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História When Worlds Collide - Armin Arlert - Propósito.


Escrita por: itskarma

Capítulo 10 - Propósito.


Fanfic / Fanfiction When Worlds Collide - Armin Arlert - Propósito.

 

 

 

O esquadrão de Levi havia se reunido na área de jantar a pedido de Hange. A tensão no ambiente era palpável, e você se perguntou o que poderia estar acontecendo. Com certeza não era algo bom, pois a expressão na face de Hange não era uma que você habitualmente via. Ela estava séria, as orbes fixas nas suas mãos que descansavam unidas sobre a mesa. Provavelmente estaria pensando em algum jeito de abordar o grupo à sua frente.

─ O pastor Nick está morto. ─ ela disparou, e os restantes arfaram em choque, seus olhos se arregalando perante a novidade. ─ Ele foi assassinado esta manhã, no quartel do Distrito de Trost.

─ Pastor Nick... Não foi ele que vos falou sobre a Christa? ─ você questionou, encarando a loirinha em questão, e Hange assentiu.

─ Ele foi torturado e morto pela Polícia Militar do Interior. ─ a morena cerrou o maxilar, batendo o punho na mesa. ─ Eu sabia que a igreja não deixaria barato a decisão do Nick em cooperar conosco, por isso que o coloquei no quartel com uma identidade falsa. Eu não esperava que mandassem soldados para executá-lo... Fui descuidada.

─ Eles o torturaram apenas para descobrir o que ele nos disse? ─ Armin questionou cabisbaixo após alguns segundos de silêncio.

─ Provavelmente. ─ Levi se pronunciou, analisando a xícara de chá à sua frente. ─ Mas foi a Polícia Militar do Interior, então deve ter mais coisa aí. ─ o baixinho encarou Hange, mantendo seu semblante inexpressivo usual. ─ Quantas unhas foram arrancadas?

─ Eu só vi de relance, mas pelo que pude perceber, todas.

─ As pessoas vão abrir o bico fácil, ou não vão falar mesmo que percam todas as unhas. ─ Levi voltou a segurar a sua xícara entre os dedos finos, guiando a mesma até aos lábios. ─ Para ser sincero, não liguei muito para o Pastor Nick... Mas ele defendeu as suas crenças até ao fim. Ou seja... ─ o mais velho encarou Historia, que se mantinha quieta naquela situação. ─ Eles não fazem ideia do que descobrimos sobre a família Reiss.

─ Mas agora sabemos que alguém de alto escalão está nos observando, e não por razões amigáveis. ─ você acrescentou, soltando um suspiro arrastado.

─ Você não tem nenhuma informação que nos possa ser útil nesse caso, S/N? ─ Eren questionou, e você abaixou a cabeça, negando.

─ Peço desculpa...

─ Cabo Levi. ─ Nifa adentrou a cabana, batendo a porta atrás de si. Na sua mão, segurava um pequeno papel, o qual entregou ao mais velho. ─ Uma mensagem do comandante Erwin. Eu fui contar sobre o Pastor Nick e ele me despachou com isso.

Levi leu atentamente o conteúdo da mensagem, e você pôde notar a expressão tranquila do mesmo se dissipando a cada palavra, dando lugar a um maxilar cerrado. Sem dizer uma única palavra, o baixinho logo amassou o papel, o colocando no bolso do seu equipamento, e assim se erguendo da cadeira, abordando o grupo à sua frente.

─ Vamos embora. Não estamos seguros aqui.

 

 

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ_________________

 

Você observava à distância enquanto a Polícia Militar invadia a cabana na qual o grupo se encontrava instalado uns momentos atrás. Foi por um triz que não os descobriram. Se a carta de Erwin tivesse chegado com uns minutos de atraso, vocês com certeza estariam todos ferrados.

─ O governo deu novas ordens. A tropa de exploração está proibida de sair das muralhas. ─ Levi procedeu em explicar o que estava acontecendo, virando o foco das atenções. ─ E temos que entregar o Eren e a Historia.

Escutando essas palavras, o grupo se entreolhou em receio. Era óbvio que não os entregariam, no entanto, isso significava que em breve teriam novos inimigos para enfrentar. E dessa vez, seriam humanos.

─ Depois que o Comandante me entregou a mensagem, a Polícia Militar o prendeu. ─ Nifa comentou, balançando a cabeça. ─ Não entendo porque o estão tratando como um criminoso.

─ Dê graças por eles ainda não terem conhecimento da sua existência, S/N. ─ Levi a encarou seriamente, e você se encolheu. O que poderia acontecer com você caso descobrissem que vinha de um outro mundo? Acabaria você tendo o mesmo destino que o pastor? ─ Com Trost em pânico, deve ser fácil entrar no distrito. Iremos para lá, então tente se manter o mais discreta possível. Precisamos ficar longe do interior.

─ Eu vou atrás do Erwin, e Moblit irá comigo. ─ Hange se pronunciou. ─ Quanto aos restantes, fiquem com Levi. Iremos precisar de reforços.

─ Entendido! ─ Moblit afirmou, seguindo as ordens da mais velha, e assim montando no seu cavalo, se distanciado junto com a mesma.

Você permaneceu estática enquanto observava a silhueta dos dois sumindo entre as árvores. Sentia o coração apertado dentro do seu peito e o estômago revirando ao imaginar os diversos cenários que os poderiam aguardar. Poderia você ter evitado a morte do pastor se soubesse o que aconteceria dali para a frente?

Cerrando os punhos em fúria, você se culpou pela sua inutilidade. Definitivamente não se sentia uma espécie de divindade como os seus colegas insistiam em a intitular. Se considerava apenas um enorme fardo. Apenas mais um problema com o qual teriam que lidar.

Despertando dos seus pensamentos, você sentiu uma mão descansando sobre o seu ombro, prontamente encarando a dona da mesma.

─ Não se preocupe. Iremos proteger você. ─ Sasha sorriu levemente assim que se apercebeu do receio estampado na sua face. 

─ Isso! Você está em segurança com a gente! ─ Connie reforçou, dando uma cotovelada no seu braço. Você riu baixinho perante o gesto. Era notório que estavam dando o seu melhor para elevarem o seu ânimo pelo menos um pouco.

─ Obrigada, gente.

─ Adoráveis, mas agora não temos tempo para isso. ─ Levi interrompeu, colocando o seu capuz. ─ Temos que nos mexer.

─ Certo. ─ você assentiu, traçando o seu caminho em direção ao Cabo, porém, rapidamente parando a meio do trajeto. Levando a destra à cabeça, você sentiu uma pontada de dor súbita na mesma, sua respiração falhando no mesmo momento. ─ O que...

Visões de uma infinita planície de areia e um céu estrelado invadiram os seus pensamentos, e um arrepio percorreu a sua espinha. Você nunca tinha visto aquele lugar, no entanto, ele era extremamente familiar, e lhe causava uma sensação de desconforto peculiar.

 

"Me encontre."

 

Essas palavras insistiam em ser repetidas na sua mente, sua dor de cabeça se tornando insuportável ao ponto de você ser obrigada a apertar os olhos, incapaz de tolerar a intensidade da mesma. Podia jurar que cairia de joelhos a qualquer momento de tão miserável que se sentia.

 

"Estou à sua espera."

 

─ Você está se sentindo bem? ─ o doce timbre de Armin a despertou do seu devaneio, e no mesmo instante, a dor de cabeça sumiu e o seu corpo voltou ao normal. Você olhou em redor, tentando ao máximo decifrar o que tinha acabado de acontecer, e logo se apercebendo de que todos a encaravam em preocupação.

─ Eu-... ─ esfregando os olhos, você se forçou a rir baixinho, afim de deixar os seus colegas mais calmos. ─ Acho que eu só dormi mal essa noite. Desculpem tê-los assustado. ─ você coçou a nuca sem graça, olhando na direção de Armin, que ainda a encarava desconfiado. Você sabia que se tinha alguém que não iria acreditar nas suas mentiras reles, esse alguém seria ele. ─ Vamos?

Hesitante e ainda mantendo o foco em você, o grupo de amigos assentiu à sua questão, prosseguindo com o trajeto planejado.

Sua mente, no entanto, permanecia alheia a tudo. Não conseguia parar de pensar naquele lugar, e muito menos na voz que havia escutado. Aquela definitivamente não era a primeira vez que a tinha ouvido. Seria a dona daquela voz, a pessoa que a havia incentivado a enfrentar Bertolt? E por que estaria te esperando?

Quanto mais tempo passava presa naquele mundo, mais questões surgiam, e menos respostas você tinha.

Uma coisa, no entanto, era certa.

 

Você ainda tinha um propósito ali, só precisava descobrir qual era.



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