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História What You Mean To Me - Um pouco de romantismo no feno


Escrita por: Sixxwins

Notas do Autor


demorei o.o

Capítulo 29 - Um pouco de romantismo no feno


Fanfic / Fanfiction What You Mean To Me - Um pouco de romantismo no feno

 

 

- Ai, ai, ai, ai... – Justin gemia. – AI Ó!!! AI É O MEU OLHO! – Ele abriu os olhos e encarou Fletch que passava um algodão com álcool na testa dele. Eu estava logo atrás escorada em uma vassoura. No, não era para voar por aí não, se eu fosse bruxa tinha jogado um feitiço nesse Fletch miserinho. O problema e que eu estava com essa vassoura para aleijá-lo caso as mãos dele fossem para as partes intimas do Ken. – ESSA BOLA QUE TEM AQUI DENTRO... – Justin apontou para o olho esquerdo. – E UTILIZÁVEL PRA MIM PORRA! – Fletch olhou pra mim por cima do olho e eu o mandei tomar no cú por códigos.

- Eu estou tentando ser delicado. – Falou Fletch.

- Delicado é coisa de gay. – Falei, tentando dar sinais ao Justin da feminilidade do garoto, mais Justin e Burro com “b” de Bastante Burro e nem se tocou. Alguém sabe abrir uma cova?

- Desculpe se minha delicadeza lhe incomoda. – Fletch faltou voar na minha goela e me fazer beber aquele litro de álcool.

- Se fosse só a delicadeza a gente podia dar um jeito, né filho da puta?

- Carly, o garoto tá tentando ajudar. – PUTA QUE PARIU JUSTIN TÁ DEFENDENDO O GAY! MEREÇO NÃO SENHOR MEREÇO NÃO. VOCÊS MULHERES SÃO A PROVA VIVA DO SOFRIMENTO. JUSTIN NÃO TRÁS COMIDA PARA A CASA E VIVE BEBENDO NO BAR COM O RAIMUNDO E NEM SE TOCA COM OS TRIGÊMEOS QUE ESTÃO NO MEU ESTÔMAGO, DIGO, ÚTERO. VOU ME APOSENTAR DELE. Olha eu falando do futuro.

Tentando ajudar o cú, por falar em cú, ele quer se arrombado por ti” CADÊ CORAGEM PRA FALAR ISSO, CADÊ?!

- Está doendo? – Fletch doutor das almas arregaçadas.

- Não, hey, tire o dedo daí. Tá me acariciando? – Justin falou meio espantado, Fletch se afastou corado e eu apertei o cabo da vassoura.

- Tá legal, a putaria acabou! – Falei séria, que putaria Carly? – Eu termino de cuidar dele. – Justin arregalou os olhos.

- Lembra o que aconteceu com a fantasia do frango né? – Perguntou Justin ainda com os olhos arregalados.

- Vamos esquecer aquela paradinha lá, vamos? – Fletch me encarou, deu as costas e saiu, Justin não percebeu, mais eu percebi que a bicha louca rebolava parecendo um cachorro balançando o rabinho. – A testa tá doendo Justin? – Me ajoelhei em sua frente, tentando bancar uma de médica, ele me olhou sério.

- Eu achava que mulheres menstruadas eram estressadas, arrogantes e chatas e não carinhosas. – Disse ele.

- E eu achava que eu tinha menstruado. – Falei como se não quisesse dizer aquilo, Justin me empurrou ao se levantar e me olhou pasmo.

- Como assim?

- Como assim o quê? – Me levantei.

- O quê?

- Como assim?

- Como assim o quê?

- Hã?

- Estamos fazendo papel de dois idiotas! – Declarou ele.

- E o que somos não é?

- Respondendo sua outra pergunta...

- Qual pergunta? Por que eu fiz muitas.

- Sobre a minha testa. – Explicou entediado.

- Ah tá. Dói?

- Só quando eu ando. E sobre você dizer que não está menstruada... – Justin se atirou nos meus pés segurando minhas pernas desesperadamente. – FALA QUE É MENTIRA, FALA QUE É MENTIRA PELO SANTO! PELO AMOR AO PRÓXIMO, FALE!

- Tio Bil aqui tem algum telefone? – Perguntei quando vi o tio Bil entrando na sala com um treco amarelo na mão, suponho que seja uma espiga de milho.

- Querem fazer uma ligação?

- Não, que isso? Quero enfiar o telefone no meu...

- Tem um telefone, tio? – Perguntou Justin tentando ser o jovem inocente, tio Bil caminhou para a esquerda parou coçou a bunda, caminhou para a direita, encarou a espiga de milho em suas mãos. Olhou para o chão pensativo e balançava a cabeça como se estivesse entretido em alguma contagem regressiva.

- Ah, o telefone! – Falou ele, sorrindo.

- Isso, o telefone! – Falei na mesma alegria besta em que ele estava.

- Tá ali. – Ele apontou para um treco das antigas exposto em uma mesa no canto da sala. Eu e Justin nos entre olhamos e disparamos rumo ao telefone, ele estava na minha frente. Eu o puxei pelos cabelos e o ultrapassei, ele pegou alguma coisa em cima da mesinha e jogou nas minhas pernas, obrigando-me a cair e meter a boca no chão. Ele passou por mim lentamente e foi saltitante como um veado alegre até o telefone ao chegar lá fez um jogaço de cabelo esquecendo-se que seu cabelo não era grande e que não adiantava ele bancar uma de diva solitária. Justin fez uma discagem e enrolou o fio do telefone no dedo, depois desenrolou e colocou o telefone sobre o ouvido. Uma de suas mãos estava exposta na cintura, tio Bil olhou pra mim se perguntando “É bicha e não valoriza as bolas que tem”, falo nada.

- Alouça, quero dizer, aloro, não, não, ALÔ! – Homem de TPM é foda.

- Imagina se fumasse. – Comentei com tio Bil enquanto sentava no sofá como se fosse o sofá de minha casa, folgada eu né? Acho que eu levo aquela frase “sinta-se em casa” além da conta, mais eu tô nem ai.

- Mãe, como eu te amo. – Justin sorriu, e revirou os olhos como se alguém estive chupando o... OLHA O RETRATO DA AVÓ DO TIO BIL, ANTES DE CRISTO. – Estou com um probleminha... Não mãe! Não é outra cabra não! E que, a senhora se lembra do tio Bil? – Eu pude ouvir a gostosette chamar o Bil de “desgraçado estrupador de mulas” ou eu tô ouvindo coisas? – Ele tá separado da Maya, sabia mãe? – Acho que gostosette falou um “louvai ao pai”. – Então, tô na fazenda dele é... – A ligação caiu, mentira, Pattie desligou na cara dele. Justin olhou pra mim segurando o telefone com cara de vadias que vendem fiado.

- Liga outra vez. – Encorajei o rapaz. Ele voltou a discar os números da mãe e Bil foi sambando pra fora da sala.

- Oi mãe, a ligação caiu não foi? – Ele recebeu gritos cabulosos que eu ouvia daqui, mais eu não vou dizer que gritos eram esses porque o horário não permite. – Sou humano e rezo todos os dias antes de dormir mãe! E eu gostaria que, se a senhora tiver Deus no coração que... ME TIRASSE DAQUI! – Me levantei do sofá e peguei um cavalo de porcelana de cima da mesinha e encarei os olhos arrancados dele. Traumatizei. Devolvi-o antes que eu o quebrasse. – Mãe? Tá me chamando de burro? E obvio que eu sei o que é uma vaca, porco, bezerro, galinha... – Eu também sei, têm alguns desses em minha escola. – Quando poderá vim me tirar desse cú de lugar e me levar de volta pro meu ninho? – Justin arregalou os olhos com a suposta resposta. – Mãe... – Ele fez careta, Pattie gritava com ele e a ligação caiu de novo. Pattie desligou na cara dele de novo, Justin discou os números novamente com certa raiva e começou a bater pezinho no chão, ui gay. – MINHA MÃE! – Gritou ele quando ela atendeu. – A LIGAÇÃO CAIU, PORTANTO EU RETORNEI PORQUE SOU EDUCADO... – Justin fez biquinho. – Mãe me tira desse inferno? – Segundinhos depois ele sorriu feito bobo. – Então tá bom! – Ele desligou e fez um passinho do Michael Jackson com direito de pegar no amigo de baixo e tudo. Detector de Carly falhou. A burrice dele interrompeu a conexão do meu detector.

- Justin... – O chamei, ele dançava, jogando os braços para cima, rebolando, rodando, colocando as mãos no joelho, requebrando, e faltou descer até o chão e fazer quadradinho de 8. – Justin... – Me aproximei do maluco que agora parecia dançar a dança do quadrado, aquela dança besta que te faz pular que nem um retardado sem trazer futuro algum, apenas cansaço e necessidade excessiva de água gelada. – Justin...

- Yeah! – Ele gritou com uma mão esticada para cima e ouvimos barulho de aplausos. Virei à cabeça e dei de cara com o Fletch, gay albino do caralho.

- Perfeito, já pensou em entrar num concurso de dança?! – Perguntou o gay se aproximando lentamente após finalizar os aplausos.

- E você já pensou em entrar no concurso de vadias? E muito simples, e só você chegar lá fazer seu precinho e abrir as pernas, mais no seu caso não vai funcionar você abrir as pernas, é sim, abrir o c...

- Carly! – Justin me repreendeu. – Ele é homem! Macho não é? – Fletch fez carinha dengosa. – Machos como nós não abram as pernas. – Justin mexeu no topete e tentou imitar a voz do James Bond. – E por isso que somos chamados de... – Piscou. – Homens!

- Ele tá mais pra garinha cocota!

- Escuta aqui querida, eu sou o tipo de pessoa com quem você morre apenas com um olhar. Minha convivência te perturba...

- E a viadice também. – Completei.

- Ele não tem cara de veado. – Reparou Justin.

- Olha para as botas de borracha lilás, e fala de novo depois. Sem contar que as aparências enganam! – Falei brava.

- Oh, perdoe-me mais as minhas botas estavam velhas e eu tive que comprar outras, só tinham essas. Com essa cor!

- Próprias para bichas passivas como tu. – Falei sem vergonha na cara, Fletch me lançou um olhar condenado e rosnou. Justin encarou ele e em seguida á mim, nada disse, mais se dissesse algo, iria morrer.

- Cala a boca jaguatirica que eu sou bonito e mais apreciado que tu. – O seu “tu” foi pronunciado do mesmo modo que o meu “tu”.

- Ah, claro! As pessoas que te acham bonito só podem ter uma azeitona no lugar do cérebro. – Me preparei pra voar no pescoço dele. – ME SEGURA JUSTIN, SENÃO EU VOU DAR NELE, ME SEGURE, ME SEGURE... – Olhei para Justin parado ali feito um asno. – Por que não tá me segurando?

- Era pra segurar? – Ele perguntou feito bobo. Novidade? Not.

- Vem pra cima sua horrorosa!!! – Falou Fletch rebolando com os punhos sobre o rosto. – Dá sua primeira investida.

- Vou investir no dinheiro do teu caixão se não vazar das minhas vistas, e pra facilitar quero comprar um caixão redondo pra levá-lo rolando pro cemitério.

- Eu não sou gordo!

- Não precisa ser, ah, e jaguaritaca é tua avó!

 - Ó garoto, sua vozinha é uma jaguatirica, então você é o quê? – Perguntou Justin do meu lado.

- Uma putinha! – Sugeri. Fletch caminhou até mim com os olhos entre abertos, ele parecia uma cobra, se ele morder a língua ali ele alto se envenena e morre morto.

- Vamos finalizar essa batalha! – Disse ele.

- Eu nem soltei as granadas e nem descarreguei uma metralhadora na sua cara, como quer finalizar? – Perguntei intrigada.

- Uma corrida... – Me afastei já me alargando, massageando minhas canelas brancas e sorrindo com a vitória já ganha. Do tanto que eu corro dos ladrões já me acostumei com longas distâncias, eu já ganhei essa corrida de olhos fechados. – De cavalos... – Completou Fletch sorrindo, O QUE É CAVALO? Pera, eu sei o que é cavalo, e tal mais eu nunca montei em um, não que eu me lembre. – Topa?

- Que desgraça! – Disse Justin com a mão no rosto. – Grande desgraça! – Ele bufou. – Pior! Uma catástrofe!

- Cadê seu voto de confiança? – Perguntei á ele com a mão no peito. Justin me olhou sério.

- Vamos fazer algumas anotações... – Disse ele. – Como quer seu caixão? As flores você quer com cores diferentes? Ah, e quer que o Floide seja enterrado contigo? Oh, espere... Prefere um panda ou um gnomo? – Abri a boca pasma enquanto Fletch relinchava de uma forma silenciosa.

- Eu vou conseguir! – Falei firme.

- Morrer? Oh claro, você vai!

- Justin, cadê sua torcida?!

- Torcida são para os fracos, eu apenas digo boa sorte e foda-se se morrer, morreu!

- Nunca mais eu abro as pernas pra você! – Tive a audácia de falar em voz alta, para que a bicha Fletch escutasse.

- Carly, força, você vai ganhar, tenho certeza, você é boa nisso, ambos sabemos! Boa sorte! – Justin desgraçado.

- Vou preparar os cavalos. – Disse Fletch. – Se eu ganhar, você vai embora e ele fica. – E apontou pro Justin. – Se você ganhar deixo-os em paz.

- O que eu tenho haver com tudo isso? – Justin ficou espantado mais Fletch nem ligou ele já havia se retirado dali. – Como tira leite de vaca mesmo? Tenho que me adaptar com a vida na fazenda já que vou morar em uma até o resto da minha existência.

- Eu vou ganhar essa corrida. – Falei.

- Tá, seja o que Deus quiser!

- O que sua mãe disse no telefone que te deixou todo gayzado àquela hora?

- Ela falou que ia mandar alguém vim nos buscar amanhã, então GANHA ESSA PORRA DE CORRIDA QUE EU NÃO AGUENTO MAIS CHEIRO DE ESTERCO!

- Esterco cheira?

 

[...]

 

- MEU DEUS MEU CAVALO É UMA CAVALA! – Cantarolei com a cavala.

- O feminino de cavalo é égua. – Falou Fletch.

- Ah, então todas as vezes que eu chamava alguém de “filho da égua" eu estava o chamando de cavalo?

- Exato.

Eu olhei para Justin.

- Desculpe por te chamar de cavalo Justin.

- Mais o q... – Antes que ele pudesse retrucar Fletch puxou meu braço e me ajudou a subir na égua, obvio que eu dei uma pesada certeira no bucho de meu rival gay, ele se afastou contorcendo-se enquanto eu me ajeitava ali em cima.

- Pra quê isso serve? – Apontei para uma corda, e admito que aquele acento é duro.

- Pra você guiar o cavalo! – Disse Fletch subindo na sua mula.

- Ele não vai ser guiado por conta própria? – Perguntei com o cenho franzido. Justin se afastando me xingando de alguma coisa relacionada à peste extinta.

- Vamos até a pista distante daqui, o primeiro quer chegar lá e voltar pra cá, ganha!

- Cavalos têm manual de instrução?! Que isso mano? Sei pilotar cavalo não! – Falei querendo descer.

- Tarde pra chorar.

- Carly é simples. Muito simples! – Falou Justin tentando me acalmar, eu tava querendo dar uma voadora em alguém. Talvez esse alguém seja ele.

- JÁ QUE É SIMPLES VEM AQUI NO MEU LUGAR! – Berrei e olhei para Fletch, ele pegou a corda.

- Isso se chama rédea! – Explicou ele apontando para a corda que segurava. Peguei na minha e a encarei sem querer a balancei rapidamente e o cavalo, digo, égua, disparou comigo em cima, eu berrei, a égua estava descontrolada e os gritos positivos de Justin só me fazia pensar na cor de meu caixão.

Fletch gritou algo e começou a correr atrás de mim, eu berrei tanto que me imaginei rouca sem voz alguma.

- SOCORRO!!!!!!! – Berrava enquanto minha égua pulava uma cerca e sumia mato á cima. – CADÊ O FREIO DESSA MALDITA PORRA???!!! – Será que se eu dialogasse com a tia ela iria me ouvir? Eu falo peixores mais não sei falar cavalês, vou jogar na sorte. – ESQUERDA, ESQUERDA... – Vácuo, entra você já é de casa.

Resultado? Tô caindo da égua, e eu estou em pânico? MAGINAAAAAAAAAAAA!

Tentava me agarrar mais a maluca não estava nem ai, olhei para meu lado esquerdo e vi Fletch correndo com fé é alma, tentei me endireitar naquela merda mais apenas ouvia as risadas dele. O CÚ SE ELE TÁ ACHANDO QUE VAI FICAR COM O JUSTIN. AQUELE LOIRO COMEDOR É MEU, SOU A BARBIE DO CABELO PRETO DELE! Com impulso eu já estava sentada direitamente na égua e comecei a chacoalhar a rédea, motivo exato para ela dar a louca e tentar virar foguete, larguei Fletch para trás e comecei mentalmente á fazer uma dancinha da vitória mais meti a cara em uma galha. Nos filmes, a mocinha cai quando bate a boca na galha, mais aqui, na realidade, eu sai catando galhas nos peitos e até peguei uma manga, porém mole demais, então me livrei dela sem imaginar que o cavalo de Fletch fosse pisar naquela porcaria e meter o queixo no chão obrigando Fletch a voar dentro de um laguinho dali. Fui até a pista e dei a volta como programado, corria lentamente de volta pra fazenda. Fletch estava muito para trás e eu ia ganhar, bom ia...

Ele passou correndo acelerado em minha frente, percebi sua presa quando olhei para trás e vi um enxame de abelhas, fudeu!

- CORRE FERMINA! – Apelidei a égua. Comecei a esmurrá-la, balancei rédea fiz a merda toda e a égua correu, esticou na carreira, eu olhei para trás e vi o enxame de abelha se aproximando, ok, fiquei espindurada na égua de novo, quase caindo. Com a correria dela eu acabei escorregando para as bordas. Vou morrer e vou ser picada com abelhas! Que final feliz! Poderia virar livro e depois filme! Massa né?

Estava avistando Justin no terreiro da fazenda cutucando uma laranja com um graveto pra ver se conseguia derrubá-la, sem perceber que era uma caixa farta de maribondo, Fletch começou a ser atacado pelas abelhas e eu acabei ganhando a corrida, EU GANHEI, Ó PAI TODO PODEROSO BENDITO SEJA A VÓS ENTRE AS MULHERES...

Minha égua tropicou, e eu, a Carly aqui, voei pra dentro do chiqueiro metendo a cara na lama. FODA-SE, EU GANHEI A CORRIDA. As inscrições para o Enem já estão abertas? Com essa minha esperteza, deu vontade de ir ao Enem. Primeiro: quero agradecer ao enxame de abelhas. Segundo: quero agradecer a Fermina. Terceiro: quero dar um “olá” para todas as bichas do Brasil, o Brasil é encantador, ai e legal né? Se você roubar chiclete vai à cana! Massinha. Quarto: quero dizer que, desmaiei.

 

[...]

 

Abri os olhos, eu não estava me sentindo suja, estava me sentindo limpa, o que é bom. Estava jogada num monte de capim seco, e isso pode provocar coceiras repentinas em minha pele fresca. Sentei-me e cocei a ponta do nariz, Justin estava sentado do meu lado, sem camisa, sua camisa estava abaixo de si, ele estava sentado nela. ELE SEM CAMISA E UMA PERTURBAÇÃO VAGINAL PRA MIM.

- Eu ganhei a corrida, né? – Eu ia perguntar “QUEM ME DEU BANHO? SINTO CHEIRO DE SHAMPOO!” mais vamos por partes.

- Claro.

- Isso é o quê? – Apontei para o capim maduro.

- Feno.

- O inimigo do homem-aranha?

- Que?

- Você disse Venom, o inimigo do homem-aranha, aquele bicho preto que parece com ele, só que monstruoso com cara de aniquilador de almas.

- Eu não disse Venom, disse feno.

- E tem diferença?

- Feno Carly, e capim seco! Vê? – Ele esticou o braço e apontou pro tal do capim, abri a boca vendo seu músculo.

- Como vejo. – Tava babando já, como não babar? Preciso de um babador.

- Então... – Justin olhou pra mim e sorriu. – O que foi?

- Fletch é gay. E por isso que ele queria ganhar a corrida, e por isso que ele queria que eu fosse embora e deixasse você aqui. Por isso eu o chamei de bicha, puta e outras coisas á mais.

A primeira reação do Justin foi ficar sério como se tivesse acabado de levar uma bronca de algum professor, segunda reação foi quicar do feno e passar a mão no rosto.

- POR QUE NÃO ME DISSE ANTES? BORA EMBORA, AGORA! – Eu me levantei em um pulo, sou ginasta sabiam?

- NÃO É POSSÍVEL COM O TANTO DE PISTAS QUE EU DEI!

- ESQUECEU QUE EU SOU BURRO? – Ele se aproximou ao berrar.

- NÃO, EU NÃO ESQUECI SEU BURRO!

- PARA DE ME OFENDER!

- Você mesmo disse que era burro. – Sorri. – Burro!

- O burro que você ama. – Enrijeci. – Não é?

- É. – Eu não tinha preparado um texto aqui, então me bastou concordar com o que ele dissera, embora aquilo não passasse de vergonha. – Vamos passar a noite aqui?

- Sim, eu quem quis. – SEM COMUNICAR Á MIM? – Também o que vamos fazer aqui não daria para fazer lá dentro, ainda mais com aquele... – Ele franziu o rosto. – Gay!

 - O que vamos fazer? – SOU PERVERSA. – Se aproveitando porque eu disse que não havia menstruado, né? – Justin me puxou para ele e encarou meus olhos como se encarasse duas coxas oleosas de frango.

- Como eu pude fazer isso?!

- Isso o quê?! – Ele matou alguém?

- Me apaixonar por você. – Ele me beijou me senti uma boneca de pano, leve e mole nos braços dele enquanto ele fazia questão de aprofundar o beijo, ele começou a me guiar rumo ao feno, caímos feito pinos nele. – Mais uma coisa... – Ele parou o beijo para poder falar. – Eu dei banho em você.

- Se fosse á um mês atrás, eu matava você! – Afirmei.

- Não acredito que você montou em um cavalo por mim.

- Amor. Isso é fodível.

- Você subiu por amor?

- Acha que eu ia deixar aquela bicha enrustida ficar com você?

- Você acha que eu ia ficar com aquilo? Se enxerga porra, eu quero você, só você.

- Se me chamar de porra e algo romântico, você é um desgraçado!

- E quem foi que disse que somos românticos? Talvez só um pouco. – Ele riu enquanto me provocava cócegas, eu berrei igual uma cabrita desmamada sendo estrupada, ele parou de me fazer cócegas e me encarou com a sobrancelha arqueada “quer transar?” era o que dizia seus olhos.

- Seja romântico á moda antiga pra mim? – Pedi e seu olhar de tarado morreu.

- E pra quê isso? – Ele se levantou.

- Sempre quis isso. – Mentira, quero é ver ele tentar ser romântico. Me levantei sorrindo suavemente.

- O que você não pede rindo, que eu não faço chorando? – Ele se ajoelhou em minha frente e eu arregalei os olhos com aquilo. - Neste mundo imenso quando chega o verão, não há um ser humano Que não fique com tesão. – Ele fechou os olhos. - É uma terra danada, Um paraíso perdido. Onde todo mundo fode, Onde todo mundo é fodido. – Ele abriu os olhos. - Fodem moscas e mosquitos, Fodem aranha e escorpião, Fodem pulgas e carrapatos, Fodem empregadas com patrão. – Segurei uma risada. - Os brancos fodem os negros com grande desprendimento, Os noivos fodem as noivas muito antes do casamento. – Suspirou. – General fode Tenente, Coronel fode Capitão. E o presidente da República vive fodendo a nação. Os Freis fodem as freiras, O padre fode o sacristão, Até na igreja de crente O pastor fode o irmão.  Parece que a natureza vem a todos nos dizer, Que vivemos neste mundo somente para foder.

- Acabou? – Sussurrei com a boca aberta.

- Poema recitado não tem graça, vão borá pra prática! – Ele ia ficar em pé, mais eu segurei-o pelos ombros. E fechei a boca antes que eu babasse de novo.

- Tente ser romântico Justin, isso que me disse foi uma putaria!

- Eu sei fazer miojo, brigadeiro e pipoca. – Ele sorriu.

- E daí? – Tô procurando o romantismo nessa frase.

- E daí desgraça que eu quero casar com você.

 

 


Notas Finais


Feliz dia da melhor fase da vida.


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