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História When You Look Me In The Eyes - Please, Believe Me


Escrita por: mihsswan

Notas do Autor


Hello amores!
A partir desse capítulo, fiquem muito atentos, para depois não pensarem que as coisas aconteceram do nada!
Tudo tem um porquê. No mais e, mais uma vez, se atentem aos pequenos detalhes. Boa leitura!

Agradecimentos: Helô pela capa.

Capítulo 29 - Please, Believe Me


Fanfic / Fanfiction When You Look Me In The Eyes - Please, Believe Me

Aquilo não podia ser verdade, só poderia ser uma brincadeira de péssimo gosto, ou um pesadelo que Emma queria acordar. Após tomar conhecimento do que se tratava aqueles papéis, a loira entrou em uma espécie de choque momentâneo, tempo suficiente para maldizer sua sorte; era como se uma maldição lhe acompanhasse. Sempre que as coisas caminhavam bem, sempre que ela achava que havia uma chance de ser feliz, algo acontecia e mudava o rumo. Respirou fundo, sem controlar as lágrimas, Emma voltou a si, e olhou para Regina, que se encontrava de costas para ela. Por um momento desviou o olhar para Zelena; a ruiva tinha uma expressão indecifrável na face, a olhava assustada, em um misto de incredulidade e acusação. Seu olhar seguiu para Cora, a mulher esboçou um meio sorriso. Emma maneou a cabeça de um lado para outro, seu interior transbordava repulsa; seu olhar, revolta.

– Foi você! – Emma disse, cerrando os dentes, se dirigindo à Cora. – Você armou tudo isso para mim...

– Ora, Srta. Swan, acha que sou mulher de armações? – Cora dissimula. – Eu apenas a testei, e você caiu. Meu dever como mãe era mostrar a minha filha quem é a mulher que ela acha que ama. Queria provar que sua ganancia é maior que o amor que diz sentir por Regina. Provar que você não passa de uma vigarista, uma aproveitadora. – Cora berrava.

– Você me enganou, me fez acreditar que falaria com Regina e explicaria que tentou me comprar, que estava arrependida. – Emma despeja.

– Do que Emma está falando, mamãe? – Zelena interpõe.

– Mais mentiras, Zelena! – Cora rebate. – A única coisa que essa mulherzinha fez para sua irmã. 

– ISSO NÃO É VERDADE! – Emma gritou, com a respiração ofegante. – Eu jamais faria isso com Regina.

Em passos lentos, temerosa, Emma se aproximou de Regina, que continuava estagnada no mesmo lugar, sem expressar reação alguma. Emma se colocou diante da morena. Regina mantinha o olhar voltado para o chão. Suas lágrimas já estavam mais controladas.

– Regina... por favor, olhe para mim? – Emma pede, com as lágrimas queimando seu rosto. A morena hesitou, seu coração acelerou apenas pelo aproximar da loira. Como Regina a amava, e como apenas a possibilidade de não a ter mais a apavorava, assim como a possibilidade de que tudo aquilo fosse verdade. – Meu amor, eu não a traí, me deixe explicar como as coisas aconteceram. – A loira suplicava. 

– Os fatos falam por si, Srta. Swan? Ou vai dizer que a assinatura é falsa? – Cora, segurava os papeis entre as mãos.

– Eu não sei como conseguiu minha assinatura, senhora. Mas eu jamais faria acordo algum com você, Cora Mills! – Emma disse, com firmeza entre dentes. Volta o olhar para a morena, que ainda estava absorta, em estado de transe com tudo que estava acontecendo. – Regina, vamos conversar, só nós duas, você me conhece, sabe que eu não seria capaz ... – Emma segurou a destra de Regina.

A morena, finalmente ergueu o olhar, respirando fundo, encontrou aqueles olhos verdes que tanto amava. Mas eles não traziam o mesmo brilho que Regina estava acostumada a encontrar, muito pelo contrário, eles demonstraram aflição e desespero. Regina ainda não havia dito palavra alguma, seu coração estava doendo, tanto ou mais que o de Emma, e ao olhar profundamente nos olhos da loira, não por muito tempo, mas fora o suficiente para que qualquer dúvida cessasse. Então, Regina não pensou mais, fez exatamente o que seu coração mandava naquele momento, para o bem dela e de Emma

– Vá embora, Emma! – A morena pediu, fixando firmemente seus olhos castanhos nos verdes de Swan.

– Não, Regina! Por favor, acredite em mim! – A loira diz, com a voz embargada pelo choro. – Eu Te amo! 

– Por favor, saia daqui Swan! – Regina disse, com a voz entrecortada, virando de costas para a loira.

– Já ouviu a minha filha, Srta. Swan. Você não tem mais nada o que fazer aqui. – Cora solta com ar de superioridade.

– Emma, é melhor você ir embora! – Zelena se limitou a dizer.

Diante da recusa de Regina, a loira viu seu mundo desmoronar, buscou folego e olhou uma última vez para Mills, meneou a cabeça de um lado para o outro, e em passos largos, saiu da sala da engenheira, com o coração em cacos pela única frase que Regina lhe disse, que era exatamente o que Emma não queria ouvir, tudo que a loira queria era sair dali.

Suas lágrimas desciam na mesma proporção que seus passos percorreram os corredores da Mills. O fato de Cora ter armado tudo aquilo ainda surtia um efeito assustador em Emma, mas a contestação de que não era digna da confiança da mulher que ama, esse teve um efeito devastador para o coração da loira. Emma não tinha mais motivos para permanecer naquele lugar, como se buscasse o ar para respirar, Emma corria para um dos elevadores mais próximos quando esbarra com August, que a ampara

– Emma, o que aconteceu? – O homem pergunta, visivelmente preocupado.

– Eu só preciso sair daqui August, eu preciso. – Emma chorava copiosa e desesperadamente. – Por favor, me tire daqui.

– Venha comigo! – Amparando Emma pela cintura, August se dirige com a loira para o estacionamento.

Em sua sala, Regina sabia que havia tomado a decisão certa, ou assim pensava, por mais que ver Emma chorando em sua frente a fizesse balancear, ela não poderia fazer aquilo diante da situação exposta. Deixou o corpo refestelar em sua cadeira, respirou fundo, queria sumir naquele momento, mas era preciso encarar a realidade. E esta, estava bem à sua frente.

– Regina, filha você fez a coisa certa! – Cora manifestava seu contentamento – Aquela garota abusada não merece ser parte dessa família, e eu tentei avisá-la, mas como sempre, vocês não escutam a mãe de vocês quando eu digo que sei o que é melhor.

– Mamãe, Regina já passou por muita coisa hoje! Chega de sermão, não é hora! – Zelena tentava frear as palavras da mãe, enquanto passava um copo com água para Regina. – Beba sis, vai ficar tudo bem!

– Claro que vai ficar, graças a mim que sei reconhecer uma vigarista de longe… – Cora destila, recebendo um olhar sisudo e carregado de desprezo de Regina.

– Eu quero ficar só. – Regina diz, encarando Cora.

– Regina, não vale a pena ficar assim por essa mulherzinha. Venha para casa, vamos conversar... – Cora tenta falar, mas Regina

– CONVERSAR O QUÊ? – Regina gritou, erguendo-se impulsivamente  – Você já conseguiu o que queria, mãe, então, por favor, só me deixe em paz saia... – Regina deixa o corpo desabar na cadeira, apoiando a cabeça sobre a mesa.

– Isso não é jeito de falar comigo Regina. Devia me agradecer por eu tê-la livrado daquela golpista!

– Chega, mamãe – Zelena fala, em tom alto. – Deixe Regina respirar! Conversamos em casa.

Cora pega sua bolsa, mesmo a contragosto e sai porta afora, mas pelo menos havia conseguido o que queria. 

***

Ruby chegou apressada no apartamento de Emma, assim que soube o que havia acontecido, a advogada não pensou duas vezes, abandonou o serviço e seguiu ao encontro da amiga. Antes de tocar a campainha, se surpreendeu com a porta se abrindo e August saindo.

– August? – Ruby o olha confusa, adentrando. – O que está fazendo aqui?

– Eu vim trazer Emma, ela não estava em condições de dirigir! Ela não está nada bem, Ruby. – O homem indaga.

– Onde ela está? – Ruby pergunta rodeando o espaço com o olhar.

– Eu estava de saída e ela seguiu para o quarto. O que aconteceu Ruby? – Questiona confuso.

– Eu também quero saber, August. – Ruby suspira. – A única coisa que sei é que Emma e Regina se desentenderam, e por um mal-entendido. – Revela.

– Isso é uma pena! Elas se amam, é tão claro que nasceram uma para a outra.

– É, mas parece que nem todos veem como você! – Ruby lamenta.

– Bem, eu estava receoso de deixar Emma só, mas já que você chegou, fico mais tranquilo. Preciso voltar para a Mills.

– Muito obrigada, August. Você foi um anjo! – Ruby diz, com um meio sorriso.

– Não precisa agradecer, eu espero que tudo se resolva. – August se vira para deixar o apartamento de Emma, mas sua consciência lhe incomodava depois de supor que talvez soubesse, por mais que não tivesse certeza, que sabia quem poderia estar por trás disso. – Ruby, só mais uma coisa... – August chama a atenção da advogada, que se vira para ele. – Só diga a Emma para ter cuidado com Jones. – Revela, observando a confusão se formar na face da mulher. August não espera Ruby dizer nada, logo deixa o ambiente, encostando a porta.

Ruby não se atenta muito para as palavras do homem, e segue corredor adentro, rumo ao quarto de Emma, a porta estava entreaberta. Em passos lentos, Ruby entra e se depara com Emma deitada sobre a cama, em posição fetal. Era possível ouvir o choro de Swan, que soluçava. Ruby se aproxima e se deita junto da amiga, a abraçando por trás. Quando Swan reconhece sua amiga, seu pranto se torna mais intenso. Ruby deixou que o silencio passasse permanecesse pelo tempo que Emma achasse necessário. Ela estava ali por Emma, se a loira quisesse o silencio, ela respeitaria, se quisesse se abrir, Ruby estaria ali para ouvi-la. Ruby só queria que Emma tivesse a convicção de ela não estava só.

– Ela me mandou embora, Ruby! – Emma finalmente quebra o silencio. – Não acreditou em mim. – Emma falou entre soluços.

– Se acalme, Emma! – Ruby acariciava os braços de Emma. – Tudo foi um mal-entendido não foi? – Ruby pergunta.

– Aquela mulher, Cora Mills. – Swan falava com raiva, limpando seu rosto. – Ela tinha provas forjadas, Ruby. – Emma respirou sentando-se na cama, sendo acompanhada por Ruby. – E ela acreditou naquilo tudo, Ruby. Ela não acreditou no meu amor por ela.

– Emma, não tire conclusões precipitadas. – Ruby segura as mãos de Emma. – Não se deixe abalar com isso. Só deixe o tempo passar e tudo se resolverá, só não desista ok? – Ruby a aconselha. 

– Não Ruby, eu não desisti, quem desistiu foi Regina, ao acreditar nas falsas provas e naqueles papeis assinados. – Emma revela, sentindo as lágrimas voltarem a molhar sua face.

– Patinho, você ... – De repente Ruby caiu em si. – Como? De que papeis está falando, Emma?

– Cora mostrou à Regina, alguns papeis que eu supostamente assinei e algumas fotos de um encontro que tivemos quando ela apareceu de surpresa aqui. Tudo mostrava que ela me pagou uma alta quantia para deixar Regina. Eu jamais faria isso, Ruby. Eu a amo. – Emma confessa.

– É claro que você não faria, Emma! – Ruby acolhe a amiga em seus braços. – Mas eu sei muito bem quem poderia ter feito. – Ruby teve um rompante e se lembrou das palavras de August antes do homem sair.

– O que está querendo me dizer, Ruby? – Emma levanta o rosto encarando a face da advogada.

– Quem foi a última pessoa que a fez assinar vários contratos em uma hora muito oportuna para ele? – Ruby expõe.

– Não! – Emma busca na mente e parece juntar os fatos. – Meu Deus Ruby, faz todo sentido. Foi ele...

– Exatamente! – Ruby fala com o semblante furioso. – O desgraçado do Jones está ajudando aquela cobra.

***

– Emma Swan é uma garota boba e inocente. Foi mais fácil do que eu pensei! – Cora ri, maquiavélica. 

– Você foi muito cruel, Cora! – Killian bebericou seu uísque, enquanto fitava a mulher à sua frente. Assim que acabou seu expediente na Mills, o homem tratou de atender ao chamado da mulher que o aguardava em um bar de hotel afastado do centro de Nova York.

– Vai dizer que está com peninha da órfã? – Cora debocha. – Agora você terá sua chance.

– Bem, isso é verdade! – Killian sorri. – E eu vou aproveitar que a pobre Emma estará sensibilizada pelo desprezo de Regina, que acredita que ela é uma é fraudulenta. Realmente, majestade, você foi genial. Eu não teria pensado melhor. 

– É nítido que não. Você é um imbecil Jones. Em poucas semanas fiz o que, em meses, você não conseguiu. – Cora se gaba, passando para Jones um envelope. – Aí está seu pagamento. Tem muito mais do que merece e em dinheiro.

– Oh, como é generosa. Muito obrigado! – Jones ironiza, pegando o envelope e o guardando imediatamente.

– Agora que já resolvemos tudo que tínhamos pendente. – A mulher gesticula – Suma da minha frente.

– ÀS suas ordens, majestade. – Killian se levanta da mesa. – É assim sempre, não? Você manda e eu obedeço. Tenha uma boa noite!

Cora nada responde, apenas pega sua taça de champanhe e bebe um gole, enquanto observa Jones deixar o local. – Você é realmente majestosa, Cora Mills! – Um sorriso sádico brota de seus lábios.

***

Aflita pelo sumiço de Regina desde cedo, quando a engenheira saiu em disparada sem dizer para onde ia, Zelena andava de um lado para o outro. A ruiva sabia que a irmã precisava de um momento só para ela. Se a própria Zelena se encontrava confusa diante daquela situação, imaginava exatamente como a irmã se sentia. Tentara várias vezes se comunicar com Regina pelo celular, que se encontrava desligado. Quando saiu da Mills, deu uma volta pelo central parque para ver se conseguia encontrá-la. Estava angustiada pela falta de notícia da irmã, temia que Regina tomasse alguma atitude precipitada. Seu coração agitado respirou aliviado quando percebeu a porta se abrir e Regina entrar pela porta.

– Regina! – Zelena correu para abraçar a irmã, assim que ela ultrapassou a porta. – Meu Deus eu estava tão preocupada com você. Onde você estava? – Zelena disse se desfazendo do abraço.

– Eu estive por aí, Zelena. – Regina joga a bolsa em um canto do sofá, sentando-se, e fechando os olhos ao se recostar. – Eu disse que precisava ficar só.

Zelena olhava para Regina e estranhou a calma da irmã. Nem parecia a mesma mulher que saiu desesperada naquela manhã, parecia até que nada havia acontecido, se não fosse pelo semblante sisudo e por seu tom frio.

– Regina, você não quer conversar? – Pergunta, receosa.

– Falar o quê Zelena? – Regina encarou a irmã. – Não tenho mais nada a dizer que você não tenha presenciado 

– Sei lá, Regina! Se abrir, colocar para fora como se sente. Falar sobre Emma... – Regina se levanta abruptamente.

– Zelena ... eu ... – A morena diria alguma coisa, mas foi interrompida por Cora, que adentrou a porta central.

– Oh, vocês estão aqui. Regina como está? – A mulher se limita a dizer.

Regina encarou a mãe que ficou parada as observando, em seguida voltou a fitar Zelena – Eu não quero falar ou saber mais nada que envolva Emma Swan. – Dito essas palavras, Regina segue para seu quarto.

Cora não conseguiu esconder o sorriso, ela tinha conseguido o que queria, tinha conseguido separar Regina e Emma de uma vez por todas.

***

Aquela semana passou lentamente tanto para Emma quanto para Regina. A loira havia passado os dias sem sair de seu apartamento. Ruby, todos os dias ia vê-la, estava preocupada com o estado da amiga, ficavam conversando por horas. Os primeiros dias, Ruby ainda tocava no nome de Regina, até chegar o momento que Emma não queria mais falar, ou pelo menos ouvir o nome da morena. Por mais que em seu interior, por momento algum, Emma houvesse esquecido, ou deixado de amar a morena, muito pelo contrário; a cada dia que passava, nesses poucos dias que se passaram, a loira teve a certeza de que Regina seria para sempre o amor de sua vida. 

A morena tentava seguir normalmente sua rotina. Saía cedo para a Mills e voltava tarde. Estava se afundando no trabalho, talvez como nunca fizera antes. A falta de Emma lhe corroía. E por mais que a vontade de sair correndo para se jogar nos braços dela, gritasse em seu peito, Regina não cederia a ela. Quando vacilava, relembrava das palavras torpes de sua mãe, que sempre lhe fazia questão de relembrar o ocorrido. Regina não estava mais suportando a convivência com Cora, sabia que a qualquer hora iria explodir, e não demoraria. Deitada em sua cama, com esses e outros pensamentos que culminavam sua mente, deu– se conta de que Zelena estava parada de frente para ela, lhe encarando.

– Você está linda! – Regina disse ao ver o quão arrumada a irmã estava. – Belle vai ficar encantada!

– Obrigada! Tem certeza que não quer ir conosco. Seria bom para você se distrair. Ou se você quiser, posso ficar aqui com você. Tenho certeza que Belle entenderia. – Zelena pergunta com um meio sorriso.

– Não Zelena, não quero ir, e também não vale a pena cancelar seu encontro por minha causa!

– Isso não é um encontro, Regina! Bem, é um encontro, mas não da maneira que você pensa. – Zelena responde sem graça. – É um jantar entre amigas e Belle disse que você estava mais que convidada.

– Agradeça por mim! Agora vá! Não se deixa uma mulher linda como Belle esperando! – Regina ensaia um meio sorriso. 

– Regina... – Zelena suspira. – Você acha que Belle é assim como você e.... bem, acha que ela se interessa por mulheres?

– E isso importa se vocês são apenas amigas? – Regina diz, levantando uma das sobrancelhas.

– Claro que não! Eu só fiquei curiosa por conta do livro que ela escreveu. – Zelena diz.

– E por que não pergunta a ela? – Regina sugere.

– Você tem razão, não se pode deixar Belle esperando. É melhor eu ir. – Zelena se aproxima e beija a irmã, e se dirigindo a porta.

– Zel? – Regina a chama. – Permita-se aproveitar cada momento, a vida é uma só! – Diz, antes que a ruiva deixe o ambiente. Regina, respira fundo, se deparando mais uma vez com a solidão, desbloqueou o celular que ainda carregava como plano de fundo uma foto dela com a loira. – Swan, eu só queria tudo isso fosse um pesadelo e que estivesse aqui!

***

– E Regina como está? – Belle perguntou, assim que se sentaram em uma das mesas reservadas no Boat Pub, que ficava praticamente de frente para o mar.

– Regina se faz de forte, mas eu sei que ela está arrasada por dentro. Ela ama Emma, e foi um golpe duro para ela.

– Acredita mesmo que Emma faria isso com Regina? – Belle pergunta.

– Mamãe mostrou tanta coisa, fotos... – Respira fundo. – Eu não sei o que pensar.

– Zelena, eu conheço Emma há anos, e acredito piamente nela. – Belle revela. – Emma ama Regina na mesma proporção.

– Emma sempre pareceu uma pessoa incrível. Nessa história toda eu só não quero que minha irmã volta a ser o que era!

– Eu também espero! – Belle diz, tocando a mão de Zelena e acariciando. A ruiva oscila o olhar para aquele gesto que lhe remete à algumas páginas lidas na noite anterior do livro da escritora. E sorri, instintivamente devolvendo o carinho.

– Podemos pedir? – Zelena pergunta, mudando de assunto, recebendo um manear positivo da escritora.

Zelena e Belle jantaram no clima harmonioso que sempre habitava entre elas quando estavam juntas. Seus olhares se penetravam sempre que se cruzavam, mas não era desconfortável. Era algo sereno, encantador, que no fim, sempre ansiava por mais, mais sorrisos, mais conversa, mais uma da outra.

Quando terminaram o jantar, saíram do restaurante e foram caminhar pela orla da praia, a pedido da escritora. As duas correram pela areia, com seus sapatos nas mãos. Zelena não resistiu, pegou a mão de Belle e a puxou para molharem os pés, e pularem algumas ondas. Belle ria de como a ruiva parecia uma criança. Ainda de mãos dadas se afastaram das ondas e se sentaram na areia, sem se preocupar se iriam, ou não sujar suas roupas.

– Eu adorei essa noite, Belle! Tudo foi encantador, esse lugar! – Zelena diz, virando-se para encarar a escritora que estava sentada ao seu lado. – Você!

– Eu o descobri há alguns dias, e quis trazê-la aqui porque me lembra de quando nos conhecemos. – Belle diz, sorrindo.

– Eu nunca vou me arrepender de ter ido naquele cruzeiro. – Zelena confessa, olhando profundamente para a escritora. – Pois lá, eu encontrei você.

– Eu nunca vou esquecer, quando a vi pela primeira vez e me encantei com a intensidade no seu olhar. – Belle revela, cheia de coragem, acariciando a mão de Zelena, deixando a ruiva nervosa.

– Eu posso te fazer uma pergunta? – A ruiva questiona, desviando o olhar para o mar.

– Faça! – Belle se limita a dizer, voltando sua atenção para o mar também.

– Você escreveu seu livro inspirada em algum amor. Bem... quero dizer, você... – Zelena gagueja. – Assim, como eu vou perguntar isso, deusa! – Zelena se encontrava visivelmente nervosa. Belle sorriu do desconcerto da ruiva, e resolveu acabar de vez com aquele impasse.

– Você quer saber se gosto de mulheres? – Belle pergunta, virando– se para Zelena. A ruiva toma coragem e lhe encara de volta, afirmando positivamente com a cabeça. – No momento, eu gosto de você, Zelena! – Belle se inclina para acariciar a face da ruiva, que sente o famoso frio lhe invadir o estomago.

Zelena não sabia explicar, mas sempre que estava com Belle era como se o mundo fosse só delas. Quando sente Belle aproximar seu rosto do dela, ao perceber a escritora tão perto, a única reação de Zelena é fechar os olhos, não recua, e nem poderia fazê-lo. Seu coração acelerava, talvez devesse correr, mas não, definitivamente não faria isso. Ela queria estar ali. Poderia sentir também o coração de Belle batendo, quando delicadamente a escritora depositou um beijo no canto de seus lábios, se afastando em seguida. A ruiva abre os olhos e se depara com o encantador par de olhos azuis lhe fitando.

– Acho, é melhor irmos embora, está tarde! – Belle, visivelmente nervosa, levantando-se, e tirando Zelena do transe. Zelena só acena com a cabeça e levanta-se, acompanhando a ruiva em um silêncio, que agora tornara-se constrangedor.

Num outro canto da cidade, Emma Swan deixava seu apartamento. Depois de dias remoendo e juntando as peças do quebra-cabeça que se tornara sua mente, agora, definitivamente, Swan estava estruturada para fazer o que deveria ter feito desde o início. Porém, ponderou que não poderia agir com impulsividade, para não estragar o plano. Seu interior clamava por justiça e por limpar seu nome. Ela não deixaria as coisas assim. Com a ajuda de Ruby, que lhe foi de grande presteza e a acompanhou nessa loucura. Seguiram para o endereço que a advogada, sem muito esforço, conseguiu.

– Tenha cuidado! – Ruby disse, assim que estacionou na frente do local.

– Eu terei! Obrigada por vir! – Emma lhe sorri.

– Eu não deixaria você só nessa, patinha! – A mulher confessa.

– Logo estarei aqui!

Emma desceu do carro e se dirigiu a portaria do local. Depois de ser anunciada e imediatamente ter sua entrada liberada, Swan seguiu para o décimo sétimo andar do edifício. Respirou profundamente ao chegar de frente para o apartamento 171, e finalmente tocou a campainha, que não demorou muito para ser atendida. A porta se abriu e o homem do outro lado lhe dedicou um cínico sorriso. Emma se enojou de imediato.

– Swan! Eu nem acreditei quando disseram que era você. Entre! – Killian a convida, dando passagem. – A que devo a honra?

Emma observa o ambiente por alguns segundos, e volta a fitar o homem à sua frente. Pode notar a expressão lascívia que ele carregava ao lhe olhar de cima a baixo. Emma sentiu repulsa. – Eu vim porque precisava vê-lo.

– Eu soube do ocorrido na empresa. Eu sinto muito… mas eu te avisei que Regina não a levaria a sério. No fim, eu estava certo, você foi apenas uma bela distração loira para ela… – Jones não termina de expor seus pensamentos, pois sente sua face arder pelo tapa que Emma lhe desfere naquela área.

– Eu precisava vir aqui só para dizer: Você me dá nojo, de tão repugnante que é, Killian Jones! – Emma cospe as palavras, com o olhar carregado de raiva, enquanto observa o semblante assustado do homem diante dela.


Notas Finais


Até o próximo, mas não tão distante, capítulo!


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