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História Welcome to the Apocalypse - Jeon Jungkook - XIII - Hope


Escrita por: Madsweetie

Notas do Autor


❤️VOLTEEEEII!

💜Vou ter que pedir um pouquinho mais de paciência para vocês, porque esse é meu último ano, eu tô trabalhando e tentando estudar dobrado para o ENEM. Mas meus finais de semana são praticamente todos dedicados as histórias, porque escrever me relaxa muito. Tenham fé, que eu apareço aqui do nada!

💕Boa leitura!

Capítulo 13 - XIII - Hope


Fanfic / Fanfiction Welcome to the Apocalypse - Jeon Jungkook - XIII - Hope

Flórida, Estados Unidos

Mais de um ano antes


DEPOIS DO QUE aconteceu, Jungkook passou a ficar ainda mais agarrado a mim e a reforçar cada vez mais o quanto me amava, o quanto admirava minhas qualidades e o quão forte eu estava sendo para superar aquilo, a perda do meu filho. Eu sabia que as coisas que ele dizia eram sinceras, mas eu também sabia que Jeon só estava fazendo tudo aquilo porque tinha medo que eu entrasse em depressão.

Ele entendeu que eu precisava de um tempo, mas praticamente implorou para eu não desistir da faculdade, porque era o que me mantinha ativa, ocupada, e ficar sem fazer nada podia piorar minha situação. Eu soube por meio de Lalisa e Jennie que ele teve uma conversa com seus amigos e com sua mãe para aprender melhor a lidar com tudo isso; e Jungkook chegou a conclusão de que eu precisava dele, mas também precisava do meu espaço.

E ele não estava errado.

Olhar para Jungkook parecia reforçar a paranóia de que eu tinha falhado com ele além de falhar com nosso filho; e eu precisava de tempo para conseguir superar isso. Ver o Jeon juntando suas coisas foi insuportavelmente doloroso, parecia que ele estava saindo da minha vida, não do meu dormitório; mas eu deixei uma chave reserva com ele e chorei ao pedir que não fosse embora de verdade. Jungkook me abraçou com força e disse, mais uma vez, que o que tinha acontecido não era culpa minha e que ele jamais ia deixar de me amar, principalmente por conta do que aconteceu.

Então o tempo passou, um mês longo e estressante. As provas do semestre chegaram ao fim, e eu tinha que admitir que a aproximação delas me ajudou a voltar a rotina; assim como o acompanhamento com uma psicóloga tinha ajudado a conter minha ansiedade e impedir uma depressão de surgir. Eu lidei bem com o que tinha acontecido, me disseram que eu estava sendo muito forte; mas só eu sabia o quanto doía pensar que eu tinha sofrido um aborto, perdido meu bebê. Era por isso que eu não pensava.

Mas eu sonhava, sonhava com uma criança gritando comigo, perguntando o porquê de eu ter feito aquilo, o que ela fez para não ser amada, o porquê de eu ter desistido dela e a machucado. Não eram todas as noites, e nos primeiros dias os sonhos eram mais intensos e reais; mas ainda sim doía toda vez que acontecia.

Minha psicóloga era a única que sabia dos sonhos, eu não tive coragem de contar nem para Jen e nem para Jungkook. Eu precisava de tempo para conseguir superar completamente o trauma e assim contar o que acontecia com mais tranquilidade.

Com o fim das provas do semestre, as curtas férias iriam começar e eu ia trabalhar durante este tempo, porque ficar parada definitivamente não era uma opção por agora. Eu não estou fugindo da dor, porque toda vez que ela vem eu me permito desabar, mas sei que não posso deixar que esse trauma me destrua por completo; e uma das formas de começar a fazer isso é ocupando meu tempo, seja com algo divertido ou então, lucrativo.

O fim das provas também trazia consigo uma onda de festas nas fraternidades e outros cantos da faculdade, porque era o momento de liberdade e alívio que nós tínhamos; então a regra era aproveitar. Em outra situação, se tudo o que aconteceu não tivesse acontecido; eu teria ido em todas e aproveitado ao máximo possível, porque eu definitivamente era festeira… mas… agora… eu só quero ficar um pouco quieta.

Já é a quarta festa que o Tae me convida e eu recuso, tentando usar meu curto trabalho como desculpa para o meu cansaço. Meu grupo de amigos está na mesma situação, todos eles; bebida de noite e cura da ressaca de dia. Toda noite era uma festa diferente, cada uma com mais bebida do que a anterior; e eles não mediam esforços para encher a cara em todas elas, sem pensar nas consequências. Eu não julgo porque, novamente, se fosse em outra situação, eu estaria passando pela exata mesma coisa.

Jungkook é o único sóbrio entre eles, porque insiste em voltar mais cedo para poder ficar comigo, cuidar de mim e depois dormir comigo. Eu não o proibia de sair, eu tinha o meu jeito de superar o que tinha acontecido e Jeon tinha o dele, se distraindo com os amigos e aproveitando como consegue; mas ele sempre afirmava se sentir culpado duas horas depois de sair e vinha correndo para o meu dormitório, ficar um pouco comigo.

A droga do homem perfeito. Como eu poderia exigir algo dele sendo que o garoto já faz de tudo por mim? Como eu podia proibir ele de sair para beber um pouco com os amigos e tentar não pensar no que tinha acontecido; só por que eu não estava no clima?

Era injusto demais, eu jamais seria capaz de algo assim.

— Ah, por favor! Não seja chata, seu cosplay de boneco de jardim. — Semicerrei os olhos na direção do Kim.

Cada um lidava comigo de uma maneira diferente; Taehyung me consolou e cuidou de mim nos primeiros dias, mas foi eu me animar um pouquinho que ele voltou a me infernizar. Não vou admitir, mas isso foi muito importante para mim; suas implicâncias e brincadeiras irritantes me faziam sentir qualquer outra coisa que não fosse um enorme vazio. E eu sabia que era esse o objetivo dele, não deixar o vazio me dominar.

— É só uma festa! É sexta-feira! Você tem que ir! — Enfatizou, me fazendo franzir o cenho.

O avaliei de cima a baixo algumas vezes.

— Não vou distrair a Lalisa para você dormir com a Jennie de novo. — Respondi, cruzando os braços e voltando a encarar a televisão. — E muito menos vigiar a droga da porta para minha amiga se ajoelhar pra você em um dos banheiros!

— Você me deve uma! — Afirmou, apontando o dedo em minha direção de forma acusatória.

— Ah, é?! E pelo quê? — Rebati, entrando na brincadeira.

Jungkook apenas observava, já pronto para a festa e abraçado a minha cintura.

— Porque naquela festa, há uns dois meses; quem ficou vigiando a porta para vocês — Apontou para mim e para o Jeon. —, transarem até não aguentarem mais, fui eu! Eu não sei quem estava gemendo mais naquele banheiro!

Soltei um risinho.

— Se vira com a Jen e a Lisa, Taehyung, eu não vou.

Agora sua expressão se tornou entristecida, ele notou a resposta séria no meio da frase brincalhona; e assentiu com a cabeça antes de se aproximar para beijar minha testa demoradamente. Brincávamos assim todas as vezes, mas quando eu dizia não de maneira firme; ele sabia que era minha resposta final e parava de insistir no mesmo segundo.

— Me desculpa. — Murmurei, por saber que assim como nas outras vezes, Tae tinha a esperança de me convencer a ir.

— Não precisa se desculpar. É o seu espaço, nós entendemos. — Eu soltei um sorriso fraco em agradecimento e esperei ele sair na companhia de boa parte do nosso grupo.

— Tem certeza que não tem problema eu ir? Eu posso ficar hoje, amor. A gente escolhe uma saga de filmes, eu faço uns lanchinhos, compro muitos docinhos para você e a gente pode ficar assim até você ficar com sono.

Sorri ainda mais.

— Você é perfeito, sabia disso?! — Acariciei seu rosto com cuidado.

Ele ignorou o comentário.

— Você está tão magra, eu estou preocupado… o que eu posso fazer por você, princesa? — Seu tom de voz era quase choroso; e eu sabia que ele estava mesmo preocupado.

Minha alimentação ficou meio ruim nos últimos dias, porque eu não sentia mais tanta fome como vinha sentindo — e durante a gravidez ela também não foi uma das melhores, por conta dos enjôos; e eu estava voltando a normalidade apenas agora, nessa última semana venho me esforçando um pouco para voltar a comer da maneira correta, mas as consequências já tinha aparecido. Eu estava mesmo muito magra.

— Você pode ir para aquela festa, se divertir sem se preocupar muito comigo; e aproveitar enquanto ainda pode fazer isso. — Ele negou lentamente.

— Não. Mudança de planos, hoje eu vou ficar aqui com você. — Tocou minha mão no seu rosto, me olhando com cuidado e carinho. — Você prefere sanduíches ou algo com massa?

Sorri pequeno.

— Koo…

— Não, não me chama assim. Você sabe que o apelido é covardia. — Interrompeu, fazendo um biquinho adorável com os lábios.

— Koo… — Me aproximei, voltando a segurar seu rosto; mas agora com ambas as mãos. — Você não precisa se preocupar assim. Eu estou bem, estou superando; só não estou no melhor momento para festas. Vai lá. Se diverte. Eu não vou ficar brava por você está se divertindo com nossos amigos; porque eu não quero ir. Não é nada do que você está pensando.

— Você promete que vai me ligar se acontecer qualquer coisa?

Assenti com a cabeça e ele suspirou baixinho.

— Eu amo você, sabia?! — Me aproximei um pouco mais, deixando um selar demorado sobre seus lábios.

— Eu também amo você, Jungkook. — Ele sorriu, acariciando meu queixo e me puxando para outro beijo.

Deixei que ele explorasse minha boca mais uma vez, como se fosse a primeira, na verdade; e Jungkook acariciou minha língua com a sua daquele jeito intenso mas delicado, que apenas ele conseguia fazer com tanta perfeição. Desde que eu… depois do que aconteceu, eu não consegui avançar as coisas com ele de novo; e qualquer mínimo contato mais intenso parecia assustar o Jeon como um choque, e ele se afastava murmurando diversos pedidos de desculpas, alegando que não queria invadir meu espaço ou me forçar a fazer algo.

Nesses últimos dias eu não senti vontade de ser tocada novamente, até de beijá-lo com essa intensidade de agora.

Mas agora… agora eu senti. Quando Jungkook apertou minha cintura, eu gemi contra a sua boca, me empurrando para mais perto porque desejei mais, desejei que ele me tocasse de verdade.

Mas, ofegante como nunca, Jeon se afastou antes que as coisas se intensificassem de verdade; e me encarou com os olhos culpados implorando por desculpas.

— Acho melhor eu ir. — Murmurou, deixando um beijo torto do topo da minha cabeça e se afastando de maneira apressada. Pude ver quando ele fingiu ajeitar a calça para poder disfarçar a ereção. — E me desculpe por isso. — Suspirou, entristecido. — Me liga qualquer coisa, tudo bem?

Concordei com a cabeça, os olhos fixos em seu abdômen e na ereção que surgia.

— Para com isso, por favor. — Eu pisquei algumas vezes, afastando os flashes do que podíamos fazer da minha cabeça. — Não te toco há um mês, estou respeitando seu espaço e o tempo que você precisa… e não é um problema, acredite em mim, mas isso se torna impossível se você me encarar assim.

Pisquei mais algumas vezes, tentando acordar de vez.

— Se divirta bastante, hun?!

Jeon suspirou aliviado.

— Vou voltar para você, minha princesa.


[...]


Eu não tinha certeza se era uma boa ideia, mas eu também não consegui simplesmente colocar minha cabeça de volta no lugar depois que Jungkook saiu para poder vir para essa festa. Tentei me distrair com filmes, tentei ver algum vídeo, comer algo, até dormir com uma maldita meditação eu tentei; mas nada funcionou.

Eu estava praticamente pegando fogo, porque minha mente insistia em voltar para todas as nossas transas anteriores e, principalmente, para a expressão de puro prazer quando ele gozava. Merda, eu preciso do Jungkook. Preciso mesmo. Mas eu preciso convencê-lo de que estou pronta para voltarmos para isso, porque conhecendo meu namorado como eu conheço; eu sei que Jeon vai ter medo de eu não estar pronta, de estar fazendo isso só porque eu o vi excitado, ou qualquer coisa assim.

Chegar quando a festa já estava no auge não era muito bom, principalmente quando se estava desacompanhado; porque todos parecem já estar no máximo da diversão, aproveitando cada mínimo momento, enquanto você está chegando e tentando se enfiar no meio daquela bagunça atrativa. E, bem, como essa era uma das festas da fraternidade; tinha gente até pendurada nas janelas, então eu teria um pouco de dificuldade para encontrar meus amigos.

Bem, converso com o restante do grupo depois; Jungkook eu sei exatamente onde vai estar. A não ser que alguém tenha o convencido a sair da cozinha, ele vai estar lá, apoiado de costas da pia e com uma garrafa de refrigerante na mão — porque não ia beber, sendo que pretendia voltar para o meu dormitório, para mim. Eu parei na porta, sorrindo ao vê-lo do outro lado do cômodo, conversando com um dos colegas da faculdade enquanto às vezes bebericava a bebida em suas mãos. Ele estava tão, tão lindo. Porra.

Jungkook usava uma calça jeans preta, uma blusa de botões também preta, mas com algumas pequenas bolinhas brancas espalhadas por toda a peça; e um tênis da mesma cor. Era difícil ver ele sem os coturnos pesados, mas às vezes eles não combinavam muito com o restante das roupas.

Observei por mais alguns segundos, e quando eu resolvi ir até ele, uma garota passou por mim, sem nem mesmo olhar na minha direção antes de seguir até o Jeon em passos rápidos. Fiquei parada no lugar, atenta; e vi quando Jungkook saiu do pequeno mundinho da conversa com o outro garoto e levou seus olhos até a sua amiga.

Ji-eun se aproximou dele e colocou a mão em seu peito de uma maneira íntima demais; de um jeito que eu tive que engolir meu ciúme juntamente com a saliva. Eles desceram queimando por onde passavam, como se estivessem acompanhados de ácido também.

Jeon se afastou sutilmente dela, tirando a mão de seu peito e lançando um sorriso pequeno para a amiga.

Sorri de satisfação, não consegui me conter.

Eles conversaram brevemente, Ji-eun com aquele maldito sorriso sedutor nos lábios; mas quando ela ameaçou a se aproximar dele novamente eu dei passos para dentro da cozinha e segui até os dois. Jungkook passou o olhar por mim, não dando muita atenção em um primeiro momento; mas ele pareceu então se dar conta e levou os olhos até mim novamente.

Amor! — Deixou a garrafa sobre a mesa e veio até mim, preocupado. — Aconteceu alguma coisa? Você está bem?

Sorri, o tranquilizando.

— Eu estou bem, Koo. Eu só quis vir para poder aproveitar aqui com você. — Abracei seu pescoço, sentindo seus braços envolvendo minha cintura. — Quero você, JK.

Ele engoliu em seco.

— M-me quer? Em que sentido?

Desci minha mão para a gola de sua camisa, fingindo ajeitar ali quando eu na verdade só queria provocar um pouquinho.

— Em todos eles, mas agora… — Fiquei na ponta dos pés e levei meus lábios até seu ouvido. Pude ver Ji-eun, por cima do ombro do meu namorado; e isso fez meu sorriso maldoso aumentar. — eu quero você dentro de mim. Estou com saudade, amor.

— Princesa, olha…

— Eu realmente te quero, Jungkook. — Afirmei, tentando transmitir a maior certeza possível através da minha voz. — Você não me ouviu gemer pra você?

Ele grunhiu e gemeu ao mesmo tempo.

— Eu ouvi, e tô tentando não pensar na porra do seu gemido desde que saí do dormitório. — Seus braços me apertaram um pouco mais. — Tem certeza?

— Tenho. Por favor. Estou morrendo de saudade.

Jeon levou uma das mãos até a minha bochecha, acariciando ali por alguns segundos antes de levar o polegar até meu lábio inferior, contornando-o lentamente. Em seguida, ele usou aquele mesmo dedo para puxar meu lábio para baixo e avançou contra a minha boca em seguida; aproveitando que eu estava com ela meio aberta para poder dominar completamente com sua língua.

Eu fui empurrada contra o balcão, e nós ignoramos a platéia quando ele ergueu um pouco minha perna e se moveu sutilmente contra mim. Agradeci aos céus por ter escolhido um conjuntinho de blusa de frio e saia hoje — isso fora o top branco que eu usava por baixo; porque eu consegui sentir perfeitamente bem quando aquele pau, já duro, se esfregou na minha calcinha. Abracei seu pescoço com mais força e agarrei seu braço com a outra mão, puxando-o para junto de mim, querendo que seu corpo ficasse colado ao meu; e nem mesmo o tímido do meu namorado deu atenção às uivadas e implicações dos outros alunos.

— Gostosa. — Sussurrou, apertando minha cintura entre os dedos. — Minha gostosa.

Eu sorri.

Apenas sua.

Ele rosnou antes de atacar minha boca mais uma vez; e agora nenhum dos dois teve piedade com a aparência do outro. Eu baguncei seu cabelo, apertando, puxando e embaraçando os fios tingidos; e Jungkook deixou possíveis roxos pela minha coxa antes de subir a mão para o meu cabelo, embolar todos os fios ali e puxar com força para trás. Contive o gemido.

Eu gostava de platéia, não de gemer ao ponto de alguém querer gravar e publicar isso em um site porno.

— Por Deus, procurem um quarto! — Ji-eun exclamou, extremamente incomodada.

Eu sorri de maneira maliciosa.

— Banheiro? — Sugeri, erguendo uma das sobrancelhas.

Seu rosto se afundou no meu pescoço, deixando beijos ali entre uma palavra e outra.

— Banheiro. Quarto. Lavanderia. Quarto de limpeza. — Mordiscou minha pele. — Onde você quiser e quantas vezes quiser, princesa. Até aqui, eu expulso todo mundo dessa cozinha se você quiser.

Dei risada.

— Primeiro o banheiro.

Ele entrelaçou nossos dedos, desesperado; e saiu me guiando até a porta da cozinha para depois irmos ao banheiro. Me virei, sorrindo maliciosa; e acenei com os dedos da maneira mais debochada que consegui para Ji-eun.

— Boa tentativa. Quem sabe outra noite, Ji. — Pisquei. — Mas acho melhor você desistir.

Jungkook não comentou nada, apenas me levou para o banheiro mais próximo o mais rápido possível; não conseguindo disfarçar o tesão nem na sua calça, nem no seu rosto.

Nos enfiamos no primeiro banheiro que vimos, ignorando a pequena fila do lado de fora ao passar para dentro assim que a porta se abriu. Jungkook tinha certos privilégios aqui, por ser amigo do organizador da festa; e por mais que as pessoas ficassem indignadas, não iam conseguir contestar.

Me encostei na parede livre e o puxei para mais um beijo, enquanto Jeon apoiou um dos antebraços no azulejo ao lado da minha cabeça e pressionou a boca na minha com força. Apressada, não querendo esperar mais a porra de um minuto, eu agarrei seu cinto, puxei seu quadril para mais perto e comecei a abrir sua calça em seguida.

— Amor... calma... — Ele gemeu contra a minha boca, se separando de mim para poder colocar a mão sobre as minhas. — Você tem certeza mesmo que quer isso? Eu posso esperar, de verdade, não tem problema para mim. Não quero que você se sinta pressionada porque viu…

Colei minha boca na sua, o forçando a calar a boca; e Jungkook arfou antes de me beijar de volta e soltar minhas mãos, me dando uma permissão silenciosa. Enfiei minha mão dentro da sua calça e o masturbei lentamente, sentindo sua extensão dura contra a minha palma. Dei um aperto um pouco mais forte, e me afastei para observar sua expressão. Jeon franziu o cenho e gemeu baixinho.

— A-ah, amor… toma cuidado. — Murmurou, a boca a milímetros da minha. — Eu tô super sensível.

Desde que começamos a ter relações sexuais, nunca ficamos tanto tempo sem transar; então eu conseguia imaginar o estado em que ele se encontrava. Com cuidado, eu o masturbei e dei uma leve pressionada em sua glande com o meu polegar. Jungkook puxou o ar entre os dentes.

— Teve que se contentar com sua mão nos últimos dias, hun?! Eu fiz você sofrer, JK?

Ele grunhiu baixinho.

— Não culpo você.

Eu sei que não, mas não é isso que eu quero ouvir, Jungkook.

Apertei levemente seu pau entre os dedos, fazendo ele choramingar baixinho, se movendo para poder estocar a minha mão.

— Não foi isso que eu perguntei.

— Mas… — Apertei mais uma vez, e agora Jeon gemeu perto da minha boca. — Fez amor, você me fez sofrer bastante.

Como recompensa, eu o masturbei de leve, para não machucar e lhe proporcionar prazer verdadeiro. Jeon ficava resmungando alguns gemidos manhosos e tortos.

— E o que você imaginava quando se masturbava, hm?

Tudo. Eu tenho uma mente bem criativa. — Soltou o ar com força.

— Me conta. Em detalhes.

— Me imaginei metendo meus dedos em você, enquanto beijava e mordia esses seios que eu tanto amo. Depois me imaginei descendo pelo seu corpo, bem devagar; beijando cada parte enquanto você tinha aqueles espasmos prazerosos e me empurrava pela cabeça, me fazendo chegar bem aqui... — Deslizou a mão entre minhas pernas, e eu as abri um pouco mais de forma inconsciente; querendo que ele me tocasse. Jungkook riu e afastou minha calcinha para o lado, passando os dedos pela minha intimidade molhada em seguida. Ele gemeu junto a mim. — Porra. Como você já tá’ tão molhada?

Eu ri.

— Você não é o único com a imaginação fértil aqui. — Levei minha boca até sua orelha, mordiscando o lóbulo e soltando mais uma risadinha ali. — Agora me fode, hun?! Me pega no colo e mete em mim até você sentir que vai explodir.

Ele grunhiu, puxando minha calcinha para baixo e se livrando dela. Abaixei um pouco sua calça e ao colocar seu pau para fora percebi o quanto Jungkook realmente estava duro. Céus, ele estava se segurando tanto, devia ter sofrido tanto.

— Vem aqui, amor. — Puxou minha perna para cima, e antes de me penetrar de verdade; ele enfiou dois dedos e fez questão de espalhar toda a minha lubrificação e me deixar ainda mais molhada. — Você tá' escorrendo. Ah, adoro quando você fica assim.

Envolvi seu quadril com minhas pernas, me apoiando nele e na parede atrás de mim; e assim que recebeu mais uma permissão sem receios, Jeon segurou o próprio pau e o guiou até a minha entrada, forçando a glande para dentro.

— Estamos sem camisinha... — Sussurrou, empurrando um pouco mais e puxando o ar entre os dentes. — Isso não é nada responsável.

— Não, mas estou sem paciência. — Me mantive parada, esperando ele se movimentar no seu ritmo.

— Amor... — Enfiou um pouco mais, cada centímetro fazendo sua expressão de prazer aumentar. — Eu não vou durar muito, faz muito tempo que eu não…

— Eu sei, Koo. Não se preocupe.

Jungkook empurrou o resto para dentro e me segurou com força, esmagando a minha pele entre os dedos ao me ajeitar e começar a se movimentar. Meus braços se firmaram em seu pescoço e ele me pressionou ainda mais contra a parede ao procurar minha boca e começar a se mover.

— Eu senti sua falta. Não só disso daqui, mas…

— Eu sei o que você quer dizer. — Respondi, meio fraca. — Eu também senti. 

Eu sabia do que ele estava falando, porque quando a gente transava eu sentia que era mais do que sexo: era como se Jungkook quisesse mostrar para o meu corpo e a minha alma, o quanto ele amava cada detalhe meu. E eu fazia o mesmo. Era uma conexão surreal, e talvez fosse esse o motivo de gostarmos tanto, de querermos tanto um ao outro e não resistirmos; porque essa conexão era viciante.

— Amo você. — Sussurrou, saindo devagar e metendo tudo de uma vez em seguida. Eu arquejei e gemi. — Para sempre.

— Para sempre. — Confirmei, sorrindo de olhos fechados.


[...]


Flórida, Estados Unidos

Atualmente


— Você não pode ir lá fora assim! — Jungkook tentou me impedir, enquanto eu procurava minhas coisas para poder sair e ajudar quem estava precisando. — Pode ser perigoso. Princesa, por favor…

— Ou você me ajuda, ou não se mete, Jeon! — Ele suspirou, um pouco entristecido; e se afastou de mim em seguida.

Ah, não... Eu fiz de novo. O único “problema” no nosso relacionamento era a minha agressividade e a sensibilidade de Jungkook. Devido aos problemas em casa, ele acabava sendo um pouco sensível a gritos e ofensas, mas eu era agressiva demais, acabava dando más respostas sem perceber e o magoando sem ser minha intenção. Apesar de amá-lo com todas as minhas forças, às vezes eu tinha a sensação de que jamais daríamos tão certo por conta desse pequeno detalhe. Meu coração doía toda vez que ele fazia essa expressão de dor.

— Me desculpa... eu não queria…

— O que você quer que eu faça? — Perguntou, se esticando e pegando algumas armas também.

— Você está machucado. Quero que fique e cuide dos seus ferimentos. Peça a alguém para te ajudar, Jennie é boa com isso.

Ele me olhou incrédulo.

— Não vou ficar aqui enquanto você se arrisca lá fora! Você ainda está se recuperando do machucado na mão!

— Você vai ficar sim. Não discuta comigo. — Afirmei, praticamente exigindo, e segui em direção a porta depois de recolher tudo o que eu precisava.

Nossos amigos desceram as escadas segundos depois, todos eles; e todos pareciam ter ouvido o mesmo grito que nós, já que tinham expressões um pouco assustadas nos rostos. Jennie revezou o olhar entre nós, e soltou uma risada que eu sabia muito bem ser maliciosa, antes de avançar até mim.

— Eu te conheço bem o suficiente para saber que você vai lá fora descobrir que porra está acontecendo e quem está precisando de ajuda. — Começou, puxando a pistola de dentro da roupa e me lançando um sorriso encorajador. Jennie era a porra da minha alma gêmea. — O que eu tenho que fazer?

Acabei sorrindo.

— Desta vez eu vou com o Dylan, Jen. Por favor, cuide dos ferimentos de Jungkook; Namjoon ainda precisa terminar os do Taehyung. — Caminhei até a porta, parando apenas para deixar um beijo sobre a testa de Yerin e afirmar, com toda a certeza do mundo, que eu ia voltar.

— Tem certeza disso? Trabalhamos bem juntas. — Jen perguntou, apenas para confirmar. Ela sabia que eu ia ficar mais confortável ao seu lado.

— Tenho, pode ficar tranquila. Dylan, tudo bem por você? — Me virei para o garoto, vendo ele me lançar um sorriso enquanto puxava uma arma e ajeitava a própria aparência.

Nos despedimos dos nossos amigos e eu tive que jurar que iria cuidar de Dylan, antes de sairmos com lanternas nas mãos, esperando ouvir mais um grito para poder seguir o som. Não demorou muito para ele vir, e eu e o americano seguimos naquela direção no mesmo segundo; apressando o passo mas tentando não fazer muito barulho para não acabar chamando a atenção.

— Puta. Merda. — Meu amigo murmurou, parando de andar subitamente, junto a mim.

Puta merda mesmo.

A rua estava infestada de pessoas que se tornaram zumbis, algumas inteiras e outras com um membro ou outro faltando — o mais comum eram braços; e eu pude notar uns cinco monstrengos espalhados pela confusão também. O problema era que, em cima de um carro e afastando qualquer um que chegasse muito perto com um bastão de beisebol, estava um garoto que parecia ter mais ou menos a nossa idade.

Merda.

— Não dá pra tirar ele de lá sem nos sentenciar a morte também! — Dylan afirmou, o mais baixo que conseguiu.

Como estávamos escondidos, o garoto ainda não tinha nos visto.

— Me dê alguns minutos, eu preciso pensar.

Ele apenas concordou, sem emitir um único ruído enquanto eu colocava a merda do cérebro para trabalhar, tentando pensar em alguma possibilidade de fuga. Não era possível fazermos isso com a quantidade de zumbis, o garoto iria se jogar diretamente na morte; então eu precisava encontrar uma forma de atrair ao menos dois terços daquilo para longe.

— Atrair, é isso! — Exclamei, me controlando para não gritar. — Dylan, você ainda sabe fazer aquele lance… aquilo de ligar os carros com os fios? Eu esqueci a porra do nome.

Ele deu risada.

— Sei. Mas, por favor, não diga ao seu pai.

Vou deixar para rir da piada mais tarde.

— Pegue um carro, qualquer um, e faça isso. Vai disparar um alarme, eu espero; e se você conseguir fazer um corte e espalhar um pouco de sangue, vai ser bom também. — Ele concordou, puxando uma adaga do cinco e olhando ao redor, provavelmente procurando um carro que fosse rápido. — Dê algumas voltas, atraia eles para o mais longe possível; mas não saía dessa rua, entendeu?! Vá até o final dela. Depois, largue o carro e passe para o quarteirão daqui de trás. Eu vou te buscar com a minha moto assim que conseguir voltar.

Sem medo, ou qualquer tipo de hesitação; Dylan apenas me deu um abraço de boa sorte e seguiu em direção ao carro que tinha escolhido. Eu amava a confiança quase cega que eles tinham em mim; indicava que eu era uma boa líder.

Esperei um pouco, cobrindo os ouvidos para abafar o som e ficando em um lugar alto, para nenhum zumbi acabar esbarrando em mim — mas, por precaução, ficando com uma pistola e uma adaga em mãos. De pouco em pouco, o alarme disparado e o possível sangue de Dylan atraíram grande parte da multidão de monstros, que começou a segui-lo o mais rápido que a pós-morte permitia. Meu amigo foi esperto, e ao invés de acelerar de uma vez, encontrou a velocidade perfeita para não ser pego mas também para os zumbis não desistirem.

Sorrindo, eu guardei a pistola, peguei a outra adaga e saltei do muro, andando até o garoto enquanto girava as duas lâminas nos indicadores. Devagar, para não chamar a atenção dos outros dois aliens que haviam ali, eu pedi silêncio com uma das mãos e soltei um sorriso antes de enterrar minha primeira adaga em um monstrengo branco, que me lançou um olhar vermelho brilhante antes de cair ao meu lado, morto.

Os outros dois vieram até mim, e eu desviei de um deles para poder acertar seu companheiro; afundando minha adaga em um dos olhos e a deixando lá — o movimento fez sangue preto voar em mim, incluindo no meu rosto, mas eu ignorei em um primeiro momento.

Me virei para o outro, soltando um som de ódio antes de passar a lâmina pela sua garganta, cortando sua cabeça para fora. O garoto em cima do carro arquejou, surpreso com o que tinha acabado de presenciar; e eu sorri orgulhosa do meu próprio plano antes de me virar para a adaga presa ao alien. Ainda haviam alguns zumbis, mas eles pareciam buscar de onde vinha o barulho do carro, que se afastava de pouco em pouco.

— Você vai me fazer cometer um homicídio se eu perguntar o que caralhos estava fazendo ali? — Perguntei, puxando minha arma e encarando o vidro do carro para poder conferir minha aparência.

Resmunguei ao notar a quantidade de sangue no meu rosto e no meu cabelo.

O garoto soltou uma risada fraca, parecendo um pouco nervoso.

— Ajuda se eu disser que estava buscando por suprimentos necessários para o acampamento?

Aquilo atraiu a minha atenção no mesmo segundo. Acampamento?

— Que acampamento?

Ele franziu o cenho.

— Você não é de lá? Não foi por isso que veio me salvar? Achei que o Charles tinha conseguido a ajuda que foi buscar.

Pisquei, atônita.

— Tinha mais alguém aqui? E que droga de acampamento é esse?! — Perguntei, girando a adaga e apontando a lâmina para o seu pescoço. Ele recuou, até que se encontrou com a porta do carro, ficando encurralado.

— T-tinha o meu amigo, Charles. Ele estava no meio da multidão quando eu fui cercado, mas conseguiu fugir e disse que ia pedir ajuda.

— Eu sinto muito em te dizer que não tinha mais ninguém aqui além de você. Vim por causa dos seus malditos gritos, antes que eles atraíssem uma legião inteira e matassem meus amigos. — Empurrei ainda mais a adaga. — Que acampamento?

O garoto engoliu em seco.

— É aqui perto, mas fica escondido no meio de uma espécie de floresta. Posso te levar até lá se…

— Não só pode como vai. Saímos pela manhã. — Agarrei seu braço e comecei a puxá-lo em direção à casa onde estávamos. — E vem rápido. Eu ainda tenho que salvar o Dylan enquanto meus amigos dão um jeito em você.

O abrigo em Washington era bom? Provavelmente era o melhor do país inteiro; mas ficava muito longe e eu precisava me abrigar com os meus amigos, logo. Ficar mudando assim pode acabar nos matando, então eu prefiro ficar em um lugar seguro, mesmo que não seja o mais indicado pelos governantes.


Tente não nos matar até lá. — Afirmei, o empurrando para dentro da casa em seguida.


Notas Finais


❤️Esperem, tenham paciência, estudem o nome do capítulo com cuidado. É só isso que eu vou dizer.

💜Os flashbacks não são aleatórios, são momentos importantes com o Jungkook, no ponto de vista da principal, e momentos que ela começou a desconfiar das intenções da Ji-eun. Que começou a suspeitar dela. Vai tudo ser explicado.

🖤Vou tentar não sumir tanto assim.

Xoxo, Juju💕


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