estar lá na vida boa recebendo a chupada prometida no poema erótico da outra. Que vida boa... Tá no inferno, mas tá é dando pra chefona... Gente, minha amiga Hyomin é o poder mesmo, viu viados? Nunca duvidei!

– Vocês acham Jihyun tímida? É porque não viram ela empalando aqueles guardas de merda. – Sehun retirou a grade quando finalmente chegou em seu objetivo. Tiffany levantou a cabeça assustada e com os olhos bem arregalados. O flashback em sua mente era assustador.

– Ela é a pessoa que o soldado falou... – A ruiva murmurou em estado de torpor, só se deu conta que era sua vez de sair do duto, quando a médica Bae a cutucou nas costas. Todos já haviam saído do duto e começaram a subir as escadas. Três lances de escadas e estariam no terceiro andar. Estariam seguros.

– Então ela virou uma espécie de Vlad empalador do Mount Massive? – Irene falava com um olhar de desinteresse. Ela realmente só queria sair dali. Mas claro, ela gostava da Jihyun, pelo menos da Jihyun que conheceu antes de toda aquela bagunça. – Ela com certeza tá bem piradinha então. Ela era tão doce e calma antes.

 

– Por que ela entrou no Mount Massive, afinal? Pensei que fosse um hospital psiquiátrico pra gente mais velha, tipo adultos... E ela só é um pouco mais velha que a gente. – Baekhyun subia as escadas já com mais calma. Fofocar sobre a vida dos outros era sempre muito bom, acalmava-lhe.

– Acho que ao invés da vida dos outros, podíamos nos focar em tentar arrumar uma saída. Ou saber, ao menos entender... O que o Park quer de vocês. Sério. Da Jihyun vocês não vão conseguir grandes coisas. – Sehun explicou enquanto segurava agora Péricles com as duas mãos.

– Eu discordo... É justamente a Jihyun que move o Park. E bem... Ela é filha do homem que causou tudo isso aqui. O homem que não só distorceu a formula da doutora Boram, que servia para curar males cerebrais, como também fez a própria filha de cobaia durante anos. Ele só parou de fazer a Jihyun de cobaia por causa da Doutora Boram. E ela só continuou aqui com o Chanyeol por tantos anos, porque tentava criar uma antidoto para curar os males que o doutor Lee causou na Jihyun.  Aliás, era isso que procurávamos no prédio cinco, quando a doutora Boram morreu. – Irene tinha um olhar concentrado. Então, um click metálico se fez em sua mente e ela entendeu exatamente o que o psiquiatra queria. – Acho que já sei o que o Chanyeol quer de vocês. – Falou focando o olhar em ambos.

– O que seria? – Tiffany perguntou a olhando curiosa, tanto ela quanto Baek estavam mais e mais próximos da médica, tamanha era a curiosidade.

– Não está óbvio? Ajuda para salvar a Jihyun. – Falou com um olhar um tanto quanto triste e sorriu deprimida. – Não ouso questionar o senso de lealdade dele e se me lembro bem, Boram nos fez prometer que se não conseguíssemos pegar o antídoto naquele dia, era para irmos com a pessoa que ela pediria ajuda. Alguém de confiança e preparada para sobreviver a situações como essa. Uma repórter, acho...

– Puta merda, agora quem entendeu tudo fui euzinho aqui, Baekhyun Mello! – O moreno colocou as mãos na cintura. – A repórter era a Yuri! A doutora danada, já falecida, que Deus a tenha, mas... Bem sacana, viu? Bem sacana mesmo! Meteu a Yuri nessa furada! Yuri ainda mais burra ao invés de chamar o bonde veio sozinha e ainda brigou com a Taeyeon no dia! – Passou as mãos nos cabelos. – Meu Deus... Por essa água de Jesus, faz muito sentido a Yuri ser a médica, tô é jogado na BR, incrédulo, em choque... O tal do Lee pode ter pego a Yuri! Por isso que ela tá mais louca que geral! Chocadíssimo...

– Mas como será que ela conheceu a Yuri? – Tiffany murmurou ainda incrédula, por serem justamente ela e Baekhyun a juntarem todas as peças do que parecia uma busca confusa. – Então... A Yuri pode ter sido afetada pela droga.

– Olha... Se o Lee realmente pegou a sua amiga, com certeza ela foi afetada pela droga. Depois do acidente, todo mundo que ele pega, ele corta pedaços do corpo e injeta a droga para ver se o corpo se refaz. Já que a droga regenera. – Irene falou com um olhar de pena. – Pobre repórter... Se enfiou numa furada dessas. Se ela veio do jeito que veio, com certeza era conhecida da Boram. E bem... Desculpe, mas você pode até mesmo chamar Chanyeol de safado e ele é mesmo, mas a Boram? A Boram era um verdadeiro anjo. Ela vinha tentando de tudo para parar as merdas que eles faziam nesse lugar.

 

//

 

Yuri estava completamente entrelaçada aos braços de Jessica. Somente os cobertores cobriam os corpos das duas, que apesar do ambiente frio do hospício, permaneciam aninhados e aquecidos.

A noite fora longa e ela sentia que finalmente poderia respirar em paz. Jessica estava viva e segura e agora elas duas só precisavam sair daquele lugar horrível e nunca mais olhar para trás. Com um sorriso doce nos lábios, a morena beijou a têmpora da loira, em um gesto delicado e carinhoso.

Depois, mesmo que não fosse exatamente seu desejo, desvencilhou-se do corpo da sua amada e beijou-lhe mais uma vez, dessa vez na testa.

Levantou-se devagar, com um olhar bem humorado e vestiu-se aos poucos. Pegou mais um cobertor para manter Jessica aquecida e a cobriu. Em seguida conferiu o que faltava nos suprimentos dela. Elas precisariam de água e mais comida. A morena suspirou em um tom resignado e olhou a loira mais uma vez, antes de sair da sala de Boram, tendo o cuidado de trancar a porta para manter a sua amada Jung segura. 

– Yuri? – Jessica indagara ainda deitada e somente esticando os braços para se alongar. Olhou por toda a sala e franziu a testa por não vê-la por ali. Acabara por se levantar lentamente e começar a tatear o chão a procura de suas roupas. Após se vestir previamente apenas com um blusão e a roupa íntima, eis que a moça começara a observar bem a sala em questão. – Nossa... Deve ser depressivo viver aqui. – Tinha um leve biquinho enquanto coçava a bochecha. Andou até a cadeira e sentou-se em frente a mesa da falecida médica. Até mesmo a papelada ainda estava bem organizada e aquilo tornava tudo muito assustador. Jessica tinha consciência de que não deveria bisbilhotar onde não era chamada, mas quem disse que ela dava a mínima? Abrira uma, duas, três... Todas as gavetas! E na última, eis que achou algo que lhe deixou perplexa. Puxou o pequeno walk-talk com cuidado e o analisou. Lera o nome da dona do objeto no papel que estava colado na parte de baixo. Arregalou os olhos no mesmo instante. – Hyomin Jung... – Lera lentamente e então ligou o objeto. – Alô? Alguém? – O tom de voz era baixo, pois tinha receio de Yuri voltar. – Tiffany? – Lembrava-se que a amiga fora a última pessoa com quem deixou o walk-talk. – Tem alguém aí?

J-Jessica? – A voz de Taeyeon soou incerta através do pequeno walk-talk. – Você está bem? Onde está? Está escondida?

– Estou escondida na sala da doutora Boram. – Jessica franzira o cenho. – Eu estou bem, achei a Yuri. Estamos bem! – Rapidamente lembrou-se de algo e indagara temendo a resposta. – Taeyeon, vocês acharam o Baek? Nossa, eu jurava que o walk-talk tinha ficado com ele!

Jessie... – A voz de Baekhyun soou suave, mas as palavras seguintes lhe provocaram uma reação estranha. – O walk-talk tinha ficado comigo... A médica pegou depois. – Nem mesmo tivera tempo de ter uma reação, pois seus olhos estavam vidrados em outra coisa. Puxou o fundo falso da última gaveta, tendo a respiração completamente ofegante. O cutelo.

 – Jessica... – A loira lentamente levantou a cabeça e notou a figura que lhe fitava de forma frígida encostada na porta.

– Puta merda... – Jessica sussurrou antes de deixar o walk-talk cair de sua mão em uma tentativa em meio ao desespero de escondê-lo. Era Kwon Yuri quem lhe fitava parada na porta.

E ela definitivamente não parecia feliz...


Notas Finais


ATÉ A PRÓXIMA, AMIGUINHOS!


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