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História What is love? - Fillie - Cap.42


Escrita por: MillsWolfhardBr

Notas do Autor


Boa leiturinha!

Capítulo 43 - Cap.42


Finn não se sentia bem, tinha se resolvido na noite anterior com Millie, mas mesmo assim ele não me sentia bem. É sábado, 13:00 e tem certeza que a cidade inteira já está mais do que acordada. Winona preocupada bateu em sua porta umas dez vezes, oferecendo-lhe comida, o incentivando a levantar, mas nada, nada o fazia levantar da cama.

Aquela sensação, sensação de impotência, de ser um inútil e um lixo, novamente voltaram a tomar conta do seu corpo, o único sentimento que não se esvaia era o amor, mas a tristeza estava começando a dar seus sinais, ele encara seu celular e o pega, tem algumas mensagens mas nenhuma de Millie, suspira e bloqueia a tela, o colocando novamente em seu antigo lugar

Fecha seus olhos e então as lágrimas começam a rolar soltas em seu rosto, não entendia o porquê de estar chorando, mas estava, e não consigo fazer com que essa dor, esse sentimento de tristeza e solidão passasse, as vezes não sabemos o porque de estarmos tristes, somente estamos e não tem nada que passe essa dor

Ele se senta na cama, encara os sanduíches e o copo de café agora frio na cômoda e suspira pesadamente, com uma perna de cada vez, sai da cama e caminha até o banheiro, o caminho é curto, mas parece que estava andando uma estrada infinita, sua mente, seu corpo está pesado, está cansado, caminha até a porta e a tranca e depois volta a andar em direção ao banheiro

Entra no banheiro gelado, parando em frente ao espelho, se olha e respira profundamente, com intensidade enxerga suas olheiras, o rosto e o corpo mais magro e pálido, não conseguiu dormir, por mais uma noite. Com tamanha profundidade, tenta enxergar suas raízes e ganhar a força que dizem que ele tem.

Finn aperta seus lábios com força e começa a chorar, encara seu reflexo no espelho e o Finn que eu não via a tempos ressurge, fazendo o cacheado o encarar com ódio

-Você é um inútil Finn, um fraco, achou que iria mesmo ser feliz? Achou que poderia conquistar a alegria? Você se enganou Finn Wolfhard, você é uma vergonha para todos nós – a voz grave falando em seu ouvido o faz sentir-me fraco e enjoado, um frio percorre em seu corpo e uma tremedeira em suas mãos e pernas começam a se intensificar

-E-eu, não sou isso! Eu não sou uma vergonha! – fala tentando acreditar em suas próprias palavras, mas não conseguia

-Não Finn, você está se autoenganando, sabes que és tudo o que falei. Estou com você desde sua infância Finn, com você desde sempre. Mas você quis me esconder e conseguiu, me escondeu de sua vida durante dias e dias, mas eu consegui criar forças, e eu não deixarei com que eu morra com a luz que está começando a te dominar

Coloca suas mãos com firmeza na borda da pia ao sentir seu corpo enfraquecer, o mármore gelado e o chão tão frio quanto a pia o arrepiam, se encara e sinte apenas duas coisas, ódio e tristeza. Suspira fortemente, está sozinho, e cansado, sozinho e cansado de tudo.

-Você quer desistir Wolfhard? – uma sombra negra se coloca atrás de si, encara a sombra imobilizado, sem saber o que falar ou como reagir fala a primeira coisa que vem em sua mente

-Quem é você? – pergunta e seu outro Finn some dando lugar a sombra que cresce em suas costas

-A morte – a voz grave fala e ele suspira

-Veio me levar? – sua voz sai fria e embargada

-Ah Finn.....tenho andado ao seu lado há muito tempo...

O cacheado sente um peso sobre seu corpo, respira fundo, ele queria desistir… Ele estava tão cansado de tentar, de tentar e não sair do lugar, de tentar e sempre cair. Estava cansado de tentar ser quem não era, de tentar continuar fazendo algo que não era pra si…”eu tentei, eu juro que tentei ser feliz, juro que tentei viver, e consegui, mas porque estou sentindo que viver não é pra mim? Você entende? Consegue ver o erro que sou?  Eu estou cansado, está doendo tanto, merda” falava enquanto sentia o gosto salgado das lágrimas em sua boca

-Finn....eu posso lhe levar...- abre os olhos, e sem consciência de seus atos, abre o armário, retirando uma caixinha de lâminas

-Vai doer? – pergunta

-Sua dor vai passar com essa atitude meu jovem...

Confirma com a cabeça, e estende seu braço na pia, retira uma lâmina e então mira a parte afiada em seu pulso, abrindo em seguida, um fino e belo corte...

Enquanto isso na casa lado, Millie estava inquieta, havia acordado mais cedo que o normal e desde então a angustia e o desespero tomavam conta de si, pensou em Jacob, mas ele está preso, em seus amigos, ligou para todos e todos lhe disseram estarem bem, sua mãe havia ido trabalhar e quando lhe ligou recebeu um ralho por estar atrapalhando seu serviço

Só havia uma pessoa que não falou esta manhã e era o único em que toda vez que pensava seu coração se apertava. Eles se resolveram ontem, o que poderia haver de errado? Uma constante voz bombardeava sua mente para ir vê-lo, mas será que ele queria lhe ver?

Sentada olhando fixamente para a tv, nem estava assistindo o que está passando, mas sabe que é algo que não vai mudar a sua vida. Inerte em pensamentos, se levanta e suspira, estava começando a ficar irritada, pega seu celular e envia várias mensagens à Finn, o liga mas ele não atende, seu coração começa a apertar-se e o pânico começava a tomar conta de seu corpo

-Me atende por favor – pede ao liga-lo pela sexta vez e ele não atender – fodase, eu vou lá – coloca seu celular no bolso, apanha as chaves e então abre a porta rapidamente, corre até o portão o abrindo

-Win! – diz ao ver a mulher dentro do seu carro já na rua, ela a olha e sorri

-Oi Mills, quanto tempo, vai ver Finn? – pergunta calma, mas mesmo assim a angústia ainda a domina, faz uma cara de tranquila mesmo não estando

-Sim, ele está aí?

-Claro meu amor, vai vê-lo, ele não amanheceu muito bem...-  confirma

-Okay Win, te amo e tchau

Win antes lhe entrega as chaves e ela corre rapidamente até a porta, abrindo-a, grita pelo nome de Finn, mas não obtém resposta, começo a se desesperar correndo entre os cômodos gritando por seu nome e não obter resposta alguma

-FINN? FIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINN! AMOR, CADÊ VOCÊ?

Grita e nada, desiste do andar debaixo mas sente meu corpo ser empurrado quando tenta subir a escada, fazendo-a cair da escada, ela geme de dor e com dificuldade se levanta, tenta correr novamente pela escada e então ver uma sombra, um vulto passar por ela, fazendo seu corpo estremecer, mas não tem medo

-EU QUERO O FINN! – Grita com toda a força em dentro de si e a sombra se transforma em uma espécie de pessoa, ele parece um monstro, alto, forte e seu corpo é cinza, cheio de cicatrizes, um forte vento frio começa a passar em sua nuca, como se alguém estivesse soprando, coloca a mão no local e repreende pelo sangue de Jesus tem poder, olha para o espectro diretamente nos olhos, seus olhos extremamente vermelhos que a encaram com fúria

-NÃO! – O espectro urge com força e Millie sente seu corpo voar e logo ser lançado ao chão

-EU NÃO TENHO MEDO! – Grita ainda deitada e o espírito começa a rir

Antes de Finn vir pra cá, Millie passava tardes e tardes tomando chá e conversando com Winona, sobre tudo, vida, comida, existência, e ela lhe revelou uma vez, que quando queremos expulsar um espírito temos que dizer “vai embora” mas não um “vai embora” qualquer, tem que haver confiança, convicção, firmeza e o principal, coragem.

Seu corpo, sua mente, lhe dão sinais de algo que está acontecendo e não é algo bom, começa a suar frio, se levanta com dificuldade, sua nuca, suas costas e seu corpo doem por conta das quedas, mas isso não a impediria de continuar

Já de pé, aperta suas mãos e caminha em passos rápidos, ela precisa ser ágil e rápida, encara o espectro em sua frente com repudia e sorrir

-Vai embora! – diz e espectro ri – EU DISSE VAI EMBORA! VAI EMBORA! VAI EMBORA! – Começa a gritar repetidas vezes enquanto se aproxima, vai repetindo cada vez mais forte e o espectro que antes ria começa a lhe olhar com temor

-NÃO!

-VAI EMBORA AGORA! VAI EMBORA AGOOOOOOOOOOOOOOORAAAAAA! – Grita ao ponto de sentir sua garganta arder e seus olhos lagrimarem e um forte vento começa a passar por toda a casa, fazendo quadros caírem e vasos se quebrarem, fecha seus olhos e cai de joelhos no chão com as mãos no ouvido

Sente seu corpo balança e então, um silêncio e uma paz, um silêncio intenso que lhe permite ouvir passos de alguém que caminha pela rua. Levanta sua cabeça e analisa ao redor, observando a casa calma, se levanto e começa a correr, dessa vez sem impedimentos

Chega em seu quarto e ao girar a maçaneta se depara com a porta trancada, bate uma, duas, três, quatro vezes e nada, grita quem é e recebe um silêncio como resposta, suspira e decide utilizar sua força, começa a chutar a porta no meio e quando abre um buraco na madeira mete seu braço e por sorte sente a chave na maçaneta, a gira e a porta se abre

Ela não estava com medo, ela não estava apavorada, ela se sentia forte, mas o aperto em sua alma e a angustia em seu coração, guiavam-se ao quarto de Finn, implorando para o encontrar dormindo tranquilamente em sua cama macia e confortável

Mas não foi isso que ela encontrou ao arrombar sua porta que estava trancada, ela não encontrou Finn dormindo, ela não encontrou ele escrevendo ou com o violão no colo tocando alguma música indie que ela desconhece, ela não o encontrou olhando o sol, eu não o encontrou, esse foi seu maior desespero, não o encontrar

-Finn? – olha para o banheiro e seus olhos começam a marejar com a possibilidade de ver algo que não ousa falar em voz alta

Sua cabeça começava a doer, se aproximava e só então o medo começou a dominar seu corpo, a luz estava acesa, a porta estava com uma brecha que indicava que estava aberta, e ela só escutava um zumbido em seu ouvido, indicando o temeroso silêncio que as roda, em passos cautelosos vai se aproximando, pode escutar os batimentos do seu coração e o suor nascer em suas mãos

Devagarzinho empurra a porta com cautela, encontrando a pior das cenas, naquela manhã de sábado, seu mundo parou, sua vida acabou, e seu coração, parou de bater por um minuto. Ela encontrou Finn, com os pulsos cortados, jogado ao chão, com sangue escorrendo em seus dedos e mãos...

 

Pov. Millie

Ofegante, com o coração acelerado, suada e totalmente nervosa abro meus olhos me sentando num sobressalto na cama, suspiro aliviada ao escutar um ronco baixo de Finn que dorme tranquilamente em meu lado, o encaro e sorrio, foi só um pesadelo, um pesadelo que quase me mata enquanto durmo, mas um pesadelo que por mais que fosse criado em minha mente, eu podia sentir a dor

Olho para o relógio vendo que são 12:16, suspiro e limpo as lágrimas que escorreram dos meus olhos, volto a me deitar e encaro Finn, sereno, dormindo tranquilamente em meu lado. Ontem pedi para dormisse comigo, estava sentindo falta de dormir agarrada em meu branquelo e claro ele aceitou

Observo os cachos caindo em sua testa e fecho meus olhos tentando engolir o choro de lembrar de Finn com os pulsos cortados, sozinho, em meio em seu próprio sangue, nega com sua cabeça e o abraça, não ligando se o acordaria ou não, precisava sentir seu coração batendo, precisava sentir o calor de seu corpo, precisava sentir e ouvir sua risada abafada

-Amor...tão cedo – Finn murmura e eu com a voz abafada rio, o que faz fez Finn perceber uma diferença em meu tom de voz e acordar rapidamente – Millie, está tudo bem? – me pergunta e eu não consegue responder, ao invés disso escalo em seu corpo, me deitando nele como uma macaquinha, sinto suas pernas envolverem meu corpo e afundo minha cabeça em seu pescoço longo e começo a chorar baixinho, fazendo o cacheado ficar confuso – ei, amor, calma, eu estou aqui tudo bem? Foi só um pesadelo, calma, calma...- ele beija meu ombro enquanto massageia as minhas costas

-Foi horrível – falo abafado e ele suspira – horrível, horrível, horrível – o abraço com mais força e Finn se senta comigo em seu colo

-Eu sei que foi, mas já passou, eu tô aqui contigo meu amor, tô aqui e sempre estarei – sua voz rouca em meu ouvido e seu abraço forte e calorento me acalmam, suspiro – ei, deixa eu olhar pra você – retiro minha cabeça de seu pescoço e o olho, ainda estou com os braços em seu pescoço. Finn olha dentro dos meus olhos e com suas mãos, retira-as de minhas costas e afasta minhas pernas, colocando uma de cada lado de sua cintura, uno meus pés por trás de suas costas, como se não quisesse que ele saísse, e de fato não queria – quer me contar como foi?

-Não – digo olhando para seu peito e ele abaixa sua cabeça para olhar em meus olhos, o que me faz rir

-Certo...amor, eu não sei o que você sonhou, mas saiba que pode contar comigo okay? Eu estou aqui, pra cuidar de ti e dessa sua cabecinha, eu te amo viu, amo demais minha pequena – ele volta a passar os braços em meu corpo, me puxando mais pra si, colando nossos corpos

-Eu te amo – digo e suspiro, ele me olha e sorri – amo, amo, amo, amo muito Finn, nunca se esqueça por favor, eu tô aqui pra você também – olho em seus olhos e vejo Finn abrir um sorriso imenso, voltando a me abraçar com força

-Quero acordar todas as manhãs assim, será que é pedir demais? – fala e ri, acabo rindo também – vai sair com Louis hoje? – pergunta e eu nego com a cabeça e vejo um brilho nascer em seus olhos – vai ficar comigo? – confirmo e ele sorri beijando todo o meu rosto

-Vou ficar com meu momolado – digo fazendo uma voz manhosa e ele ri

-Não me acostume mal amor – abro a boca e ele ri

-Não quero que me chame de amor assim do nada – digo e ele ri unindo suas sobrancelhas

-Quer que eu lhe chame de quê? – penso enquanto sinto seu olhar sobre mim, e suas mãos apertarem levemente minha cintura

-Pequena para os dias comuns – digo e ele ri – meu bem ou vida, toda vez que me ver chorar, minha rainha celestial ao acordar, Brown quando você estiver triste ou irritado, e só me chame de amor, quando você estiver imensamente, intensamente, profundamente e infinitamente feliz – sorrio e ele me olha, colocando meu cabelo atrás da orelha, observo cada ato e tracinho seu, sua delicadeza ao tocar meu corpo com seus dedos longos

-Amor – ele beija meu pescoço – amor – beija minha bochecha esquerda – meu amor – beija minha bochecha direita enquanto eu sorrio – amor – beija minha testa – meu grande e único amor – segura meu rosto – você salvou minha vida Millie, com tua amizade, com teu amor, tua alegria. Talvez você não tenha consciência, mas teu cheiro, teus beijos, teu abraço e colo, tuas palavras e compreensão, me salvaram nos meus piores dias, sinto meus olhos arderem e solto um suspiro, tocando em seu rosto também – você me ajudou a não desistir, e muitas vezes, sem saber amor, você me deu forçar para continuar, somente por ser você. Teu amor me salvou, eu vivia triste, e você apareceu, e me tornou a pessoa mais feliz – fala e eu sorrio - então por favor, nunca mais me deixe sentir a dor de ficar longe de ti, sendo que você me faz tão bem

Finn me encanta, me encanta de um jeito que ninguém nunca me encantou. Seguro seu pescoço e uno nossas bocas com delicadeza e profundidade, beijo-o sentindo a eletricidade em minha espinha e as borboletas em meu estomago nascerem, sensações que sempre tenho ao beijar Finn

Peço passagem com a língua, e claro, ele não hesita em me dar espaço, sinto seu hálito, e sua língua quente na minha, um beijo que começou calmo e agora está intenso, nossos beijos sempre são intensos e agora, posso matar toda a saudade que senti do meu magrelo.

Eu estava com muita saudade dele, saudade do seu cheiro, do seu beijo, do seu corpo, do seu abraço. Apenas pequenas saudades, da sua voz, do seu olhar e até do seu jeito de andar, do seu toque que me faz arrepiar, são apenas pequenas coisas que me fazem lembrar o porque de o amar tanto

Finn adentra seus dedos em meu cabelo, e solta minha boca com uma mordida em meu beiço lentamente, começa a fazer uma trilha de beijos quentes e molhados em meu pescoço, e com rapidez gira nossos corpos, fazendo minhas costas baterem no colchão macio e sentir seu corpo sobre o meu

Lentamente ele com sua mão livre entra por dentro de minha camisa, fazendo-me arfar ao sentir sua mão rastejar em minha pele quente e arrepiada. Suspiro, sentindo seus lábios criarem marcas em meu pescoço, me perco em seu cheiro e arrepio-me em seus toques, arfo ao sentir suas mãos se aproximarem de meus seios e fecho meus olhos apenas aproveitando a sensação de tesão invadir meu corpo

Puxo a cabeça de Finn, para que possa novamente unir nossas bocas, e abro-a entre o beijo, soltando um gemido baixo ao sentir o cacheado massagear um de meus seios, olho dentro de seus olhos que expressam desejo e brilho, ele sorri e retira sua mão de meu seio, beija meus lábios com força e então começa a descer em meu corpo, sinto minha umidade aumentar e o encaro, ele levanta minha camisa até meu pescoço e me manda fechar os olhos, assim faço

Sinto-o retirar meu short me deixando apenas de calcinha, que por sorte era uma de renda branca e nova. Mas sei que ainda faria mesmo se eu estivesse com uma calcinha de vovó, ele puxa a peça intima e um barulho de rasgo é ouvido, abro os olhos e vejo a peça rasgada ao chão

-Porra Finn! Vai comprar uma nova! – digo e ele sorri

-Pra quê se eu vou rasgar outra vez?

Fala e introduz um dedo em minha intimidade, me fazendo colocar as mãos na boca para não gemer alto

-Tão molhadinha

Deito minha cabeça no travesseiro e fecho meus olhos ao sentir Finn começar a fazer movimentos circulares lá em baixo, suspiro fortemente

-Você está tão gostosa meu amor, geme pra mim vai – pede e eu retiro a mão da boca gemendo seu nome não tão alto

-Ahhhhhr Finn....

Solto um arfar ao sentir que achou meu clitóris, com sua outra mão, Finn afasta minhas pernas, e introduz mais um dedo, e começa a fazer movimentos de vai e vem. Coloco as mãos em meus seios duros e o encaro, vendo que me olha com luxúria, desejo, tesão

Sem quebrar contato visual, Finn começa a gemer junto a mim, o que faz o prazer em meu corpo aumentar cada vez mais. Sinto minha lubrificação aumentar e Finn abre um sorriso malicioso, com facilidade ele retira seus dedos de mim e eu arregalo os olhos, o que o faz rir por conta do meu desespero

-Finn....- suspiro e ele me lança uma piscadela

-Calma....

Ele deita seu corpo e em um impulso coloco minhas pernas em seu ombro, Finn coloca suas mãos em minha cintura, puxando meu corpo, estava ansiosa pelo que viria, ele olha minhas partes intimas molhadas e lambe seus lábios

Lentamente ele começa a beijar minha barriga, trilhando beijos até meu ponto sensível, solto um gemido mais alto ao sentir sua língua longa rondar toda a minha vagina, Finn alterna entre fazer movimentos circulares e chupar meu ponto sensível

Extasiada pelo prazer, me contorço sobre sua boca, solto gemidos e reviro meus olhos com força, tento me separar mas Finn me puxa com força, voltando a me chupar

-Hmmm....Finn....aaaarrhh

Ele me chupa com força e quando estou perto de chegar em meu ápice, Finn retira sua língua, enterrando dois dedos em mim, com facilidade, os empurrando com força e rapidez. Ofegante, coloco as mãos no rosto e sinto minha barriga inchar avisando que meu orgasmo está perto

Finn retira seus dedos e eu o olho, vejo seu desespero e rapidez para abaixar sua calça, e ao conseguir, sorri revelando seu membro duro totalmente exposto, com rapidez ele abre mais minhas pernas e penetra seu pênis em mim, que como estou altamente lubrificada, faz com que seu pênis deslize facilmente

Wolfhard segura minhas coxas com força enquanto penetra, tento não gemer tão alto, apenas sentindo meus seios balançarem com força e os estalos de nossos corpos chocando-se, ele começa a gemer comigo e então, relaxo meu corpo ao sentir meu líquido escorrer

O cacheado permanece estocando por uns dois minutos e então chega em seu ápice, sorrindo e cansado, retira seu pênis de dentro de mim e se joga ao meu lado da cama, tentando manter a respiração controlada, o olho e no mesmo instante ele me olha também, rapidamente puxa meu pescoço iniciando mais um beijo profundo e gostoso

-Adorei essa forma de matar a saudade – digo após nos separarmos, deito-me sobre o peito de Finn, e começo a desenhar círculos invisíveis em sua pele com meus dedos – mas acho melhor irmos comprar anticoncepcional, não quer virar mamãe....ainda – digo e escuto sua risada abafada

-Sim, ainda temos muito o que aproveitar...e eu também adorei – fala e ri, ele começa a fazer cafuné em meu cabelo e eu permito-me o olhar – no que está pensando?

-Em como meu corpo pede o teu e eu não consigo dizer não ao teu toque – digo e ele sorri -quando você põe suas mãos em mim eu sinto que não pertenço mais à esse mundo, eu pertenço a você Finn, isso é tão estranho – digo e ele continua com o cafuné, enquanto me olha sereno, sei que gosta quando eu falo como ele me faz sentir e sei que é importante ele saber – e....basta um simples contato com tua pele para eu perder meu rumo – digo e rimos

-Eu sinto o mesmo – fala calmo e sorri - eu quero teus gemidos, tua perca de fôlego, teu êxtase Millie, quero teu suor misturado ao meu, teu corpo sobre mim e teus beijos mais quentes pois eu simplesmente não consigo resistir a você, nem meu corpo e muito menos meu coração.

Eu não precisava de muito, apenas a certeza que ele estava ali comigo, pois era apenas fechar meus olhos e respirar fundo que o seu perfume invadia o ambiente e meus lábios sentiam o toque suave do seu beijo...

 

Pov. Finn

As horas me odiavam, elas parecem tão curtas quando estou com Millie e tão longas quando estou longe do seu afago. Queria poder parar o tempo, somente para aproveitar cada momento e prolongar seus abraços e beijos.

Já são 13:35 e Millie me arrastou para seu parque escondido e por sorte não me forçou a subir na roda gigante admitindo estar com preguiça demais, então apenas trouxemos uma enorme toalha e algumas guloseimas para comermos aqui

-Vai Millie, é só engolir, você já colocou coisa mais grossa nessa garganta – digo lhe entregando o anticoncepcional que comprei em uma farmácia aqui perto, e uma garrafinha de água – no três vai, um....dois...três – finalizo a contagem regressiva e ela engole a pílula e bebe metade da água da garrafinha, fazendo uma careta engraçada logo em seguida

-Ai, coisa ruim – fala bebendo o resto da água – deviam fabricar um anticoncepcional em spray, só espirra na garganta e pronto, livre de filhos – diz e eu rio pela imaginação da garota.

Millie se deita olhando o céu, enquanto eu encaro as árvores que nos rodeiam, o clima estava gostoso e fresco, nem tão quente e nem tão frio, olho para uma árvore e para uma faca que trouxemos para cortar as frutas, a pego e cutuco Millie com meu dedo, que até então estava de olhos fechados

-Vem cá – digo e me levanto

-O que foi? – pergunta estendendo seu braço e eu a puxo pela mão

-Vamos fazer uma coisa – digo e pego sua mão caminhando até a árvore – quero fazer....

-Quer fazer as iniciais do nosso nome na árvore, igual aos filmes de romance clichê? – me interrompe e eu sorrio confirmando – ai meu Deus eu amei, tá, vamos fazer isso – fala e eu rio

-Para mostrar que eu sou teu – digo enquanto faço um “F” na madeira e depois um sinal de “+” ela sorri quando eu termino e passa os dedinhos por cima da letra, lhe entrego a faca e ela faz o mesmo que eu, desenha um “M” e um coração envolta

-Para mostrar que eu sou tua – termina e sorrimos – quem passar por aqui, se alguém passar por aqui – ela ri – vai ver isso

-Vai ficar aí pra sempre – falo e ela sorri confirmando. Millie caminha até a roda gigante e desenha nossas iniciais no ferro, igual na árvore e retira um colar seu, o prendendo onde escreveu, ela suspira e sorri

Voltamos para a toalha e nos sentamos, Millie coloca seus braços para trás, apoiando o peso de seu corpo, enquanto eu preparo algo para comermos

-Finn?

-Oi amor – digo por estou extremamente feliz e ela sorri por saber disso

-O que é o “amor”? – pergunta me encarando e eu lhe entrego um sanduiche de pasta de amendoim, penso e a olho

-Um sentimento difícil de se explicar, ou então algo até mesmo inexplicável. Pode ser bom, pode ser ruim, depende…Se você faz de tudo pela pessoa, mata e morre por ela e ela faz o mesmo por você “um amor correspondido” é ótimo, perfeito. Se você a ama, mata e morre por ela, capaz de largar o mundo para segurar nas mãos dela e ela não faz o mesmo por você “um amor não correspondido” é péssimo. Mas para mim, amor é quando você para de viver para si mesmo e passa a viver a favor de quem você ama – digo e ela apenas confirma com a cabeça – amar Millie, amor, é um sentimento avassalador, capaz de te juntar e te fazer inteiro entende? Amor é se sentir especial, e fazer também alguém se sentir assim. Amor é tudo aquilo que por definição, não tem explicação em si, apesar de se traduzir em olhares, em toques sutis, caricias. Amor dar uma cor, um sentido a vida, faz com que queiramos ser bons, melhores. Amor não tem uma definição exata, pois cada um sabe o amor que sente – observo a morena confirmar enquanto morde seu sanduíche – por que a pergunta? – lhe entrego sua garrafinha com suco de laranja – e pra você? O que é o amor?

-Idiotices cafonas – fala e eu reviro meus olhos – mas idiotices cafonas fofas – ela ri e eu sorrio negando com a cabeça

-Acredita nele, né?

-Acredito – fala sem hesitar – caso contrário não diria que o amo, me entregaria de corpo e alma e teria feito tudo o que fiz – concordo e ela ri – pensou que eu não acreditava? Depois de tudo? – a olho e ela ri – meu bem, relaxa, acredito nele e amo você

-Isso é bom – digo e escuto um avião passar – olha Mills, aqueles aviões com fumaça – digo notando os dois riscos desenhados no céu e ela sorri

-Não é fumaça Finnie – a olho – e sim uma condensação do vapor de água – reviro os olhos a fazendo rir mais – aprende com a mamãe aqui

-Sua inteligência é admirável, mas irritante – ela ri mais ainda e eu rio fraco

-Você também é inteligente vai, eu lembro que quando chegou aqui, qualquer perguntinha do professor você respondia na hora – fala e eu sorrio – Einstein

-Se eu sou Einstein, você é Newton, Galileu e Hawkings ao mesmo tempo – digo e ela ri

-Exagero seu, somos inteligentes, claro que você não é tanto como eu, mas um dia chega no mesmo nível – exibe-se e eu abro a boca, pego a pasta de amendoim e passo em seu rosto, causando uma gargalhada em mim, e uma indignação nela – ah seu filho da puta – fala enquanto eu gargalho, ela pega um pouco da geleia de banana e sem que eu perceba lança em meu rosto, lambuzando não só meu rosto, como meu cabelo

-Ah é guerra? – ela se levanta rindo e eu pego uma torta pequena cheia de creme

-NÃO! – grita rindo com as mãos na frente do corpo e eu rio alto

-SIM – Jogo a torta em seu rosto, lançando sorrateiramente bem no meio, fazendo a morena dar um passo pra trás e ficar com a cara toda branca

-Filho da mãe! – começo a rir e ela pega o suco jogando em minha cabeça – toma tua merenda viado

-Pega o teu sua poc ridícula – jogo o meu corpo de suco e ela começa a rir

-Me erra, sou um mero alecrim dourado que foi plantado sem ser semeado

Uma guerra de comidas se inicia e não comemos quase nada que levamos, apenas jogamos um no outro, restando somente uvas e maças, ela pega um cachinho de uva, come umas três e começa a tacar as bolinhas em mim, que por incrível que pareça, doem

-Caralho a gente estragou comida – fala e começa a rir – somos dois retardados, sem condições – fala e come as uvas que sobraram de seu cacho, rio observando a morena toda lambuzada e rio mais ainda ao me ver na mesma situação

-Acho que irá chover – digo olhando a mudança do céu de azul à cinza e ela suspira

-Vamos tomar banho na chuva!

-Ideia tentadora, mas não, não quero que adoeça, melhor irmos embora

-Não vou adoecer e se adoecer você cuida de mim – fala manhosa e eu sorrio

-E sentir seu cheiro de vômito a quilômetros de distância? Dispenso – ela abre a boca e eu rio – por Deus, fiquei com aquele cheiro na mente por dias

-Já te mandaram ir se foder hoje?

-Não

-Vai se fuder

Começo a rir e a morena caminha até a toalha, mas acaba escorregando e caindo de bunda no chão, uma crise de riso toma conta do meu corpo e ao olhar Millie percebo que ri da mesma forma

-Táquepariu cê viu essa queda? HAHAHAHAHAHAHAHA – ela coloca a mão na barriga e limpa uma lágrima – meu Deus devia ter gravado – ainda rindo, ela cessa e me encara séria – para Finn, me ajuda – ela estende os braços e eu rindo tento a ajudar, mas a cena dela escorregando vinha em minha mente

-Desculpa amor, deixa eu te......hahahahahahaha – ajudo ela a se levantar e ela me bate com força no ombro – ai porra! Doeu

-Ótimo, agora vê se minha bunda tá suja e limpa – olho para sua bunda e percebo uma manchinha escura no meio

-Ér...Mills?

-Oi?

-Mor, sua menstruação está próxima? – pergunto mais sério e ela me olha com os olhos arregalados

-Puta que pariu, menstruei?

-Acho que sim

-Como assim acha que sim, está sujo?

-Tem uma manchinha, quer que eu tire foto?

-Tá maluco, bora pra casa, que ódio – fala meio irritada e me espera enquanto eu recolho tudo rapidamente

No caminho de volta, passo em uma farmácia e compro absorventes para ela, que se troca lá mesmo enquanto eu espero, lhe entrego meu moletom para enrolar em sua cintura e ela sorri agradecida

Espero Millie que está no banheiro enquanto leio algumas revistas de famosos, e escuto uma voz me chamar, me viro, encontrando Lisa, parada me olhando com uma cesta cheia de doces e salgadinhos nas mãos. Ela se aproxima e sorri

-Não esperava te encontrar por aqui Wolfhard, veio comprar isso? – pergunta e ri, nego e reviro levemente meus olhos

-Eu que não esperava te ver por aqui, não mora no outro lado da cidade?

-Moro, mas minhas amigas não – suspira – vim comprar isto – levanta a cesta e eu rio fraco

-Festa do pijama?

-Noite das meninas mesmo – ri – como vai os preparativos do baile?

-Ah – coço minha nuca devolvendo a revista ao seu lugar – bem, Sadie está preparando tudo com Louis e Millie

-Louis e Millie?

-Sim ué

-Então foi por isso que estavam naquela loja de artigos antigos de decoração...- fala mais como um pensamento

-Como?

-Eu os vi um dia desses, comprando algo

-Era pro baile – digo e olho para o banheiro esperando que Millie saia e bata nessa menina

-Abre seus olhos Finn – fala e eu a encaro confuso – eles estavam muito...íntimos quando os vi – fala e a irritação começava a subir em meu corpo

-Eles são amigos Lisa, que caralhos – digo e começo a caminhar, mas a garota vem em meu lado

-Amigos é....sei

-O que está insinuando? – pergunto alterado e ela ri

-Calma aí, não estou insinuando nada, só estou falando pra você ficar de olho. Eles estavam muito grudadinhos e risonhos um para o outro

-Lisa, você já pensou em parar de ser mexeriqueira, fofoqueira e parar de se meter na vida dos outros? – pergunto e ela pisca várias vezes – Louis e Millie são amigos, sabe o que é isso? Vai cuidar da sua vida e para de se meter nas dos outros e querer causar intrigas – digo e a menina me encara, nada sai de sua boca e eu agradeço

-Amor? – escuto a voz doce de Millie e suspiro aliviado me aproximando da morena – algum problema por aqui? – pergunta e olha para Lisa – oi Lisa

-Olá Millie – responde seca e eu nego com a cabeça

-Nada, só gente fazendo o que não deve – respondo – vamos? Quer alguma coisa?

-Não – ela ri – não quero – Millie entrelaça nossos dedos – tchau Lisa, bom te ver – a morena fala docemente e eu encaro Lisa que me olha com raiva

-Bom te ver também Millie, tchau pra vocês – a menina fala e Millie me puxa para sairmos do estabelecimento

Entramos no carro e eu não digo uma palavra, mas sinto o olhar curioso da minha namorada e suspiro

-Lisa...ela viu você e o Louis na loja de decoração um dia desses – digo enquanto ligo o carro e vou para a rua

-E daí? – pergunta calma – não estávamos fazendo nada demais – fala olhando seu celular

-Ela disse que estavam íntimos e risonhos demais um com o outro – escuto seu suspiro e ela bloqueia o celular o jogando nas pernas

-E aí? Vai ficar com raiva por causa do que ouviu? Sendo que eu, sua namorada já esclareci que somos amigos mais de trocentas vezes?

-Não....Mills não, desculpe – digo e ela suspira

-Só queria que tivesse mais segurança em si, confiança em mim

-Eu confio em você

-Não é o que parece Finnie!

-Entenda amor, não é falta de confiança em você, é insegurança em mim, porque eu sei eu pode encontrar alguém melhor do que eu

-Nunca, nunca diga isso, nunca mais Finn – a vejo limpar uma lágrima que escorreu – você é tudo pra mim, perfeito pra mim, em todos os sentidos, e ninguém, jamais irá ser melhor que você – fala e eu a olho quando paro o carro no sinal vermelho

-Mills

-Não Finn, é sério okay! Você é a pessoa mais importante da minha vida, e isso me deixa mais vulnerável do que imagina, posso não demonstrar muito, não ter ciúmes e tudo isso, mas você é

-Eu tenho medo Millie! Medo de te perder para outro, medo de tudo! Porque eu a amo demais, porque eu não sei como reagiria na sua falta! O que eu sinto por você é verdadeiro, intendo demais, e eu posso não saber lidar com a dose certa dessa intensidade, me desculpe por isso, mas eu sou assim, eu tenho meus medos

-E você acha que eu não tenho? – me pergunta me olhando no fundo dos olhos – eu não sou tão confiante quanto pareço Finn, sou insegura tanto quanto você. Porque já fui despedaçada e sei como é pisarem no seu coração, sei qual é a dor, e a sensação! Eu Finn, te amo, demais, demais, demais – fala olhando para a frente, mas sei que está chorando

-Brown – digo e ela suspira – me perdoa? – ela me olha e eu suspiro ao ver seus olhos vermelhos, peço novamente e ela segura minha mão com força

-Eu sempre te perdoo Finnie – ela sorri e me beija rapidamente – amo você, então confia que eu nunca te trocarei por ninguém, por favor – junta nossas testas e eu seco suas lágrimas com meus dedos, puxo seu queixo, lhe dando outro beijo e escutamos buzinas indicando que o sinal abriu

Millie liga o rádio que toca a música Genius da Sia, ela sorri e eu nego com a cabeça

-You’ll be my Einstein, my Newton, my Galileo, and my Hawkings. Boy, put that pep in my step, Put your arm around my neck while I’m walking, Please understand, Yeah, I have fallen for you

(Você será meu Einstein, meu Newton, meu Galileu e meu Hawkings, garoto, coloque essa energia no meu passo, coloque seu braço em volta do meu pescoço enquanto estou andando, por favor, entenda, Sim, eu me apaixonei por você)

Fomos catando o caminho inteiro, rimos de coisas engraçadas e sem sentido, gritamos para as pessoas na rua e Millie começou a gritar como as pessoas eram lindas e quando elas escutavam sorriam ou riam

Chegamos em casa e eu vou para a sua, Millie toma um banho, enquanto eu preparo um chá de camomila, separo seu remédio para cólica e uma bolsa de água morna, minha tia sempre colocava uma em sua barriga quando estava assim então acho que pode servir. Pego tudo e subo para seu quarto, a encontrando encolhida e deitadinha na cama, me aproximo e vejo que está de olhos fechados

-Amor – ela abre os olhos lentamente e ao ver que sou eu sorri, a ajudo a se sentar

-Finn eu não tô doente! Que saco – fala meio irritada, desde que chegamos não a deixo fazer nada

-Desculpa se eu SÓ QUERO CUIDAR DO MEU AMOR! - digo lhe entregando o remédio e um copo de água e ela ri

-Vai acabar me acostumando mal – rio fraco e espero ela tomar o remédio e só então lhe entrego o chá, me sento perto dela com a bolsa de água morna em um pano

-Finn, você não ficou com nojinho?

-Ué? Nojinho de quê? – pergunto totalmente confuso, ela me faz uma cara óbvia e eu pego o raciocínio, e rio nasalmente – ah sobre isso? – lembro da manchinha e ela bufa – claro que não pequena, por que eu teria?

-Ah sei lá...é sangue

-E? – ela olha para o chá – Amor entenda, isso é uma coisa natural de todas as mulheres, indica que seu corpo está totalmente saudável, então eu fico feliz que você menstrue e jamais irei ter nojinho de você – ela sorri e me olha – está com dor? – pergunto e ela confirma com a cabeça tomando seu chá

-Você é um amor – fala e aperta minha bochecha – o que eu seria sem você?

-A mesma maravilhosa e esplendida mulher de sempre, só que sem eu pra lhe lembrar disso todos os dias – ela ri e faz uma careta de dor e eu rio

-Odeio ser mulher

-Eu amo que seja mulher – ela ri e nega com a cabeça

Espero ela terminar seu chá e a peço para que deite, coloco a bolsa de água morna no local onde ela fiz que está doendo.

 

-Fica de conchinha comigo? – me pergunta e eu sorrio confirmando com a cabeça

Me deito de conchinha com ela, sendo ela, a conchinha menor, faço carinho em seu cabelo úmido e percebo que aos poucos ela dorme, beijo seu pescoço quentinho e sorrio, pego a bolsa de água e a coloco em uma toalha sobre a cômoda, fecho meus olhos, e sentindo seu corpo unido ao meu, pego no sono também...

 

Pov. Louis

Eu estava mais perdido que filho de prostituta em dia dos pais, olhava para cada item de decoração e não sabia qual escolher, não tinha a mesma simetria e a escolha correta de cores quanto Millie tem na hora de escolher, então fiz a primeira coisa que me veio em mente, liguei para Iris e agora estou vendo a dona dos cabelos rosas caminhando sorridente com seu vestido azul frouxo em minha direção, ela se aproxima e me abraça, permitindo-me apreciar o seu cheiro

-Perdido? – pergunta olhando os itens que peguei, todos de cores fortes e destoantes, ela ri e nega com a cabeça – primeiro, antiguidades certo? – confirmo – então acho que amarelo neon e verde não combinam muito – ela ri, retirando as peças do carrinho – Millie não quis vir hoje? – pergunta caminhando e eu vou atrás, não processava outra resposta, sempre falava sim ou não, tudo isso pois estava ocupado demais admirando sua beleza

-Não – ela me olha e sorri, nego com a cabeça confuso e ela começa a rir fraco – Mills, ela, ela foi tirar um dia com o Finn – rio nervoso e ela confirma

-Certíssima, olha isso aqui, um jogo de luz, vocês já tem um? – nego – agora vai ter – rimos enquanto ela coloca a caixa no carrinho

-Estava ocupada quanto te liguei?

-Não, estava arrumando minha estante de livros, mas comecei a ficar com preguiça e como você me ligou, preferi vir ficar aqui com você do que arrumar livros empoeirados

-Não sabia que gostava de ler

-Bem, tem muitas coisas que não sabe de mim

-É, o que?

-Deixa isso no mistério – ela ri e eu sorrio

Mostro fotos do que já temos para a garota, que escolhe novos itens de acordo com a paleta de cores que Millie selecionou. Conversamos sobre tudo, desde comida até o porquê de sentirmos fome. Com as sacolas em mãos, ela me ajuda a guardar as comprar, entramos em meu carro e eu convido Iris para ir em minha casa, mas a menina nega, conversamos mais um pouco durante o percurso e então a deixo em sua casa vulgo mansão

-Louis, posso te fazer uma pergunta?

-Claro

-Você gosta de mim? – pergunta receosa e direta e eu suspiro

-Iris vou ser sincero, acho que estou nutrindo sentimentos por você

-Para – fala rápido me encarando e eu a olho confuso

-Quê?

-Só para, para de fazer isso, não nutra sentimentos, não goste de mim em outro sentido, por favor

-Mas, mas por que? Eu pensei que...

-Você não pensou errado, eu gosto de você Louis e muito, mas não quero me envolver, com ninguém entende, eu quero um tempo sozinha, pra me redescobrir, me amar sabe, pensar e cuidar de mim mesma, esse é o único amor que eu quero agora, amor próprio – esclarece e eu suspiro, não sabendo o que responder

-Entendo... – é tudo o que digo e ela suspira

-Tudo o que posso te oferecer, é minha amizade, apenas....e obrigado por me entender, eu preciso de um tempinho, pra pensar direito

-Sim, eu sei

-Jacob foi preso, e....está acontecendo tanta coisa...

-Iris eu te entendo – sorrio fraco – e eu não vou me intrometer em seu espaço, agradeço por me contar, eu, eu só te desejo o melhor – fiz de conta que não doía, mas estava doendo, doendo muito, ela sorri e me abraça, sinto seu cheiro e suspiramos – você ainda irá encontrar alguém que te ame como merece – suspiro, poderia ser você né?

-Digo o mesmo

Ela beija minha bochecha e sai do carro, observo a de cabelos rosas passar pelo portão e espero entrar em sua residência e só então vou embora. Concluí uma coisa sobre o amor, ele não é pra mim e meu único destino nessa terra é ser o amigo e não um mozão de alguém....

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Até sábado que vem 💖

Cap.2/2


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