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História We'll be the stars - (Jasper Hale) - Volturi.


Escrita por: jenniierubyjane

Notas do Autor


NCT 127 - Baby don't like it

Capítulo 122 - Volturi.


"My baby, don't like it

When you come around

It's natural that I'm scared

Of a dangerous girl like you

Maybe I might

Fall more deeply into you"

"Meu amor, eu não gosto

Quando você se aproxima

É natural que eu esteja com medo

De uma garota perigosa como você

Talvez eu possa

Me apaixonar mais por você"


________________________♡________________________


Eu lembrei sobre quando Carlisle me contou histórias soltas sobre os Volturi, como eles gostavam se de gabar quando a justiça havia sido feita quando algo os ameaçavam, como todos tinham sido erradicados, que os Volturi tinham agido imparcialmente. A maioria gostava que eles esperassem por mais que uma oportunidade de testemunhar, muitos dariam tudo para ter uma oportunidade de fazer parte.

Talvez, por essa mínima dúvida, eu me questionava o que Aro pensava sobre Will ter ido embora, sobre ele ter deixado para trás uma vida que as pessoas literalmente morreriam para ter.

Comecei a pensar nas possibilidades de algo dar errado, pois se mesmo se de alguma forma nós pudéssemos neutralizar as vantagens dos Volturi, eles ainda poderiam nos enterrar como se fossemos apenas uma poeira sendo varrida para debaixo do tapete.

Eu podia ver a mesma compreensão ao meu redor. E o ar pesado, me puxando pra baixo ainda mais que antes.

- Meus queridos! - Aro levantou as mãos e logo em seguida bateu algumas palmas com um sorriso aparecendo em seu rosto.

Aro, Caius e Marcus estavam sentados nas cadeiras que haviam no centro da sala, uma lembrança clara que as coisas estavam no mesmo lugar quando vim aqui pela primeira vez. Se não fosse pela falta de Jane e Alec eu poderia jurar que estava tendo um déjà vú.

- Fico imensamente feliz que tenha aceitado o convite. - Ele se remexeu na cadeira onde estava sentado, se inclinando levemente para frente. - Eu fiquei sabendo sobre o que aconteceu com sua irmã, a mortalidade é realmente cheia de escolhas erradas que acabamos tomando. - Aro suspirou profundamente. - Realmente uma pena, eu lembro dela, teria sido uma de nós incrivelmente talentosa. Como seu outro irmão está? Não consegui me despedir dele a última vez que o vi.

Abruptamente, eu fiquei furiosa. Além furiosa, estava sanguinariamente enfurecida. O meu desespero desapareceu inteiramente. Um fraco brilho avermelhado destacou as figuras escuras em minha frente, e tudo que eu queria naquele momento era a possibilidade de afundar os meus dentes neles, rasgar os seus membros dos seus corpos e empilhá-los para queimar.

Estava tão enlouquecida que poderia dançar em volta da fogueira onde eles queimariam. Eu teria rido enquanto as suas cinzas apareciam lentamente.

Os meus lábios se curvaram automaticamente, e uma baixa feroz rosnada saiu da minha garganta até o fundo do meu estômago. Eu percebi que os cantos da minha boca se transformou num sorriso.

Jasper apertou a minha mão que ele ainda segurava, me prevenindo.

- Will está bem. - Respondi secamente.

As escuras caras dos Volturi ainda eram inexpressivas em sua maioria, sendo uma clara exceção a regra Caius que sorria de orelha a orelha, ansioso com o que quer que estivesse por vir. Era óbvio que o que ele mais queria nessa vida era nos ver mortos e queimando.

Já Marcus, a sua expressão não era tão descuidada como os guardas, mas era quase como espaço em branco. Tal como eu o tinham visto antes, ele parecia estar completamente entediado.

Mas eu não tinha o objetivo de matar nenhum deles nesse momento, apenas queríamos os mater aqui pelo tempo necessário até Will conseguir se infiltrar aqui e começar a fazer a parte de seu plano.

- Fico contente que tenha decidido vir também, Jasper. - Aro sorriu alternando seu olhar entre ele e as nossas mãos juntas. - É bom também saber que no fim as coisas deram certo para vocês, adoro um final feliz.

- É, eu também gosto dessa parte. - Jazz deu um rápido sorriso educado enquanto o respondia.

Aro se levantou e começou a caminhar. Ele andou somente mais alguns passos, logo inclinou sua cabeça para o lado. Os seus olhos leitosos reluziram com a curiosidade.

- Caius comentou que você queria conversar, bom, estamos aqui. - Falei encarando-o.

- Estou certo que vocês devem ter inúmeras perguntas, assim como eu tenho, além de ideias e sugestões para consertá-las. - Aro tentou manter sua voz falsamente amigável ao mesmo tempo em que Caius soltava um leve rosnado como se quisesse dizer "os mate de uma vez". - Se recomponha, irmão. Temos todo tempo para classificar isto. Nenhuma necessidade de ser rápido.

- Alguns de vocês estiveram em Forks um tempo atrás, Jane e Russel, o que foram fazer? - Jasper começou com a pergunta que nos assombrava a algum tempo, desde que os vimos lá pelo menos.

- Soubemos que vocês estavam diretamente envolvidos com os lobos, sabe o quão grave isso é? - Caius respondeu de prontidão, ignorando as ordens de Aro.

- Elizabeth veio até qui, não? - Confirmei a parte que eu já sabia.

- Não pode culpar alguém por fazer a coisa certa. - O sorriso brotou novamente em seu rosto.

- Peço perdão se não recebi nenhum livro com as regras dizendo que era errado manter contato com eles. - Rebati.

- Só porque não está lá, não quer dizer que nenhuma regra foi quebrada.

- Não houve nenhuma violação. - Jasper falou com um tom firme.

Antes que Aro pudesse responder, Caius veio rapidamente para frente, mas foi impedido por Aro que levantou uma das mãos como pedido para a intervenção.

- Seja como for, eu terei cada faceta da verdade. - A voz emplumada de Aro endureceu. - E a melhor maneira de obter essa verdade é diretamente com um de vocês, não acha? - Ele estendeu a mão.

- Uma boa oferta, mas prefiro manter meus pensamentos apenas para mim, obrigada! - Recusei enquanto mantinha um sorriso em meu rosto, tentando não parecer hostil.

- Acho que não é exatamente pelos lobos que estamos aqui. - Jasper soltou minha mão, cruzando as suas duas atrás das costas.

A neblina vermelha que vi em volta de todos os Volturi na sala ardeu mais brilhante do que antes. Não podia suportar olhar Jasper cruzar o espaço branco vazio sozinho até mais perto de onde eu estava, mas também não suportaria o ter um passo mais perto de nossos adversários.

As necessidades opostas se rasgaram em mim, fiquei congelada tão firmemente que senti que meus ossos poderiam se quebrar pela pressão dele.

- Tem razão, acho que temos assuntos mais importantes a tratar. - Aro concordou mantendo a mascara amigável em seu rosto, mas no fundo, eu tinha certeza que assim como Caius, ele estava ansiando para nos matar de uma vez.

Antes que eu tivesse a chance de responder, um barulho longe de onde estávamos chamou nossa atenção pelo mínimo que fosse, e eu permaneci ainda mais congelada no lugar onde estava quando me dei conta que algo podia ter acontecido com Will.

- Felix, por favor desça e chame Vladimir para se juntar a nós também. - Marcus pediu ignorando a tensão que havia envolta de nós.

Vladimir. Pelo menos alguém aqui tinha um nome real de vampiro.

- Claro. - Felix falou prontamente antes de ir até a porta, mas não sem esbarrar em nós numa tentativa de provocamento.

Pelo que eu me lembro de todas às vezes que repassamos as visões de Alice, ainda estávamos sob controle e provavelmente Vladimir já estava morto, só esperava que Felix pudesse ter esse fim também invés de Will.

Queria poder de alguma forma avisar, mas sabia que seria impossível sem sermos descobertos e mortos.

- E então, vai nos matar ou o que...? - Fui direto ao ponto cansada de enrolações.

- Bom, algumas leis foram quebradas, várias na verdade, e eu tenho certeza que alguns de nós estariam contentes em aplicar a punição necessária a todos os envolvidos. - Aro olhou para trás indicando que se tratava de Caius. - Mas não foi para isso que fiz o convite. Estou disposto a perdoar tudo isso caso aceite minha proposta.

Os murmúrios baixos examinaram a linha até que Caius desse uma ordem aguda do silêncio. A cara de uma das mulheres que acabei mais tarde descobrindo se chamar Renata estava rígida com a aflição.

- Quero que se juntem a nós, não só vocês dois, como Alice e Edward também. - Aro falava animadamente como se tivesse propondo uma vaga de emprego. - Ah, não posso esquecer do meu grande amigo Willian também.

- Nós temos algum tipo de escolha aqui? - Perguntei sarcástica.

- Claro que sim, podem aceitar ou negar. - Isso deveria ter sido uma boa notícia, mas eu tinha certeza que vinda de Aro não era exatamente uma coisa boa.

- Digamos que estejamos dispostos a negar a oferta. - Jasper respondeu por nós dois. - Apenas suponhamos.

- Então teríamos que resolver toda essa situação como foi nossa primeira opção, fazendo todo mundo que violou as regras serem devidamente punidos. - É isso, realmente não tínhamos nenhuma opção boa.

- Por que nos quer tanto aqui? - Perguntei confusa.

- Vocês individualmente já são talentosos, mas juntos... - Ele suspirou e seus olhos rapidamente ficaram desfocados de nós, supus que estava imaginando a cena. - Nunca sonhei na existência de tal coisa em todos os meus séculos. Que complemento para a nossa história!

- Tenho certeza que há milhares de pessoas igualmente talentosos que dariam tudo para estar aqui. - Dei de ombros.

- Harley, minha querida... - Aro falou num tom dramático, encenando todo esse discurso planejado dele. - Eu fiquei sabendo que você foi a responsável, e devo dizer que estou surpreso e interessado em saber como tudo isso ocorreu. - Ele fez a menção de se aproximar, mas rapidamente deu um passo para trás, voltando ao seu lugar. - Estou querendo dizer que mesmo existindo milhares de pessoas igualmente talentosas, nenhuma nunca ousou nos enfrentar, e é claro que os que tentaram acabaram mortos. Mas você, de alguma forma, com poucos meses, conseguiu esse feito que alguns já planejaram em séculos. Não acho que seja algo que deva ser jogado fora, pois mesmo alguns de nós não estando mais aqui, tenho certeza que as novas adições serão igualmente bem aproveitadas. E posso já lhe garantir que seu talento será incrivelmente útil para todos, e é claro que eu jamais te deixaria num lugar tão abaixo do que realmente merece.

- Espera, o que Aro? - Caius me cortou antes de eu poder responder, essa parte não tinha estado em nenhuma das visões de Alice. Me perguntei o que mais havia mudado.

- Não acho que a Guarda seria o suficiente para você, Harley, então eu queria oferecer um lugar junto à nós três.

Caius assobiou pela surpresa das suas palavras. E enquanto isso, eu continuava estática ao lado de Jasper, eu vi seus músculos se contraírem enquanto as palavras continuavam rondando minha mente.

- Eu não tenho certeza se isso é algo que eu daria conta. - Admiti confusa.

- Acho que um compromisso neste ponto é certamente aceitável, nas circunstância em que nos encontramos.

A Guarda reagiu a isto mais abertamente do que antes, com rosnados e assobios do protesto, mas mantiveram a sua posição estática.

- Acho que podemos discutir sobre isso algum outro dia, depois que cada um de nós pensarmos sobre essa proposta. - Intervi torcendo para que ninguém visse o choque estampado na minha cara. Aro acenou com cabeça como se isto fosse uma observação sábia que ele mesmo deveria ter pensando.

- Você está falando sério sobre eles? - Marcus agora perguntou, como se pela primeira vez tivesse interessado na conversa.

Olhei para Caius uma outra vez vendo a raiva irradiando por cada célula do seu corpo, dei um pequeno sorriso para ele imaginando como seria sua expressão se eu realmente aceitasse essa proposta, mas logo me recompus e voltei a olhar para Aro.

- Não podemos esquecer da companhia interessante que eles mantém. - Como uma criança que não aguenta a derrota, Caius retomou o assunto.

Eu realmente queria poder ser imune ao fogo para vê-lo queimar quando tudo estivesse pronto.

- Calma e cuidado, irmão. - Acautelou Aro, Caius fez uma carranca, olhando mortificado como se as doces contestações de Aro tivessem sido socos. - Sei bem como você ama a sua justiça, mas é tanto para aprender, tanto para ensinar! Sei que você não tem o meu entusiasmo para reunir histórias, mas é tolerante comigo, irmão, que acrescento um capítulo para abalar a sua improbabilidade. Estávamos esperando só justiça e a tristeza de falsos amigos, mas olhe o que ganhamos em vez disso! Novos amigos, novas possibilidades.

A voz de Aro era tão reconfortante e afetuosa, que ele me enganou por um segundo. E logo ouvi os dentes de Jasper ranger, e longe atrás de nós, o assobio ultrajado de Demetri, era mentira.

- Os lobos não fazem parte do clã, eles não nos pertence. - Jasper respondeu a Caius. - Eles não seguem nenhuma ordem sobre nós, apenas somos amigos que deixam de lado essa história do sobrenatural, não há nada além disso para que valha a pena a preocupação.

- Mas eles parecem bem presos a vocês. - Aro rebateu. - Elizabeth me mostrou sobre casamento de Bella, não pode negar que toda aquela matilha estava lá. E principalmente, soubemos como eles mataram um dos nossos, Laurent, que estava com Irina.

- Eles são comprometidos à proteção da vida das pessoas, Aro. Isto os faz capazes de coexistir conosco, mas dificilmente com você. A menos que você esteja repensando seu estilo de vida. - Tentei repetir seu sorriso falsamente amigável.

De acordo com o meu relógio mental, já estava quase na hora de sairmos, e eu nos via cada vez mais preso a essa nova linha que enfrentávamos.

Aro não respondeu aos olhares ansiosos ao nosso lado, na verdade, ele apenas deu um breve aceno.

Caius franziu a testa, entregue aos pensamentos. Sua expressão especulativa alegrou as chamas da raiva que me queimava, ao mesmo tempo em que me preocupou. E se a guarda agisse novamente com algum sinal invisível enquanto eles se olhavam?

Jasper parece ter tido o mesmo pensamento que eu, pois no mesmo milissegundo nós dois ficamos rígidos encarando todos ao nosso lado, antecipando alguma coisa.

- Como eu garanti, nada irá acontecer com vocês hoje. - Aro respondeu, possivelmente tendo visto como levantamos nossa guarda de repente.

Caius reagiu estranhamente às palavras de Aro, a raiva drenou de suas feições, substituída por uma fria avaliação.

- Ah, irmão... - Aro respondeu ao gesto de Caius com um olhar penoso.

- Você defende aquela aliança também, Aro? - Caius perguntou. - Os lobisomens tem sido nossos amargos inimigos desde o começo dos tempos. Nós temos caçado-os quase à extinção da Europa e Ásia. Ainda que Carlisle encoraje sua relação familiar com esta enorme infestação, sem dúvidas para tentar nos destruir. O melhor para proteger seu deturpado estilo de vida.

- Eles nem mesmo são lobisomens. Aro pode te contar sobre isso. - Jasper apertou a mandíbula e abriu o punho, respondendo de maneira justa. Assim como Caius, eu o olhei igualmente confusa.

- Querido Caius, eu teria te alertado para não pressionar neste ponto, se você tivesse me dito seus pensamentos. - Aro murmurou. - Apesar das criaturas pensarem em si mesmas como lobisomens, elas não são. O nome mais exato para eles seria transmorfos. A escolha pela forma de um lobo foi puramente casual. Poderia ter sido um urso ou um abutre ou uma pantera quando a primeira transformação foi feita. É genético, eles não continuam com sua espécie por infectar outros, do modo que verdadeiros lobisomens fazem.

Caius olhou furioso para Aro, com irritação e algo a mais, uma acusação de traição, talvez. A tensão foi embora de mim quando o olhei novamente com um sorriso em meu rosto.

- Eles sabem nosso segredo. - Ele disse diretamente. Jasper parecia estar prestes a responder esta acusação, mas Aro foi mais rápido.

- Eles são criaturas de nosso mundo sobrenatural, irmão. Talvez ainda mais dependentes de discrição do que nós, eles dificilmente podem nos expor. Cuidado, Caius. Alegações ilusórias não nos leva a lugar algum.

Caius respirou fundo e acenou. Eles trocaram um longo e significante olhar.

- Posso perguntar uma coisa? - Aumentei o tom da minha voz, afim de interromper a conversa mental deles. - Por que ela veio até aqui falar com vocês? - Eu tinha mais de um motivo para desconfiar, mas apenas queria uma confirmação.

- Suponho que para uma boa relação, não haja segredos, não é? - Aro me encarou com um sorriso no rosto. - Eu adoro um bom drama, tenho que admitir, soube que seu noivo e ela tiveram uma relação no passado, e quando ela veio até mim, estendendo sua mão para saber seus pensamentos, eu pude ver como ela estava ansiosa para qualquer coisa que separasse vocês. - Aro falava tudo com uma estranha camada de confiança na sala, e então eu soube que Jasper estava ajudando nisso, encorajando-o inconscientemente a continuar. - Ela realmente quase veio até nós quando soube que você e sua irmã eram humanas, mas quando ela soube que um tempo depois nós tínhamos consciência sobre isso, ela continuou procurando algo para incriminar vocês, então foi quando ela soube que o namorado de sua irmã Irina havia sido morto pelos lobos, os mesmos que estavam no casamento de nossa querida Bella.

Ele falava como se fosse um simples conto de uma história. Eu ouvi de Jasper um som repugnante sob sua respiração. Caius estava sinalizando a lista, procurando por uma acusação que funcionaria.

- Nos chamam de impulsivos, mas aparentemente seus amigos lobisomens não tiveram nem dúvidas sobre matar um dos nossos. - Caius murmurou para si mesmo.

- O nome certo é transmorfo. - Corrigi enquanto via a expressão de raiva em seu rosto. - E bem, Laurent estava tentando matar Bella.

- Vocês mataram os nossos, por que deveríamos deixar vocês vivos?

- Chega! - Aro novamente levantou sua mão, e todos nós nos calamos.

Aro tirou seus olhos prontamente quando o olhei, a sua cara o traindo com um relâmpago de vergonha. Caius se arrumou, e a sua expressão endurecida em sua ilegibilidade. Ele olhou para frente, não vendo nada. A sua cara me lembrou, esquisitamente, de uma pessoa que acabava de saber que tinha sido rebaixada.

- Onde ela está? - Perguntei. Eu não precisava me referir que estava procurando por Elizabeth, todos já sabiam.

- Nós negamos um lugar conosco que ela pediu. - Marcus me informou. - Não fazem mais do que dias, não a vimos e ela não veio mais nos procurar.

- Certo. - Concordei acenando, ele não parecia estar mentindo.

- Estou disposto a saber suas exigências para tornar o mais fácil possível sua resposta sobre a nossa oferta. - Aro retomou o assunto. - O que quer que façamos com ela?

- Como assim? - Perguntei confusa.

- Acha que ela merece viver?

- Não estou aqui para fazer julgamentos. - Dei de ombros. É obvio que eu não achava que ela merecia algum perdão depois de todas as coisas que havia feito nós passar, como quase destruiu nossa família.

Mas eu iria resolver isso com ela pessoalmente, com as minhas próprias mãos.

- Somente sua opinião. - Aro sorriu ligeiramente. - Qual sua opinião sobre isso, Jasper?

- Garanto que minha família é, e sempre vai minha prioridade. - Ele respondeu de maneira fria. - Ela ameaçou mais do que a segurança deles, eu não hesitaria em acabar com isso de uma vez também.

Aro ergueu a mão para nós, quase apologético.

- Vamos levar sua oferta até os outros. - Informei quando me dei conta que o tempo estava acabando. - Mas precisamos de um tempo para discutirmos sobre isso.

Eu só esperava que Will estivesse com a sua parte toda pronta. Todos na sala observaram Aro, Caius e Marcus com excitação em seus olhos enquanto esperavam pela resposta.

Aro me olhou nos olhos por um momento longo, tenso. Eu não fazia ideia do que ele estava procurando, ou o que ele havia encontrado, mas depois de me medir naquele momento, algo em seus rosto mudou, uma breve mudança no formato de sua boca e seus olhos, e eu soube que Aro tinha tomado sua decisão. Ele tinha certeza absoluta que eu não recusaria sua oferta.

- Quanto tempo lhes forem necessário! - Aro juntou as mãos surpreendo a todo mundo, incluindo a mim, sobre uma resposta que nos permitiria sair daqui em segurança.

Aro balançou a cabeça, sua expressão solene. Então ele virou de volta para seus guardas com um cálido sorriso.

- Demetri, poderia acompanhá-los até a saída? - Pediu.

Eu analisei suas expressões quando Aro virou de volta para nós. Seu rosto estava tão benigno como sempre, mas diferente de antes, eu senti um estranho vazio por trás daquela fachada.

Caius estava claramente infeliz, mas agora sua raiva estava virada pra dentro, ele estava resignado. Marcus parecia... entediado, não havia outra palavra para isso. O restante dos vampiros na sala pareciam impassivos e disciplinados, mas além de tudo seguiriam qualquer ordem de Aro.

- Eu fico muito feliz que isso tenha se resolvido sem violência, e espero que tenhamos que manter essa decisão de paz no futuro. - Ele disse docemente. - Eu espero que não haja ressentimentos, e que vocês compreendam o fardo pesado que nosso dever põe sobre nossos ombros.

- Voltaremos o mais rápido que pudermos. - Jasper falou, começando a despedida.

- Foi uma conversa agradável, talvez tenhamos mais tempo na próxima vez. - Sorri para ele.

- Até mais tarde meus novos amigos. - Aro inclinou a cabeça uma vez num tom de respeito, logo ele voltou para sua posição e olhou para os outros que permaneciam parados esperando algo a ser falado. - Demetri, os acompanhe agora, tudo bem?

- Claro, mestre. - Ele veio até perto de onde nós estávamos rapidamente, se digerindo até a porta.

Jasper segurou em minha mão novamente, me puxando para mais perto de si a medida que nos aproximávamos da porta de saída, finalmente indo embora.

- Harley, Jasper. - Aro chamou uma última vez fazendo meu corpo ficar ainda mais tenso do que o normal, nos viramos para ele esperando algo. - Peço que pensem sobre essa oferta.

- Nós iremos. - Sorri para ele. - Até mais, Aro. - E se tudo desse certo, essa seria a última vez que eu o viria.

Nós saímos da sala acompanhado de Demetri, ele permanecia alguns metros na nossa frente enquanto eu olhava por todos os lados nos corredores, prestando atenção em cada particularidade que havia ali.

Eu não podia negar que cada parte me fascinava, desde os mínimos detalhes em cada canto do chão ao teto, como os quadros esteticamente posicionados em uma visão que me causava ao mesmo tempo estranhamento e fascinação.

Tentei imaginar a cena de tudo aquilo pegando fogo e se destruindo junto aos Volturi, e momentaneamente me senti nostálgica sentindo falta de algo que nunca havia presenciado antes. Uma voz no fundo da minha cabeça me dizia que talvez alguém pudesse ocupar esse lugar e fazer dele algum tipo de comando muito melhor do que se encontrava agora.

- Aro aguardará o retorno de vocês. - Demetri jogou as palavras ao vento quando chegamos até o lado de fora.

- Tenho certeza que sim. - O olhar de Jasper era sombrio para tudo que passou atrás de nós, mas ainda assim ele se recusou a me deixar desprotegida de qualquer maneira.

- Demetri? - Chamei por ele, ignorando qualquer tipo de provocação que estava tendo entre os dois agora. - Poderia por favor dizer aos outros que estão nos vigiando desde o portão de entrada para que nos deixem sair? - Inventei uma desculpa para afastá-lo dali, mas houve um momento que minha voz saiu tão convincente que até mesmo Jasper me olhou confuso questionando minhas ações.

- Não há nenhum dos nossos aqui fora. - Ele franziu uma das sobrancelhas, e então tive certeza que ele havia acreditado nas palavras que eu disse.

- Então acho que não somos a única ameaça por aqui. - Sorri cinicamente entrando no meu personagem.

- Onde eles estavam? - Demetri deu mais um passo para perto de onde estávamos.

- Na entrada, logo depois dos portões. - Respondi calmamente gesticulando com as mãos. Jasper continuava me encarando tentando entender o que eu estava fazendo.

Demetri numa mistura de raiva e ansiedade passou por nós, indo para o lugar onde orientei. Comecei a segui-lo e olhei para trás, fazendo um gesto para Jasper me seguir também e que ele entrasse no jogo, e então continuamos indo pelas ruas, nos afastando cada vez mais dos outros vampiros, longe o suficiente para não escutarem nada do que eu diria, e para perto de onde eu sabia que Will estava nos esperando. Ou eu esperava que estivesse.

- Não há nenhum rastro aqui além dos nossos. - Demetri se virou para me encarar, seus olhos vermelhos ficando mais assustadores do que o normal.

- Tenho certeza que há. - Olhei aos redores procurando o que eu buscava. - Will, por que não se junta a nós? - Falei num tom baixo, sabendo que ele escutaria se estivesse perto.

Só me restava torcer para que ele realmente estivesse por aqui. E quando finalmente apareceu, Demetri pigarreou antes de falar com ele.

- Willian, que surpresa. Poderia ter nos acompanhado na nossa amigável conversa. - Ele deu um sorriso maldoso quando Will apareceu rapidamente por um dos becos onde estava escondido. - Tenho certeza que todos ficarão animados por outra reunião com sua presença.

- Acho que não, Demetri. - Jasper fez sinal de se aproximar, mas ergui uma mão o impedindo, garantindo que a situação estava sobre controle.

- Will. - Me virei para encarar meu irmão que também me olhava como se eu fosse louca. - Eu tenho certeza que há alguns intrusos por aqui, que estão fugindo, acho que Demetri deveria voltar e dizer a Caius sobre isso, e que deveriam mandar todos atrás deles.

Jasper e Will entenderam no mesmo segundo onde eu queria chegar agora. E pela primeira vez, eu queria saber como o poder de Will funcionava com persuasões nesse nível.

As poucas vezes que o vi usando, foram para afastar Rosalie de perto de Bella, nos possibilitando de poder conversar com ela sem a intromissão de Rosalie para qualquer palavra que falávamos. E a outra, havia sido quando estivemos aqui em Volterra pela primeira vez, quando rapidamente ele conseguiu indiretamente convencer Aro a não nos matar.

Dei alguns passos para trás vendo Jasper e Will o encurralando em um dos cantos, deixando-o em desvantagem para tentar qualquer coisa ou fugir. Meu irmão tomou toda a atenção de Demetri para si, repetindo as mesmas palavras que eu havia dito alguns minutos atrás. Observei como o efeito das palavras tomava conta de seu corpo, o fazendo mudar a direção de seus movimentos como uma hipnose.

Chegava a ser confuso até olhar.

Demetri lentamente voltou a andar quando Will terminou de falar, ele não parecia mais se importar com nenhum de nós aqui, apenas parecia ter um único objetivo em frente como uma marionete sendo controlada.

Quando Demetri sumiu de nossa vista, Jasper e Will olharam para mim questionando minhas ações.

Me apressei em responder suas perguntas antes que eles começassem a me achar mais louca do que eu parecia nesse momento.

- Mudanças de plano. - Informei. - Tem poucos deles lá dentro, não acho que passem de 15, se eles se separarem podemos dar conta.

- Achei com o plano inicial ainda estava de pé, não é arriscado fazer qualquer coisa agora? - Will olhou por trás de mim, conferindo se alguma coisa acontecia.

- Alice não ligou? - Jasper alternou seu olhar entre nós dois. - Ela provavelmente teria ligado para falar se algo tivesse mudado.

- Não, ela não ligou. - Ele conferiu seu celular, e o sentimento de estranheza permaneceu sobre nós.

- Olha, me escutem, eu sei que é errado mudar assim, mas eu sinceramente acho que pode dar certo. - Disse numa voz que parecia otimista demais para ser natural. Ao contrário de Will, Jasper não parecia ter comprado essa minha ideia de otimismo. - Não concordo nem um pouco com o jeito de Aro comandar aqui, mas vamos precisar de alguém pra pelo menos garantir que não vão sair contando sobre nós para todo mundo.

- Pegamos todos separados, mas e Aro, Caius e Marcus que estão lá dentro juntos? - Jasper me perguntou, testando minha teoria.

- Vamos ser três contra três, e Marcus nem parece se importar se vai morrer ou não. - Minha mente estava caótica demais para se preocupar com detalhes. - Demetri vai sair, mas talvez Felix esteja lá dentro, temos que nos preocupar com ele.

- Felix está morto. - Will falou e nós dois olhamos para ele ainda mais confusos agora. - O matei quando ele estava distraído, ele teria me matado se me visse lá embaixo.

Minha mente rodopiava, quase como se estivesse tendo uma vertigem, mas quando qualquer um de nós se preparou para falar algo, um som de novas vozes de vampiros começava a ser mais audível a medida que os segundos passavam.

- Eles estão vindos, vamos nos separar, tentem não estarem com mais de um ao mesmo tempo. - Jasper veio até mim rapidamente e segurou meu rosto com as duas mãos, depositando um rápido beijo urgente e agoniado. - Tomem cuidado, os dois, eu cuido de Demetri.

Jasper disparou pelo lado direito e Will para a rua a nossa frente, fui para o lado esquerdo, correndo entre alguns muros e esperando eles começarem a se dividirem em pequenos grupos, até no final ficarem em um só.

Parte de mim achava que seria algo difícil, pelo menos era o que eu esperava, mas quando eu soube que eles estavam mais nervosos que eu, senti que era hora de fazer a minha parte, pelo menos no grupo que eu havia ficado responsável.

A primeira pessoa que apareceu perto de onde eu estava, era um dos homens que eu havia visto na sala que estávamos alguns minutos atrás, mas eu não sabia seu nome e nem a posição que ele ocupava naquele lugar, porém nesse momento esse status não importaria mais. Eu esperei até que ele virasse em uma das esquinas, ficando de costas para onde eu estava, e então fui até ele, silenciosamente, e pulei em suas costas, firmando minhas mãos em sua cabeça, enquanto o tentava deixar imobilizado. E quando seu rosto lentamente começou a rachar e seus movimentos foram ficando cada vez mais dormentes, ele desistiu aos poucos de lutar, fazendo assim sem muita dificuldade eu terminar o serviço enquanto mordia sem pescoço para matá-lo de uma vez.

A segunda vitima era uma das mulheres que estava perto de Aro, ela nem estava no meu caminho, mas sua direção se virou para mim quando os estilhaços do corpo do homem se quebrando no chão ecoou pelos becos.

Eu esperei por mais alguém aparecer depois que terminei com ela, mas aquele havia sido o último contato que parecia ter naquele lugar.

O número me parecia bastante injusto vendo que mais de 15 deles haviam vindo até nós, mas somente dois até mim.

Voltei a andar pelas ruas ainda escuras, procurando por Jazz ou por Will, vendo se algum deles estava em perigo. Eu podia ouvir mais a fundo um barulho começando a aumentar, mas naquele instante eu não fazia ideia para qual direção que estava indo, não até se aproximar mais de mim do que nos outros. E o cheiro de Demetri começou a aparecer.

- Eu realmente não te entendo, sabe, qualquer um de nós daria tudo o que tivesse para estar perto da posição que você chegou a quase estar hoje. - Ele apareceu caminhando lentamente por um dos becos, surgindo no meio da escuridão. - Por que não pode simplesmente aceitar? - Ele não parecia se importar com a minha decisão, e sim os motivos que levei para tomá-la.

- Eu não posso deixar minha família, meu lugar não pertence aqui. - Fui sincera. - Sinto muito se minhas escolhas não parecem certas pra você.

- Não sinta, eu sinceramente não me importo se você ficar aqui ou se for embora, não é da minha conta. - Ele deu de ombros.

- Então... você não deveria, sabe, tentar me matar ou algo do tipo? - Perguntei confusa.

- É, eu deveria. - Ele pensou por um momento. - Mas quero propor um acordo.

- Por que?

- Eu já entendi o que seus amigos estão tentando fazer aqui, e quero fazer um acordo com você. - Demetri parou alguns metros de mim. - Eu ajudo vocês lá dentro.

- E o que vai querer em troca? - Franzi uma das sobrancelhas.

- Um posição melhor aqui quando tudo isso acabar. - Ele aproximou de mim.

- Por que faria tudo isso contra Aro pelas minhas costas? Se você levasse minha cabeça até eles, tenho certeza que seria bem recompensado.

- As coisas não são exatamente dessa maneira aqui, se eu te levasse até lá, não seria mais que a minha obrigação. - Ele explicou. - Uma mudança não seria exatamente ruim.

- Por que você acha que eu vou confiar em você? - Cruzei meus braços enquanto soltava um pequeno riso irônico.

- Eu poderia ter te matado quando apareci aqui, e poderia também ter matado seu querido namorado alguns minutos atrás, mas eu acabei com nove dos meus para poupar vocês do trabalho.

Então era por isso que quase não havia os vampiros vindo na nossa direção para nos atacar, Demetri havia acabado com eles.

- Não quero te pressionar, mas seu irmão e seu namorado já estão vindo, e Aro não vai demorar até perceber que tem alguma coisa errada quando eu não voltar.

Eu me encolhi ao pensar nessa nova rota, mas logo depois concluí que nossa escolha de tomar esse lugar ainda era a correta, mesmo que nos tornasse mais fracos aceitar ajuda dessa maneira.

Eu sentia isso. Essa crença ressoava profundamente em meus pensamentos, em meu ser, seja lá o que fosse que movia meu corpo.

Mas nada disso importava naquele momento. Alice nos deu algum poder sobre o futuro, mas o passado estava tão perdido para nós quanto para qualquer pessoa quando nós resolvemos mudar o plano todo de última hora.

Nós não havíamos atacado, e ainda teríamos de enfrentar a versão mais complicada. A luta que se aproximava era inevitável.

- Está tudo bem, ele está com a gente. - Falei num tom mais alto quando soube que os outros dois estavam se aproximando. - Demetri vai nos ajudar lá dentro.

Jasper e Will apareceram correndo até onde eu estava, ambos no mesmo momento voltando para suas posições de ataque e defesa. Jasper se projetou para a minha frente, ficando a frente de qualquer coisa que pudesse me machucar, e ele realmente teria matado Demetri naquele instante se eu não houvesse pousando minha mão sobre seu braço, o acalmando.

- Está tudo certo, ele vai nos ajudar, mais tarde resolvermos qualquer assunto pendente. - Falei prontamente, Jasper olhou para mim e eu assegurei enquanto acenava com a minha cabeça.

Como numa conversa mental, ele havia entendido sobre o que eu estava falando.

- Como vamos saber que ele não está mentindo? - Will olhou para mim.

- Não estou pedindo para que confie nele, mas para que confie em mim. - Garanti novamente.

Segurei no braço de Jasper mais uma vez o impedindo de avançar sobre Demetri, e lentamente ele voltou a sua postura habitual, mas ainda assim ficando na minha frente.

- Vamos entrar, vou dizer a Aro que achei você aqui. - Ele apontou para Will. - E então, quando menos esperarem, nós os matamos.

- Esse plano é horrível. - Jasper admitiu e eu tive que concordar.

- Alguma outra ideia?

- Vamos apenas seguir esse, se der errado de qualquer maneira, apenas vamos para cima. - Jasper pensou por um instante. - Eles não são poderosos ou algo do tipo sem a Guarda, podemos vencer.

Comecei a andar de volta para a construção onde estávamos alguns momentos atrás, alguns passos atrás de mim denunciavam que todos haviam aceitado essa ideia, e por mais horrível que o plano fosse, realmente não haveria algo concreto a planejar. Apenas entraríamos lá e os mataríamos.

Algo me dizia que Alice nos mataríamos quando chegássemos por mudar todos os planos, mas agora eu realmente via uma vantagem aqui, e principalmente uma oportunidade de melhorar as coisas.

- Demetri, vejo que trouxe nossos amigos novamente. - Aro falou com entusiasmo antes de nos olhar detalhadamente, e então seus olhos brilharam. - Willian!

- Já faz um tempo, Aro. - Will falou com a voz fria, mas ainda assim inclinou levemente a cabeça.

- O que os trazem aqui novamente?

- Está acabado, Aro. - Respirei fundo e andei alguns passos para frente na sala, agora tendo mais tempo para observar cada minimo detalhe que eu não havia visto por causa do medo que normalmente me consumia. - Não tem mais ninguém além de vocês, não sobrou ninguém.

- Do que você está falando? - Caius novamente perguntava com o olhar de superioridade em seu rosto, mas dessa vez eu não contive em dar um sorriso para ele.

- Demetri. - Will ordenou uma vez, e logo Demetri obedeceu sabendo o que deveria fazer.

Não houve nada além de horror nos olhos de Caius quando Demetri começou a se aproximar dele, mesmo quando ele levantou para tentar revidar, a sua pálida pele não parecia levar proteção alguma para ele.

Na verdade, se assemelhava muito mais a uma fina folha de seda do que realmente alguém que estava ao ponto de lutar pela própria vida.

Observei em silêncio a cena, imaginando ao longos de centenas de anos quantos inúmeros vampiros haviam tentado tomar o poder e tinham fracassados, e estranhamente isso parecia ser algo relativamente fácil para nós nesse momento.

Porque apesar do medo de Caius, do pânico de Aro, Marcus parecia estar interessado no que estava acontecendo, quase animado com o rumo das coisas.

Jasper me olhou por um momento e inclinou sua cabeça, mentalmente se perguntando se eu estava bem. Apenas acenei levemente e caminhei até ele, colocando minhas mãos nos meus bolsos e voltando a olhar a cena na nossa frente.

- Quando você estava em Forks, Caius, eu te disse que todo mundo que mexia com a minha família acabava morto. - Lembrei quando seu rosto começava lentamente a rachar com as mãos de Demetri envolta dele. Seus olhos estavam em fúria total, mas ainda assim derrotados.

No próximo segundo, sua cabeça não pertencia mais ao seu corpo, e junto à isso, foi como se um botão houvesse sido pressionado em Aro quando ele se deu conta de que isso estava realmente acontecendo.

- O que vocês querem? - Aro atropelou sua própria voz, tentando não ser o próximo. - Poder? Vingança? Eu posso dar a vocês qualquer coisa que quiserem!

No mesmo segundo, a raiva que me consumia o fez cair no chão no mesmo instante se contorcendo em dor, mas rapidamente balancei minha cabeça tentando redirecionar minha raiva para outra coisa, ele não merecia um fim tão rápido assim.

Aro rapidamente se levantou e se preparou para revidar quando me desviei num movimento ágil e gritei para ninguém intervir.

Quando ele parecia desnorteado tentando se recuperar, fui até ele por trás e chutei suas costas, fazendo-o cair no chão novamente, e dessa vez, segurei em sua cabeça, sabendo que pelo meu toque ele estaria vendo todos os pensamentos que já tive em minha vida. Mas dessa vez eu realmente queria que ele visse, eu não me importava em esconder.

Eu deixei, nos últimos momentos enquanto eu segurava sua cabeça entre as minhas mãos, que ele visse todos os seus amigos mortos, e como relutantemente, ele ter cruzado meu caminho havia sido a pior coisa que aconteceu com ele.

Dei outro impulso com meu pé em seu corpo, fazendo-o se partir em duas partes, caindo sem vida pelo chão com seus longos cabelos se enrolando em sua cabeça jogada a pelo menos um metro de seu corpo.

Eu pensei em como não sentiria remorso nenhum quando seu corpo queimasse e nossos problemas estivessem acabados. Eu só queria poder voltar para casa, contar a todos, e talvez, por um mínimo fio de sorte, viver o resto da minha vida ao lado de Jasper sem mais nenhum perigo de o perder.

- Finalmente, após todo esse tempo. - Marcus deu uma pequena risada contente, se levantando de onde estava sentado.

Marcus me parecia estranhamente estranho desde a primeira vez que eu o vi, ele nunca havia se importado o suficiente com maior que o problema me parecesse, mas ele se alegrava com a idéia de morrer, voltei a olhá-lo com curiosidade tentando adivinhar qual o motivo da sua falta de vontade de viver.

- Por que? - Perguntei, e ele me olhou com curiosidade enquanto caminhava até o meio da sala. - Por que não se importa?

- Todo mundo tem uma luta interna, eu tive uma pessoa com quem eu me importava mais do que a minha própria vida, e eu a perdi. - Marcus explicou e eu relutantemente olhei para Jasper, tentando imaginar como seria se um dia eu o perdesse. Outra parte de mim seria quebrada. - Depois de todo esses anos, eu vou poder me encontrar com ela. - Ele sorriu abrindo os braços e fechando os olhos, se preparando para o seu fim. Ansioso com isso.

Em passos lentos se aproximando de Marcus, Jasper pousou as mãos em sua cabeça, arrancando-a num simples movimento, dando um fim rápido a sua vida. Sem dor.

- Isso foi mais rápido do que imaginei. - Demetri riu, o som de sua risada ecoando pela sala e fazendo contraste com o nosso silêncio.

Jasper que ainda permanecia no meio da sala com o corpo de Marcus estilhaçado no chão, olhou para mim com um plano traçado em nossa mente, dei um pequeno aceno dizendo-o para prosseguir em frente enquanto Demetri permanecia distraído olhando o corpo de Aro no chão.

E num rápido movimento, Jasper foi até ele e arrancou sua cabeça sem algum tipo de remorso pairando sobre nós, não dando chance para ele revidar ou até mesmo entender o que havia sido feito.

O silêncio permaneceu sobre todos nós enquanto olhávamos o estrago que havia sido feito com os corpos jogados no chão. Não havia como voltar, tudo já estava certo. Visto isso, apenas cruzei meus braços e soltei um suspiro profundo.

- Vamos queimar eles e voltar para casa. - Olhei para Jasper e Will.



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