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História When I First Met You - Drarry - Triwizarding Tournament


Escrita por: Toastie-San

Notas do Autor


eis o que vcs amam ver: harry e draco sendo extremamente boiolas um pelo outro (nesse caso aqui é mais o harry, mas shiu)
espero que gostem!! <3

Capítulo 38 - Triwizarding Tournament


 Uma vez averiguadas quase todas as complicações possíveis depois do “incidente” com a Marca Negra no acampamento, todos foram liberados da custódia dos aurores para voltar para casa com segurança.

Com segurança, com certeza, mas com tranquilidade seria impossível – Draco pulava a cada porta que batia à distância e, quando ficava tempo demais pensando sozinho sobre coisas nas quais não deveria pensar, arrastava-se para os braços de Harry, que tinha cada vez mais dificuldade convencendo a si mesmo de que era normal amigos fazerem isso e que seu coração não precisava enlouquecer toda vez.

A única coisa que pareceu erguer seu ânimo foi a chegada dos materiais escolares por encomenda – com comensais à solta e na ativa, todos pareciam receosos demais para ir ao Beco Diagonal – e os “trajes a rigor” pedidos na lista daquele ano que viraram motivo de tantos cochichos entre os alunos.

– Encomendei estes na Madam Malkin’s, foi um alívio saber que ela já fez seus uniformes, Harry, nem precisei das suas medidas – Madame Malfoy comentou quando os meninos viram os enormes embrulhos, com apenas os cabides de fora para evidenciar que eram, mesmo, roupas. – Imaginei que gostasse de preto. É discreto… E vai destacar os seus olhos. Combina com você.

Harry abriu o embrulho ao redor do cabide com certo receio – e se esse não era o melhor terno que ele já tinha visto na vida! Madame Malkin tinha feito para ele o kit completo – uma blusa branquinha feito a neve, toda engomada e adornada, o terno do preto mais elegante que ele já viu na vida, com dobras e bolsos até onde a vista alcançava, a calça e a gravatinha cor de esmeralda.

– Foi pra comprar isso que pedi emprestada sua chave de Gringotes, mais cedo. Quis fazer uma surpresa… Espero que não se incomode.

– Não me incomodo, não, de modo algum – Harry disse fracamente, voltando a fechar o cabideiro. Não sabia nem o que fazer com uma roupa dessa qualidade. – Acho que essa é a melhor roupa que já tive na vida.

O sorriso de Madame Malfoy falhou por um segundo, como se surpresa com a “simplicidade” da melhor roupa que Harry já teve, mas quando ele olhou para ter certeza, ela já voltava a sorrir suavemente; Draco deu apenas uma espiada dentro do seu, sem abrir mais que a beiradinha, soltou um adorável suspiro de surpresa e voltou a fechá-lo.

– Eu quero ver o seu…

– Você vai ver quando eu usar, Harry.

– Não é justo, eu não sei quando você vai usar…

Draco deu de ombros, claramente aproveitando a situação. Harry nunca o viu sendo tão cruel do que quando atiçava sua curiosidade assim.

– Então eu também não vou te mostrar o meu.

– Tudo bem. Não preciso ver pra saber que você vai ficar horroroso nisso.

– Ei! Retira o que disse!

 

 

Antes que se dessem conta, chegava o famigerado e longinquamente aguardado dia da volta a Hogwarts. Às 11 horas em ponto, Harry embarcou no trem com entusiasmo renovado para o quarto ano letivo e nas melhores companhias. Passou correndo pelo vagão dos monitores e entrou no primeiro vagão com os rostos conhecidos que tanto queria encontrar, apesar de ter visto um deles o verão inteiro.

– Achei que não viria nunca! – Draco reclamou quando Harry se sentou ao seu lado, carregando um pacote com uma dúzia de tortinhas de gengibre.

– Não resisti, precisei comprar mais dessas antes de ir embora. Cara, que saudade que eu ‘tava de vocês.

– Não vem com essa melosidade pra cima da gente não – Blaise reclamou, roubando uma das tortinhas das mãos de Harry. – A Copa foi tão boa assim?

– Foi incrível! É tão melhor do que eu imaginei que seria, não tem nem… Não tem nem como explicar, sério.

– A Bulgária pegou o pomo, não foi?

– É, mas a Irlanda ganhou por 10 pontos. Foi fantástico de assistir…

– Nós vimos veelas, também. Esse aqui quase babou – Draco comentou alheio ao assunto, apontando para Harry com o dedão.

– Não é verdade…

– Claro que é verdade. Todo mundo ficou babando nas veelas.

– Elas são tão lindas quanto dizem? – Pansy perguntou, entrando no assunto de repente. Estivera brincando com um penduricalho nos cabelos até então, pequenas flores de bijuteria com as flores da França em um grampo, e Harry teve certeza por um instante de quem deu isso a ela, coincidentemente voltando de viagem da Europa.

– São, sim. Mas é parte do encanto delas, pra fazer parecer que são as coisas mais lindas do mundo. O Harry não viu, ficou pendurado no jogo, mas quando elas começaram a brigar com os leprechauns nos cantos do campo, pareciam górgonas. Jogaram bolas de fogo e tudo.

– Credo!

– É. Credo.

– Mas… Foi verdade, então? – Blaise começou, a tensão sobre o assunto por vir iminente em sua voz. – O que aconteceu depois. A Marca Negra – No fim ele reduziu a voz a um sussurro, quase inaudível. Draco virou-se de frente para a janela no mesmo instante, como quem não queria nem saber do assunto; Harry apertou sua mão para um pouco de consolo e afastou-se da rodinha de cochicho.

– Aconteceu. Mas é melhor a gente não falar sobre isso… – Harry esgueirou um olhar para Draco, ainda tenso; ele encontrou seus olhos e voltou para perto dele até seus ombros se tocarem, mas ainda olhava janela afora, sem dizer uma palavra. – Como foram as férias de vocês?

– Bem mais ou menos – Pansy admitiu, de novo absorta em pensamentos. – Sabe, Harry, você ‘tá diferente.

– Como assim?

– Você parece mais… Mais alegre agora. Tipo, o tempo todo.

– Ah, é? E como é que eu era antes?

– Você era mais… Mais assim – Pansy começou, jogando uma parte dos cabelos na frente do rosto e forçando uma cara de desagrado. – “Que saaaaaco, escola… Que saaaaaco, treino de Quadribol… Que saaaaaco, lutar contra Voldemort de novo…”

– Menos quando você ‘tá com o Draco – Blaise adicionou, e Pansy concordou rindo, jogando os cabelos para frente dos ombros; Harry só percebeu então que eles tinham crescido até a cintura (o que seria ainda mais impressionante se ela fosse um pouco mais alta). – Quando você ‘tá com o Draco, normalmente você fica igual… Você ‘tá agora. Um bobo alegre.

– Não liga pra eles, Dray.

– Eu não ‘tô ligando.

 

 

Enfim, o Expresso de Hogwarts desembarcou em frente ao castelo e todos desceram tomados por uma onda calorosa de entusiasmo. O Salão Principal parecia mais cheio do que de costume, mesmo sem os calouros, e Harry ficou meio apertado na mesa entre Draco e uma garota mais velha que estava tão absorta em sua conversa sobre lírios que mal o notou.

O Chapéu Seletor cantou sua música sobre os fundadores de Hogwarts – Harry mal se lembrava da que ele cantou no ano de sua seleção, mas sabia dizer que era uma nova, de algum jeito, e então concluiu que um Chapéu Seletor devia ter tempo livre o suficiente nas estantes do escritório de Dumbledore para compor uma nova música todo ano – e os alunos novos entraram. Vieram em uma fileira enorme e aos cochichos, esperando que McGonagall chamasse seus nomes.

– Ackerley, Stewart.

– CORVINAL!

– Nós éramos tantos no nosso ano? – Pansy perguntou de repente, tentando contar as cabeças na fila.

– Não sei. Acho que éramos menos. Mas não muito menos.

– Baddock, Malcolm.

– SONSERINA!

Pansy correu os olhos pelo Salão curiosamente; viu Hagrid e o professor Dumbledore conversando a um canto, sobre algo que deveria ser perigoso demais para o bem de todos, visto a cara que Hagrid fazia; viu corujas indo e voltando pelas janelas laterais, ao lado do palanque dos professores, viu coisas sendo ajustadas e combinadas e viu uma impaciência geral no corpo docente, com uma cadeira vazia. Todos exceto a professora McGonagall, que continuava focada nos alunos a serem selecionados.

– Carter, Idris.

– GRIFINÓRIA!

E, é claro, viu o jeito como Harry olhava para Draco, ambos distraídos.

Harry descobriu sozinho que ficava cada vez mais difícil estar ao lado de Draco e não encará-lo como um idiota; brincava com a barra das vestes sob a mesa para lidar com a comichão por tocá-lo, de qualquer jeito que fosse, e sentia-se mordendo o lábio. Ele parecia profundamente entretido com alguma outra idiotice no salão e estar apaixonado por ele nunca fez mais sentido para Harry.

– Creevey, Dennis.

– GRIFINÓRIA!

– Creevey? Não era esse o fotógrafo?

– Maravilha. Agora tem dois deles. Harry não vai ter um minuto de paz, o coitado.

– Edward, Kitty.

– LUFA-LUFA!

– Isso me lembra, Blaise… – Pansy puxou Blaise de lado por um segundo e passou a sussurrar em seu ouvido. Harry, apesar de abobado com os próprios afetos por Dray, mantinha-se perfeitamente antenado ao que acontecia ao seu redor – não tinha ideia do assunto recorrente entre Pansy e Blaise, mas sentia os olhares que os dois esgueiravam para ele e reconhecia seu nome e o de Draco sendo mencionados várias vezes, além das palavras “depois da Copa”.

– Eu ‘tô ouvindo vocês, sabe.

– Não ‘tá ouvindo, não – Pansy respondeu com tanta convicção que Harry se sentiu meio ofendido. Aprumou-se no assento e encarou-a de frente.

– É? Como tem certeza que não estou ouvindo?

– Se você estivesse ouvindo, já teria sanado nossa dúvida, e aí não teríamos sobre o que cochichar – Ela concluiu enquanto Blaise só concordava com a cabeça, e Harry se viu derrotado pela constante excelência dos argumentos dela.

– Jackson, Athill.

– SONSERINA!

– Não se preocupa com isso, Harry. Não deve ser nada demais.

– Mas é calouro que não acaba mais, hein…

No fim, a falta de um novo assunto interessante promoveu o silêncio naquela parte da mesa até o fim das seleções, agora com as mesas quase superlotadas. Dumbledore, como de costume, levantou-se assim que a professora McGonagall se sentou e bateu com a colher de prata na taça para chamar a atenção dos alunos.

– Imagino que a maioria de vocês já saiba que teremos algo acontecendo em Hogwarts este ano – Dumbledore começou, e as orelhas de Harry captaram cada som. Poderiam ouvir uma agulha caindo no meio do Salão Principal se não fosse pelo discurso do diretor. – Para os que não sabiam até agora, realmente, tenho uma má notícia e uma ótima notícia para dar. A má notícia é que, por causa da outra, esse ano não teremos o Torneio de Quadribol em Hogwarts.

Oliver Wood, na mesa da Grifinória, desmaiou. O cérebro de Harry entrou em pane e o primeiro a expressar qualquer reação foi Draco.

– Que pena. Eu queria tanto assistir esse ano… Mas o que pode ser tão importante que precisa cancelar o Torneio?

– E agora, a ótima notícia… Alguém, por favor, acorde o sr. Wood, ele vai gostar de ouvir essa… É que, este ano, nós teremos–

BAM. O discurso de Dumbledore foi interrompido por um tipo diferente de baque dessa vez – alguém entrou pelas portas do Salão Principal, seriamente atrasado, e decidiu fazer uma cena. O ecoar dos passos da perna de pau se misturavam ao suave cair da chuva lá fora, e quando Harry se virou, viu um homenzinho muito gordo, muito baixo e muito ruivo, cheio de bugigangas e penduricalhos nas roupas, além da perna de pau e um tapa-olho aberto apenas para revelar o enorme olho de vidro que girava em todas as direções, focando em uma coisa diferente a cada quinze segundos. O homem parou à frente do palanque e Dumbledore abriu um sorriso.

– Moody! Achei que não veríamos você este ano. Sim, antes de mais nada, este é “Olho-Tonto” Moody, um excelente auror, e ele está de licença para lecionar Defesa Contra as Artes das Trevas este ano em Hogwarts – Dumbledore apresentou-o e, com um aceno de cabeça, o homem subiu para se sentar entre Flitwick e Trelawney. Harry suspirou; acaba que era só mais um maluco contratado por Dumbledore.

– Ele… Ele disse Moody? Olho-Tonto Moody? – Draco indagou, e Pansy respondeu brevemente que sim, sem cair vítima de sua charmosa expressão surpresa como Harry caiu. – Ele foi um excelente auror. Mas… – E passou a sussurrar para os outros três: – Dizem que está ficando biruta. A idade está atrapalhando seus super sentidos…

Harry voltou a olhar para o professor Moody com um pouco mais de interesse. Super sentidos? O olho de vidro de Moody focou em Harry, também.

– Sim, sim. E antes que eu me esqueça. A ótima notícia!

O silêncio continuou tenso, ao exato oposto do enorme sorriso do professor Dumbledore.

– É com muito orgulho que eu anuncio que, este ano, Hogwarts será a sede do Torneio Tribruxo!

E a comemoração foi avassaladora e imediata. Wood desmaiou de novo, no meio de todas as pessoas que gritavam e aplaudiam e assobiavam e quase subiam para dançar de alegria sobre as mesas. Por menor que fosse a ideia que Harry tinha do que era, realmente, o Torneio Tribruxo, ele também se alegrou com a aparente grandeza do evento. E não poderia deixar de se alegrar vendo Draco conter o entusiasmo ao máximo que conseguia, sem querer perder a compostura.

– Aos que não sabem – Dumbledore começou, esperando o silêncio que tomou o salão gradativamente. – O Torneio Tribruxo reúne, em uma única sede, três grandes escolas de magia europeias: Hogwarts, Beauxbatons, da França, e Durmstrang, da Bulgária. É uma grande alegria receber nossos colegas aqui, e claro, alguns ajustes em suas grades horárias e exames serão feitos. Um juri imparcial fará-se presente, também, para escolher um único concorrente de cada escola para o Torneio, a quem chamamos de “campeão” ou “campeã”. Só os alunos acima de 17 anos poderão participar. – Uma série de suspiros de tristeza, resmungos e vaias foram ouvidos por todo o salão. – Não olhem assim pra mim… São as regras. Nossos convidados chegarão no meio de Outubro, creio eu, e ficarão até o fim do torneio, por volta de… Junho? Sim, Junho. Por favor, recebam-nos com a maior cordialidade possível. Há uma relação fraternal de milênios de idade entre nós, Beauxbatons e Durmstrang. É hora de colocar aquelas aulas de francês em prática, rapazes. Podem comer!

Durante o jantar, obviamente, o Torneio foi o assunto predominante em todas as mesas. Pansy alternava entre devorar o purê e falar sobre o Torneio como se fosse a coisa mais animadora dos últimos cem anos a acontecer.

– O Torneio Tribruxo! Então era disso que todos estavam falando! Por isso pediram as roupas a rigor! Normalmente fazem um baile, não fazem? Eu vou poder ir a um baile em Hogwarts!

– Eu ouvi que a Beauxbatons tem alunos muito bonitos. Você vai poder conversar com eles à vontade, né, Draco? – Blaise começou, esgueirando olhares para Harry como se esperasse alguma reação.

– Ah… É. Mas meu francês não é tão bom assim.

– Você aprende desde criança, já deve ser fluente agora – Harry debateu, trazendo de volta à tona a informação que Draco o contou, sei lá, no primeiro ano. Era quase fantástico como ele se lembrava das menores coisas sobre Dray…

– ‘Mione também vai poder falar com eles. Ela ficou dois meses e meio na França, durante o verão…

– Dois meses e meio é bastante! Eu ouvi que é um país lindo. Nunca fui pra lá.

– Aposto que você tem dinheiro o suficiente pra ir sempre que quiser. E pra levar o Harry com você, também.

 

 

A conversa durou menos do que o esperado, já que os discursos tinham tomado um tanto do tempo do jantar; logo, todos desciam ou subiam para os dormitórios, tentando espiar o excêntrico Moody descendo pelo corredor oposto.

Harry subiu no beliche, vendo que as coisas de Draco já estavam na cama de baixo, e se deitou. Soltou um suspiro, encarando o teto. O Torneio Tribruxo…

Claro que não iria participar. Queria, pelo menos, um ano de sossego em Hogwarts, e ficaria perfeitamente contente em só assistir os outros superaram desafios e dificuldades enquanto ele estava perfeitamente seguro nas arquibancadas do estádio. E nem tinha idade para tal, era só para os maiores de 17 mesmo.

Mas… Sonhar um pouquinho sobre não doeria. Ele se deitou de lado, sorrindo sozinho, e imaginou-se como o vencedor do Torneio… Carregava uma Taça muito bonita em mãos, feita de diamantes brancos, com seu nome talhado na base…

E, lá no meio de toda a multidão que aplaudia e assoviava, estaria Draco. Draco sorriria para ele e Harry nunca se sentiria tão orgulhoso de si mesmo em toda sua vida.


Notas Finais


uma vontade maluca de incluir a cena do wood desmaiando me possuiu enquanto eu escrevia e eu simplesmente não pude dizer não.
(to postando esse voando pq daq a pouco eu tenho compromisso, mas espero q tenham gostado!! se cuidem, tio luka ama vcs <33)


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