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História When we're together, it rains - Sozinha.


Escrita por: SaaEstrelinha

Notas do Autor


Olá, eu sei que demorou mas esse capítulo está grande então espero que compense.
Boa leitura.

Capítulo 35 - Sozinha.


Amy deve ter ficado muito confusa mas pelo menos ela me abraçou enquanto eu chorava. Não foi um chorinho, foi O Choro.

Eu só tinha chorado assim duas vezes apenas: uma quando minha mãe morreu, outra quando pensei que Percy havia me traído.

Eu sentia tantas coisas juntas, raiva, medo, tristeza, culpa. Tudo se misturava.

Amy me levou até um banco ali na sala e se sentou ao meu lado.

- O que aconteceu? - ouvi a voz de Peter.

- Fecha a porta. - Amy disse para ele.

Me soltei de Amy, vi que Peter estava agachado na minha frente, assim como Amy estava confuso mas também tinha preocupação em seus olhos.

- O que aconteceu, Annabeth?

Eu precisava falar sobre isso, tirar um pouco do peso que eu sentia em meu peito.

Eu contei para eles. Não tudo, é claro. Apenas falei sobre o que tinha acontecido com Percy e Marcus. Não falei da Beth também. Expliquei tudo que tinha acontecido, desde as brigas até a confusão dos meus sentimentos.

Peter e Amy ouviram tudo atenciosamente e trocaram um olhar assim que eu terminei de falar.

- Annabeth, querida, você precisa escolher um deles. - Amy falou o que eu temia ouvir.

- Eu sei mas está tudo tão confuso, não só em relação a eles mas a tudo que está acontecendo ultimamente, entende? Eu não consigo pensar nisso agora. - respondi, agora um pouco mais calma.

- Se você gosta dos dois, talvez seja melhor ficar um pouco sozinha. Você mesma disse que tem muitas coisas acontecendo, não é? Você tirando um tempo para si mesma, vai conseguir se organizar e pensar com mais clareza.

- Ele tem razão, Annie. - concordou Amy. - Como você vai decidir isso se você não ficou um tempo sozinha pensando sobre? Eu sei que é difícil. E eu sei que você está confusa e quer estar com ele... Qualquer um deles...

- O Percy não. Não sei mais quem ele é. - falei sem ao menos pensar e me surpreendi com a amargura na minha voz. 

Quem fez ele ficar assim foi você, Annabeth, uma parte de mim me lembrou disso.

- É por isso que você precisa de um tempo sozinha. Esperar essa raiva que você sente por causa dessa briga recente, ficar longe do Marcus também é bom para você ver como ficam as coisas. - disse Peter.

Nessa hora a porta se abriu e vi Percy Jackson com um violão na mão e uma cara de supresa no rosto.

Ao fundo, Marcus parecia estar indo para aula de Apolo quando seus olhos passaram pela sala de Amy e pararam em mim assim como ele.

Foram três segundos. Três segundos em que todo mundo ficou se encarando.

- Annabeth, é melhor você ir para casa. - Amy fala.

- Não. - respondo secando as lágrimas que tinha em meu rosto. - Eu vou para a aula do Apolo, já perdi a Fontaine e quarta que vem é a audição para Bela e a Fera, não é?

- Sim mas...

- Eu não quero perder aula. - insisto.

Me levanto rapidamente e passo por Percy que estava paralisado na porta, encaro Marcus por alguns segundos e a vontade de voltar a chorar cresce mas respiro fundo e vou direto para a sala de Apolo.

Quando eu estava perto da sala dele ouvi a voz de Thalia, ela parecia estar chorando. Parei imediatamente.

- Olha, eu sei que foi errado mas eu já dei um jeito!

- Deu um jeito? Como se dá um jeito nisso, Thalia? - Apolo estava bem irritado. Nunca o vi assim.

- Você não precisa se preocupar com isso, tá bom? A Lara me ajudou, está tudo certo.

- Tudo certo... O que acontece se o nosso pai descobrir?

- Ele não vai. Eu tenho tudo sobre controle.

Apolo não respondeu. Ouvi alguns passos e Thalia falou novamente.

- Está tudo bem. Eu só te contei porque você é meu irmão, mas eu já resolvi tudo, você não precisa se preocupar.

De novo houve silêncio até que Apolo disse:

- Eu tenho que dar aula agora.

Ouvi passos se aproximando da porta e rapidamente voltei alguns passos para parecer que eu estava chegando.

Apolo abriu a porta e ao me ver tentou sorrir, porém o sorriso não chegou aos seus olhos.

- Annabeth Chase, como sempre pontual. - disse ele.

Entrei na sala e Thalia estava em um canto da sala, ela mexia as mãos o tempo todo, estava nervosa.

Aos poucos todo mundo entrou e Apolo deu início a aula.

Ele estava esquisito, falou devagar, não deixou nada cair nem sequer se atrapalhou com o piano. O que Thalia havia dito tinha mexido com ele.

Eu sentia que precisava descobrir o que é, afinal se Thalia estiver com problemas grandes e Luke descobrir, ele poderia usar isso para chantagear ela.

Eu fiquei um bom tempo pensando nisso, tentei me focar nisso e esquecer... das outras coisas. Funcionou, um pouco. Eu eliminei muitas teorias impossíveis só que ainda não cheguei em nada concreto.

Ok, aconteceu alguma coisa com a Thalia e ela ficou encrencada, ai ela pediu ajuda para a Lara e depois pagou ela pela ajuda. Jason me disse que fazia um tempo que elas eram 'amigas'. Ou seja, é um problema de longa data.

- ...Não é, Annabeth? - perguntou Apolo.

- O que?

- Eu gostaria que você confirmasse o que eu acabei de dizer.

- Ah, claro eu... Ahn, o que você disse mesmo?

- Você saberia se tivesse prestado atenção. Você acha que é fácil se tornar músico? Vocês tem um contrato com uma grande empresa de música e não parecem sequer ligar para isso!

- Apolo, vai com calma. - disse Jason.

- É, cara, nós ligamos para todo esse negócio do Half Blood mas se pensarmos demais sobre isso vamos ficar que nem o Jason e a Drew e nenhum de nós quer isso. - Leo diz.

- Só um idiota não ia querer ser como eu. - retrucou Drew.

- Acho que eu sou um idiota. - respondeu ele pensativo.

- Disso eu não tenho dúvidas. - afirmou Drew.

- Nenhum de nós tem. - concordou Nico.

- Ok, pessoal vamos prestar atenção na aula. - disse Percy que estava na fileira de cadeiras atrás de mim.

Olhei para trás e vi Marcus na terceira e última fileira, me surpreendi quando vi que ele também me olhava, não como olhava antigamente. Marcus me olhava como se alguma coisa estivesse doendo.

Respirei fundo e voltei a atenção para Apolo que terminou sua aula.

Quando fomos para a aula da Amy, durante toda a aula, ela me lançava olhares preocupados o que me deixava nervosa.

- Annabeth, como está indo o trabalho que eu passei?

Droga. Eu tinha que melhorar na bateria, eu sequer tinha tentado.

- Ahn... Está indo.

- Por que não mostra para gente?

- É... Bem, ainda não está bom e...

- Vai lá, eu te ajudo. - Leo sussurrou para mim.

É claro que Amy percebeu que eu ainda estava no mesmo nível nesse instrumento e pediu para eu me esforçar. Acho que ela fez isso para ver o quão eu estava distante de tudo ou para eu ter algo no que me concentrar.

- E as aulas de piano para o Leo e a Paty? Como estão indo?

- Elas ainda não aconteceram. - falei.

- Por que?

- Porque eu desmarquei algumas vezes. - falou Paty

- É mas sábado a gente já marcou uma aula.- completou Leo.

Agradeci eles com um olhar.

Amy não tinha feito por mal, aliás ela tinha me mostrado que eu tenho outras coisas para pensar além dos meninos e isso era bom. O único problema é que ela não sabia que os meninos não eram meu único problema.

Estávamos indo para Principia e Leo falava coisas aleatórias, até que ele foi ao banheiro e pediu para eu o esperar para irmos juntos para aula do Peter.

Eu estava parada no Hall o esperando e Drew estava a minha direita, olhando algo no celular. Ela sorria, coisa que eu não a via fazer com frequência.

Drew levanta o olhar do celular e se depara comigo a encarando.

- O que foi?

- Nada. É só que não te vejo sorrir muito.

- Ah, é? Bem, não tenho muitos motivos para sorrir.

- E por que não?

Senti que ela ia me falar mas nessa hora Leo saiu do banheiro dizendo:

- A espera acabou moças, Leo Valdez está de volta. - ele piscou para Drew que revirou os olhos e foi para Principia.

- Ela não posso ser tão mau humorada. - murmurou Leo quando ela saiu.

- Ela não é. Eu ainda acho que tem uma boa pessoa embaixo dessa maquiagem toda. Ou pode se transformar em uma.

- Você acha? - ele perguntou aparentemente interessado no assunto.

- Eu acho. Mas chega de conversar, vamos para aula antes que Peter dê um dos seus discursos.

- Ah não! Discursos não! - reclamou Leo e fomos para aula.


- Pessoal, amanhã nós vamos gravar as músicas de vocês porque o pessoal do Half Blood vai upar elas. Então, vocês não terão aulas. - disse Peter.

- A gente vai gravar aqui mesmo? - perguntou Piper.

- Na sala da Amy. Agora mesmo os alunos dela estão gravando a base então amanhã vocês só vão gravar o vocal e o pessoal do Half Blood vai colocar no perfil de vocês junto com o ensaio fotográfico e as entrevistas que eles vão gravar no sábado?

- Ensaio de fotos? - Nico perguntou.

- Entrevista? - Frank estava tão pasmo quanto todos.

Peter apenas sorriu.

Antes que ele pudesse falar algo Apolo entra mais alegre na Principia.

- Você já contou para eles? Eu posso contar? Eu vou contar. Galera, vocês vão fazer uma super sessão de fotos e umas entrevistas em grupo e individual e vai ser muito legal, eu vou se entrevistado. - ele falou rapidamente.

- Apolo. - Peter suspirou.

- Pera ai Peter, então, eu tô pensando em que roupa usar, eu mando foto lá no grupo depois e vocês dizem o que acham.

- Apolo. - Peter tentou chamar sua atenção.

- Eu já tô acabando. Então, o que vocês... Por que vocês não parecem surpresos?

- Deve ser porque o Peter já falou para gente. - respondeu Hazel.

- Mas que droga! Eu queria contar, Peter.

- Desculpe, Apolo. Não consegui segurar.

Apolo fungou e saiu da sala.

- Me desculpem por Apolo, vocês sabem como ele é. Tem a idade de vocês e se empolga demais... É brilhante mas é só um menino. Enfim, eu recomendo que vocês sigam todos os cuidados que Apolo passou para a voz essa noite, ok? Estejam preparados amanhã.

- Peter, e as entrevistas? - Paty pergunta.

- Eles vão fazer uma com todo mundo, e entrevistas individuais que irão para os perfis de vocês no Half Blood. E eles querem tirar algumas fotos para comocar no site. - ele notou uma inquietação. - Não precisam se estressar, ok? Só respirem fundo e sejam vocês mesmos, eu vou estar o tempo todo com vocês.

Eu tentei ficar animada com isso, até consegui sorrir um pouco e fiquei nervosa também. Tentei pensar em quais seriam as perguntas feitas mas outras coisas também martelavam na minha cabeça.

Leo e eu estávamos saindo do Studio quando Marcus apareceu.

- Eu acho que a gente precisa conversar. - falou ele.

- Ahn... Então, eu vou indo para casa. - diz Leo e continua caminhar.

- Eu te acompanho até em casa, já vai escurecer. - Marcus fala e começa a caminhar e eu o acompanho.

- Então, o que você quer dizer?

- Queria saber se você pensou... No que eu disse hoje mais cedo.

- Eu... Não entendi por que você está fazendo isso.

Marcus ficou quieto por uns instantes. Já estávamos quase em casa e o diálogo não havia rendido muito pelo longo tempo em que ficamos pensando no que dizer.

- É complicado.

- Não, Marcus, não é. - paro na frente de casa. - É bem simples: você não quer mais ficar comigo.

- Annabeth, é claro que eu quero ficar com você mas eu não sou burro. Você está procurando desculpas para nesse momento não estar com ele. E eu não quero ser uma delas.

Ele tinha lágrimas nos olhos assim como eu.

- Eu gosto de você.

- Eu não estou dizendo que não gosta, só que a quem você quer enganar? Você ainda é apaixonada por ele. Por favor, não seja burra e não o perca.

Ele se virou para ir embora, mas o desespero me invadiu. Sem Marcus eu não teria onde me apoiar. Ficar sem Marcus é a mesma coisa que tirar o chão sob meus pés.

Peguei em sua mão e o fiz parar.

- Por favor, me dá uma chance... Eu preciso de você. - as lágrimas já escorriam.

- Não faz isso comigo, Annabeth. Você não tem ideia do poder que tem nas mãos. - ele falou ainda de costas. - Olha, nós podemos voltar a ser amigos... Um dia. Agora, eu... Agora eu quero distância, é difícil demais para mim, ok?

- Marcus, não. Nós podemos tentar mais uma vez, só me dá uma chance, eu prometo te provar que eu não sinto mais nada pelo Percy.

- Annabeth, para. Por favor, para com isso. Apenas tenta ter ele de volta, aposto que se vocês conversarem tudo vai se acertar.

- Você está se sacrificando por ele, de novo?

- Não estou fazendo por ele. Eu estou fazendo por você.

Então, Marcus soltou minha mão. Eu sentia como se eu fosse cair. Observei ele ir embora e continuei lá fora por um bom tempo encarando a esquina da rua na esperança de que ele voltasse. Mas ele não voltou.

O céu estava fechado, as nuvens encobriam os raios de sol, parecia que iria chover, mas a chuva nunca chega e sol estava indo embora.

Após ficar ali parada por trinta minutos, eu percebi que Marcus não voltaria. Eu tinha perdido ele também. Assim como Percy e minha mãe. Eu não sei como eu ia conseguir continuar fingir que estou bem quando não está. Como eu vou olhar para as pessoas e sorrir se tudo que eu tenho vontade de fazer é me esconder e chorar?

Eu entrei em casa e subi rapidamente para o meu quarto. Ouvi que Leo e meu pai chamaram algumas vezes mas eu só ignorei.

Entrei e fechei a porta, fui direito para a cama. Fechei meus olhos por alguns segundos. É, agora eu estava sozinha. Mal percebi quando se lágrimas começaram a cair, apenas vi o travesseiro molhado.

O engraçado é que se minha vida fosse normal, eu ainda estaria animada com o recente show e as coisas futuras que virão pelo Studio. Porém, eu não posso aproveitar nenhum desses sentimentos por mais que poucos segundos, porque Luke decidiu entrar na minha vida e eu decidi me apaixonar por ele. Por causa dele, eu perdi minha mãe. Perdi meu melhor amigo. Perdi Percy...

Aquilo me encheu de raiva. Por causa dele, eu tive que frequentar clínicas e psicólogos. Atrai tantos olhares e sussuro porque eu tinha que andar com dois seguranças. Por causa dele, eu tive medo de me apaixonar de novo e quando isso aconteceu, ele tirou isso de mim, duas vezes.

Eu me sentei e encarei as fotos no criado mudo. Principalmente a foto com Percy, Marcus e eu. Eu peguei o porta-retratos, como eu tinha saudade daquela época. Enquanto olhava a foto, senti que tinha um papel atrás, o puxei para ver e nele estava escrito:

"Olha o que você conseguiu estragar, Annabeth"

Aquilo foi o ápice. Sem ao menos pensar joguei o porta-retratos na parede e um grito de fúria escapou dos meu lábios.

Para o meu azar, meu pai estava na porta.

- Filha! O que aconteceu?

Um soluço saiu de meus lábios e eu não consegui dizer nada, só deslizei da cama ao chão e me encolhi.

- Annabeth, o que está acontecendo?

Respirei fundo.

- Pai, eu quero ficar sozinha, por favor.

Ele me olhou preocupado mas saiu e fechou a porta depois de alguns instantes.

Eu apenas fiquei lá encarando a parede.

Luke ia pagar pelo que fez, eu ia descobrir seus planos e arruinar eles.

Depois de um tempo, as lágrimas pararam e eu já pensava com clareza, especialmente, no que Peter e Amy haviam me dito. Agora, eu estava sozinha. Talvez seja bom, talvez eu consiga me focar mais no que eu tenho que descobrir e menos na minha vida amorosa. Talvez eu até entenda minha vida amorosa, apesar disso ser mais difícil.

Eu tinha dividido o que eu tinha que descobrir em algumas perguntas:

- O que Thalia está escondendo?

Bem, essa anda martelando muito a minha cabeça porque está sempre em exibição e muito suspeito.

- Onde Percy estava no verão?

Isso se acendeu como um incêndio no meu cérebro quando Lara mencionou que ele tinha mudado.

- O que meu pai está escondendo?

Essa ainda me perturba. Por que ele estava na escola? Por que mentiu? Com quem ele fala no telefone o tempo todo?

- Lara. 

Não preciso nem explicar, né? Ela por si própria já é uma grande pergunta. Eu não vou nem explicar isso.

E, é claro a maior pergunta de todas:

- Quem é o ajudante de Luke?

Eu até pensei em identificar pela letra só que pelo visto é utilizado alto como molde para escrever as palavras, todas as letras são simétricas. Eu pensei em desvendar pelo panda mas é só uma máscara. Talvez tenha um significado, talvez não.

Fiz também uma lista de tudo que eu tinha que fazer, além de investigar eu tinha que: aprender a tocar bateria, dar aula de piano para Paty e Leo, trazer a Barth de volta, eu tinha que traçar uma rota para não esbarrar com Percy ou Marcus na escola... Tá, talvez esse não.

Não vi o tempo passar mas quando me dei por conta, já passava na meia-noite. Ainda não tinha conseguido dormir.

No meu criado mudo estava a cartela com o calmante que eu estava tomando para dormir. Eu não queria depender de um remédio mas eu não tinha escolha.

No outro dia de manhã, eu estava melhor. Eu ainda não estava bem, mas definitivamente eu estava melhor.

Fui até o Olympus com Leo. Não sentia fome então só pedi um café.

- E umas torradas. - acrescentou Leo.

Assim que o pedido chegou, Leo pegou suas panquecas e colocou as torradas na minha frente.

- Eu não tô com fome. - afirmei.

- Você precisa comer. E não adianta reclamar, se você não comer eu vou te incomodar o dia inteiro.

Suspirei e dei uma mordida na torrada.

Leo batia os dedos na mesa e observava as pessoas em volta.

- Annabeth, você acha que as pessoas podem mudar? - perguntou ele.

- Mudar como?

- Sei lá. Tipo mudar para melhor.

- Eu acho que todo mundo pode ser melhor mas algumas pessoas precisam de incentivo. Por que?

- Nada... Só pensando.

Tive sorte em terminar o café antes de Percy ou Marcus chegarem.

Leo estava conversando com Jason e aproveitei para sair. Fui até o banheiro e me troquei.

- Beth! - exclamou Percy ao me fez entrar pelo Aqua. - Achei que não fosse mais te ver.

- Aqui estou eu. - sorri para ele.

- É. Ai está você.

Percy se aproximou meio hesitante e me abraçou.

- Senti sua falta. - murmurou.

Quando ele me abraçou, eu não era mais Beth. Eu era eu mesma novamente, achei que eu fosse desabar ali mesmo de novo. Entretanto, eu continuei firme, eu não era Annabeth agora, eu não tinha os problemas dela.

Percy me soltou após alguns segundos.

- Desculpe, eu... Eu sei que não faz nem uma semana ainda mas eu sei mesmo sua falta.

Vi algo inédito, Percy ficou vermelho. Eu teria ficado, mas eu tive relações mais íntimas com ele, então eu meio que já estava acostumada.

- Então, o que você andou fazendo? - ele perguntou ansioso para mudar de assunto.

- Ahn... Nada demais.

- Então, quer dizer que a sua vida é meio parada?

Não, não mesmo, pensei.

- Pode-se dizer isso.

- Então, vamos fazer um pouquinho de diversão para ela. - ele sorriu.

- O que quer dizer com isso?

- Vem. - ele me puxou até sua moto.

- Percy, você não tem aula?

Percy já estava em cima da moto.

- Você vem ou não vem? Não achei que você fosse uma senhorita certinha.

- Não sou. - falei e subi na moto. - Achei que você fosse.

Percy riu.

- Não devia ter falado isso... É bom se segurar.

Andamos até um local distante. Percy acelerava cada vez mais e eu não sentia medo. Era incrível.

Agora, eu tinha uma válvula de escape, eu tinha como ter momentos dos dia em que eu podia aproveitar a felicidade por um bom tempo. Isso era tentador. Eu sentia vontade de não voltar a ser Annabeth. É claro que eu não podia fazer isso.

Chegamos a um parque, todo cercado.

Percy parou a moto e eu desci.

- Droga! Tá fechado. Que tipo de parque fecha na sexta-feira?

- Considerando que são oito da manhã, estar fechado faz sentido... Por que a gente não pula a cerca?

Não acreditei que eu havia falado isso. Quer dizer, eu sempre pensava em soluções assim mas nunca falava por serem ilegais.

Percy pareceu surpreso.

- É uma ótima ideia.

Não foi difícil subir. Meu condicionamento físico estava muito melhor graças às aulas de Fontaine.

Era um belo parque. Repleto de árvores, agora sem folhas por conta do inverno que se aproxima, havia um rio que estava congelado. Ainda sim era lindo.

Nós caminhamos um pouco enquanto Percy contava sobre o treinamento que anda fazendo. O campeonato agora estava na última fase, tinha apenas quatro competidores mas as semifinais seriam em março, por causa do frio. Então, agora ele tinha tempo livre.

- Sabe, na maior parte do tempo agora eu fico no Olympus, sem fazer nada mesmo. Ouvido música ou até escrevendo música.

- Está compondo alguma coisa?

- Começando a escrever uma música, comecei ontem.

- E como está indo?

Percy pareceu pensar um pouco, como se não fosse um assunto que quisesse entrar ou como se tivesse decidindo como estava indo.

- É complicado. O que eu quero dizer é: se você quiser ficar entediada comigo, está sempre bem vinda.

- Eu adoraria ficar entendida.

Antes que Percy pudesse falar alguma coisa, uma voz nos assustou.

- Ei! Você dois ai! Não deviam estar aqui! - gritou um homem.

- É um segurança.

- Corre. - disse Percy.

Nós corríamos sem ter para onde ir. O segurança estava atrás gritando para voltarmos.

Quando vi que Percy ia para cerca novamente, o puxei.

- Vai levar muito tempo para subir, tem que ter uma saída lá atrás. - falei ofegante sem parar de correr.

- Como você sabe?

- Esse segurança tem que ter entrado por algum lugar, não é?

De fato, nós fundos tinha um portão e estava aberto, mas antes tinha uma pequena construção, que lembrava uma casa bem pequena. De dentro dela saiu outro segurança. Nós estávamos rápido demais para parar então acabamos esbarrando nele.

- Ahn... Quem são vocês?

Percy olhou para mim procurando ajuda.

- Somos fiscais.

- Nunca vi fiscais punks.

- Pegue esses dois. - gritou o outro segurança.

Aproveitamos esse momento de confusão do segurança número dois e saímos.

Demos a volta no parque correndo e subimos na moto. Agradeci por Percy ligar o motor tão rápido, ser presa não estava na minha lista de afazeres do dia.


Notas Finais


E ai? O que acharam?
Sei que algumas pessoas vão soltar fogos com o final de Marcabeth, mas tadinha da Annie.
Olha só, não era para eles terminarem mas eu fiz isso por vocês e agora tô remodelando a história.
Enfim, espero que tenham gostado.
Não se esqueçam de opinar nos comentários.
Até a próxima,
Bye bye.


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