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História When Everything Started - Solangelo - Três


Escrita por: ViihAAlves

Notas do Autor


Vamos lá, talvez vocês estranhem esse Nico meio "saideiro", é que eu meio que enjoei de ver apenas o Will se "divertindo" (a minha primeira fic de Solangelo foi assim tbm, apenas o Will era vivido), então espero que vocês gostem disso ao decorrer da fic...

Capítulo 3 - Três



                                     POV NICO
   A aula passou rápida até, recebemos trabalho em grupo e a única pessoa que eu conhecia era Grover um amigo do meu grupo. Quando o intervalo tocou, Grover e eu ficamos parado na porta a espera do Will, que apareceu acompanhado de Leo e Clarisse. O loiro deu um sorriso e saímos andando, eu não daqueles que gosta de se gabar por ficar com as pessoas (isso nem faz o meu tipo), mas peguei uma boa porcentagem de alunos dessa escola, e todos me encaravam quando eu passava.
   É algo meio inacreditável, veja bem, como sou antissocial não é normal sair pegando todo mundo, mas como eu disse... Eu acabo indo às festas as vezes.
   Chegamos no refeitório mais movimentado, o segundo, o fato dele ser maior já era motivo pra tanta movimentação assim, peguei a fila para comida, estamos na semana de comidas brasileiras e o prato do dia era feijoada, não sou muito fã de feijão, mas gosto de experimentar as coisas novas.
   Foi Leo quem achou o resto do grupo na nossa mesa habitual, a última. Caminhamos até lá e me sentei ao lado de Hazel, minha meia irmã que morava com a mãe. Ela era totalmente meu oposto, a pele dela lembrava chocolate, tinha um longo cabelo cacheado e seus olhos eram de uma cor interessante, eram dourados.
   - Galera, esse é Will, aluno novo da escola - apontei pra ele enquanto ele se sentava sorridente.
   Cumprimentou todos com um aperto de mão, e se enturmou fácil.
   - E aí Will, de onde você veio? - Percy perguntou com a boca cheia de biscoitos azuis.
   Percy foi meu primeiro amor não correspondido, conheci ele na sétima série, e desde então somos amigos, foi difícil aceitar o namoro dele com a Annie no começo, mas agora percebo que a gente nunca daria certo.
   - Malibu, meu pai veio a trabalho então vim com ele.
   - Quem é seu pai? - Annie falou sem olhar pra ele (ela estava ocupada batendo na mão do namorado que tentou roubar o refrigerante dela).
   - Apolo - ele deu de ombros.
   Parei de ouvir aí, olhei pra Hazel que encarava a comida no seu prato.
   - Ta tudo bem? - perguntei baixinho.
   - Mamãe está mal - ela suspirou alto. - Ela mal consegue se levantar da cama sozinha, e se recusa que eu peça ajuda pro papai.
   A mãe da Hazel era uma mulher um tanto quanto orgulhosa de mais, meu pai se envolveu com ela depois que minha mãe morreu, e o término do casamento dos dois foi por causa do trabalho do meu pai. Ele é dono de uma rede de joalheria, muito importante, fora as empresas de advocacia que ele dirige, e ainda uma pequena rede de funerária. Ele construiu seu império e ao mesmo tempo foi perdendo algumas pessoas.
   - Quer que eu vá falar com ela?
   - Não adianta Nico, ela não vai querer nada do papai.
   - Mas ela pode querer de mim - falei, Hazel me encarou. - Tia Marie gosta de mim, e se ela ver que a ajuda vai ser minha, e não do papai, ela vai aceitar.
   - Você faria isso? - os olhos dela marejaram.
   - Claro - sorri.
   Ela me abraçou forte e a abracei de volta, fomos separados por uma pigarreada (que supus ser da Piper, e eu acertei).
   - Desculpa atrapalhar o momento família de vocês - Pipes me encarou. - Mas quando vai rolar o acampamento?
   A escola ia para um acampamento nas férias de verão, e nós sempre íamos no nosso, que na verdade era um bocado de barracas, pacotes de salgadinhos, latas de refrigerante e uma cachoeira. Fazíamos isso todos os anos, sem falta, já era tradição.
   - A escola tem que anunciar a data dela ainda - Grover disse com a boca cheia.
   - Fiquei sabendo que esse ano Quíron irá acompanhar os alunos - Jason nos encarou através do seu óculos. 
   Fiquei impressionado por ele não estar desmaiado, é o que ele mais sabe fazer.
   - Quem é Quíron? - Will perguntou.
   O grupo ficou quieto, olharam pra Will e Percy, que estava de frente para o loiro, se sentou ereto. Rolei os olhos, lá vem o discursinho de sempre que perguntam sobre o professor.
   - Quíron deve ser o ser mais respeitado na escola - começou, os meninos colocaram a mão sobre o coração em forma de juramento. - Ele é o melhor professor, orientador, comediante, ouvinte, concelheiro, vigia, adivinha, e mestre que já ousou existir. Com ele nada cai a rotina, e com ele você irá aprender tudo. Um amém para Quíron!
   - Amém! - os idiotas mentais tiraram a mão do peito e voltaram a comer.
   - O que foi isso? - Will se virou pra marrentinha.
   - Elevação de Quíron ao Pedestal - ela disse entediada. - Ou se preferir, EQP.
   O resto do intervalo se resumiu a muita bagunça. Quando Frank se juntou ao grupo, Leo iniciou uma guerrinha de comida com ele, depois de muito sermão do Sr D. eles tiveram que limpar todo o refeitório.
   As aulas foram entediantes, embora eu fosse o melhor aluno da sala (perdendo para a Annie na aula de artes), eu não prestava o mínimo de atenção nos professores. Na última aula Will se sentou do meu lado para fazermos uma redação, como ele não sabia praticamente nada, acabei fazendo quase tudo sozinho, ele dava ideias mas o trabalho difícil de tradução ficava por minha conta.
   Quando o sinal bateu, tínhamos cinquenta linhas prontas na mesa da professora, quinze a mais do que ela queria.
   - Então, como funciona esse lance de detenção? - Will olhou de canto de olho pra mim. Estávamos indo para a sala da Reyna.
   - Normalmente você deve organizar um arquivo de alunos mais bagunceiros de A a Z enquanto é monitorado por Argos, ou, quando está mais tranquilo, fazer um mini planetário.
   Will fez algum som indecifrável e voltou a ficar quieto, assim como tinha os meninos que me encaravam por ter ficado com eles, havia aqueles que não gostavam de mim por ser gay assumido. Octavian era um deles, tinha acabado de passar pelo vestiário quando ele saiu pronto pro treino de futebol. 
   Bastou me ver para contorcer a boca e soltar um sorriso amarelo, os amigos idiotas vieram atrás, sorrindo debochado. Luke era um deles, eu havia conhecido o Luke no primeiro dia dele aqui, ele havia até participado de um dos acampamentos nosso, mas ele entrou pro futebol e com isso ele trocou de time.
   - Olha lá se não é o bichinha da di Angela - Octavian me olhou da cabeça aos pés.
   Will ao meu lado me encarava surpreso, Luke havia parado de sentir pena de mim nos primeiros dias com seu líder.
   - E aí, ursinho de pelúcia - encarei ele indiferente.
   Octavian fechou os punhos e deu um passo pra frente.
   - Pessoas como você não deveriam andar por essa escola, vocês mancham nossa reputação.
   - Você mesmo faz isso quando deixa de marcar pontos para nosso time enquanto se preocupa em brigar com o adversário - seus olhos perderam um pouco o brilho.
   No jogo passado perdemos em casa por causa de uma briga dele com um menino da outra escola que estava comendo sua namorada.
   O loiro avançou e antes de chegar em mim o treinador Hedge apareceu no corredor, ralhou com ele e não saiu dali enquanto a gangue não entrou no campo.
   - O que foi isso? - Will perguntou baixo.
   - Peguei Octavian uma vez - recomecei a andar, Will me encarou incrédulo. - Numa festa, eu estava bêbado, pior beijo da minha vida, desde então ele prova sua masculinidade tentando me bater.
   - Ele te bate?
   - Claro que não - entramos no corredor da secretaria. - Pode não parecer mas eu luto bem.
   Will ficou quieto por um tempo e então me encarou de novo.
   - Então, você já pegou a escola inteira pelo visto.
   - Na verdade não - entramos no corredor da biblioteca.
   - E quem falta?
   Paramos em frente a porta do grêmio, olhei pra ele e dei um sorriso de lado.
   - Os novatos - ele soltou uma risada baixa. - Você fica aqui, não se assuste com ela, é gente boa, eu vou indo, até amanhã Will.
   Cheguei na sala da detenção e dessa vez o professor responsável era o Gui. Gui é um cara legal e me deixou ficar pintando os planetinhas para um planetário dele, uma hora depois eu já estava no carro indo para casa. 
   O dia hoje estava ensolarado, o que com certeza resultaria no povão em casa. E foi bem isso, mal cheguei em casa e o Veloster laranja do Jason mais a Harley Davidson da Clarie parou bem atrás de mim.
   - Meu pai está em casa? - perguntei pra Rony enquanto entrávamos na garagem.
   - Não  Nico - ele tinha o péssimo hábito de me chamar de Sr antes. - Ele foi pra uma reunião hoje em uma das empresas de advogados, disse que iria se atrasar.
   Agradeci e saí do carro. Não esperei meus amigos, eles conheciam o caminho de casa. Fui direto pra cozinha, Cris deixou um bilhete avisando que iria ao mercado e deixou hambúrgueres pronto pro meu almoço.
   - Opa, eu quero - Leo esticou a mão e acertei um tapa nele.
   - Quer faça, este é meu.
   - Nico, papai deixou eu ficar aqui hoje, vou ir guardar minhas coisas - Pipes saiu com sua mochila nas costas. Ela já era de casa.
   Comi enquanto Jason e Percy disputavam um jogo de futebol na sala de casa, depois de um tempo o latino e a marrentinha foram até eles ficando eu e Annie na cozinha.
   - Octavian está bem bravo com você - ela falou enquanto mexia no celular.
   - Porque?
   - Ele colocou no twitter 'Seus dias estão contados, G.F'.
   Rolei os olhos, garoto fantasma virou meu apelido depois de um Halloween na escola em que eu fui fantasiado de fantasma, fiquei conhecido assim porque aparecia do nada nos lugares, na verdade é só saber usar o jogo de luz a seu favor.
   - Ele é um babaca, encontrei com ele enquanto estava levando Will para a sala da Reyna.
   - Will é gay - ela disse ainda sem me olhar.
   - Eu sei - comecei a lavar a louça.
   Nós não conversávamos tanto assim, eram poucas as vezes. Estava secando a mão quando a porta da cozinha que dava no quintal abriu, vovô Tom entrou com um taco de basebol na mão, o olhar estava meio assustado, mas passou pra arrependimento quando me encarou.
   - Pensei que estávamos sendo assaltados - já fazia tempo que não ouvia a voz dele.
   Sem nem um tchau pra mim, ou um oi pra sabidinha, ele saiu e fechou a porta com força, deixei um suspiro alto escapar, Annie desgrudou os olhos do celular pela primeira vez.
   - Está sendo difícil não está? Digo, tentar conversar com ele?
   - Simplesmente parei de tentar - falei ainda encarando a porta.
   Nesse momento Piper desceu as escadas correndo, estava apenas de biquíni, gritou animada quando chegou na sala e correu para o fundo da casa, meus amigos foram tirando as roupas no meio do caminho até a piscina, parecia até uma suruba. Eu fui até meu quarto e me troquei, quando cheguei na piscina vi meu avô fechar a cortina da sala de sua casa, ignorar era o melhor remédio então pulei na água gelada.
 


Notas Finais


Deem uma olhada nas outras histórias ;)


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