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História Welcome to My Life - Confessions


Escrita por: Datura

Notas do Autor


Eu editei bastante esse capítulo, então se houver algum errinho, me avisem.

Capítulo 6 - Confessions


Sentei-me no sofá, ao lado de Rose, e aguardei, pacientemente, a energia voltar a funcionar. Ok, talvez não tão pacientemente assim.

– Adam, pode parar de tamborilar os dedos? – minha irmã me repreendeu.

Não respondi, mas parei de bater os dedos na mesa de centro e comecei a estralá-los. Não foi intencional, mas quando estou nervoso, é mais forte do que eu. Ouvi Rosalie suspirar ao meu lado. Um sorriso brotou em meu rosto ao me dar conta de que a luz tinha voltado. Deixei minha irmã sozinha na sala e corri para o meu quarto. Zoey estava lá, na tela, me esperando. Tranquei a porta e dei play de onde tinha parado.

–Comecei a me transformar na garota perfeita para o Nick. Fui ao shopping no dia seguinte e não hesitei quando vi uma calça de couro maravilhosa no manequim. Não ousei muito, e me atrevi apenas a uma camiseta de spikes. No caminho baixei dois álbuns do Guns N' Roses e um do Foo Fighters e acabei me surpreendendo por músicas que eu já conhecia (a maioria foi do Guitar Hero, admito). Saí de lá certa de que o Nick seria meu em pouco tempo. – Ela riu, mas não era, de maneira alguma, um riso espontâneo. Pela primeira vez, olhei para o fundo da gravação. Se parecia com um galpão abandonado, onde haviam algumas telas pintadas recentemente. – Acho que já deu tempo de perceber o quão tola eu era, não? Ou sou ainda? Bem, de qualquer maneira, eu levei todas aquelas coisas para casa. Ignorando os olhares que recebia da Sra. White, que, por um milagre, não estava na academia ou no cirurgião plástico, subi até meu quarto e me apressei em trancar a porta. – Agora ela parecia embalada em suas próprias memórias, e quase despejava as palavras, rapidamente, na câmera de vídeo. Seus olhos viajavam em um canto onde eu não podia acessar. – Me sentei na penteadeira retrô que havia em no quarto e observei meus cachos, chegando a uma decisão. Separei uma pequena mecha, dentre tantas outras, e descolori-a. Repeti esse feito algumas vezes, e depois as tingi de azul. O estilo me agradou mais do que eu gostaria de admitir.  No dia seguinte testei minha nova figura com os empregados. Vesti uma camiseta branca e a calça de couro, junto com um all star que nunca abandonava. Coloquei uma gargantilha preta, fina, com uma medalha e fiquei feliz com o resultado. Eu dizia a mim mesma que o Nick ia gostar, mas a verdade era que eu gostava e isso estava ótimo. Recebi vários olhares feios em casa dos empregados, já que meus pais não estavam. Comi uma torrada no carro, enquanto o motorista me levava à escola. Naquele dia foi a primeira vez que o Nick realmente me olhou. Ele estava parado a alguns metros, numa distância um tanto considerável, vestia uma regata branca, um jeans claro e sua inseparável jaqueta de couro. Também tinha um cigarro pela metade entre os dedos, o que me fez pensar em como ele conseguiu entrar com aquilo. Notei que tinha um certo interesse em seu olhar, embora um pouco de indecisão e apreensão. Notando meu olhar, se afastou rapidamente, e se perdeu em meio à multidão de alunos do corredor, me deixando com Welcome to the Jungle um tanto suspeito de trilha sonora. – Seus olhos perderam o brilho que, ao citar Nick, haviam aparecido. Ela suspirou, aparentando ser dez anos mais velha. – Já gastei uma boa parte do seu tempo, não é mesmo? Semana que vem te envio outro DVD. – A tela se apagou, me deixando um tanto desapontado. Desliguei a televisão e me direcionei à janela, de onde vi ambos os carros dos meus pais. Estava tão imerso no que Zoey me contava, que nem notei que eles haviam chegado. Desci as escadas, e me deparei com os dois.

–Adam? Pensei que não estivesse em casa – Minha mãe disse, parecendo um tanto cansada. Claro, ser uma corretora de imóveis deve ser estressante.

–Acho que você está crescendo muito rápido. Sinto saudades de quando chegava do serviço e você vinha correndo me ver. – Ela falou, me olhando com carinho e tocando meu rosto.

Senti uma pontada de culpa, mas ela desapareceu com o beijo delicado que minha mãe me deu na bochecha. Dizem que beijos maternos curam tudo, talvez tenham razão, pois a curiosidade que sentia sobre a história de Zoey, também desapareceu. Por um instante, antes de voltar, mas desapareceu.



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