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História Wellust - Klap.


Escrita por: Jeleninhaz

Notas do Autor


Faltam só mais dois ❤

Capítulo 17 - Klap.


Fanfic / Fanfiction Wellust - Klap.

Selena Gomez's point of view. 

"— ...posso não ter 100% de certeza, mas acredito que você tenha algo a ver com isso."

— Não! Eu não vejo Justin há duas semanas. — nego de imediato. — Não sabia de nada até agora. 

— E você espera que eu acredite? Ele precisa deste emprego, Selena! — encaro Ryan desconfiada, é a primeira vez em que o vejo tão nervoso. 

— Qual é o seu problema? Por que você se preocupa com o que acontece com Justin? Até onde sei, você não o conhece há muito mais tempo do que eu, a diferença é de um dia. 

— Ele me lembra de quando cheguei à Amsterdã; sozinho, cheio de sonhos, precisando de dinheiro. A diferença é que ele não se deixa influenciar pelas pessoas. Justin quer mesmo fazer aquela faculdade e pode conseguir, se você não o atrapalhar. 

— Eu? Sempre apoiei os sonhos dele. Se são tão amigos, ele deve ser lhe contado. 

— Você não percebe o que está acontecendo? 

Balanço a cabeça em negação, cada segundo mais confusa. 

— Justin se apaixonou por você e vem tentando fugir disso desde então. Ele sabe que você nunca o corresponderia... é um sonho que ele não pode alcançar. 

Meu coração está prestes a sair pela boca. Justin não pode ter se apaixonado por mim. É impossível. 

A paixão cega, deixa as pessoas bobas e é desnecessária. 

— Você não sabe o que diz. Desde o início dos nossos encontros, deixei claro que era só sexo. Conversávamos como pessoas normais depois, mas nunca demonstramos sentimentos que fizessem ele se apaixonar. Eu nunca demonstrei. 

— E aquele passeio pelo Vondelpark? Acha que aquilo não mexeu com ele? — ele sorri, presunçoso. — Qual era o seu propósito levando ele para velejar? Duvido que fosse conseguir um orgasmo entre as águas de um rio. 

— O propósito daquele passeio era animá-lo. Ele estava chateado com algumas coisas e ainda não tinha conhecido nenhum ponto turístico da cidade, eu só quis ajudar. — explico. 

— Você? Ajudando alguém sem pedir nada em troca? 

— Você não me conhece. — rosno, considerando a ideia de estapeá-lo até que minha raiva suma. 

— No início dos encontros, alguma vez, você experimentou dizer ao Justin que não se apaixonar era uma regra? 

— Não achei necessário. Essa possibilidade era nula, simplesmente não existia. Eu jamais cogitei a possibilidade de me apaixonar por um garoto de dezenove anos! 

— Por que está falando no passado? 

Ficamos em silêncio. Procuro acalmar os ânimos, para não explodir com ele. 

Detesto que me questionem. 

— Quem lhe deu o direito de vir até aqui e fazer essas perguntas? Como conseguiu o endereço do meu apartamento? 

— Ninguém me deu esse direito, só imaginei que você soubesse o motivo do Justin ter pedido "demissão". E, respondendo a sua segunda pergunta, Ashley já sabe de tudo, ela quem me passou o endereço. 

— Ashley. — falo entredentes. — Você disse à ela que trabalhava em uma joalheria no centro? Não sente vergonha de mentir assim? 

— Eu realmente trabalho em uma joalheria no centro. Já faz alguns dias que resolvi sair desse ramo da prostituição, depois de pegar meu último pagamento e alugar um lugar descente para morar. Arrumei um emprego na Sauer, como segurança, pretendo manter o apartamento pelos primeiros meses. 

— A Ashley já sabe disso tudo? 

— Você contou parte da história, antes que eu pudesse explicá-la; só precisei acrescentar alguns detalhes. Escute, Selena, sei que já fiz muitas coisas erradas, coisas as quais, hoje em dia, não faria, demorei muito para mudar e desistir de levar essa vida, e Justin me lembra de alguma forma o Ryan que chegou à Amsterdã ainda adolescente e precisou se prostituir para não passar fome. Ele é um cara legal, não quero que tenha um futuro pior que o meu. Fazer aquela faculdade é o maior sonho dele. 

— Por que você acha que ele desistiu de se prostituir? — pergunto em baixo tom. 

— Por você, muitas vezes ele me disse que sentia como se estivesse lhe traindo. Nós dois sabemos que ele nunca esteve. 

Essa revelação me deixa em choque. Por que ele não me contou essas coisas? Talvez tudo fosse diferente se tivéssemos conversado ainda no início. Completamente farta dessa conversa, abro a porta desejando que ele vá embora logo. 

— Guarde suas lições de moral para alguém que queira ouvir. 

Tranco a porta apressadamente, depois que, praticamente, o expulso. Ryan não tem moral nenhuma para questionar as minhas atitudes. Não sou a única culpada pela existência dos sentimentos que talvez Justin tenha desenvolvido no nosso tempo juntos. Sei que sinto coisas diferentes, quando penso nele, mas não é paixão ou amor. 

Não pode ser. 

••• 

00h41min-PM. 

Mordo o lábio inferior contendo a ansiedade. Meus dentes trabalham sem pausa, arrancando finos filetes de sangue. Bato na porta pela quinta vez, torcendo para que Justin esteja em casa. Se ele desistiu mesmo dos trabalhos noturnos, não tem sentido estar fora tão tarde da noite. Ele não é muito festeiro. 

Eu tentei ser mais forte que a vontade de procurá-lo, porém a fraqueza falou mais alto. Quando me dei conta, já estava tirando o carro do estacionamento. Preciso escutar respostas definitivas para minhas perguntas. 

— Selena? O que quer a essa hora? — O ar escapa dos meus pulmões quando estamos frente a frente. 

Ele continua lindo, exatamente como me lembro. 

É engraçado pensar assim, dá a entender que não nos vemos há meses, anos quem sabe. Pergunto-me como deixei que duas semanas tomassem um impacto tão grande sobre mim. 

— Eu precisava conversar com você e não consegui esperar. — passo pela porta, mesmo sem ter sido convidada. 

Meus olhos circulam pelo apartamento pouco iluminado, parando curiosos na cama de solteiro. Vejo uma mala aberta, com algumas mudas de roupas dentro dela. 

— Você irá viajar? 

— Sairei da cidade o quanto antes. — assume, evitando me olhar nos olhos. 

— Sair da cidade? Por quê? — meu tom escapa injuriado, e todo o controle que planejei ter diante dele desaparece. 

— Estou passando por uns problemas e decidi que o melhor a fazer é dar um tempo. 

— Por que ficou tantos dias sem dar notícias? Não custava nada mandar uma mensagem. 

— Você também não mandou nenhuma mensagem. Por que sempre precisa ser eu a correr atrás? 

— Eu já entendi tudo. É, entendi o que está tentando fazer. — completamente nervosa, tiro as mudas de roupa da mala, espalhando todas as peças pela cama. — Você quer que eu me sinta culpada! Culpada por ter dito que não temos nada além de atração física. 

— Não é nada disso. — ele nega, segurando meus pulsos. — Pare! 

— Por que você sempre foge, quando as coisas dão errado? Sempre que algo não corre conforme o planejado na sua vida, você some do mapa. Pretende chegar a algum lugar agindo como um moleque? 

— Você não sabe de nada! 

— Eu sei, sei muito mais do que você imagina. — olhamos nos olhos um do outro pela primeira vez em duas semanas. Não enxergo a curiosidade e inocência de antes, a raiva parece ter sugado o brilho das íris acastanhadas. — Você largou o emprego na vitrine porque está apaixonado por mim, e, como sabe que não correspondo, resolveu voltar para o interior. 

— Você não é mais importante que os meus sonhos. Se "fugirei", como está dizendo, garanto que o motivo não é o que tivemos. 

— É sim, não negue! — grito, convicta. — Você é um covarde, poderia, ao menos, ter terminado tudo olhando nos meus olhos, mas não reuniu coragem o suficiente. 

— Tudo bem. Se é isso que você quer, nossos encontros acabam aqui. — não sinto nenhum pouco de segurança em sua voz. 

Ele ainda segura meus pulsos com força, mantendo nossos corpos colados. 

— É uma pena reconhecer só agora que minha opinião a seu respeito estava certa no início: você é infantil. — enfatizo a última palavra. 

— Infantil? — ele me solta bruscamente e toca os cabelos bagunçados. — Você está certa. Estou apaixonado por você, muito apaixonado. 

Sinto o choque de realidade se colidir com meu rosto pálido. Meu corpo inteiro gela diante da afirmação. Escutar o que antes era uma simples possibilidade, de um modo tão seguro, só torna as coisas mais reais. Essa é a primeira vez em que alguém afirma ter se apaixonado por mim. A possibilidade tola de que o meu jeito fechado tenha encantado e conquistado os sentimentos dele me deixa boba, sem reação. 

— C-como isso aconteceu? — inquiro, com a voz falha. 

— Eu não sei, simplesmente sinto. Quando lhe toco, beijo, ..., tenho a certeza de que não é mais "só sexo". Contudo, os meus sentimentos não influenciam nos seus; você não é obrigada a corresponder. O idiota que fantasiou coisas impossíveis fui eu. 

— Justin... 

— Por mais que eu deteste ser tratado como um objeto pela mulher que eu amo, não é esse o motivo que me fez querer voltar para o interior. 

— Justin, vamos conversar... — tento chegar mais perto, mas ele recua rapidamente. 

— Essa não é nem de longe a vida que eu imaginei ter em Amsterdã. Agora por favor, vá embora. 

— Justin, você pode se abrir comigo... 

— Seria desconfortável me abrir agora que você sabe aquilo que tentei esconder durante tanto tempo. — Justin entrega minha bolsa, a qual não recordo de ter soltado em meio ao ataque de raiva, e abre a porta. — Você não tem com o que se preocupar, meu voo está agendado para às 08h00min da manhã, mas, até lá, preciso de espaço. 

Engulo o bolo na garganta, em conjunto com a vontade de expressar minha opinião. Saindo, antes que ele volte a fazer o pedido. 

Certamente, um tapa doeria menos.


Notas Finais


Betagem por @hosk.
Sei que tenho andado muito sumida, passando por cima das atualizações semanais, mas não foi intencional. Por causa de um probleminha acabei perdendo os dois últimos capítulos ( último capítulo + epílogo) então tô super broxada por ter que reescrever. Mas eles vão sair, Wellust terá um fim próximo 💜


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