História We're Meant to be - Boy or Girl?

Pov. Lexie

Faz 3 dias que não vou para casa. 3 dias que durmo no hospital ao lado da cama de Mark. 3 dias que eu não paro de trabalhar, afinal, já estou aqui mesmo.

-hey-Ele acordou sorrindo me olhando. Eu estava sentada na poltrona ao lado, com um coque no cabelo, cara pálida, e tomando meu 3 café do dia. -Lex. Vai pra casa, eu vou ficar bem, você não

-eu estou ótima, inclusive daqui a pouco eu vou operar com o Owen- forcei um sorriso enquanto torcia as costas para melhorar a dor na coluna.

-Então troca com a Kepner... eu vou obrigar o Hunt a me dar alta Entao, ai vou pra casa com você, eu já estou bem mesmo

-Mark...-Falei assustada. Senti umas bolhas estouraram dentro de minha barriga- Tem algo errado com o bebê.

-O que você está sentindo?- ele levantou preocupado da cama

-Eu... Ela está mexendo- sorri pegando a mão dele e colocando em baixo do meu umbigo

-ela?

-eu acho que é ela...-falei sem graça. Senti novamente várias bolinhas, e dessa vez Mark tambem sentiu

-Senti- ele gargalhou todo bobo. Ele ergueu minha blusa do uniforme e deu um beijinho na minha barriga.

-Mais tarde eu te pego aqui pra você ir comigo no ultrassom, ok? Agora descansa- Disse saindo dali

-é o que eu mais estou fazendo nesse hospital- escutei de longe ele brincando.

Foi uma sensação tão unica, sorte que Mark estava perto e pode sentir. Sinceramente, é assustador, algo mexendo dentro de você, mas é unico. Eu to muito ansiosa para saber se é menino ou menina.

Entrei na sala de trauma e lá estava um tumulto, eu nem conseguia ver o paciente. Quando passei pelos internos curiosos, vi uma mulher com um enorme tronco de arvore atravessando seu ombro. Aquilo me assustou bastante.

-o que temos aqui Hunt?-perguntei tirando o estetoscópio do pescoço e ouvindo o coração dela.

-está bem óbvio- ele brincou- mulher de 27 anos, estava andando de bicicleta e caiu em uma árvore atravessada na rua.

-vamos serrar?- falei

-eu vou. Voce vai cobrir a emergência, não quero você nem a Kepner mexendo com coisas perigosas ela já veio aqui tentar antes de você

-eu to grávida, não doente- bufei saindo da sala

-minhas duas do trauma resolveram engravidar juntas e me deixaram na mão- Hunt falou alto.

Fui até o balcão e lá estava April digitando no computador.

-Lexie...

-April...- suspirei. Desde o acidente do Mark, não tinhamos conversado

-me desculpa não ter te procurado. Eu fiquei com muito medo do Mark morrer, eu não sei o que eu faria por você, eu fiquei apavorada...

-E como eu fiquei? O Mark é meu marido. É o pai do meu bebê, é tudo o que eu tenho. E você ficou apavorada?- Falei alterada. April me pegou pelo braço e saímos para fora da emergência, sentamos em um banco perto da porta e ela continuou:

-Eu sei e eu me sinto uma idiota por isso. Você precisa me perdoar- ela pediu segurando minha mão

-Não tem o que perdoar, está tudo bem!- forcei um sorriso

-você precisou de mim e eu fugi de você. Mas se eu estava apavorada, foi porque eu não ia suportar ver você sofrer tanto, e te ver chorando daquele jeito acabou comigo. Eu imagino, se fosse o Jackson lá, você não me abandonaria.

-Não... Acho que também correria.

-Amo você, chata- ela me deu um tapinha

-quer sentir uma coisa legal? Olha- falei colocando a mão dela na minha barriga. Ela abriu um sorriso gigante. -vou descobrir o sexo hoje.

-eu ainda nao senti mexer. Mas, sobre isso... eu e o Jackson fizemos o ultrassom, e... Vamos ter uma menina.

-Ahhh não acredito- a abracei comemorando- imagina uma ruivinha dos olhos verdes- brinquei e rimos.

***

Eu fiz duas cirurgiãs rápidas, e fui buscar o Mark para meu ultrassom. Cheguei lá e ele estava com sua camisola de hospital em uma cadeira de rodas me esperando. Não pude evitar de rir.

-Pode rir, estou patético- Ele disse empurrando as rodas e vindo ate mim.

-é, você está mesmo- brinquei. Dei um selinho nele, e empurrei a cadeira até o elevador.

Chegamos no andar da obstetrícia, e esperamos a médica chamar.

-Alexandra Grey... oh, Grey- ela sorriu na porta. Eu e Mark nos olhamos, aquele rosto familiar ali, e entramos na sala.

-Addison- forcei um sorriso, mas com aquele olhar de "que porcaria é essa" para o Mark.

- Mark, eu soube do que aconteceu. Mas toda vez qie eu ia no seu quarto, a Grey estava lá ao seu lado e eu não quis incomodar. Você tem uma esposa maravilhosa- Ela comentou enquanto passava o gel na minha barriga, que aliás, estava tomando sua forma redonda.

-Ela é sim! O que faz aqui Addison?

-Bom... desde de aquele dia que nos encontramos, eu fiz minhas cirurgiãs e o chefe me ofereceu uma vaga de chefe da obstétrica. Eu não pude recusar, há tempos esperava voltar para a S.O.- Ela não parava de sorrir, estava começando a parecer forçado, ela estava nervosa. Ela ligou o aparelho na minha barriga e começamos a ver a imagem. -aqui está, voces querem surpresa?

-Nao queremos saber...- Falei apertando com força a mão de Mark. Eu estava ansiosa demais.

-É... já escolheram o nome?

-Jenny, ou Charlie- Falei olhando a tela.

-parabéns, é a pequena Jenny!- não pude evitar as lágrimas quando ouvi essas palavras. Eu nunca "sonhei" em ser mãe. Mas, agora eu estava vivendo um sonho. Reparei que Addison e Mark se olhavam, e alguma coisa estava acontecendo.

-Eu me arrependo...- ela suspirou

-Addison, não.- Mark a olhou nervoso.

-Eu me enganei. Você é um ótimo pai, Callie me contou. E agora eu estou vendo, eu te julguei mal.- Ela falava, e eu cada vez mais confusa.

-acabamos? - falei

-Claro- ela balançou a cabeça voltando a realidade me dando um pano para limpar a barriga.

-está tudo bem com o meu bebe?- perguntei seca

-Está, tudo ótimo. Com licença- ela falou rápido e saiu da sala.

-Do que ela está falando Mark?

-Há muito tempo atrás... Ela abortou um bebê meu. Isso foi antes de você, antes mesmo de eu vir para Seattle.

-e por que nao me contou?- Limpei a barriga e saímos da sala.

-Porque não era necessário. Foi a muito tempo Lex.

-você queria esse filho?-Perguntei irritada

-podemos não falar disso?- Mark pediu. Entramos no elevador e apertei o botão com um soco. É inevitável sentir raiva.

-queria? - gritei

-Queria!- gritou ele mais alto, calando-me.

Levei ele para o quarto dele, e sai. Passamos todo o resto do trajeto em silêncio.

Que droga, agora eu tenho que aturar essa mulher no hospital. Fui para o refeitório mas no caminho meu bipe bipou 911. Corri para onde ad ambulâncias chegam, e o paramedico trazia um paciente na maca.

-adolescente de 17 anos, grávida de 37 semanas, quebrou a perna em uma queda de bicicleta.

-bipa a obstetrícia- falei empurrando a maca. -DROGA- murmurrei

-que foi?- Addison apareceu atrás de mim e fomos para a sala de trauma. -eu entendo que não queira trabalhar comigo. Mas eu não vou tentar roubar o Mark de você- ela riu enquanto apertava a barriga da menina.

-Se tentasse, não conseguiria- dei um sorriso malicioso e empurrei o ultrassom portátil para perto dela.

-Espera...- ela disse me vendo saindo- Toma um drink comigo mais tarde? Não tecnicamente... voce entendeu, sem álcool

-por que eu iria tomar um drink com voce? -ri com sarcasmo

-porque eu vou te contar o que eu sei que o Mark nao contou- a ruiva ergueu a sobrancelha com um olhar poderoso- a não ser que voce vá dormir aqui.

-não. Hoje vou para casa- falei me lembrando que estava brava com o Mark. - as 8 pm. - disse e sai.