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História Where I live - Capítulo 33


Escrita por: Kashi_

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 34 - Capítulo 33


33 – Capítulo 33

Harry

Eu não poderia deixar de me sentir levemente incomodado e perdido sobre aquilo.

Haviam sido liberados os fundos Malfoy em nome de Draco, e apenas uma parcela para que ele se estabelecesse novamente.

Então ele estava fazendo algumas pesquisas de lugares para morar, o que instantaneamente fez James murchar porque estava adorando ter o namorado morando conosco.

É claro que eu também não estava satisfeito, porque ainda temia pela segurança dos Malfoy, mas sabia que eles precisavam começar a reconstruir a vida deles.

Draco ainda não se sentia a vontade para sair na rua, então tudo o que comprou havia feito por correio, e eu apenas pude sorrir ao vê – lo parecer animado em encher o filho de presentes.

— Estive pensando em comprar os materiais com Scorpius, para o próximo ano letivo — Ele me falou um tanto receoso, e eu sorri.

— Se você preferir, eu vou levar as crianças no próximo final de semana. Vamos todos juntos. 

— Acho que é uma boa ideia — Falou assentindo.

— Hã... — Nos viramos para James, que pareceu ser atraído pela conversa, pausando o vídeo-game onde disputava uma partida com o irmão, para decidirem alguma idiotice.

Era quase irreal vê-los fazendo aquilo, porque jamais haviam jogado juntos.

Mas Scorpius havia dito a eles que era um jeito muito melhor de decidir as coisas do que brigando. E isso me fazia admirar o garoto, porque eu jamais havia conseguido fazer eles se comportarem como ele conseguia.

— O que, James?

— Bem... — Ele parou um tanto sem jeito — Eu comprei todos os materiais do Scorp — Explicou e eu franzi o cenho confuso.

— Como assim?

— Eu fiz uma grande aposta na escola para conseguir dinheiro para ele, mas ele recusou... Só que ainda assim eu queria ajudar de alguma forma, então pensei que... se comprasse todos os materiais, ele não precisaria do dinheiro do avô, e nem... fazer nada que fosse machucá-lo. Estão no meu quarto. Eu consegui invadir o escritório da diretora e pegar uma cópia da lista antes de sairmos de férias, e encomendei tudo.

Scorpius parecia muito surpreso sentado no sofá, e eu apenas pude rir ao vê-lo emocionado ao se atirar em cima de James, que o abraçou carinhosamente.

— Obrigado, Jamie — Falou e eu me virei para Draco, que sorria.

— Eu posso te devolver o dinheiro que gastou, James — Draco falou por fim e meu garoto negou com a cabeça, fazendo um gesto de desdém.

—Nah, não precisa. Se me devolver o dinheiro, meu pai vai confiscar tudo porque ele odeia que eu faça apostas — Deu de ombros e eu ri, revirando os olhos.

— Você só está escapando de um castigo porque fez isso por uma boa causa — Avisei e ele assentiu, voltando a jogar contra Albus, mas agora com Scopius em seu colo.

— Eu soube que algumas casas aqui no bairro estão a venda — Falei por fim, como quem não quer nada, vendo Draco arquear o cenho — Hã... eu sei que vocês são Malfoys e não iriam querer morar em um lugar como esse, mas...

— Na verdade... Eu gostaria sim — Respondeu sorrindo minimamente ao ver o filho parecer tão bem rindo enquanto os meninos jogavam.

— Mesmo? Eu comentei apenas por... sei lá, para não dizer que não tentei — Falei vendo-o rir minimamente ao dar de ombros.

— Eu quero... me afastar um pouco de tudo o que significa ser um Malfoy. Eu e Scorpius estamos vivendo muito bem aqui. Ele parece feliz dessa forma. Pensei que seria um bom jeito de... afastá-lo de toda aquela tristeza.

— Eu posso pegar os contatos para você. Tem uma aqui no final da rua, e outra há duas quadras.

— Parece ótimo. Não se importaria em nos ter como vizinhos?

— O seu filho consegue educar os meus. Você deveria agradecer eu estar deixando vocês dois saírem daqui — Rebati vendo-o rir e assentir.

— Ele é ótimo, não é? — Murmurou ainda observando Scorpius, e eu havia notado que era algo que Draco gostava muito de fazer.

Apenas ficar vendo o filho, como se fosse a coisa mais preciosa em todo o universo.

Ele perdia horas do dia apenas em silencio vendo-o estudar, interagir com os meninos, falar, comer...

E por mais que parecesse feliz em ver o garoto se recuperando bem, eu também via seu olhar tão ferido e quebrado, que queria as vezes poder fazer algo para ajudar.

— Quando voltarem as aulas deles... — Comecei a falar, vendo-o se virar para mim — Eu sei que as coisas vão ser difíceis para você. Mas tente não se deixar abater. Qualquer coisa que precisar, a qualquer momento... você pode contar comigo.

Ele sorriu ao assentir.

— Ao que tudo indica, agora somos da mesma família — Falou fazendo um gesto de cabeça para indicar o casal jogado no tapete brigando pelo controle e eu assentir.

— Ok, ok! — Albus resmungou vencido, saindo resmungando após perder a partida.

— Scorpius — Draco finalmente chamou, e o loiro ergueu o rosto para ele — Podemos conversar?

Me levantei, pretendendo os deixar a sós e vi James fazer o mesmo.

— Eu... gostaria que ficassem — Draco pediu e nós assentimos confusos ao seguirmos para perto dele — Gostaria da opinião de vocês dois.

— O que houve, papai?

— Estive pensando sobre... a sua questão na escola — Draco falou parecendo cuidadoso com as palavras — Eu entendo que não queira conversar sobre isso, mas como as aulas não irão demorar a retornar... Scorpius, querido, eu não acho que deva voltar para Hogwarts. Podemos conseguir uma transferência para outra escola.

— O que?! Não! — Bradou arregalando os olhos — Porque?

— Mesmo que você tenha essa lista, que impede as pessoas de contarem seu segredo... Ainda assim isso não impede que te importunem. Eu não quero que se machuque

— Pai, está tudo sob controle! É serio, o Jamie sempre me ajuda, e... nas ultimas semanas eu avisei que não iria mais fazer isso, então acho que... Jamie, me ajuda! — Ele se virou quase desesperado para o namoro, e eu olhei de canto para meu filho que parecia muito chateado ao suspirar.

— Ele tem razão, Scorpie — Falou por fim, e Scorpius pareceu horrorizado — Eu... realmente acho que....

— Não! Jamie! Eu não quero estudar longe de você! — Falou choroso e James suspirou ao puxá-lo para um abraço apertado.

— Eu também não, Scorp. Mas seu pai está certo. E se alguém tentar te machucar? Eu... mesmo que tente, não posso te proteger o tempo inteiro... Se alguém te ferir, Scorpius, eu... — Ele parou, parecendo ir ficando cada vez mais chateado.

— Eu sei que se preocupam comigo — Ele falou baixinho fungando — Mas não me obriguem a ir para longe. Hogwarts é a minha casa. Ela foi a minha casa durante esses anos quando... quando eu sentia que não existia lugar para mim. Eu... sempre tive que aceitar tudo o que acontecia comigo, mas agora... com todos vocês... eu realmente tenho uma família. E isso me faz sentir forte. Eu não quero fugir. 

— Scorpius...

— Eu quero poder decidir as coisas por mim mesmo. Por favor — Se virou implorativo para o pai, com os olhos cheios de lágrimas — Não me obrigue a ir para longe. Por favor. Hogwarts é minha casa.

— Ninguém vai te obrigar a fazer algo que não queira — Draco garantiu, e o menino assentiu ao abraçar ele, secando as lágrimas.

— Podemos ficar de olho, Draco. Scorpius pode sempre nos enviar cartas contando como as coisas estão indo na escola, e meus garotos podem ajudar. Albus é da mesma casa, dividem o quarto. Acho que todos podem trabalhar juntos para que Scorpius fique seguro — Falei por fim, vendo o garoto assentir e se atirar em mim para um abraço, me fazendo sorrir.

— Eu posso mandar cartas sempre — Ele garantiu, me soltando para se virar para o pai — E contar tudinho, eu prometo!

— Tudo bem, tudo bem — Draco falou sorrindo — Mas se qualquer coisa acontecer, voltaremos a conversar.

— Obrigado! — Falou sorrindo ao assentir, e pareceu muito feliz ao sair arrastando James para voltarem a jogar, enquanto meu garoto parecia muito atencioso ao explicar para ele como funcionava e o que deveria fazer.

— Isso que eles tem — Draco falou baixo e eu me vire para ele — Não é passageiro — Observou e eu assenti.

Também pensava o mesmo.

A relação deles parecia algo tão intenso, e tão intima, que não conseguia ver como um namoro de adolescência.

— Se alguém voltasse no tempo e me dissesse que os nossos filhos iam se apaixonar, eu ia achar hilário.

— E aqui estamos — Riu ao indicar os dois — Conversando enquanto tentamos entender o que é que o destino inventou para nós.

Eu apenas sorri ao concordar com a cabeça.

O destino tinha inventado uma bela de uma peça para nos pregar.
 


Notas Finais


Eu sei que deixei alguns preocupados com a continuação dessa fic, mas eu não vou abandonar, okay? As atts só vão demorar um pouco mais do que nas outras fics, porque eu não tenho chapies escritos dessa, e é uma fanfic que eu não gosto tanto de escrever. Mas não vou deixar inacabado, podem ter certeza.
Hoje eu organizei certinho o plot dela, e voltei a escrever regularmente. Então não se desesperem okaaay?
Até o próximo!


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