JungKook
Jimin ficou totalmente fragilizado com a situação, e ver ele daquele jeito me fez sentir tão mal.
Lembro de como foi tirá-lo daquele lugar e de perto de uma pessoa tão tóxica. Consigo entender perfeitamente os motivos que o levaram a entrar nesse tipo de crise.
Mesmo o tratamente que ele está fazendo não é capaz de suprir tudo aquilo, ou de fazê-lo esquecer o inferno que passou.
Eu juro que encontraria Nam Il onde quer que ele estivesse, apenas para esfregar sua cara no chão e obrigá-lo a pedir desculpas.
Jimin arruma algumas peças de roupa em uma mochila e eu o levo para a minha casa. Não acho certo deixar ele sozinho em um contexto tão vulnerável.
- Vou colocar suas coisas no quarto, ok? - pergunto e ele concorda.
Ele espera na sala, e estava sentado no sofá quando eu volto.
Encara o chão em um ponto fixo qualquer e mantinha as mãos nos joelhos, ao passo que arrancava a pele dos lábios.
- Ei... - me agacho em sua frente e seguro em suas mãos, também por cima de seus joelhos.
Nos encaramos fixamente e sorrio para ele, que retribui também com um sorriso mínimo.
- Está tudo bem agora. - Acaricio sua pele macia e gelada. - Não vai acontecer de novo.
- E se acontecer?
- Bem... aí a gente da um jeito. - Tento encorajá-lo. - Está se sentindo melhor?
- Tudo ok agora. - Aquele sorriso fofo e infantil molda seu rosto.
- Ótimo. Posso fazer alguma coisa pra gente comer. Você deve estar com fome.
- Na verdade, estou mesmo. Mas não ia notar se você não falasse... como advinha essas coisas?
- Já fazem onze anos Minnie... - entrelaço meus dedos aos seus, ainda sentado no chão a sua frente.
- Estamos juntos não faz nem uma semana e já parece uma eternidade. - Ele comenta e ri.
- Juntos como um casal, uma semana. Mas temos uma parte das nossas vidas juntos. Sei te decifrar desde que te conheci.
Falar aquilo é tão natural.
Não sinto vergonha em me expressar ou dizer todas aquelas verdades.
Quero que ele saiba que o amo com cada pedacinho meu. Amo suas qualidades e defeitos. O amo por oque é. O amo por oque me faz sentir.
- Vem comigo até a cozinha. - Levanto finalmente e o puxo junto comigo.
Jimin fica sentado de frente para mim, observando cada um dos meus passos enquanto coloco as coisas na panela.
- Como consegue ser tão perfeito assim? - ele pergunta.
- Estou tão longe de ser pefeito... - rio fraquinho, pensando nas milhões de coisas que preciso ajustar.
E ainda assim, acho que tenho bilhões de imperfeições a mais que ele.
- Vou começar a listar as qualidades. - Ele bebe mais um gole da taça antes de prosseguir. - Um: você é bonito pra caralho.
- Ora ora... Park Jimin falando palavrão.
- Aish... me deixe continuar. - Nós sorrimos um para o outro. - Dois: sabe fotografar como ninguém. Três: sabe cozinhar muito bem, de verdade.
- Gosta mesmo? - pergunto sem olhar para ele.
- Com certeza sim. Você é o namorado dos sonhos de qualquer pessoa.
- Devo começar a me gabar? - continuo concentrado na tarefa de fazer o jantar, mas não posso deixar de reparar em seu tom de voz me provocando.
- Talvez... mas deixe eu continuar a lista. - Ele suspira. - Ok. Quatro: cuida de mim nos momentos em que eu mais preciso, e nunca me julga pelas crises.
- E jamais vou julgar. Aliás, vou continuar aqui pra quando mais precisar. E quando menos precisar também, pra poder encher sua paciência.
Jimin ainda ri, sem saber ao certo o que dizer.
- O que mais tem nessa lista? - pergunto após segundos de silêncio.
- A lista é infinita, mas vou tentar encurtar.
- Pode listar tudo, eu gosto. Faz massagem no meu ego.
- Você já tem o ego bem inflado, não precisa que eu fique ressaltando.
Ambos rimos e eu jogo um pouco de água em seu rosto, o pegando desprevenido. Ele reclama e seca o rosto nas mangas da blusa, me olhando feio.
Tomo a taça de vinho de suas mãos e bebo um pouco, mas a devolvo em seguida.
Enquanto as coisas estão cozinhando, me aproximo mais dele ficando em pé a sua frente. Deixo as mãos em sua cintura e beijo sua testa.
- Não vai continuar? - pergunto.
- Você não merece mais o que eu ia dizer.
- E se eu pedir desculpa? - selo nossos lábios, e ele volta a sorrir.
- Quer mesmo que eu continue?
- Quero ouvir o último tópico. Fiquei curioso.
Seus dedos enrolam em minha blusa e me puxam mais perto. Nossas bocas estão quase se tocando novamente.
- Eu ia dizer que... em quinto lugar, nessa lista de perfeições, você fode melhor do que ninguém.
Rio nasalmente diante do comentário.
Eu sabia que acabaríamos chegando a esse ponto do diálogo.
- É tão bom assim?
- Ah JungKook... - ele morde meu lábio e eu me sinto arrepiar. - É mesmo muito gostoso.
Nos beijamos lentamente, curtindo o silêncio do apartamento. Só nós dois e a panela sobre o fogo.
Desço alguns beijos por seu pescoço branquinho e mordo o lóbulo de sua orelha. Consigo ouvir sua risada divertida e satisfeita.
Ah Jimin, eu sou totalmente louco por você.
- Esse vinho deixou você meio atrevido. - Comento voltando a atenção a sua boca.
- E você gostou?
- Eu adorei.
Mordo seu lábio inferior com suavidade, apenas para provocá-lo. Minhas mãos estão apoiadas na mesa atrás dele, o impedindo de sair.
Mas de qualquer forma, ele não parecia afim de sair dali.
Juntamos nossas testas e roçamos nossos narizes em um gesto singelo de carinho.
- Vamos colocar fogo na casa se você não me deixar cuidar do que está no fogo. - Me refiro as suas mãos que me seguravam bem perto entre suas pernas.
- Não quero que saia agora... - ele faz um bico fofo, e eu o beijo.
- Depois a gente continua... ok?
- Você é tão chato. - Ele me solta e cruza os braços.
- Prometo que a gente termina depois. Mas primeiro você precisa comer. - Aperto sua bochecha e volto para o fogão.
- - - -
Depois que terminamos de jantar e Jimin termina de fazer seus cinco mil elogios, consigo convencê-lo a deixar a louça suja na pia pra depois e ficar comigo no sofá.
Ainda chovia lá fora, mas um pouco mais forte dessa vez. Busco um cobertor no quarto e volto até a sala.
Ele deita entre as minhas pernas, com a cabeça em meu peito, e eu fico fazendo carinho em seus cabelos enquanto assistimos a televisão.
Era um programa qualquer sobre decoração de casa e eu confesso não estar nem um pouco interessado, mas ele aparentemente estava gostando.
Faço algumas pequenas tranças em seus fios e as desmancho em seguida, deixando seus cabelos meio cacheados.
E essa era a primeira vez que faria isso desde que começamos a namorar, mas pego meu celular e tiro uma foto dele ali sem que percebesse.
É quase impossível ver seu rosto, e cuido disso para que ele não se sinta exposto ou desconfortável, mas publico a mesma no Twitter.
Deixo o celular de lado por alguns segundos, e a chuva aumenta cada vez mais.
- Acho que vamos ficar sem luz. - Ele comenta, observando os postes oscilando.
- Talvez sim... talvez não...
Sua mão faz carinho em meu joelho de forma despreocupada.
- Suas pernas são bonitas. - Ele diz do nada, e eu não tenho oque responder. - Não te disse isso antes, mas sempre fiquei olhando pra elas.
- Ya! Estava me assediando Park Jimin? - ouço sua risada, e ele vira de bruços olhando pra mim.
Apenas a luz vinda da TV nos iluminava, e eu observo seu sorriso emoldurando seu rosto.
- Depende do ponto de vista. - É sua resposta.
- Considerando que eu sempre olhei bem mais do que as suas pernas, não posso reclamar.
- Ya! - ele belisca minhas costelas e eu gargalho devido as cócegas. - O que exatamente você ficou olhando? Eu te contei, agora você conta.
- Quer mesmo saber?
- Sim.
Nesse momento a luz cai de súbito acompanhando o estrondo de um raio, ele fecha os olhos e esconde o rosto em mim.
- Tem medo da chuva Minnie? - rio enquanto seguro seu rosto.
- Eu só me assustei. - Ele tenta disfarçar, e mesmo no escuro sei que está com as bochechas vermelhas. - E agora? Tem lanterna no seu celular, certo?
- Não precisamos de lanterna... gosto de ficar no escuro com você.
- Você é a pessoa mais sem vergonha que eu já conheci, sabia?
Minhas mãos repousam em sua bunda, apertando o local com gosto.
Ele arfa e se move em cima de mim, o que me causa um gemido inconsciente.
- Não faça isso de novo, Park. Por favor.
- Ou...? - seu tom denuncia que estava provocando de propósito.
- Você já sabe muito bem.
Sinto sua respiração quente em minha boca, e logo ele faz questão de nos unir em um beijo lento e caloroso.
Ainda se movia ocasionalmente sobre o meu corpo, fazendo com que minha respiração falhasse.
- Como saímos de um momento fofo pra isso?
- Você apertou minha bunda primeiro. - Ele tenta se defender.
- Você estava deitado em cima de mim. - Replico mordendo seu queixo.
- Eu só estava deitado. Estávamos tendo um diálogo fofo e sincero mas... - ele para quando chupo a pele de seu pescoço. - Qual é o fetiche com o meu pescoço?
- Você é cheiroso. - Beijo o mesmo local e ele segura minha cabeça com as duas mãos.
- Eu queria saber o que você tanto reparava em mim. Pode contar agora se quiser.
- Acho melhor não. Eu ia te dizer coisas bonitas e gentis, e agora quero foder você.
Ele ri de forma pervertida diante do comentário, e senta com força uma vez. Quase perco a consciência por alguns segundos.
- Estamos sozinhos. - Ele afirma quando volto ao seu queixo. - E está totalmente escuro.
- Estou gostando disso. - Beijo seus lábios com vontade, enquanto minhas mãos ainda brincam com suas nádegas.
- Os vizinhos devem estar dormindo. - Ele fala arfando pela falta de ar provocada pelas seções de beijos. - Tenho uma ideia bem divertida.
- Acho que já até sei o que é.
Ele tira a própria camiseta e a joga no chão, me dando a visão do contorno de sua cintura, iluminada por relâmpagos ocasionais.
Ele passa a mão pelos cabelos, e não aguento ficar olhando sem tocá-lo.
- Está ficando interessante.
O puxo para perto e ataco seus mamilos, o fazendo suspirar e gemer baixinho.
Uso a língua e os dentes, com cuidado para não machucar sua pele, apreciando os sons vindos de sua garganta.
- Isso é tão bom... - ele geme.
O ajudo a tirar a minha blusa, e deixo que ele deslize as duas mãos pelo lugar.
- Há tantas coisas que eu quero fazer com você hoje, JungKook. - Seu tom é totalmente sujo, e me sinto encantado por aquele lado nele.
- Temos a noite inteirinha pra fazer o que você quiser... de quebra ainda estamos no escuro absoluto.
Ele segura minhas bochechas com força e me puxa de supetão, então sinto seus lábios encostando em minha orelha enquanto ele fala.
- Se os vizinhos perguntarem por que eu estou gritando, é você quem vai explicar.
Me permito rir, ansioso por o que estava por vir.
Nós dois, o escuro e a chuva barulhenta para abafar nossos sons.
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