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História We'll be the stars - (Jasper Hale) - Maria.


Escrita por: jenniierubyjane

Notas do Autor


Everglow - Pirate

Capítulo 112 - Maria.


"Girls all over the world

Dance tonight

And we could be anything, anything now

Go crazy, no doubt

Rowin' for the crown

Waving the flag"

"Garotas por todo o mundo

Dancem esta noite

E podemos ser qualquer coisa, qualquer coisa agora

Enlouqueça, sem dúvida

Remando pela coroa

A bandeira balançando"


________________________♡________________________


- Disse que era de Washington, não é? - Ela perguntou enquanto eu permanecia com um sorriso amigável forçado no rosto. - Há mais pessoas com você?

- Já estive com um grupo, mas agora estou sozinha. - Menti, a última coisa que ela precisava saber era que eu estava morando com Jasper.

- Hm. - Ela murmurou me analisando de cima a baixo.

- Algumas cidades são extremamente chuvosas, acabo me enturmando com os humanos melhor por conta disso.

- Já esteve aqui antes? Parece conhecer bem a cidade.

- Apenas uma vez, mas nunca estive por essa parte. - Confessei. - E bom... você tem algum lugar fixo por aqui perto? - Perguntei tentando disfarçar que eu já sabia sobre seu estilo de vida, principalmente nos anos em que Jasper era incluso.

Mas mesmo que provavelmente continuasse o mesmo - agora sem ele -, me perguntei se algo havia mudado ou não.

- Em parte. - Ela respondeu. - Sinto muito não poder te levar até lá, pela segurança dos meus, e acho que a sua também.

Certo, os recém-criados. Acenei positivamente concordando com ela.

- Acho melhor eu ir, então... - Cruzei minhas mãos atrás das minhas costas num hábito involuntário e fiz sinal de dar meia volta.

- Espera, Harley. - Maria deu um passo para frente, ficando alguns centímetros ao meu lado. - Você está numa parte de território perigosa, acho melhor eu te acompanhar até a saída, pelo menos para ter certeza que nenhum dos meus irá atacar você.

Se eu não soubesse do histórico de guerras e lutas, poderia até jurar que ela era gentil e amigável.

- Obrigada pela gentileza. - Agradeci. - Então, há muitos com você agora? - Perguntei enquanto caminhávamos.

- Achei que não soubesse muito sobre isso... - Ela me olhou desconfiada.

- Não sei, quase participei de uma luta uma vez, apenas isso. - Me lembrei de tudo o que aconteceu com Victória.

Alguns raios de sol da manhã escapavam das nuvens, fazendo-os reluzirem pela floresta, e em pequenos flashs, na nossa pele.

Seria um bom momento se eu não lembrasse do motivo da minha vinda até aqui, e como eu deveria estar no prédio correto no horário em que Alice falou se eu quisesse que as coisas dessem certo.

- Harley? - Ela me chamou assim que o silêncio pendurou sobre nós por 10 segundos. - Qual sua relação com o Jasper?

Eu parei de caminhar no mesmo instante, olhando-a e sentindo um caroço se formar em minha garganta.

- Quem? - Deixei minha voz firme, como se eu realmente não soubesse do que ela estava falando.

Quando eu achei que agora era a hora do meu fim e que um exército apareceria do além para me atacar, Maria apenas soltou uma pequena risada antes de continuar.

- Você não parece como alguém que passa anos da vida lutando por alguma coisa contra outros da nossa espécie, mas você sabe bastante sobre isso. - Ela falou como se fosse algo óbvio, mas a minha mente rodopiava pensando em como isso não fazia sentido algum. - Soube alguns anos atrás que Jasper estava no norte em Washington, e bem, vocês tem a mesma alimentação de dieta de sangue animal, suspeitei que se conheciam, não é uma característica muito comum de vampiros que andam sozinhos.

- É mais comum do que parece. - Lembrei dos Denali.

- Você usa o anel dele. - Maria desceu seus olhos para a minha mão. - Convivi com ele por décadas, não é difícil reconhecer. - Parei analisando o anel que Jasper havia me dado na noite em que fugimos de James. - Então, você é namorada dele?

- Depende... se a resposta for sim você vai me matar? - Olhei para ela.

Ela olhou para minha mão onde o anel se localizava mais uma vez antes de dar uma pequena risada e começar a andar novamente, me conduzindo.

- Minha relação com Jasper era profissional assim por se dizer, me senti traída quando ele foi embora sem nem mesmo um 'Adeus', mas acredite, tive alguns bons anos para superar isso. - Ela disse sem olhar para mim, mas sua voz decaiu um tom com leve sorriso em seus lábios. - Fico feliz em saber que ele está bem.

Permaneci alguns passos atrás dela, alerta para caso a ideia dela mandar um exército atrás de mim ainda estivesse concreta na minha cabeça.

- Eu não vou te matar. - Ela falou como se adivinhasse meu medo.

- Então... não ficou brava por ele ter ido embora?

- Quer saber por que não o matei?

- Na verdade sim. - Concordei.

- Ele não era como os outros que eu usava pelo tempo que me era necessário, eu sabia havia um grande potencial nele desde o momento em que o encontrei, e ele realmente tem.

- É, ele é incrível. - Concordei com um sorriso no canto dos lábios.

- Acredite, você não deve ter visto 20% do que ele é capaz. - Maria falou de forma entusiasmada, relembrando e revivendo antigas memórias.

- Do que ele é capaz? - Perguntei com a minha curiosidade aumentando, dei dois passos mais rápidos para ficar perto dela.

- Não me leve a mal não te falar abertamente sobre isso, foram décadas que eu o vi vencendo batalhas perdidas e parecidamente impossíveis, eu não faço ideia do quanto ele te contou sobre essa vida, mas tenho certeza que foram histórias rasas. - Memórias das histórias que Jasper me contava me vieram a mente. - Sei que provavelmente ele não ter que envolver nisso, então não quebrarei seu voto.

Concordei esperando ela continuar.

- Quando eu soube que ele tinha um dom que poderia me ajudar a controlar os outros recém-criados, o deixei responsável por eles, sendo assim o único vampiro que eu não matei depois que fez 6 meses.

- Trabalho de matar que depois ficou com ele. - Eu conhecia essa parte da história.

- Jasper era muito bom em controlar alguma situação, e principalmente em acabar com elas. - Falou como se aquilo justificasse suas atitudes. - Veja bem, Jasper era apenas um garoto de 17 anos quando foi convocado para a guerra, e apesar de não concordar com os motivos racistas dela, ele foi obrigado e fazia seu trabalho, tanto que apenas dois anos depois ele foi promovido a Major.

- Então era isso que você queria, alguém que fizesse o trabalho mesmo contra a vontade? - Franzi minha sobrancelha e soltei uma risada irônica.

- Sim, foi por isso. - Ela concordou olhando momentaneamente para o horizonte. - Eu nunca contei para ele que havia outra vida, e quando Peter veio falar com ele após algum tempo de ter fugido, contando sobre como essa matança toda não era o único estilo de vida, ele foi embora sem nem pensar duas vezes.

- Você sabia que ele iria embora?

- Eu sabia, e quando o vi indo embora não senti raiva e nem nada do tipo, eu me senti culpada por o ter privado de uma existência menos dolorosa. E bom, sim, depois de um tempo a raiva veio, e eu pensei em ir atrás dele para matá-lo, terminar com aquilo de uma vez por todas, mas eu não fiz. - Ela parou de andar subitamente, me fazendo assim parar também para encará-la. - Sei que é meio sem noção o que eu vou te falar, mas quero que lembre que faz muito tempo desde que aconteceu.

- Tudo bem...

- Eu gostava dele, e naquele tempo eu achava que era o máximo que eu encontraria, por isso havia aceitado tão facilmente, foi depois de um tempo que eu descobri o que realmente era o amor. No início quando ele estava perdido sobre esse novo mundo, eu era tudo o que ele tinha para explicar, e eu acho que nós dois acabamos confundindo isso com amor, e por isso eu o mantinha por perto sem contar do mundo à fora, mesmo sendo egoísta. Mas agora, vendo as coisas de uma perspectiva antiga e diferente, eu posso dizer que era algo entre amigos, ou nem mesmo isso, conhecidos que se ajudaram talvez. - Ela explicou. - A questão é, você queria saber o por que eu não o matei quando ele foi embora, foi porque achei que era isso que uma pessoa que ama faz, deixa o outro ir em busca de algo melhor. - Ela suspirou. - Mas Harley, mesmo não te conhecendo ou eu não tendo mais contato com ele, queria deixar claro que nunca houve nada que poderia se considerar amor entre nós, e apesar de tudo, eu sinto muito por tudo que o fiz passar.

- Eu admiro de verdade que você se arrependa de tudo o que aconteceu e ele passou, mas ninguém além dele pode aceitar suas desculpas, sinto muito. - Eu me sentia mal por achar que estava magoando-a, mas jamais eu perdoaria Maria por Jasper sendo que eu não fazia ideia do quanto ele estava machucado com aquilo ainda.

- Obrigada por me escutar, e espero algum dia poder pedir desculpas para ele eu mesma. - Ela sorriu de forma genuína, e pela primeira vez, baixei totalmente minha guarda, despreocupada que ela não me mataria. - Sabe, fico feliz que ele tenha encontrado você, e fico mais feliz ainda que ele não tenha ficado com aquela outra garota.

- Outra garota? - Olhei confusa no mesmo instante.

- Eu disse que fiquei com raiva um tempo depois que ele foi embora, e bem, eu fui atrás dele para resolver as coisas, ele estava no Alasca aquela época, e tinha uma garota com ele. - Explicou.

- Cabelo castanho médio, os olhos dourado e mais ou menos a minha altura? - Perguntei.

- Conhece ela?

- É, conheço, Elizabeth o nome dela. - Suspirei irritada antes de voltar a andar, e agora foi a vez de Maria dar alguns passos rápidos para me acompanhar.

- Eu não sei se eles estavam realmente juntos, acho que não, mas olha, se você conhece essa garota, vou te dar um conselho, só toma cuidado. - Nós estávamos começando a chegar na cidade. - Conheço uma pessoa que faz tudo para conseguir o que quer e não mede esforços para isso, conheço porque eu sou assim, ela é perigosa.

- Acredite, eu sei o problema que ela é, mas ela está morando em outro estado e mantendo distância, eu não poderia desejar algo melhor.

- Acha que vai durar muito tempo? - Maria perguntou e eu franzi o cenho confusa. - Ele não gosta dela, mas ela gosta dele, de um jeito doentio. - Explicou. - Ela vai achar algo e usar contra você para poder ficar com ele, é questão de tempo.

Fiquei em silêncio por um instante, ainda seguindo em frente com pequenos passos enquanto pensava em suas palavras. Quando ela já estava uns dez passos à frente, parou para esperar por mim.

- De qualquer maneira, não é mais da minha conta, me desculpe. - Ela se desculpou quando me viu concentrada em suas antigas contestações.

- Não, tudo bem, não é como se você tivesse errada. - Dei de ombros. - Maria, posso te perguntar sobre algo?

- O que seria?

- Você disse que só depois de um tempo entendeu o que era o amor, o que quis dizer com isso? - Perguntei, ela me olhou por um momento.

Talvez fosse algum assunto pessoal e eu não devesse entrar nisso ou questioná-la, então apenas balancei minha cabeça colocando minhas mãos na frente do meu corpo como um sinal de desculpa.

- Deixa para lá... - Eu estava me desculpando quando ela me interrompeu.

- Eu conheci uma pessoa que eu realmente amei, e ele me amava também. - Explicou. - Mas ele foi morto.

- Sinto muito por isso... - É, eu realmente havia entrado num assunto delicado.

- Não sinta, não foi culpa sua de qualquer maneira. - Depois de alguns segundos pensando, ela sorriu. - E eu não quero lembrar dele dessa maneira, ele era bom demais para mim, e eu vou ser eternamente grata por ter passado um tempo ao lado dele.

- Foram outros grupos? - Coloquei minhas mãos nos bolsos do meu moletom, observando-a contar com um pequeno sorriso nostálgico.

- Não, eu disse que ele era bom demais para mim. - Ela sorriu novamente. - O nome dele era Matthew, se alimentava de sangue animal também, ele se alimentava assim antes mesmo de eu o conhecer.

- Como o conheceu?

- Fui visitar um antigo amigo em Phoenix. - Explicou.

- Eu morava em Phoenix alguns anos atrás, antes de conhecer Jasper na verdade. - Informei enquanto relembrava daquela época morando em Phoenix, e como o calor de lá era incrivelmente insuportável.

- Talvez o tenha conhecido. - Ela me analisou por completo, estranhamente contente com a possibilidade.

- Acho que não...

- Ele era médico, sim, eu sei que é estranho um de nós médico, mas ele era bom com as pessoas. - Seu sorriso aumentava a cada memória que tinha dele.

Mas foi nesse exato momento que uma chavinha virou em meu cérebro.

Matthew.

Matthew Clark?

O mesmo médico que levou eu e Bella para casa na noite em que soubemos da morte de Will, o mesmo que o havia transformado e posteriormente sendo morto por causa disso.

- Maria, eu sei que é indelicado perguntar dessa maneira, mas como ele morreu? - Olhei para ela curiosa.

- Os Volturi. - Ela explicou cabisbaixa. - Ele havia dito para uma humana sobre o nosso segredo e ele teve a consequência sobre isso.

É, era o mesmo Matthew que eu havia conhecido.

- Meus pêsames sobre ele. - Agora minha voz que havia decaído, e mesmo não a conhecendo, me senti culpada por não poder contar que indiretamente eu estava envolvida nessa história.

- Eu sinto falta dele todo dia, e mesmo tendo certeza que nada jamais me confortará quanto a isso, fico agradecida pelas suas palavras. - Ela falou por fim quando chegamos até o começo da floresta, alguns metros adiante um pedaço da rua vazia começava. - Bem, está entregue, foi realmente muito bom te conhecer, Harley. - Ela deu meia volta se preparando para correr quando eu a chamei.

- Maria, espera. - Me virei rapidamente para não perdê-la de vista. - Você disse que os Volturi foram os culpados pelo o que aconteceu com Matthew, não?

- Sim, por quê?

- E se você tivesse a chance de se vingar?

- Está falando sobre o quê? - Ela perguntou confusa.

- Você teria ou não?

- Acredite, já pensei sobre isso, mas eu estaria morta se chegasse até eles com um exército. Mesmo tendo meses para planejar, eu me surpreenderia se conseguisse matar um deles. - Explicou. - Mas sim, se algum dia eu tivesse a oportunidade, faria sem pensar duas vezes. - Sua voz era fria e decidida.

Parei pensar por um momento, eu não tinha ideia de envolver mais alguém nisso, e foi um dos principais motivos para eu dispensar a companhia de Jasper.

Mas vendo-a ali, eu queria poder dá-la a vingança que sua mente tanto pensava.

O mesmo que ela sentia por Matthew, era o mesmo que eu sentia por Izzie.

- Está ocupada essa manhã? - Inclinei levemente minha cabeça. - Preciso de ajuda com uma coisa.

- Envolve os Volturi? - Um sorriso brotou em seus lábios, e naquele momento eu sabia que ela me ajudaria.

- Eu sei que dois deles estarão aqui na cidade antes do meio-dia, Alec e Heidi, pensei que pudesse me ajudar a resolver esse problema. - Dei de ombros.

- Então esse era seu assunto pendente na cidade? - Ela perguntou e eu assenti. - Garota, você é mais perigosa do que parece.

- Normalmente eu tenho esse efeito.

- O quê eles fizeram para você? - Perguntou curiosa.

- Mataram uma pessoa que eu amava muito. - Lembrei de Izzie. - Achei que poderia pagar na mesma moeda.

- Um para cada uma? - Maria caminhou novamente até meu lado.

- É um bom negócio.

- E então, para onde nós vamos?

...

Depois de um tempo de tê-la conduzido até o prédio abandonado onde Alice havia me dito para esperar por eles, nós fomos para o andar mais alto, esperando assim não sermos notadas.

Olhei para o relógio no meu pulso vendo que passavam das 11 horas da manhã, e como Alice havia me dito que estariam aqui antes do meio-dia, meu corpo ficou totalmente em alerta esperando por qualquer sinal deles.

- Como vocês se conheceram? - Ela tirou minha atenção da janela.

- Bom, tive um problema familiar em Phoenix, e fui morar com meu pai em outra cidade, e então o conheci. - Expliquei de forma resumida e evitando alguns detalhes.

Apesar de confiar um pouco mais nela, eu não tinha um Edward aqui para confirmar se ela não iria mesmo me matar alguma hora.

- Espera, você era humana quando o conheceu?

- Eu era humana até quatro meses atrás. - Soltei uma pequena risada.

- Você é incrivelmente controlada para uma recém-nascida, ele já te disse isso?

- Algumas vezes na verdade.

- É a melhor que eu já vi em todos meus anos, acredite, você pode se orgulhar disso.

- Acho que eu me orgulho de não ter perdido o controle em nenhum momento. - Sorri. - Esse negócio todo de sangue ainda é novo para mim, às vezes é confuso.

- Demora alguns anos até se acostumar, eu não lembro mais como era a comida humana, mas lembro como foi difícil no começo me acostumar com essa mudança.

- Ainda é estranho me acostumar com tudo isso. - Admiti. - Mas ele meio que está me ajudando com essas mudanças, acho que foi o motivo de eu ainda não ter surtado.

- Não acho que seja totalmente verdade isso. - Ela me olhou. - Você parece lidar bem com as situações de qualquer maneira, e ele confia em você. Precisa se dar mais o crédito.

- "E ele confia em você"? - Repeti suas palavras, curiosa com o significado delas.

- Só não é muito difícil de imaginar. Deixar eu adivinhar, você pediu para ele não vir, não é? - Concordei. - Se ele não confiasse que você é forte o suficiente para lidar com qualquer situação mesmo sendo uma recém-criada, ele teria vindo até aqui e principalmente me matado quando cheguei perto de você.

- Ah, qual é, não sou uma garotinha que precisa ser salva a todo momento. - Ironizei e vi ela dar uma pequena risada.

- Eu poderia ter te matado na floresta quando te vi, ou até mesmo agora quando você estava distraída olhando a janela. - Ela argumentou.

- O que levou a não fazer? - Agora eu estava parecendo Bella ultimamente com suas intenções suicidas.

- Quando te vi, você cruzou as mãos atrás das costas, isso era um hábito de Jasper, e bem, quando vi o anel, tive a confirmação que vocês tinham algo.

- Então não me matou por consideração à ele?

- Se eu tivesse te matado, ele teria descoberto e vindo me matar como forma de vingança.

- Reconfortante. - Cruzei meus braços desconfortavelmente antes de ouvir sua risada.

- Cada um tem algo para cuidar, você tem sua família e eu tenho meu exército. - Ela falou seriamente, explicando suas palavras. - O mais importante para você é a segurança de quem ama, para mim é o poder, e nenhuma de nós está errada nessa história. Estamos apenas buscando nosso objetivo.

Eu me preparei para responder quando ela levantou repentinamente e veio até mim numa rápida velocidade, olhando pela janela e depois falando em baixos sussurros.

- Eles estão vindo. - Sua voz era baixa como o vento.

- Você vai para o outro lado do prédio. - Ordenei. - Eu vou atacar Alec primeiro, e quando você ver que ele já está no chão impossibilitado de usar seu dom, você parte para atacar Heidi, ok?

- Com certeza, garota. - Maria sorriu ansiosa uma última vez antes de sair.

Fui para perto da janela ansiosa com o confronto, fiquei levemente escondida enquanto ouvia suas vozes ficando cada vez mais altas, logo estando perto o suficiente para começar.

Fechei meus olhos me relembrando de toda a história que Will havia me contado sobre o que aconteceu com Izzie, com ele, e tudo o que todos nós tivemos que passar com a falta da nossa família.

Comecei a sentir todo aquele sentimento se acumulando dentro de mim, e a raiva fazia o fogo se espalhar por todo meu corpo, se irradiando pelo ar onde eu olhava.

Mirei em Alec embaixo na rua, vendo seu rosto convencido como o de Jane, e tentei o máximo poder fazê-lo sentir a mesma dor que sua irmã sentiu.

Ambos tendo o mesmo final, assim como minha mãe teve.

Logo um grito silencioso percorreu pela sua garganta, coisa completamente diferente de Jane. Me perguntei se tinha algo a ver com seu dom, eu sabia que ele podia tirar os sentidos de qualquer um, e talvez fosse nesse momento que eu comecei a ficar insegura.

Mas quando ele caiu no chão se contorcendo em uma careta de dor junto com seu corpo levemente ficando despedaçado, eu me sentia mais poderosa do que nunca.

Quando ele se contorceu uma última vez antes de sua eminente morte, Maria apareceu na rua, e em um simples ataque, foi para cima de Heidi que estava agachada no chão numa tentativa falha de ajudar Alec, arrancando sua cabeça fora e jogando-a para longe de seu corpo.

- Você é realmente uma caixinha de surpresas. - Maria olhou para Alec e depois para mim encostada no parapeito da janela.

- O que eu posso dizer, sou facilmente subestimada. - Coloquei minha mão sobre o queixo lembrando que ainda tínhamos que dar um jeito nos corpos. - Vamos acabar com isso de uma vez.


Notas Finais


nota¹ - dia 20 fez 1 ano desde o início da fanfic, e eu queria agradecer a todo mundo que está acompanhando, e é triste eu dizer que já está chegando na reta final, então obrigada a todo mundo. <3


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