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História Where do Broken Hearts Go - "My eyes challenge him."


Escrita por: myaaliadaa

Notas do Autor


Oi, meus amores 💕
Boa leitura! 💗

Capítulo 5 - "My eyes challenge him."


Fanfic / Fanfiction Where do Broken Hearts Go - "My eyes challenge him."

Carolina Kopelioff

Ainda estou com os olhos fechados enquanto me sinto confortável.

Quanto movo um pouco minha mão, sinto a mesma latejar, e então tudo o que aconteceu ontem na floresta me vem em mente.

Abro os olhos de imediato e me sento na cama aonde dormia minutos antes.

Olho ao redor enquanto meu coração dispara no peito.

O quarto onde estou é enorme, passo os olhos por cada canto tentando colocar meus pensamentos em ordem. Tudo no quarto tem vidro, o guarda roupa é de vidro, a escrivaninha é de vidro, e eu tomo um susto quando percebo que o são também é feito de vidro sobre mármore.

Meus pés bagunçam o tapete esticado ao lado da cama e eu empurro a coberta pesada para longe de mim. 

Vou em direção às grandes janelas de vidro empurrando as cortinas transparentes para o lado curiosa. Colo a testa no vidro gelado e então percebo que estamos no alto, muito alto, e que esse daqui, com toda certeza, não é meu reino.

Forço as janelas, tento abri-las, mas estão muito bem trancadas e o vidro parece ser muito forte, não que eu quisesse me aventurar em cima do telhado de um castelo gigantesco feito de vidro.

Me viro novamente para o quarto onde estou, isso não parece um lugar muito comum para se manter alguém em cativeiro, não que alguém me mantenha aqui por muito tempo, além do mais, vou fugir, sei disso.

As portas do quarto se abrem antes que eu possa começar a pensar em um plano, um homem emcapuzado entra na sala com quatro guardas ao seu redor, ele faz um sinal para os guardas e eles caminham em minha direção.

Tento lutar, eu os empurro e chuto, mas ainda não me sinto cem por cento acordada, meus movimentos são leves demais para detê-los de prender minhas mãos com algemas. 

Eles me empurram para fora do quarto e meus olhos brilham de admiração e medo ao ver o corredor que se estende na minha frente. 

Caramba.

Onde estou?

Fico impressionada com a beleza e peculiaridade do lugar, tudo brilha, tudo é tão... inexplicável. O vidro está por todas as partes, espalhado pelas paredes, janelas, móveis, enfeites.

Observo meus pés que tocam o chão, não consegui nem vestir minha botas de caça, nem sei se elas estavam no meu quarto, mas agradeço mentalmente por estar com as mesmas roupas. 

Subimos escadas altas e então paramos em frente a uma porta de vidro, porém, a mesma não dá visão para o que há dentro da sala, do que me espera.

-O rei não poderá vê-la hoje, assim que o príncipe a verá.

Espere, o que?

As portas enormes de vidro se abrem, observo um salão enorme, lustres imensos estão presos no teto e grandes janelas de vidro dão luz ao local. Um dos guardas me empurra para frente, caminhamos enquanto eu observo meus pés coberto pelas meias pretas, o piso reflete meu rosto sujo.

-Vossa alteza. - Me assusto com a voz grossa do homem ao meu lado.

O homem encapuzado faz um leve reverência.

-Capitão Ronda.

A voz bagunça meus sentidos e meus pensamentos, meu coração dispara e vejo minhas pupilas dilatarem no reflexo no chão. Levanto o rosto, meus olhos encontram os olhos escuros do garoto que conheci no castelo dos vitoriosos. 

O homem encapuzado ao meu lado se move um pouco, me viro para ele e o mesmo retira a touca que cobria sua cabeça, junto com a capa preta, as jogando no chão.

O observo. Ele é absurdamente lindo.

Os músculos tomam conta de seus braços, o cabelo é despojado, preto, não muito curto, jogado para diversos lados.

Seus olhos se viram para mim. Seus lindos olhos verdes. Penetram nos meus, encaro de volta.

Foi ele, foi ele quem me carregou a noite pela floresta. 

-Então, é ela? - A voz do príncipe invade meus ouvidos.

-Sim, alteza.

-Certo. - Quando viro meus olhos para Agustín ele parece nervoso. Está tão surpreso do que eu, ou até mais. 

Os guardas ao meu redor fazem uma breve reverência.

Fico parada, olhando para o príncipe, sentado em seu trono de vidro.

-Curve-se diante do príncipe herdeiro! - Observo o homem de pelo menos trinta anos que está do meu lado esquerdo, ignoro o guarda e olho para o príncipe novamente.

Vai me obrigar?

Meus olhos o desafiam.

Os dele escondem algo.

Sinto um mão em minha nuca, que me joga no chão, meu rosto vai de encontro com o piso de vidro, o sujando com o sangue que escorre do meu nariz. É impossível segurar as lágrimas de dor no canto dos olhos.

Fico caída no chão, as algemas não me permitem levantar, nem eu mesma sei se quero.

Porém, o príncipe se levanta imediatamente.

-Isso é para aprender a respeitar seu futuro rei!

-Ele não é meu futuro rei! - Me levanto um pouco e cuspo nas botas do homem.

-Nunca mais ouse fazer isso com alguém. - A voz do príncipe soa ameaçadora, calculada.

-Mas...

-Irá me contestar? - Viro o rosto para Agustín.

Seu semblante está sério, encarando fixamente o homem que me jogou no chão.

-A levante.

As mãos do homem tremem enquanto o mesmo me levanta do chão.

-Peça perdão.

O homem olha incrédulo para o príncipe, porém não contesta.

-Perdão, senhorita Carolina.

-Se retire.

Olho para o príncipe e sinto um alívio imenso quando escuto as portas de vidro se fecharem, mas pelo visto ainda não acabou aqui.

O príncipe se senta em seu trono.

-O que quer comigo? - Indago. 

-Tem muitas cicatrizes?

Ah, que maldito filho da mãe.

-Deixe-me ver. - Ele aponta para o próprio queixo.

A cicatriz em meu queixo queima com a lembrança de como a ganhei, mas ele não pode ler minha mente. Levanto o queixo, observando o lustre em cima de minha cabeça.

-Não consigo vê-las com tanta sujeira. - Reclamou o príncipe. Fiz uma careta de raiva que se intensificou ainda mais quando ele exclamou: - E seu rosto está preto de sujeira!

-Quando se é sequestrada em uma floresta e se passa um dia inteiro sem acesso a um sabonete e uma banheira, é difícil ter um cheiro tão agradável quanto o seu, Vossa Alteza.

O príncipe herdeiro estalou a língua e se levantou de seu trono, caminhou até mim e andou lentamente ao meu redor. Capitão Ronda e o resto dos guardas nos observam com as mãos nas espadas. Posso chutar o meio de suas pernas, passar os braços algemados por cima da cabeça do príncipe e esmagar a traqueia dele. Valeria a pena tentar só para ter os olhos verdes de Ronda sobre mim novamente. Mas acredito que isso não ajudaria em nada.

-Pelo que vejo, - Disse ele. - há mais uma cicatriz em suas costas, mas bem, os vestidos irão escondê-las, suponho.

-Vestidos? - Repeti sem entender, tão próxima do príncipe que podia ver cada detalhe de seu paletó e sentir seu cheiro maravilhoso.

Ele sorriu.

-Agora que não estamos no escuro - Ele diz afirmando sobre nosso primeiro encontro. - percebi os olhos impressionantes que você tem! E como é raivosa!

Perto o suficiente para estrangular o príncipe herdeiro de algum dos quatorze reinos, que fingia nunca ter nem se quer me visto, meu autocontrole se equilibrava perigosamente na beira de um abismo.

-Exijo saber o que quer. - Tento me aproximar, mas um dos guardas me puxa para trás com toda força. - Eu não ia matá-lo, seu idiota!

O príncipe voltou ao seu trono e se sentou, os olhos cor de mel brilhavam.

-O que querem de mim?

-Mais tarde te conto. - Abro a boca para contestar porém ele me interrompe - Ronda, leve-a para seus aposentos, Lia já sabe o que fazer. - O capitão faz uma reverência e segura em meu braço caminhando comigo até a porta, olho para trás e vejo o príncipe tirar a coroa escura de sua cabeça e suspirar, as portas de vidro se fecham atrás de mim.

O sangue de meu nariz cai sobre minha roupa suja enquanto andamos, uma mão me entrega um pano branco, o pego e o coloco no nariz.

Ele nem se quer me olha.

- Você pretende me ignorar para sempre? Independente do tempo que eu fique aqui?

O capitão ergueu as sobrancelhas ainda sem me olhar.

- Eu não sabia que estava ignorando você.

Contive minha irritação.

-Quantos anos você tem?

-Vinte e dois.

-Que jovem! - Pisquei esperando alguma reação, algum olhar. - Então você subiu de posição em pouco tempo?

-Qual a sua idade? - Se ele me interromper de novo juro que bato nele.

-Dezoito.

-E já é insuportável?

-Você não é nada gentil. - Respondi entredentes.

- Você é uma Kopelioff. Eu sou o capitão da Guarda Real Bernasconi. Não tenho obrigação de conversar com você nem de demonstrar cortesia. Muito pelo contrário.

Bernasconi. Agora tudo faz sentido, Tiberias está bolando um plano para atacar meu pai e eu sou o principal alvo.

Ótimo.

-Bom, aposto que conversar com você deve ser desagradável mesmo quando você demonstra cortesia aos outros. - Ele não me respondeu, nem me olhou e eu me senti uma tola. Alguns minutos se passaram. - Você e o príncipe herdeiro são amigos íntimos?

-Minha vida pessoal não é da sua conta.

-O quão bem-nascido você é?

-Bem o suficiente.

-Duque?

-Não.

-Lorde?

-Não.

-M...

-Não.

Nem tinha dito nada.

-Qual seu nome? - Ele suspirou.

-Michael Ronda.

-Ui, general Michael Ronda. As damas da corte devem desmaiar quando você passa.

Ignorada de novo.

Paramos diante das portas do quarto onde eu acordara.

-Pronto. Lia é sua empregada e te ajudará com tudo.

Ele me dá as costas e eu abro a porta do quarto, quando vou fechá-la, seus olhos se encontram com os meus.

O verde se fixa em mim mas eu decido não me perder nas órbitas escuras, desvio o olhar fazendo questão de fechar minha expressão.

Fecho a porta e me encostando na mesma com um suspiro.

O que querem comigo?


Notas Finais


(Editado em 24/04/21)

Oi, meus amores! 💗
Gostaram? 💗
Querem mais?
Obrigada por todo o carinho, viu? Espero que estejam gostando! ❤
Me contem o que acharam aqui nos comentários! 💗
Abraço a todos! ☄
Nunca deixem de sorrir! 🌻
Com amor: ~Mare 💕


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