História We'll be the stars - (Jasper Hale) - Caius.

"Isn't it strange how we're strangers again?

When it all, yeah, when it all falls apart

"Não é estranho como somos estranhos novamente?

Quando tudo, sim, quando tudo desmorona

________________________♡________________________

P.o.v Violet Swan.

Eu estava dirigindo o mais rápido que podia. Eu não podia acreditar, eu não conseguia. Eu precisava me certificar que isso era apenas uma mentira.

Quando Jacob chegou até a casa de Leah com seus olhos vermelhos e marejados de tanto chorar, eu não podia nem imaginar o que havia acontecido. Ele não conseguia parar de soluçar, não conseguia contar o que havia acontecido, mas o semblante em seu rosto não podia esconder que essa era uma das piores coisas que ele já havia sentido na vida.

"Ela não conseguiu. Ela não sobreviveu." Depois de alguns minutos ele finalmente conseguiu contar o que havia acontecido, e não precisou dizer a quem se referia. Eu já sabia.

E a partir daquele momento, eu também não conseguia mais segurar minhas lágrimas.

Quando cheguei até a frente da casa dos Cullen, apenas abri a porta do carro e saí correndo, sem me importar com o que deixava para trás.

Chovia um pouco, era como se o próprio clima soubesse que toda nossa atmosfera estava nublada. Sem Bella aqui, tudo parecia mais sem cor.

Will saiu pela porta antes de eu chegar até a metade do caminho onde deixei o carro estacionado e a porta da frente de casa. Seus olhos tão sem vidas quanto os de Jacob, mas ali tinha algo a mais que isso, Bella e Harley eram uma parte importante dele, e ele havia a perdido também.

Também havia reparado que seus olhos não estavam mais pretos igual nessas últimas semanas, agora tinha um leve tom dourado, sinal que havia caçado recentemente, estranhei por um momento pois ele havia me dito que não sentia mais sede há um tempo.

Eu não disse nada naquele momento, a única coisa que consegui fazer foi caminhar até ele e o abraçar o mais forte que podia, mesmo que isso não surgisse efeito nenhum nele.

De dentro da casa eu ouvia baixo um som de choro de bebê. Era o de Bella? Provavelmente. Jacob não havia falado nada sobre isso.

- Judith. - Will falou quando viu a curiosidade pairando sobre a minha cabeça. - O nome dela é Judith.

Ele colocou as mãos em seu moletom, desconfortável com isso e o choro da criança, então resolvi não tocar nesse assunto mais.

- Eu sinto muito... - Passei a mão pelos meus olhos tentando limpar minha visão embaçada pelas lágrimas.

- Só não é mais a mesma coisa aqui sem ela. - Ele falou, sua voz baixa enquanto desviava sua atenção para qualquer coisa atrás de mim. - Só queria que não fosse real, queria poder de algum jeito acordar e voltar alguns anos e mudar as coisas e saber que ela estaria bem no final das contas.

- Acho que conheço Bella bem o suficiente pra saber que ela odiaria isso. - Tentei sorrir, mas de alguma forma meu semblante parecia mais triste ainda. - Ela foi feliz, Will, dava pra sentir, cada vez que eu encontrava ela, ela tinha um sorriso de orelha a orelha falando do Edward, da família, mas principalmente de você e da Harley. - Lembrei de todos os momentos em que nos encontrávamos e ela me contava inúmeras histórias quando conseguia deixar sua timidez de lado. - Onde quer que ela esteja, sei que ela foi feliz por todo esse tempo, e cada escolha que ela decidiu seguir, foi do coração. Me sinto grata de ter tido a oportunidade de conhecer ela, foi uma das melhores coisas que me aconteceu.

- Eu queria ter me despedido dela, só isso... - A fala de Will foi cortada novamente com o choro de Judith. - É melhor você entrar, Harley precisa conversar com alguém.

- Como ela está? - Perguntei receosamente.

- Acho que só agora caiu a ficha do que realmente aconteceu, Jasper está com ela lá em cima. - Ele gesticulou para o segundo andar. - Eu vou... falar com o nosso pai, ele ainda não soube do que aconteceu.

- Se precisar de qualquer coisa é só ligar, tudo bem? - Falei enquanto ele lentamente se afastava.

Will olhou para mim por um momento, ponderando suas palavras enquanto tentava não transparecer a dor que havia em seu peito junto à saudade.

- Obrigado! - Ele sorriu minimamente antes de entrar no carro e sair.

P.o.v. Harley Lynch.

A água que cobria meu corpo na banheira ia ficando levemente alaranjada enquanto Jasper enxaguava meus braços, me fazendo sentir ainda mais vazia.

Meus olhos se mantinham vidrados num azulejo do banheiro, pensando sobre tudo o que havia acontecido e tentando organizar meus pensamentos em meio a aquele vazio que continuava me consumindo.

Embora tudo que eu mais quisesse fosse o silêncio absoluto para poder respirar fundo, eu conseguia escutar perfeitamente os passos no andare de baixo. Esme e Alice limpando no outro cômodo o sangue que havia caído no chão e todo ele espalhado pelo corpo de Bella, vestindo-a. E principalmente, uma nova batida de coração acelerada no andar de baixo, junto aos seus repentinos choros e a sucção de uma mamadeira.

- Querida... - Jasper falou me tirando a atenção do que acontecia nos outros lugares, ele carregava agora uma toalha em uma das mãos, enquanto a outra estava estendida para me ajudar a sair dali.

Por um momento, era como se eu tivesse desaprendido tudo sobre mim e minha vida tivesse sido estagnada naquele momento em que eu ouvia as palavras que não tinha mais como salvá-la.

- Edward me falou que você estava incomodada com o sangue. - Jazz me ajudou a colocar uma camiseta quando já estávamos no quarto, ele continuava preocupado. - Você está bem? - Terminei sozinha de colocar o resto das peças de roupas.

Coloquei a mão instintivamente sobre meu pescoço. Eu sentia o veneno queimando desde aquele minuto de sua morte, mas a dor que eu sentia de perder Bella era muito maior para encobrir isso.

- Hey, podemos ir juntos caçar se você preferir. - Eu estava sentada na cama, e ele se agachou ficando na minha frente.

- É... claro... acho que seria melhor. - Dei de ombros.

No fundo eu esperava que aquela queimação fosse maior do que eu estava sentindo verdadeiramente, apenas queria evitar isso que sentia agora pelo tempo que fosse necessário.

Eu não iria pedir para Jasper manipular meus sentimentos, e também sabia que ele não faria isso sem minha permissão. Era algo que eu tinha que enfrentar, por mais que eu quisesse, eu não poderia apenas mascarar isso que estava sentindo e substituir por uma falsa felicidade que alguma hora iria se esvair.

O ronco de um motor de caminhonete se aproximava de casa e logo estacionou, reconheci as vozes de Violet e Will conversando no andar de baixo, suspirei fundo lembrando que teríamos que contar para todos o que havia acontecido com os Volturi.

- Vamos descer? - Minha afirmação saiu mais como uma pergunta.

- Claro, vamos. - Ele sorriu minimamente vendo que eu tive minha primeira reação boa em algumas horas, então ele se levantou, me deixando ir na frente, suas mãos foram para as minhas costas.

A cada passo que eu dava, forçava minha mente a pensar em alguma coisa, qualquer coisa fora o corpo de Bella embaixo das minhas mãos. Cada lembrança sobre isso me fazia querer abrir meu cérebro e despejar um litro de água sanitária para fazê-lo esquecer.

Ignorei completamente os barulhos que se encontravam fora da minha rota e me concentrei na minha respiração controlada enquanto descíamos as escadas, minhas unhas batucando o corrimão das escadas nervosamente.

A forma como os outros estavam não era muito diferente do que eu imaginava, ninguém mais tinha ânimo para fazer algo, e era estranhamente diferente não ter mais as piadas de Emmett ou a risada estrondosa dele ecoando pela casa.

Rosalie não estava aqui, eu podia ouvir o barulho da torneira na cozinha, ela estava lavando algo, mas não me importava o suficiente para ir checar.

Carlisle estava me olhando atentamente, provavelmente checando se eu ainda estava no meu estado de choque e negação, e tive a confirmação disso quando Jasper minunciosamente acenou para ele.

Mas algo além disso me chamava a atenção. Edward estava sentado no chão em um dos cantos da sala, seu olhar ainda sem vida tinha o mínimo de brilho no fundo deles enquanto estava com a pequena garotinha em seu colo.

Não pude deixar de reparar que algumas feições da pequena vagamente me lembravam de Bella, principalmente a cor de seus olhos e de seus cabelos. Mas a cor pálida de sua pele e o formato de seu nariz me remetia mais a Edward do que ninguém.

Uma verdadeira cópia dos dois. Sorri vendo a cena, deixando os outros confusos momentaneamente com aquela reação repentina.

Edward virou seu rosto para me encarar, e apesar de toda a dor que havia nele, ele sorriu para mim inclinando levemente a pequena Judith, me deixando ver melhor seu rosto.

- Quer segurar ela? - Edward perguntou voltando a olhar para a garotinha.

- Acho melhor esperar um pouco. - Lembrei da sede queimando em minha garganta, eu não iria arriscar qualquer coisa que pudesse colocar ela em risco.

Edward não falou mais nada, apenas continuou brincando com Judith, deixando de lado todos os acontecimentos ao nosso redor, e com isso acabei lembrando de algo que eu deveria fazer.

- Preciso falar com vocês sobre algo que aconteceu nessas últimas semanas. - Comecei, chamando a atenção de todos para mim.

No exato momento, Violet abriu a porta mandando uma lufada de ar com seu cheiro para onde eu estava, me fazendo estremecer por um segundo.

Fechei meus olhos crente que isso poderia aliviar um pouco, e pela minha mínima sorte, lentamente seu cheiro foi misturado com muitas outras coisas, deixando-o menos chamativo.

- Me desculpe... - Ela pediu, vendo como eu tinha ficado instantaneamente incomodada.

Olhei para ela, seus olhos estavam inchados e seu nariz levemente avermelhado, devia ter estado chorando, e aquilo foi como um baque me lembrando novamente do que havia acontecido.

- Tudo bem, não é nada. - Falei tentando tirar aquelas imagens da minha cabeça, eu não precisava torturar Edward com essas lembranças também. - Então, eu falei que precisava falar com vocês, e é um assunto meio urgente.

Passei a mão pelos meus cabelos ainda molhados, tentando controlar o nervosismo. Nesse meio tempo, Alice e Esme desceram as escadas e Rosalie apareceu de onde estava, todos curiosos sobre o que eu tinha para falar.

Will havia saído, então dei uma rápida olhada em Jasper, Alice e Edward.

Eles sabiam sobre o que eu iria contar, e como ninguém havia me impedido, me contentei em achar que aquela deveria ser a decisão correta.

Tentei mover os meus lábios, tentei fazer com que as bolhas de ar se transformassem em sussurros na minha língua. Eu forcei minhas mãos dormentes a se esticar, gesticulando alguma coisa.

- Quando Violet falou que achava que tinha alguém atrás dela, eu, Jasper e Will fomos até lá ver quem estava aqui na cidade. - Comecei explicando do início. - Eram Jane e Russell, eles estavam atrás de alguma coisa sobre nós, acabamos não conseguindo descobrir o que era...

- Houve um desentendimento enquanto nós conversávamos, e por fim acabamos matando-os e queimando os corpos. - Jasper explicou. - Achamos melhor não envolver mais ninguém nisso, no caso dos Volturi quererem fazer uma investigação sobre quem os matou.

- Eu e Edward sabíamos sobre isso também. - Alice se pronunciou. - E então todos conversamos sobre isso e decidimos falar que eram Peter e Charlotte que estavam na cidade.

Os olhares chocados de cada um caíram sobre nós, absolutamente ninguém conseguia dizer algo além de nos encarar em choquem, então decidi continuar.

- Edward e Jasper levaram os rastros dos dois até Houston, para que se assim alguém investigasse, achasse que fosse algum grupo de recém-criados que vive lá. - Voltei a explicar. - E acertamos sobre isso, porque Alec e Heidi foram até lá checar... e eu os matei.

- Isso complica um pouco as coisas. - Carlisle respirou fundo enquanto apoiava seus cotovelos em suas pernas.

- Complica um pouco mais porque alguém deu informação para eles que nós fomos os culpados, Caius está vindo até aqui. - Alice os informou, deixando todos ainda mais preocupados.

- Como é? - Rosalie perguntou, a raiva fazia seus olhos brilharem igual fogo.

- Tenho certeza que sua audição é boa, Rosalie. - Eu não conseguia de deixar de sentir indiferença com ela, passando mais para a raiva do que afeição.

- Isso afeta a todos nós, e se eles souberem sobre Judith, ela será morta. - Ela sibilou como se eu não entendesse a gravidade dessa situação.

- Rosalie, eu tive que ler cada conto, cada história, sobre crianças vampiras, pode ter certeza que eu sei a gravidade disso.

- Não parece, porque agora todos nós iremos morrer. - Rosalie deu um passo na minha direção, mas logo Emmett se levantou e foi até ela, impedindo-a de fazer o que tinha em mente.

- Bom, se ele está vindo para cá, significa que todos já sabem. - Carlisle ignorou os ataques de Rosalie.

- Sim. - Concordei. - E é por isso que eu vou falar com ele. - Os olhares de todos vieram sobre mim novamente.

- Eles vão te matar assim que te virem. - Jasper protestou. - Não podemos arriscar deixar ele chegar até nós, vai ser uma condenação.

- Bom, já que a Guarda está morta, eles não são mais tão poderosos assim. - Emmett interviu. - Talvez estejam realmente desesperados para que ninguém mais saiba sobre isso.

- Eu pensei sobre isso também. - Passei a mão pelos meus cabelos de novo. - Por isso vou encontrar Caius, vou tentar resolver essa situação antes que ele chegue até aqui.

- Isso não é uma missão suicida? - Violet perguntou, sua voz ainda falhando.

- Se ele quisesse matar qualquer um, não teria vindo sozinho. - Edward falou após Judith dormir em seus braços. - Será uma boa ideia se Harley for, mas eu quero ir junto. Se tem alguém que está por trás disso contando cada um dos nossos passos, ele não vai contar, mas eu posso descobrir enquanto fico a uma distância segura.

Ficou tudo silencioso de novo enquanto nós digeríamos.

Eu estava pronta para discordar, eu não estava no meu melhor estado de tomar decisões no momento, mas com certeza Edward estava pior do que eu. Porém era certo que ninguém me deixaria ir sozinha, e eu havia prometido a mim mesma que jamais colocaria Jasper em uma situação conflitante como essa novamente.

De algum jeito eu sempre soube que eles viriam atrás de mim. Meu subconsciente me avisou antes da primeira morte. Eu me senti estranhamente esperando agora. Como se de algum jeito eu sempre soube que os Volturi viriam para cobrar isso.

- Alice, pode ver que isso não se tornará uma luta, não é? - Perguntei para ela, antecipando as oposições preocupantes de Jasper.

- Bom, não. - Ela pensou por um momento. -  Ele certamente não veio aqui para aplicar as punições a alguém, mas ele tem um temperamento difícil e certamente não se importaria de acabar com o assunto ali mesmo.

- Tomar cuidado com as palavras e não irritar ele, tudo bem. - Concordei. - Então chegamos numa decisão final.

- Amor... - Jasper colocou suas duas mãos envolta do meu rosto. Doía no fundo da minha alma que ele soubesse a dor que Edward sente por perder Bella, e agora havia seu medo de me perder também.

- Eu preciso resolver isso, fui eu quem comecei, então é preciso que eu termine. Não podemos viver com medo para sempre do que eles irão fazer, vou resolver toda essa situação e então finalmente ela será encerrada. - Fechei meus olhos. - Se você não quiser que eu vá, tudo bem, eu fico. Mas eu realmente gostaria que confiasse em mim, eu prometo que logo estarei aqui novamente com você.

- A última vez, não é? - Ele se inclinou, encostando sua testa na minha.

- Eu prometo, uma última vez. - Nós nos distanciamos alguns centímetros, voltando a abrir os olhos.

Ele olhou para mim finalmente, piscou e depois encarou. Eu olhei sua expressão enquanto a atmosfera do cômodo finalmente o tocou. Ele olhou para baixo, concordando com minha decisão.

- Onde ele estará daqui 30 minutos, Alice? - Perguntei.

...

Edward havia ficado para trás no topo de uma das árvores, longe o bastante para que Caius pudesse vê-lo ou escutar qualquer tipo de barulho.

Eu já estava no local onde Alice havia indicado, e não podia negar que tinha uma ponta de felicidade por poder pensar em qualquer coisa que não fosse a perda de Bella. Mas eu também temia quando isso terminasse, porque eu teria que voltar a encarar alguma hora.

Suspirei fundo, cruzando minhas mãos atrás das minhas costas e levantando minha cabeça num tom autoritário quando senti Caius se aproximando de onde eu estava. Meu corpo momentaneamente se enrijeceu quando sua presença estava mais perto.

Me lembrei do conselho de Alice de não irritá-lo.

- Caius, que honra de sua visita. - Forcei um sorriso em meu rosto e falei antes mesmo dele aparecer.

- Agradeço que tenha vindo até aqui para me receber, mas garanto que essa situação amistosa não durará muito mais. - Ele falava arrogantemente enquanto parava de correr e começava a caminhar, finalmente aparecendo em minha vista.

- Nunca recuso uma boa cordialidade com visitantes, acredite. - Sorri lembrando de Jane e Russell.

- Acho que podemos parar de perder tempo aqui, não é? Se puder me levar até os outros para podermos conversar, me poupará um longo tempo.

- Acredito que poderemos resolver isso nós dois, não vejo necessidade de envolvermos mais pessoas nisso.

- Vejo que a imortalidade lhe deixou mais corajosa, confesso que isso caiu realmente bem em você. - Ele falou, ignorando sua própria impaciência. - Me diga, temos mais algum acréscimo? Se bem me recordo, ainda tem a outra Lynch, não é?

Bella.

Meu peito voltou a doer novamente, todas as lembranças passando frame ou frame na minha memória, desde seus últimos momentos finais até seu corpo gelado embaixo das minhas mãos. Desde os seus gritos até o sangue se espalhando por todo o quarto. Do choro de Judith até Jacob saindo pela casa em prantos.

Claro que Caius não havia deixado de reparar nesse pequeno 1 segundo de distração meu. E quando ele se preparou para voltar a andar, dei um passo para frente o impedindo de continuar.

- Nós vamos resolver isso aqui, e não está aberto a discussões. - Falei cada palavra pausadamente.

- O que te faz achar que tem algum tipo de autoridade sobre mim? - Sua voz continuou zombeteira, agora contendo um sorriso.

- Por que todos que ameaçaram minha família ou meus amigos agora estão mortos. - Seu sorriso decaiu com as minhas palavras.

Ele já sabia o que eu tinha feito, não adiantava esconder, então agora apenas restava continuar com a ideia de descobrir quem havia lhe passado essa informação.

- Então, qual seria o motivo de sua visita até aqui? - Voltei ao assunto.

- Aro gostaria de falar com os responsáveis, ou a responsável no caso. - Caius tentava controlar seu tom enojado. - E pediu para avisar que ele não tem intenção nenhuma de matar quem fez isso, muito pelo contrário, ele quer oferecer um lugar junto a nós.

- E o que garante que ele esteja falando a verdade e quando eu chegar lá não vou ser morta?

- Bom, se ele quisesse o culpado morto, já teria criado um exército e jogado contra toda sua família. Mas parece que um talento notável como o seu seria mais útil em um lugar que fariam bom uso, e não pertencente a um corpo em chamas.

- Um talento notável, mas que vocês descobriram tão facilmente? - Franzi uma das sobrancelhas, chegando no assunto.

- O quê quer dizer?

- Não estou chamando vocês de burros, mas não iriam descobrir isso sozinhos, então gostaria de saber quem ajudou!

- Acredito que apenas Aro poderá lhe falar sobre isso, então se estiver de acordo, podemos ir agora mesmo.

- Agradeço pela cordialidade, diga a Aro que irei pensar sobre isso e quando puder vou mandar uma resposta.

- O acordo para que seus outros amigos ficassem de fora disso, era você ir comigo. - Se é que era possível, sua expressão ficou ainda mais assustadora.

- Querido, acredito que quem da as cartas aqui sou eu. - Me aproximei mais dele. - Então, eu estou dizendo que você vai pegar essa arrogância e autoridade que você acha que tem, e vai voltar para Volterra dizer à Aro aguardar minha resposta.

- Você não faz ideia da briga que está comprando!

- Não estou comprando briga nenhuma, acredite, se eu quisesse começar algo nesse nível, você estaria nesse exato momento morto e em chamas.

Caius me olhou com raiva por um momento, e então lembrei das palavras de Alice sobre não provocá-lo, mas a essa altura do campeonato eu não estava mais ligando se ele ousasse tentar me matar, porque eu com certeza iria revidar, e venceria, assim como aconteceu com todos seus outros amigos.

E quando eu achei que ele faria algo, Caius apenas pigarreou enquanto arrumava sua postura.

- Aguardamos sua resposta. - Ele falou contra sua vontade antes de se virar e ir embora.

Fiquei olhando para o caminho onde ele foi por um momento, ainda sem acreditar que havia dado certo.

Havia se passado apenas alguns segundos quando senti o cheiro de Edward se aproximando atrás de mim, e então me virei para encará-lo.

- Descobriu alguma coisa? - Respirei fundo.

- Foi Elizabeth que contou para eles. - Ele falava com raiva.