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História Where is The Love 2.0 - Nosso jeito.


Escrita por: Docinho_07

Capítulo 11 - Nosso jeito.


Nós passamos na casa dos pais da Maria, agradecemos a senhora e fomos para o hotel. Estava cansada, mas aproveito um tempinho com Julie antes dela dormir e nós fuçarmos o celular de Chaz.

— Você tem certeza que sabe a senha? - pela quarta vez Maria me pergunta. Respiro fundo e me sento na sacada junto com ela.

— Uma noite que Justin e os meninos estavam muito bebados, surgiu um assunto sobre senhas, Chris deixou escapar que eles colocam a mesma senha em todos os celulares, caso tenha alguma emergência entre algum roubo ou alguma coisa do tipo. E por sorte, euzinha aqui fiquei sabendo da senha de Justin, ou seja, a senha de Chaz também. Entendeu agora? - ela da um sorriso afetado e direciona sua atenção ao celular, que em segundos é desbloqueado. 

— Isso! - falamos juntas. Vou direto na lista de contatos, mas tinha apenas nomes e mais nomes que eu nunca ouvi falar. 

— Como vamos saber qual dessas pessoa pode nos ajudar ? - Maria pergunta. Eu ainda ia descendo para baixo, até chegar no Pattie, e fico um tempo olhando para aquele número, enquanto as lembranças me invadiam, de quando soube a real história da vida de Pattie. 
 

— Oi, querida! Nossa eu senti sua falta. Justin sempre me enrolava quando eu dizia que queria vir aqui te ver. - Pattie sorri largo e me puxa para um abraço, mesmo que nós nos vimos apenas uma vez, eu já sentia um enorme carinho por ela, seu sorriso largo, seus olhos vibrantes e sua voz doce, será que minha mãe era assim? Eu nem se quer lembrava dela, bom.. nem quero lembrar daquela mulher. Quando Pattie me solta do seu abraço apertado, seus olhos curiosos se direcionam direto para minha barriga, e vejo um brilho neles. 

— Ah meu Deus! Você está... - balanço a cabeça sorrindo sem graça. Pattie provavelmente não disse a Justin que viria aqui, e provável que não estava nos planos de Justin que ela soubesse da gravidez assim tão cedo. Eu estava no quinto mês, o quanto ele acha que vai conseguir esconder essa criança ? Uma hora ou outra ela descobriria.. 

— Estou já no quinto mês.. - ela me puxou para o sofá e me deu alguns conselhos, mas não sem antes derramar algumas lágrimas de emoção. Lembrando de si mesma quando estava grávida de Justin. 

— Onde estão as criança? - olho para os lados. Ela sorri triste. 

— Estão com Jackson. O pai delas. - vejo que falar isso a deixou abalada. Não sabia ao certo se deveria mudar de assunto, ou questionar sobre isso.

— Hum.. a senhora pareceu triste agora.. está tudo bem? - ela me olha limpando as lágrimas. Rapidamente me corrigi — Me desculpe, se preferir não falar sobre isso, tudo bem. Não quero ser invasiva. - ela sorri e segura minha mão. 

— Não, tudo bem, quero poder conversar sobre isso com alguém. - sorrio — Bom, não sei se Justin lhe contou sobre minha história com Jeremy.. - nego com a cabeça. Justin havia só contado sobre o dia que ela perdeu o bebê, mas não sei ao certo se deveria comentar isso, então apenas nego e deixo que ela fale — Imaginei que ele não contaria, foi difícil para ele também. - ela respira fundo e então começa, e eu escuto com muita atenção. 

— Eu tinha acabado de fazer 17 anos, e nessa época, eu fiz amizades ruins, com pessoas erradas. Essas pessoas iam muito para festas, enchiam a cara, e usavam tudo que é tipo de droga, e como eu era uma garota sozinha e insegura, acabei indo na onda deles, mentia para meus pais que iria estudar na casa de uma garota da escola, e ia para as festas com eles, festas onde só tinham pessoas da pesada. Traficantes, mafiosos e tudo que é tipo de gente desonesta. E no meio deles estava Jeremy. Ele era 3 anos mais velho que eu, era charmoso, e muito sedutor. Fico até um pouco receosa em dizer que Justin me lembra muito ele, seu jeito marrento e bem convincente.. e sempre consegue o que quer. - sorrimos. — Mas Jeremy também era mentiroso, mas eu soube seu real jeito, tarde demais, eu era nova e inexperiente, Jeremy soube me enrolar direitinho para me levar pra cama. Minhas amigas diziam que ele era do tipo que não duraria mais de uma noite, e que na manhã seguinte ele nem se quer lembraria de mim, mas eu não me importei, achei que comigo seria diferente, já que fazia mais de um mês que ele insistia em me levar pra sair. Achei que ele gostasse de mim. Então eu fui. Saímos, várias e várias vezes, e como eu disse, ele era sedutor, e bom, dois meses depois de eu conhecer Jeremy, eu estava grávida. Eu tinha acabado de fazer 17, estava assustada e com medo, meus pais eram rígidos, tinha medo da reação deles, e também, tinha medo da de Jeremy. Eu tinha 17 e ele 21, éramos jovens demais para lidar com a responsabilidade de uma criança. Antes de contar aos meus pais, contei a Jeremy, nós tínhamos um relacionamento.. eu estava crente de que ele me amava aquela altura, já que eu o amava.. - ela para um pouco, suspira e então continua. Seguro sua mão com mais força. — Jeremy não reagiu bem, na verdade ele surtou, primeiro disse que o filho não era dele, depois me chamou de todos os nomes mais nojentos possíveis, e por fim, me agrediu pela primeira vez, mas não a única, no nosso relacionamento. Ele dizia que éramos novos para ter uma criança, que não saberíamos lidar com aquilo, que ele não saberia lidar com aquilo, então disse para mim abortar, que ele não assumiria aquela criança, e que eu era uma grande burra. Naquela época, eu achei que eu era a culpada, que eu não podia ter jogado essa responsabilidade para cima dele, não era justo, então eu aceitei tirar a criança. Quando eu cedi a isso, Jeremy se desculpou por ter me dado o tapa, e foi extremamente carinhoso pelo resto da noite. Minha cabeça estava tão confusa... eu não queria tirar, mesmo estando assustada com a ideia de ser mãe, não queria carregar está culpa pelo resto da vida, eu estava completamente dividida, até que uma semana depois, novamente voltei a este assunto com Jeremy, e decidi que não iria abortar. Pela primeira vez eu me impus com ele, fui firme na minha decisão, e disse que se ele não quisesse aquela criança, eu cuidaria dela sozinha, não me importava. Essa foi a primeira vez que me senti mãe de verdade, que lutei pelo meu filho, me orgulho daquele momento, e me arrependo de não ter feito isso com a outra gravidez... - ela abaixa a cabeça. 

— Você foi muito forte! - digo a abraçando, peço que se ela se sentisse bem, para continuar a história, ela sorri e continua. 

— Eu lembro de ter dito para Jeremy que se ele não fosse homem para assumir seu papel de pai, eu acharia outro que seria. Ele enlouqueceu, eu me lembro de que meu corpo todo tremia de medo por ter falado isso, eu estava tão entregue a esse relacionamento, que com certeza de fato não faria aquilo, mas eu queria o provocar, foi um colapso de coragem, e que por incrível que pareça deu certo. Antes dele ceder completamente a minha decisão, ele disse que me amava e que a criança iria atrapalhar nosso relacionamento, ele era tão bom em manipulação que eu estava quase desistindo do meu filho por ele, de novo. Mas eu estava mais decidida que nunca e retomei a razão, lhe disse com todas as letras, “ se você não aceitar essa criança, não existirá mais um ‘ nós ‘ “, e deu certo, por fim Jeremy cedeu. Essa foi a primeira vez que fui firme no que dizia a ele, e.. a última. - ela olha para baixo, talvez envergonhada, e limpa as lágrimas, mas não para de falar. — Depois de ter o apoio de Jeremy, contei aos meus pais, outra luta, eles ficaram furiosos, mais meu pai do que minha mãe, lembro-me de ver ela chorar quando meu pai me expulsou de casa, depois daquele dia, nunca mais vi eles, apenas vi minha mãe, que sempre me ajudou escondido, pelo menos até papai morrer.

Durante a gravidez, eu fui me entregando cada vez mais a Jeremy, em todos os sentidos, financeiramente ( já que morávamos juntos ) e emocionalmente. Ele abriu um bar em frente a nossa casa, e quando começamos a ganhar um dinheiro, uma grande quantia, eu desconfiei que não fosse apenas o bar, e o questionei, aquela foi a segunda vez que apanhei de Jeremy, e quase perdi meu bebê, depois daquilo, acho que ele se assustou e me tratou melhor pelo resto da gravidez, quando Justin nasceu, Jeremy ficou mais atencioso, estava tudo indo bem, tínhamos um filhinho lindo, ganhávamos um bom dinheiro e estávamos mais apaixonados que nunca. Mas quando Justin estava fazendo o quase 4 anos, Jeremy voltou a beber, ficar agressivo não só comigo, batia em Justin, muito... e eu não conseguia o proteger... - ela soluçava. 

— Pattie, se não quiser, não precisa me contar... - digo assustada com seu choro.

— Não não, eu preciso falar para alguém isso, depois de todos esses anos, preciso. - sussurro um “ Okay “, e ela prossegue. 

— E então, eu fiz a tremenda burrada de engravidar de novo, e bom... dessa vez eu não tive forças para lutar contra Jeremy, e Justin presenciou tudo.. depois daquela noite, Jeremy sumiu, e eu também. Deixei Justin com minha mãe e sumi, sumi  por 8 anos, quando Justin tinha 12 anos, ele já tinha um temperamento explosivo, e me odiou por muito tempo, ainda mais quando eu conheço Jackson e me casei. Justin nunca quis voltar a morar comigo, mas quando minha mãe morreu, quando ele tinha 14, ele foi obrigado, e naquele mesmo ano, Jazmyn nasceu. Justin ficou enfurecido, eu tentava de todos os jeitos convence-lo a me perdoar, mas ele sentia muita raiva. Muita raiva de Jackson também. Quando ele tinha 16, Jaxon nasceu, e  aos poucos eu pereceria que ele se aproximava dos irmãos, ele estava crescendo e aprendendo a controlar todo seu ódio. E quando ele completou 18, nós todos estávamos bem, até que então Jackson me traiu, eu fiquei enfurecida e briguei com ele, eu o amava, mas então ele me bateu. Justin já não morava comigo, ele já estava distante, mas quando soube disso, ele bateu em Jackson, bateu tanto que quebrou seu pulso. Desde daquele dia, eu vi como minha vida amorosa havia o afetado tanto quanto eu, então me separei de Jackson e fiz as pazes com meu filho, mas já era tarde demais, Justin já traficava, já havia aberto boates, ele já estava num caminho do qual eu não queria que ele seguisse, mas não podia o culpar.. - ela fica em silêncio um tempo e sorri. — Enfim, desculpe querida, eu falo muito. - sorrio.

— Tudo bem, fico feliz em saber mais sobre Justin.. 

— Bom, falei tudo isso para explicar de fato minha relação com Jackson. Ele insiste em ver as crianças, mas eu tenho medo que ele faça algo com elas.. por isso fico incomodada quando elas estão com ele. Mas voltando ao assunto da gravidez.. - rimos enquanto Pattie dizia sobre seus partos difíceis. Foi uma tarde de revelações. 
 

 

— Eii! Terra chamando Margot?! - Maria acenava na frente dos meus olhos. Balanço a cabeça tirando as lembranças da história de Pattie da cabeça, e então salvo o número dela no meu celular, não sei bem o porque. 

— Desculpe, me distraí. - Maria me olha estranho, mas da de ombros. — Bom, eu não faço ideia de como saber qual número podemos usar. Vamos olhar as mensagens, talvez achemos algo. Precisamos achar algum mafioso que deva algum favor para Justin, posso usar isso ao meu favor. 

— Okay, mas.. não podemos esquecer que são mafiosos, são perigosos. - isso me atormentava também, mas tínhamos que arriscar. Passamos umas duas horas avaliando mensagens de Chaz, a maioria era com contrabandistas de armas ou traficantes, até que achamos dois que deviam uma grana preta a Justin, e era recente as mensagens, então provável que ainda não pagaram. Mesmo sendo de madrugada, mandamos mensagens, o primeiro que responder, nós já iríamos encontrar amanhã. Antes de enviar um “ Eai irmão, pronto pra pagar sua dívida ? “ para os dois, olhamos nervosas uma para outra. Era arriscando, estávamos com medo, mas não podíamos dar pra trás agora. 

— Chegamos até aqui, não podemos dar para trás agora. - Maria diz. Concordo e envio a mensagem para os dois. Meu coração batia forte. Ficamos ali encarando o celular, esperando algum deles responder. Então depois de uma 10 minutos, o celular vibra. O que tinha uma dívida de 45 mil, diz : “ Por favor, preciso de mais tempo! “ , antes de respondermos, combinamos o que eu deveria escrever, e com as mãos trêmulas, digito : “ Poderá pagar de outra forma, meu hacker está ocupado com outros trabalhos, então eu quero que você faça uma pesquisa profunda sobre Eliza Kinney, tudo sobre a vida dela e onde ela está, quero isso para amanhã! Mandarei uma pessoa ir buscar o relatório na rua Beatfour Ilen, às 16hrs, esteja lá, sozinho. Não falhe. “ olho em confirmação para Maria antes de enviar, que balança a cabeça. Envio a mensagem, e em segundos recebo a resposta “ Estarei lá! “. Suspiramos largando o celular. 

— Você não acha que Justin ficará furioso por fazermos ele perder 45 mil dólares ? - Maria diz insegura. 

— Com certeza. Mas eu dei a luz a filha dele, ele me deve isso. - sorrimos. 

— A filha da qual ele não faz ideia que existe, acho que não conta muito isso... 

— Tanto faz, agora está feito. Vamos dormir, amanhã temos um longo e perigoso dia.

 

 

Acordamos cedo, enquanto tomávamos café, Maria falava com a senhora que cuidou da Julie noite passada, não demoraria muito para que Justin que estávamos com o celular, dessa Maria iria comigo entrega-lo para não existir perguntas. 

Não era nem 10hrs quando escutamos o celular de Chaz tocar. De primeira, levamos um susto, mas então eu o atendo, com o coração batendo forte.

— Al..

— Conseguiu o que procurava ? - a voz de Justin me interrompe. Sorrio colocando no viva-voz. Eu senti o sarcasmo em sua voz, o que provavelmente ele estava usando para camuflar sua raiva por eu ter o enganado. Justin odeia ser feito de bobo. 

— Na verdade sim, consegui. - digo confiante. Me sentia poderosa por ter conseguido enrolar Justin Bieber. 

— Foi um bom plano.. bem arquitetado. Parabéns. - sua ironia deixava tudo ainda mais divertido. 

— Ah, um elogio de Justin Bieber, que honra! - ele ri. 

— Bom, agora que provavelmente conseguiu o que queria, devolva o celular Chaz está reinando no meu ouvido. Aliás, deixa que eu vou buscá-lo, apareço em seu quarto de hotel em 15min. - olho assustada para Maria. 

— NÃO! - percebo que fui expressiva demais. Limpo a garganta e me corrijo. — Han.. não. Eu vou levá-lo aí, preciso..falar com Ryan. 

— Hm.. Okay. Vou desligar.. ah! Aliás Margot, qualquer plano seu de pedir ajuda para alguém da lista de contatos de Chaz, desista! Não vai dar certo, essas pessoa são perigosas, não fazem favor sem um preço alto, o preço do qual não vai querer pagar.

— Eu sei o que estou fazendo Justin. - ele suspira do outro lado da linha.

— É claro que sabe... enfim, só estou dando um conselho, faça o que quiser, está por sua conta e risco. - então ele desliga. 

 

— Nossa, ele realmente odeia ser enganado, esse tom de voz calmo e sarcástico não escondeu muito bem a raiva que ele está sentindo de você. - Maria diz, piorando ainda mais meu nervoso. 
 

 

 

Era uma da tarde, e estávamos em frente a casa de Justin, e mal entramos na sala, Chaz já aparece bufando. 

— Isso não foi nada legal! - ele diz com cara de bravo, sorrio inocente e devolvo seu celular.

— Desculpa, foi necessário. - ele olha de relance para Maria, ou melhor, para o corpo de Maria, e sorri de lado. 

— Eu perdoo seu erro terrível, se sua amiga me passar o número dela. - ele chega mais perto de Maria, que apenas segurava o riso. — Eu senti uma química entre a gente ontem, não ? - Maria da um passo à frente, e fica ainda mais perto dele.

— Desculpa gatinho, prefiro o Chris. - gargalho com a cara de decepção de Chaz. 

— Poxa Chaz, não foi dessa vez! - Ryan vem andando e rindo, assim como Chris, que fica de olho em Maria, que sorri para ele. Justin também vem vindo, mas estava sério, com um olhar de matador. Lá vem. 

— Olá senhorita, acho que Margot já até pode entrar na nossa equipe depois de ontem. - Todos riem, menos Justin, como sempre. Dou um abraço em cada um, e novamente me desculpo com Chaz, que diz não ter problemas, mas para que eu não faça de novo. Começamos uma conversa sobre ontem, Maria dando foras em Chaz, Chris irritando Chaz também, e Ryan e eu rindo da situação, até que Justin fala pela primeira vez. 

— Margot, acho que nos deve uma explicação, não ? O que pretende fazer com o que viu no celular de Chaz? - sei que ele me impediria se eu dissesse o que pretendia, e isso era a última coisa que eu queria. 

— Achei que pudesse conseguir ajuda com alguém dali, mas não achei nada, foi inútil. - Justin avalia meu rosto, e depois diz. 

— Ajudamos você. Eu disse que ajudaria. - agora eu que avaliava seu rosto. Depois olho para Maria. 

— Não, estamos voltando para Dallas. Hoje. Vim me despedir. - Justin abre a boca e a fecha três vezes seguidas, depois parecendo envergonhado, ele olha para todos a sala e sai, com passos apressados. Ficamos em um silêncio constrangedor, e depois nos despedimos. 
 

 

Já estava na hora de ir encontrar o cara. Estávamos com medo. Depois de um tempo discutindo, chegamos ao acordo de que eu iria falar com ele, e Maria ficaria no carro, com o número da polícia discado. Não podíamos esquecer de que ele ainda era um mafioso. Faltava meia hora para as 16hrs, mas chegamos antes para nos certificarmos de que ele estaria sozinho.

— Tem certeza disso? Você é mãe Margot, se acontecer algo... 

— Não vai! Vai dar tudo certo okay? Confie em mim. - falo pela décima vez. Quando faltava 5 minutos para as 16hrs, vimos um homem, gigante, todo de preto com uma pasta na mão. Eu também estava toda de preto, coloquei o capuz e andei com as mãos trêmulas até ele. Sem olhar para trás, me mantendo firme em meus passos. Olho ao redor para ver se não tinha ninguém ali, o que por sorte, não tinha. Eu estava quase lá. 

— Está com tudo aí? - digo tentando não gaguejar. Estava tremendo de medo, sentia que meu coração iria pular pela boca a qualquer momento. Ele me olha desconfiado, talvez porque Justin nunca mandaria uma mulher para fazer isso. 

— Senhor Bieber mandou você ? Ou Charles ? - ele tenta ver meu rosto, abaixo mais a cabeça e ajeito o capuz. 

— Bieber. Agora me dê logo a pasta e sua dívida será esquecida.

— Sabe, eu acho estranho Justin trocar 45 mil por informações sobre uma mulher qualquer. Coisa que ele mesmo poderia fazer. - ele da um passo à frente. Então para mostrar confiança, levanto a cabeça e o olho com ódio. 

— Está questionando o senhor Bieber?  Quer que eu o chame aqui para ele lhe esclarecer suas dúvidas? Acho que ele não gostaria de vir aqui, já que me mandou, é um homem ocupado, não acha ? - dou um passo à frente, e ele recua. Um ponto para mim. 

— Está certo. - ele segura a pasta com as duas mãos e se aproxima de mim. Estava quase lá. Quando ele chega mais perto, me olha estranho. 

— Eu conheço você, você estava no leilão.. - porra, porra, porra, porra! — Você é a vadia do Bieber! - ele grita desconfiado. Arregalo os olhos dando passos para trás. — Bieber não sabe que você está aqui, sabe? - ele sorri. Dou mais passos para trás, e ele se aproxima de mim. - Vou conseguir um bom acordo por você. - ele me dá um tapa na cara, e eu fui de cara no chão. E logo em seguida eu escuto barulho de tiro, muito alto, e o corpo alto do homem que havia me batido, caiu no chão ao meu lado, solto um grito quando escuto mais e mais barulhos de tiro. Não sabia o que pensar ou fazer, só continuei deitada encolhida no chão, chorando. 

— MARGOT FIQUE NO CHÃO! - escuto a voz de Justin, minha cabeça estava muito confusa, não sabia o que fazer ou pensar, apenas pego o corpo do homem e me jogo para baixo dele, sentia lágrimas quentes em meu rosto, e meu peito chegava a dor por meu coração estar batendo tão forte. Tiros eram disparados de todos os lados, até que em algum momento, - não sei ao certo quanto tempo fiquei ali -, mas tudo parou, escutei passos fortes atrás de mim, então fecho os olhos com força e começo a chorar baixinho. Sinto o corpo morto que estava em cima de mim, sendo jogado para o lado, e vejo a expressão preocupada e furiosa de Justin. 

— Você está bem? Foi ferida? Esse sangue é seu? - ele praticamente me puxa do chão e começa avaliar meu corpo, eu estava coberta de sangue. 

— Não, o sangue é dele.. - consigo dizer baixinho. Justin suspira e então quando eu acho que ele vai gritar comigo, surpreendentemente, ele me abraça. 

— Está tudo bem agora. - diz baixinho enquanto eu desabo de choro. Mas quando os meninos chegam, olho de relance, e vejo Maria com os olhos vermelhos nos braços de Chaz. Ela vem até mim e me abraça, e choramos juntas. 

— Essa loucura acho que pode substituir as que passamos na adolescência, né ? - digo rindo entre o choro.

— Realmente. Que porra foi essa Margot ? Quer se matar? Diz logo que eu faço isso por você. - Justin grita furioso. Solto Maria e me viro para ele. 

— Justin, acho que essa não é a hora cer.. - Ryan entra em minha defesa. 

— Não Ryan, essa é a exatamente a hora certa pra falar isso. Que caralho Margot, você tem o que na cabeça em negociar com um traficante se passando por mim, sem me falar? - suas pupilas estavam dilatadas, suas narinas também, ele estava possesso de raiva. 

— Justin, eu não sou obrigada a ouvir as merdas que você fala, não pedi sua ajuda, eu sei me cuidar. - digo substituindo o medo pela raiva. E ela só aumentou ainda mais quando escuto sua risada irônica. 

— Sabe se cuidar sozinha? Há, estou vendo! Se eu não tivesse aqui, a está hora você estaria morta, ou pior! Então não diga que não precisa de mim, porque você precisa! - ele grita. Justin olha para o corpo morto no chão. — Sabe esse filho da puta aqui? Você sabe pelo o que ele é conhecido Margot ? Ele não é apenas um traficante, ele vendia mulheres para mim, e as que ele tinha, muitas delas morriam por serem estupradas por mais de 30 caras! Menininhas, bebês, ele fazia isso! O que você acha que ele faria com você ? Ainda mais sabendo que tínhamos uma ligação, hein Margot ? - ele grita perto da minha cara. Eu me encolhi e comecei a chorar. — Filho da puta, desgraçado! - Justin chuta seu corpo. Levo um susto com sua atitude. Eu não queria nada daquilo. Dava para ver que Justin surtou porque ficou tão assustado quanto eu, eu vi isso em seus olhos quando tirou o corpo de cima do meu. Eu vi o desespero em seus olhos castanhos, mas isso não é motivo para ele falar assim comigo. Quando ele começou a gritar mais, limpei minhas lágrimas e me virei para ir embora, olhando para Maria, que entendeu e se despediu dos meninos.

— Onde você vai caralho? - Justin grita. Suspiro e me viro para ele.

— Não sou mais sua cadelinha Bieber, não vou ficar aqui escutando você falar um monte de merda. Eu errei, fui ingênua é burra em vir aqui negociar com ele sozinha. Mas eu só queria encontrar minha mãe porra! Queria encontrá-la sozinha, para não ser obrigada a escutar as porras que você fala! - digo tudo rápido, estava sem fôlego já. Justin por fim fique quieto, e eu vou embora pisando fundo, sem olhar pra trás. 

 


 


Notas Finais


É isso aí galerx
Beijo


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